Capítulo 23
Ao chegar, Raul foi ate a sala de Julia.
_ ela não veio aqui?
_ eu não deveria nem mesmo te responder Raul.
_ aconteceu Julia... Eu a amo... Onde ela esta?
Perguntou tenso.
Julia o encarou como resposta.
_ ela foi embora?
Ele perguntou tenso
_ sim, e disse que não voltara nunca mais, parabéns Raul você conseguiu o que queria! Aline finalmente não o vera mais!
Desolado, Raul jogou-se no sofá
_ isso se sinta culpado, porque realmente a culpa é sua!
_ cale-se Julia. De qualquer forma ela iria mesmo voltar.
_ não precisava dar a ela a esperança que talvez vocês... Quer saber? Você é um idiota! Já que perdeu a mulher de sua vida, ao menos volte a trabalhar!
_ eu não posso fazer isso hoje.
_ ótimo! Talvez você consiga parar o avião.
_ eu nao irei impedi-la, Julia.
Julia suspirou ao ver Raul sair.
Raul dirigia sem destino algum.
O dia inteiro. Raul nem mesmo sabia onde chegaria.
Já era noite e não queria ir para casa e deitar naquela cama que havia marcas do amor que ele e Aline fizeram.
Agora, Raul vivia um pesadelo.
Aline se foi magoada com ele e ela apenas partiu prometendo não voltar mais ao Brasil.
Raul chorava enquanto dirigia, ele não viu mais nada, somente uma luz forte em sua direção quando ele perde o controle do carro e seu carro capota.
Raul sofre um terrível acidente.
Aline já havia chegado ao aeroporto De New York quando recebeu uma ligação de Julia.
Julia chorava ao telefone.
_ Julia, o que houve?
Ela perguntou preocupada
_ você tem que voltar Aline
_ Julia? O que? O que aconteceu?
_ aconteceu algo com o Raul.
_ o que aconteceu?
Aline estava tensa e sentia as pernas bambas.
_ ele sofreu um acidente de carro, esta no hospital sendo operado. Você tem que vir.
Aline sentiu seu mundo desabar.
_ precisa voltar agora.
_ sim imediatamente. Oh meu Deus...
Aline chorava
_ pegarei o próximo vôo para o Brasil agora mesmo.
_ sim, estou no hospital.
_ julia! Oh meu Deus...
Aline já perdeu a família agora o destino a fizera passar aquilo novamente.
_ ele ficara bem não é Julia?
Ela perguntou chorando.
_ querida ele sofreu um trauma na coluna. Os médicos disseram que ele tinha um sangramento forte no baço. O levaram para operar e me pediram para aguardar.
No vôo de volta, Aline tentava se acalmar porém, não conseguia seria mais dez horas para chegar ao Brasil.
Ela chorou durante quase todo o vôo.
Ela chega ao Rio liga para Julia.
_ me diz onde é o hospital.
_ o mesmo que você ficou internada no (copa door)
_ me de noticias boas, por favor, Julia, por favor.
_ ele já foi operado esta no centro de terapia intensiva e ainda não recebera visitas.
Julia estava arrasada como ela ao chegar às duas se abraça chorando.
_ calma Aline.
_ julia, isso não pode estar acontecendo, não outra vez Diga que ele ficara bem!
_ querida, temos que esperar. O medico vira nos falar.
O medico conversou com Aline e Julia ouvia novamente.
_ ele esta com um grave edema na coluna.
_ isso o que significa? Ele corre riscos?
Julia já sabia.
_ ele pode ficar paralítico
Aline desmaiou. Ela acorda em uma sala com Julia ao lado dela.
_ você esta bem?
Julia perguntou observando-a.
_ quero ver o Raul.
Ela tentou levantar. Sentiu-se zonza.
_ não poderá vê-lo ainda tem que se acalmar você esta muito nervosa.
_ não posso ter ouvido aquilo!Não é verdade!
Alina estava desolada.
_ Aline acalme-se ou eles te dão remédio para dormir acalme-se!
_ não! Eu não posso me acalmar!
O enfermeiro chegou, e aplicou um calmante em Aline.
_ pode deixar cuido dela.
Aline estava estática lagrimas apenas caiam silenciosas do seu rosto
_ Aline eu sinto muito. Fique calma, Ele saira dessa, ele é forte e ama você ele quer muito ficar ao seu lado, ele não vai desistir e se acaso ele não andar nos o faremos levantar!
Agora, ela sentia uma dor imputável. Raul poderia ficar paraplégico.
Ela desejou perder a memória como da vez que perdera os pais e o irmão, Ou talvez houver partido com eles.
_ quero vê-lo.
Aline dizia o tempo todo.
_ podemos vê-lo do lado de fora do centro de terapia intensiva.
_ porque não posso entrar na sala? Ele precisa de mim!
_ talvez poderíamos se você se acalmasse!
Aline suspirou profundamente
_ prometo ficar bem se o ver.
_ promete?
Julia perguntou temerosa.
_ só quero vê-lo. Já me entupiram de calmantes. Acho que me deram uma dose para cavalos.
_ e nem assim, te manteve calma.
_ estou calma. só estou morta por dentro.
Os médicos autorizam que Aline possa ver Raul.
Ao entrar, ela soltou um gemido, seguidos de lagrimas que caiam por sua face, enquanto o olhava inerte naquele leito coberto por tubos.
