Início
Era o aniversário de Aline. Seus vinte anos chegará e com eles o desejo pelo amigo de seu pai.
Raul estava na festa e admirava a Aline de algum lugar seguro.
_ fique a vontade, amigo.
Paulo, pai de Aline e amigo e sócio de Raul o diz.
_ obrigado, caro socio.
Raul levantou a taça em um gesto amigavel.
Ele entao notou a bela menina dos olhos do pai e amigo.
Aline estava linda.
Ela usava um vestido azul e parecia um anjo.
Raul afasta seus pensamentos, não poderia pensar em Aline daquela maneira.
Raul sentiu-se um cretino com aqueles pensamentos.
Tentando não pensar no que a imagem de Aline o proporcionava, Raul sentiu alguém toca-lo.
_ ola Raul.
Era Aline sorridente.
_ curtindo a festa?
Raul lhe sorriu.
_ sim. A festa esta maravilhosa assim como você
Aline olhou dentro dos olhos de Raul.
O desejo era crescente.
Há alguns meses Aline se sentia feliz ao ve-lo...
A forma em que ela o olhava o deixava tímido.
_ obrigada por vir.
_ o prazer foi meu.
Aline se afastou.
Tentava não pensar em Raul com tanta intensidade, mas sabia de seus desejos.
Passava então da meia noite, e a festa estava quase no fim.
Raul estava do lado de fora da casa, que ficava em uma praia. Raul observava o mar pensativo em um estado de relaxamento.
Aline o viu na sacada, quieto e sozinho a observar o mar, talvez aquele seria o melhor momento...
Então, ela se aproximou.
_ oi.
Raul ouviu a voz de Aline sussurar proximo a seus ouvidos e sentiu um leve arrepiar em seu corpo.
_ oi.
_ parece solitário.
Aline murmurou.
_ só estou um pouco cansado, tive um dia longo hoje.
_ posso te fazer companhia?
_ sim, claro.
Ela lhe sorri.
_ finalmente vinte anos! Como se sente?
Ele murmurou
_ finalmente. Sabe, me sinto mais madura agora.
Raul sorriu.
_ ainda vai viver muita coisa, Aline.
_ algo como um amor avassalador?
Aline o perguntou e Raul a observou com o rosto sério.
_ sim, acredito que sim, muito destes amores.
_ sim, eu sei.
Ela murmurou apenas, pois agora seus olhos estavam sobre os dele.
Então, algum Silêncio se fez e seus olhos seguiram um dentro do outro, em fração de segundos os labios de Aline estavam sobre os seus.
Como em estado hipnótico, Raul a beijou profundamente. Sobre um impulso primitivo, ou algo que não saberia explicar.
Raul não pensou em nada mais do que o sabor daqueles lábios sobre os seus.
Aline retribuia o beijo com ardor.
Deixando-o ainda mais louco e ansiando por mais daquele sabor.
Foi quando Raul se afasta. Nervoso, tremulo, impactado.
Ele estava ofegante e assustado com aquela intensidade.
A intensidade daquele beijo.
A entrega de Aline a sua entrega, o desejo feroz dominando cada centímetro de seu corpo.
Tudo o deixou confuso e assustado.
_ me desculpe. Eu nao deveria ter feito isso.
Raul disse enquanto tentava se manter seguro, mesmo sentindo um tormento de emoções inexplicáveis.
_ foi somente um beijo Raul, um beijo incrível.
_ nao importa, isso nunca mais vai acontecer. Boa noite.
Raul caminhou para dentro da casa, e horas depois Aline o buscava.
Todos haviam ido embora, já era muito tarde e Raul caminhava em direção ao carro.
Se assustou ao ver Aline encostada ao seu carro.
_ deveria estar na cama, aniversariante.
_ sim. Eu deveria. Ou deveriamos.
Raul sentiu aquelas palavras e se sentiu excitado e sem jeito.
_ a noite esta tão linda... Não acha?
Aline murmurou sem desviar os olhos de Raul.
Raul a fitou.
_ sim, e é melhor você entrar.
_ quero apenas caminhar um pouco. Sera que podemos?
Raul suspirou.
_ menina...
_ por favor, é so um passeio pela praia.
Quando Raul a fitou, Aline o encarava com o rosto cheio de desejo e mistério.
_ esta bem. - Raul consentiu pensando que talvez pudesse se arrepender.
Caminhavam pela praia.
