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Capítulo 7


Em seu apartamento, ele havia arrumado todo o quarto para Aline.

Havia objetos pessoais de Aline onde ele tinha a esperança que ela se lembrasse de alguma coisa.

Raul parou para pensar que se ela lembrasse também se lembraria do beijo que havia trocado.

Suspirou

Raul Pensava aquele beijo todo o tempo, e em como fazer a que Aline não o perceba tão desesperado sobre o erro... Sobre o beijo que haviam trocado, e que talvez ou certamente Aline em algum momento se lembrará dele e como ele faria ela entender isso...

Estremeceu.

Raul tinha que admitir que desejasse Aline e não podia sentir isso.

Antes de rever Aline foi a um bar onde buscou uma cerveja para acalmar-se, logo ela estaria com ele no mesmo lugar sob o mesmo teto.

Isso não poderia ser pior. O momento do luto para Aline e de uma luta a si mesmo.
Após tomar a bebida, em um bar próximo de onde vivia, ele foi para o apartamento levando algo para Aline comer

Quando entrou no apartamento a viu sentada ao sofa, Ela parecia muito a vontade vestia um short jeans que modelada às curvas dela...

- Tudo bem?

_ sim. Que bom que chegou me senti um pouco solitária aqui.

Disto Raul entendia bem. Solidão.

_ desculpe, eu preciso ficar por horas no escritório.

_ está tudo bem, Raul.

Ele tinha uma sacola em mãos.

_ trouxe teu jantar. Eu nao tenho tempo de cozinhar, então comprei alguma coisa para você. Deve estar faminta.

_ obrigado.

Silêncio.

Raul não tinha ideia do que dizer.

Aline caminhou até ele e pegou a sacola de suas mãos.

_ você me acompanha?

_ não estou com fome, comi algo enquanto dirigia até aqui.

_ se importa se eu comer aqui na sala?

__ esta em casa Aline, tomarei uma ducha e preciso dormir. Espero que tenha uma ótima noite.

Aline o viu se retirar e sentou-se ao sofa para fazer a refeição.

Raul parecia não gostar de sua compania, parecia estar em fuga.

Raul queria abraça-la, porém se conteve a apenas dizer que teria que dormir.

Já em seu quarto, Raul se deitou sobre a cama e apenas pensou.

Um envolvimento emocional com Aline o deixaria louco.

Pela manha: logo cedo Raul observou que Aline também acordava bem cedo.

E ela estava na janela, parecia distraída.

_ bom dia.

Ela virou-se e O viu. Ele vestia um terno azul muito elegante e parecia pronto para sair.

__ bom dia. _ ela diz observando-o

__ sente-se bem?

__ sim. Obrigado, Raul.

__ ótimo. Eu preciso resolver alguns assuntos no escritório. Vai ficar bem sozinha? Eu nao demoro.

Ela o notou preocupado. A preocupação de Raul as vezes a intrigava em certos momentos.

_ tudo bem. Ficarei bem.

ela diz

_ ate breve, Aline.

E ele saiu direto ao escritório.

_ olhe só quem resolveu dar o ar da graça. - diz Julia em tom irônico.

_ eu estou aqui todos os dias Julia.

Diz ele sentando-se a cadeira.

_ como vão às coisas, sócio?

_ agora esta tudo bem.

Ele diz e deu um longo suspiro.

_ serio?

Perguntou ela com uma careta.

_ sim, serio.

Raul diz encarando Julia no aguardo do que ela diria.

_ não acho que esta tudo tão bem assim, aliás parece ate que você vai explodir, caríssimo.

_ porque Julia? Você sempre querendo adivinhar como me sinto.

_ você sabe muito bem, só não quer me dizer, e sim eu posso observar como se sente.

Ela respondeu em tom irônico.

_ o que quer dizer? Seja clara.

_ mais, impossível.

Ela diz sorrindo

_ Julia, vamos tratar de trabalho esta certo?

Ele diz irritado.

_ sim claro, trabalho, falando nisto, já marquei a reunião, será amanhã às oito da noite.

_ às oito da noite? Mas, por que tão tarde?

_ você não reclamava de horários.

Julia lembrou.

_ agora é diferente, sabe que tenho que cuidar de Aline. - Diz ele ainda irritado

_ sim, eu sei e que dedicado esta o meu querido amigo e sócio Raul.

Disse Julia irônica

_ isso soou irônico demais Julia.

_ extamente! Porque você não me diz o que esta acontecendo de uma vez?

_ sabe de alguma coisa Julia? Perguntou ele curioso.

_ na verdade não, mais tenho uma forte intuição.
Ela diz

_ ah, certo. Poderia me dizer o que exatamente diz sua intuição feminina ou gay?

Ele sorri.

_ nota que posso sentir as duas ao mesmo tempo?

Ele soltou uma risada alta

_ sim, o que diz suas intuições?

_ esta apaixonado por Aline.

Julia diz com seriedade.

Raul ficou em silencio uns segundos e disse em seguida.

_ o que esta dizendo é loucura Julia.

_ mesmo? Será?

_ sim, e devo dizer que esta foi a maior loucura que você ja disse.

- Respondeu ele seco.

_ estes dias que ela estava no hospital tenho visto você quase enlouquecer meu amigo, e não me diga que não conheço você quando esta sofrendo por algo.

Raul suspirou e Julia tinha razão.

_ esta certa. Tem toda a razão.

Disse ele finalmente.

_ sempre tenho meu querido.

Julia disse convicta.

_ eu não sei se estou apaixonado, mas sinto uma vontade imensa de estar com ela de tocá-la ou beijá-la. Satisfeita?

_ ainda não. O que aconteceu para se sentir assim?

_ acho que quer saber demais senhorita, já chega.

Disse ele já alterado.

_ pode se abrir comigo, Raul.

Julia disse com comoção.

_ para me aconselhar a cometer uma loucura? Não, obrigado.

Diz ele

_ que loucura? Ela é solteira você também, não vejo proibição.

Ela diz

_ mesmo? Não vê? Devo citar algumas?

Perguntou ele ja sob tensão.

_ não me diga que a idade te impede Raul, vejo menininhas muito mais jovens saindo com homens mais velhos que você senhorzinho.

Ela diz

_ é diferente e eu sou responsável por ela agora, além do que também tem o fato de que ela é filha do meu melhor amigo e sócio. Enfim, isso é impossível.

_ que cabeça dura! Raul, o pai de Aline também era meu amigo e sócio não esta mais aqui Don Juan, isso não o impede, se ela o quiser garanto que fará você mudar de idéia.

Diz Julia

_ ela não sabe nem mesmo quem ela é neste momento, portanto isso não acontecera caríssima. Agora que já sabe por que ando louco como disse, já podemos voltar a falar de trabalho?

_ certo falemos de trabalho. Como quiser cabeça dura.

_ Ótimo!

No apartamento Aline estava no quarto com o diário nas mãos, iria se conhecer enfim. Ela começa a folhear o diário, viu o nome de Raul

_ finalmente ele me beijou, hoje completando meus vinte anos beijei o homem de minha vida.

Ela joga o diário sobre a cama.

havia beijado Raul!

_ senti meu coração explodir

_ eu esperei tanto este momento.

Esperou?

Ela queria o beijo! Isso explicava tudo que sentia quando ele estava perto. Aquelas sensações desconhecidas agora fazia todo sentido.

Tocou os lábios, Imaginando o beijo, teve um relapso de memória. Sim trocaram um beijo, lembrou-se! Ela se lembrou do beijo!

Que loucura! Por que ele não disse nada a ela? Não poderia dizer... Aquele sentimento não seria possivelmente vivido...

_ não... Não... Não posso estar apaixonada por ele...

Disse a si mesma.

Raul vai para casa, pensando o que o esperaria aquela noite, quais emoções sentiria o diário dela o beijo...

Quando entrou viu que ela estava na sacada olhando a rua.

_ olá.

Ele diz aproximando-se de Aline.

_ oi.

Aline diz quase em tom inaudível virando-se para ele

_ esta tudo bem?

- Pergunta ele preocupado.

Aline suspirou

_ por que não me disse tudo?

_ dizer sobre o que? - Raul perguntou trêmulo, pois ja imaginava que talvez ela houvesse se lembrado de tudo.

_ estou sem memória, certo? Porém, no diário escrevi que nos beijamos.

Ele estremeceu ainda mais.

Que mancada! Pensou.

_ não era o momento de dizer sobre isso.

Foi o que ele conseguiu dizer.

_ você optou por isso? Foi sua decisão sentata pensar isso sozinho?

- Perguntou ela cheia de si. Como costumava ser.

_ Aline.

Ela o interrompeu

_ acho que foi importante para mim como pude ler no meu diário!

_ apenas coisas de adolescente.

Aquilo a feriu.

_ adolescente? Eu não sou uma adolescente!

Disse magoada e continuou enquanto Raul a observava tão confuso quanto ela.

_ sou uma mulher!

_ claro que é, Aline e esta discussão termina aqui.

Ela sentia que iria explodir em lágrimas.

virando-se, Raul apenas murmurou:

_ trouxe teu jantar.

Foi ate a cozinha. Suspirou colocando a comida na mesa.

_ eu perdi o apetite muito obrigado.

Raul a ouviu dizer e ouviu quando Aline bateu a porta do quarto.

_ que merda!

Murmurou sentindo-se um estúpido.

Sentou-se no sofá com um copo de vodca
Até que finalmente dormiu.

Amanhecia, e Raul já havia despertado. Agora preparava o café, já pronto para ir ao trabalho.
Ouviu quando Aline entrou ao banheiro saindo minutos depois com os cabelos molhados.
Sem dizer nada, Aline sentou-se a cadeira.

Seus olhos se encontram.

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