Aline desejou segurar a mão de Raul.
_ Raul Eu preciso de você.Você precisa se recuperar. Por favor.
O medico a pediu para sair, e disse que ele precisava descansar.
Aline sentiu que Raul apertou suas mãos.
_ ele Apertou minha mão.
_ precisa se retirar senhorita.
O medico avisa.
Entao Aline saiu do quarto aos prantos.
_ como foi?
_ foi horrível vê-lo daquele estado.
Julia a abraçou tentando conforta-la.
A recuperação de Raul não tardou muitos dias, e antes mesmo do esperado ele já estava no leito comum na enfermaria do hospital.
Os médicos conversava com ele.
_ eu não sinto minhas pernas.
Ele disse com voz fraca
_ senhor Raul, o senhor teve um edema um pouco complexo na coluna
_ coluna? então eu não voltarei a andar?
_ ainda não sabemos. É muito recente, então não podemos ter um diagnostico do seu caso.
Porém, cuidaremos de fazer os exames todos e em uns meses poderá fazer fisioterapia.
Raul não poderia acreditar nas palavras do doutor, ele Estava morto da cintura para baixo.
_ qual a possibilidade em porcentagem que possa voltar a andar?
Ele perguntou ao médico.
_ não existem em números corretos senhor Raul, como disse ainda não é possível um diagnostico.
Raul estava olhando pela janela do quarto do hospital, pensava em como seria sua vida agora.
_ Raul.
Era Julia, e ela agora pegou na mão dele.
_ oi Julia.
_ é bom vê-lo novamente. Tem uma pessoa la fora querendo vê-lo.
_ quem Julia? Eu não quero ver ninguém.
_ Aline.
_ Aline? O que ela faz aqui porque disse a ela? Ela nem mesmo deveria saber disto!
Ele fica nervoso.
_ acalme-se! Me diga como eu não poderia dizer a ela sobre isso?
_ pois desde o dia que aconteceu! pois não deveria!
_ Raul, ela quer vê-lo. Esta aqui desde a manhã seguinte ao acidente.
_ você disse a ela no mesmo dia e a fez voltar ao Brasil?
Ele estava incrédulo.
_ Raul lógico!
_ mas que droga Julia! Isso deveria ser me dito!
_ pois como se você estava quase morto! Como deveria contatá-lo? Talvez atravez da mediunidade que tenho.
_ não quero vê-la.
_ pois você vai vê-la ainda assim!
Julia já saindo, ele diz.
_ Julia, não quero que Aline me veja assim. Meu deus isso é um pesadelo.
Ele diz rouco.
_ Raul, aquela mulher do lado de fora ama você! Entendeu? ela te ama e esta preocupada!
Ele suspirou
_ ela me ama certo Julia? E eu posso dar alguma coisa a ela agora? Como acha que me sinto nesse momento? Talvez acredite que está sendo fácil
_ pode deixar ela estar próxima de você agora e não julgue o que eu venha a achar.
_ não deveria ter dito a ela sobre isso. Foi um acidente que e não poderia dizer a Aline. Sei me cuidar.
_ você esta bem da cabeça? Pensei que o dano havia sido na coluna.
_ não vou ouvir suas lições de moral, Julia.
_ e vai fazer o que levantar e sair?
Julia iria saindo quando ele disse.
_ não quero ver a Aline. Ja disse.
_ não seja um miserável Raul.
Julia saiu depois de dizer.
Ele suspirou sob tensão.
Aline esperava aflita Julia sair do quarto para que ela pudesse entrar.
_ como ele esta?
Ela perguntou tensa.
Julia segura uma das mãos de Aline.
_ veja com seus próprios olhos querida, eu preciso voltar à empresa não exite em me chamar se precisar de qualquer coisa entendeu? Qualquer coisa.
Elas se despedem.
Aline finalmente o viu Raul estava de olhos fechados quando disse.
_ não deveria estar no Brasil, muito menos aqui neste hospital.
Ela se aproximou de Raul que abriu os olhos.
_ Como se sente?
_ como um aleijado. Você me ouviu?
_ como poderia estar nos Estados unidos com você aqui neste hospital?
_ pois como deveria ser você viajou e deveria ter seguido viagem.
_ eu quero ficar perto de você agora e os médicos disseram...
Ele a interrompe brusco.
_ os médicos disseram o que? Que não sabem do meu diagnóstico? Isso é tão clichê não acha? É o mesmo que dizer, você esta aleijado e não podemos te consertar.
Ele disse irônico.
_ não fale assim Raul.
Os olhos de Aline estavam tristes. Ele pode notar, e odiou-se por isso.
_ melhor que vá.
_ eu desejo ficar.
O enfermeiro entrou
_ hora dos remédios senhor.
O enfermeiro então aplica medicação no soro de Raul.
_ estou cansado. Pode retira-se? Eu não preciso de nada e nem de ninguém.
Aline suspirou.
_ então começamos de novo.
Ele fechou os olhos apertando o lençol da cama com as mãos, em um gesto de dor e raiva de si mesmo.
Os dias passaram.
Julia havia ido até o hospital varias vezes visitar Raul, que sempre dizia o mesmo que não queria Aline com ele e Julia o ignorava.
Assim como Raul ignorava Aline.
Nada poderia ser feito.
Raul não poderia andar.
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