__ nos conhecemos desde que eu era uma criança inocente.
Aline disse aquelas palavras de repente.
Raul a fitou e sorriu, pois a ele Aline ainda era a mesma menina inocente
__ porque fez esta cara de... Talvez eu ainda seja uma menina inocente?
__ porque ainda a vejo assim.
Aline teria então que provar a ele que por mais que ainda não iniciará sua sexualidade, ela estava exposta no desejo que sentia por aquele homem. Aline tirou o vestido que usava.
_ Aline... _ Raul disse perplexo.
_ vamos nadar!
_ Aline, não acho que seja uma boa ideia.
Aline o puxava pelas mãos e Raul relutava.
Sem que ele sequer notasse, Aline puxou a camiseta que ele vestia.
Raul relutou ate que Aline, correu para praia.
Raul se sentou sobre a areia e a obervou e mesmo sentindo o coração explodir em seu peito aquilo era uma emoção deliciosa de se sentir.
Olhou a sua volta e a praia estava deserta.
_ meu Deus, me ajude.
Fez o pedido a que suportar a todo aquele desejo tão feroz que o dominava.
Ele olhou para o ceu e a noite estava linda.
Aline voltou da agua e jogou-se sobre Raul.
_ Aline... Por favor, não.
Raul pediu quase em súplica, Aline o sentiu trêmulo e tenso.
Aline o enlaçou pelo pescoço, e Raul sentiu sua pele molhada sobre a sua.
Aline o beijou.
_ Aline.
Raul murnurou entre os lábios dela que o beijava com ardor.
_ isso... Isso não pode acontecer...Não podemos...
Raul murmurava entre os lábios de Aline.
Aline seguia com beijos e segurou uma das mãos de Raul, colocando-a sobre sua silhueta.
Raul tocou em sua cintura, e desceu entre as coxas em um gesto sensual.
Enlouquecido, Raul aprofundou o beijo.
Raul voltou a si, e a segurou entre o rosto.
_ precisa parar!
_ Raul.
Aline murmurou rouca e em seus olhos, havia um pedido.
Um pedido ao qual Raul nao poderia atender.
Raul levantou-se e buscou a camisa.
_ o que há com você menina?
_ o que há comigo? O que há conosco? Notei que sim há alguma coisa
_ ja chega! Vista-se, eu te levo ate sua casa.
_ não precisa.
Quando Aline virou-se magoada por ser rejeitada, Raul a puxou para si.
_ olha Aline, eu sou um homem e não tenho tempo para paixonites adolescentes.
Ela se desvencilhou dos braços de Raul.
_ adolescente?
Raul a ve caminhar com passos rápidos ate a casa.
Sentiu um misto de frustração e alívio por não ter sucumbido ainda mais a aquele desejo por ela.
Depois daquela noite, Aline o desejou cada vez mais.
Aline pensava sempre em Raul e naquele beijo, naquele encontro. Em mais beijos, em mais encontros.
Todo o tempo, ele estava em sua memória como uma doce lembrança. Aline precisava fazer aquele homem entender o quanto ela o queria.
Raul estava em seu apartamento, como sempre a solidão era sua única companhia.
Raul ouviu o toque de seu celular.
Era Julia.
Julia era sua amiga e sócia, juntamente com o pai de Aline.
_ sim?
_ tenho novidades, Raul.
_ agora não, Júlia.
_ o que há de errado com você?
_ estou descansando e é fim de semana.
_ você é um imbecil sabe disto, não sabe Raul?
_ e você uma encrenqueira.
Ela desligou. Raul sorriu.
Júlia era sua melhor amiga e sócia na empresa onde trabalhava.
Raul sentou-se ao enorme sofá de sua sala, e recostou a cabeça sobre as almofadas em uma tentativa de relaxar.
De olhos fechados, Raul ouviu o ruído de mensagens chegando ao seu celular.
Suspirou.
Ele abriu o aplicativo de mensagens.
_ oi Raul.
Ao olhar a foto seu coração bateu descompassado.
Era Aline.
Aline aguardava resposta.
Após um momento Raul responde.
olá menina.
Menina.
Raul dissera.
ainda penso no teu beijo.
Raul estremece.
Ler aquilo o deixou excitado e surpreso.
Ainda mais surpreso pelo fato de estar excitado.
precisa esquecer isso Aline.
Ele escreveu e aguardou alguma resposta positiva.
Algo que a fizesse esquecer.
Porém, no fundo, ele queria que Aline nunca esquecesse o momento em que seus lábios se tocaram.
Não posso esquecer os melhores beijos de minha vida.
Raul sorriu.
Ainda receberá muitos destes beijos.
Preciso apenas de seus beijos Raul.
Raul então tinha que terminar com aquele sentimento proíbido e impossível que estava surgindo de forma avassaladora.
Ele mandou um audio.
_ precisa esquecer.
Para sua surpresa, Aline mandou outro áudio em seguida.
_ estou na portaria de seu prédio.
Raul sentiu as pernas bambear.
Aline deveria estar blefando.
_ precisa ir, não vou atendê-la.
_ por favor, Raul.
Ele suspirou.
Em seguida, Raul desceu até a portaria.
Quando a viu ela estava simplesmente linda.
Usava um jeans que contornava suas curvas, e seus cabelos soltos dava a ela um ar sexy e provocativo.
Muito provocativo...
Raul ficou impactado demais para uma aproximação.
Sendo assim, observando que ele não iria se aproximar, Aline chegou mais perto.
Os olhos deles se encontraram.
_ Aline, o que está fazendo aqui?
_ precisava ver você, Raul.
_ isso é loucura, precisa ir para casa.
_ está fugindo de mim.
_ De que menina?
Ela se aproximou, e Raul não pode se mover.
Parecia em estado de hipnose.
Aline o tocou na nuca e o beijou.
Raul aprofundou o beijo e em seguida a afastou.
_ não complique as coisas.
_ você quis o beijo. Retribuiu
Raul a segurou pelos cotovelos e a arrastou até um lugar reservado.
_ escute, isso não vai acontecer entendeu? Eu sou amigo de seu pai e não tenho sua idade.
Quando a fitou Aline tinha os olhos tristes.
__ isso não muda nada para mim.
Ela diz encarando-o.
Raul suspirou.
_ somos incompatíveis, Aline.
_ porque o disse? Quando me beija não parecemos incompatíveis.
_ isso é apenas desejo, e você é uma...
Raul não terminou a frase e Aline o encorajou
_ uma o que?
_ já chega! Volte para casa. Eu chamo um táxi.
_ Raul...
_ precisa entender as coisas Aline.
_ Raul.
_ o que?
_ eu sinto o mesmo.
Por algum tempo Raul apenas a fitou.
Aline viu naqueles olhos o desejo e a ânsia que ambos sentia.
_ você precisa ir e isso termina aqui.
_ finja que não existe nada que não sente nada.
Aline disse desafiadora
_ estou sendo sensato, e não tocaria em você. .
Ele notou que a magoou quando olhou para ela.
O perfume de Aline o embriagava. O corpo, os olhos ao olhar para ele. Tudo.
Raul sentia as mais diversas sensações quando estava próximo a ela.
Porém, ele sabia que não poderia sucumbir aos seus desejos insanos de tomá-la para si, ainda que durasse momentos apenas.
_ então não poderíamos nunca sentir o que sentimos?
_ nunca.
Aline virou-se brusca.
Antes que ela pudesse ir o instinto de Raul a puxou entre os braços.
_ qualquer homem de sua idade adoraria ter o que me propõe Aline.
_ acontece que eu quero você, Raul.
_ acontece. - ele suspirou profundamente era difícil pensar com ela entre os braços.
_ acontece que eu não quero.
Aline o fitou e fez uma careta.
_ acontece que você não sabe mentir, eu vejo e sinto como me quer.
Raul a soltou.
_ vai para casa.
_ sim eu irei, mas sei que nos encontraremos em breve.
O desejo de Raul era de que sim. Que pudessem se encontrar em algum momento ao acaso.
Ao talvez.
A sorte.
Dias depois:
Chovia aquela madrugada no Rio de janeiro.
uma forte tempestade abalava a cidade.
A família de Aline, os pais e o irmão voltavam de uma viagem no sul do país, quando a frente deles havia um caminhão.
Por fim, o grito de horror e o forte impacto.
Começava então o tormento de Raul.
Raul dormia em seu apartamento no centro da cidade, vivia sozinho aos 45 anos trabalhava demais para manter qualquer compromisso de relacionamentos.
Ainda que ultimamente, seu pensamento o traia e sempre o fazia pensar em Aline. Quase todo tempo após sentir aqueles lábios.
Finalmente Raul adormece ao som tranquilo da chuva que caia na cidade.
O celular tocava insistente.
Ele desperta com uma forte sensação ruim.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro