Capítulo 11
_ qual loucura homem?
Ela perguntou abismada
_ fiz amor com a Aline.
Confessou sob tensão
_ ora, por favor! Acaso isso é loucura? Vocês se amam! Isso é nítido, e eu sabia que uma hora em algum momento, iria acontecer.
_ ainda que seja, não podia acontecer!
_ já esta feito não esta? De que adianta ficar deste jeito?
_ você não entende Júlia! Eu a toquei!
_ sim! E daí? Um dia alguém o faria.
_ pode me servir mais vodca?
_ então vai se embriagar?
_ não quero pensar no que eu fiz.
Disse desolado.
_ ela o quis Raul, você não cometeu um estupro.
_ eu fraquejei, eu não podia tocá-la, não tinha este direito.
Júlia o serviu de mais vodca.
Ele virou novamente o copo.
_ Raul, Case-se com ela e se acaba este seu tenebroso tormento.
_ não diga bobagens, Júlia.
Ele diz com as mãos entre a cabeça.
_ por que bobagem? Pode me dar um argumento cabível para que não o faça?
_ existem vários fatores que me impede! Fatores aos quais não me permite... Eu... Eu não deveria ter tocado na Aline.
_ mas que estupidez disse! Bem, se quer sofrer, siga com seu pensamento sobre idade e afins. Quer se embriagar? Faça-o!
_ sofrer não está nos meus planos e nem faze-la sofrer.
Ele diz.
Júlia notou que ele já estava alterado, e impediu que continuasse a beber.
_ já chega Raul. Vou te levar para casa, já teve o seu momento desespero e bebeu toda minha vodca.
_ se você não fosse gay eu poderia esquecê-la em seus braços.
Ela riu.
_ você esta muito embriagado mesmo, e eu nao te faria este favor.
Mesmo sob um leve desespero, Raul sorriu.
Júlia o leva para casa.
Quando Raul entrou,tudo estava silencioso.
_ ela esta no quarto?
Júlia observou a sua volta.
_ eu não sei... Eu a deixei no quarto quando saí.,
Raul caminhou ate a porta do quarto, onde ao abrir a porta Aline estava na cama.
Suas coxas torneadas a mostra, e ainda estava nua.
Como ele a havia deixado.
_ puta que pariu.
Murmurou ele Júlia a observou
_ você derrubou a menina hein, garanhão.
_ vou pedi-la para sair do quarto.
_ Raul não precisa fazer isso.
_ sim, eu preciso.
Ele caminhou ate Aline.
_ Aline.
Ele a chamou.
Ela moveu-se abrindo os olhos.
_ Raul...
Murmurou sonolenta.
_ precisa sair do meu quarto.
Aline viu a mesma mulher que viu outro dia com ele.
_ preciso me vestir.
diz em um fio de voz.
_ você tem dois minutos.
E ele a deixou ali desnorteada.
Aline se vestiu rapidamente e passou por eles batendo a porta do quarto ao entrar.
Nervoso pelo comportamento de Aline, Raul foi ate a porta do quarto onde ela estava.
_ abra a porta, Aline.
disse nervoso
_ Raul...
Pedia Júlia _ deixe-a.
_ ela foi indelicada, você é minha visita.
Ele diz
_ Aline!
Gritou.
Aline abriu a porta.
Júlia suspirou imaginando que aqueles dois iriam se desentender.
_ sim?
Ela perguntou os olhos vermelhos de chorar
Raul notou, e se sentiu o mais canalha dos seres.
_ peça desculpas a senhorita Júlia.
_ por que deveria? - Aline o perguntou sem desviar os olhos dele.
_ Raul, não se preocupe com isso.
Júlia pediu.
_ por que você esta na minha casa, e Júlia é minha visita e você foi indelicada com ela.
_ é claro que fui indelicada! Quando o mais propenso a usar de delicadeza aqui é você! então o faça, seja delicado com ela, mas não esqueça que sei que é a mim quem deseja!
Ela entrou para o quarto e fechou a porta.
Júlia riu
_ você mereceu isso, senhor de gelo.
Ela o diz e sentou-se no sofá
_ percebeu?
Ele perguntou a Júlia desnorteado.
_ ela esta furiosa e com razão, meu bem. O que esperava?
_ vou beber um pouco mais.
_ desta maneira você se tornara alcoólatra Raul.
_ talvez sim! Não percebe que tenho as mãos atadas?
Júlia o fitou e deu um longo suspiro.
_ bem, eu já vou vê se não discute com ela. Ao invés de beber deveria dormir sócio. Olhe para você parece um psicótico.
Raul a fitou, Júlia era sua amiga e estava preocupada com o estado de Raul.
_ sei me cuidar, Julia.
_ claro que sabe, por isso foi até minha casa chorando feito um bebe.
_ entrei em desespero.
_ sei. - Julia o fitou _ pense bem antes de agir, meu caro.
_ tem como pensar com aquela mulher nos braços? Você conseguiria?
_ tem razão! finalmente! Eu teria feito o mesmo, porém, não iria parar, e nem deixa-la depois de transar com ela como você o fez feito um covarde! Vou indo. Não beba até de manhã.
Ele ficou ali mesmo perdido em pensamentos.
Raul fechou os olhos, e se viu na sua cama com Aline desfrutando as delícias do amor em sua plenitude.
O êxtase, a loucura daquele novo sentimento.
" Que vacilo."
- pensou.
Um solteiro convicto totalmente enlouquecido de paixão e amor.
_ amor?
Perguntou-se, não podia amar Aline. De nenhuma forma, além de um amor fraterno apenas.
Tinha que esquecê-la, pior tinha que fazê-lo esquecê-lo.
Amanhecia.
Ele tomou um longo banho havia uma marca de Aline em seu corpo, um arranhão.
Gemeu.
Logo todas as lembranças vem a tona.
Não esqueceria aquele momento de paixão e êxtase vivido com Aline, talvez nunca.
Como de costume, tomava o seu café.
Aline despertou em seu corpo o cheiro de Raul e o gosto de seus lábios em seu paladar.
Aline jamais esqueceria o amor que fizera com Raul.
Suspirou, e saiu para um banho. ao sair notou que ele a observava recostado sobre a porta da sala.
_ ontem à noite... Acho que nós - ele começou.
Ela o interrompe.
_ ontem à noite você me machucou demais Raul.
_ sim. Eu sei.
Lembrou-se dos momentos.
_ não vou esquecer-me disto pois, você fez eu me sentir especial.
Ela o disse notou o desapontamento dela.
_ não foi minha intenção magoar você, Aline.
_ então não magoe.
Ela murmurou.
_ parece fácil dizer, mas você provoca tudo isso.
_ eu não provoco com que você passe tuas noites embriagando-se, ou tentando parecer indiferente ao que sentimos.
Ela tinha razão.
_ o fato de me embriagar não diz respeito a você.
_ pois, não tenho certeza.
_ estou lhe dizendo.
Diz ele, Ela continua.
_ o que quer provar Raul?
_ absolutamente nada. - Respondeu com frieza.
_ eu sei que me ama, e sei como sente.
Ela afirmou.
_ você nem mesmo sabe o que é isso, é jovem demais.
Aline virou o rosto como que sentisse um golpe.
_ por esse mesmo motivo,sei.
Diz ela em um fio de voz.
_ imagino que saiba com sua larga vivencia.
_ você não tem que me fazer odia-lo Raul.
_ então fique longe de mim Aline.
Disto isto, Raul saiu.
Aline jogou-se no sofá e chorou mais uma vez.
Enquanto Raul dirigia ate o seu trabalho, tudo que conseguia pensar era em como poderia resistir a todas aquela emoções.
Ao amor por Aline.
Ao prazer que ela o proporcionava.
Aos encantos de seu toque, seus beijos e sua paixão escancarada por ele.
Seu calor, sua vontade de estar ao seu lado.
O que ele poderia fazer?
Ele chegou ao trabalho.
_ como esta hoje Raul?
Julia o observou ao perguntar.
_ eu já nem sei como me sinto Júlia.
_ discutiram ontem?
_ não.
_ querido, por que não se decide? Não percebe que esta apaixonado? Você esta magoando a Aline.
Ele suspirou pesadamente.
_ é estou magoando-a e estou apaixonado, mas não posso e não devo estar.
_ ainda com isso? Esta feito. O que tem a perder?
_ nada. Ela sim, a juventude os sonhos, porque se a torno minha, a farei minha esposa e ela só tem vinte anos.
_ o que acontece com você afinal Raul? Você já a tornou sua Don Juan. Ela esta na sua, e você não admite que esta louco por ela, isso parece uma novela mexicana.
Ele sorri.
_ eu diria que mais parece um filme triste.
_ por que você faz parecer assim, enfim, já conversou com ela sobre o tal projeto de envolvê-la na empresa?
_ eu não tenho cabeça para isso.
_ pois resolva suas questões. E logo.
_ esta me dando um conselho profissional?
_ diria um conselho para sua vida em um todo. Desta maneira vai enlouquecer.
Raul constatou que sim.
_ acho que já enlouqueci querida sócia.
_ este martírio só terá fim quando você assumir o que sente.
_ é como viver o paraíso no inferno.
comentou.
_ o inferno esta no seu próprio preconceito.
Ele a fitou.
_ não é preconceito.
_ tem certeza? Pois, acho que sim, você se considera um velho para a mulher que ama!
_ ela tem vinte anos e eu sou tão velho que estou no lugar do pai dela. Isso não é óbvio?
_ e daí? Isso não a impediu de querer você, ou sim? O fato é que você não pensa direito omisso aos seus próprios sentimentos.
_ já me decidi sobre isso e sou adulto, enfrentarei esta fase.
Júlia riu.
_ sim... Enfrentará a levando para cama e se arrependendo depois.
_ Julia, poderia não me lembrar disto...
Murmurou.
_ esta desta forma por este motivo homem!
_ me sinto um idiota.
_ o amor nos torna idiotas.
Eles riram.
O dia correu, e logo, anoitecia.
Em seu carro, ele pensa nas ultimas semanas vividas, e como sofria com os acontecimentos.
Raul não conseguia chegar a uma resolução, apaixonado por sua protegida sabia o que teria que enfrentar.
Estava cada dia vez mais difícil obter argumentos para não viver aquele forte sentimento.
Lembrou de quando a beijara. Aline era a filha do seu amigo a viu crescer, viu quando ela se tornou mulher, a fez mulher!
Gemeu ao lembrar-se dos momentos vividos por eles, nunca havia sido tão docemente erótico e tão fortemente envolvente.
Constatando que realmente a amava e isso não restava duvidas.
Ele chega ao apartamento ela estava no sofá assistindo TV.
_ oi. - ele disse
_ oi, Raul.
Ela disse sem olhar para ele.
Ele se aproxima sentando-se ao lado dela que estava linda como sempre.
Os cabelos em forma de coque deixando a mostra o pescoço que ele beijara.
Tão sexy. Raul não poderia evitar, e olhou para os labios de Aline louco por beija-los.
_ como foi seu dia?
Buscou afastar os pensamentos.
_ normal. Como sempre aqui.
_ tenho que levá-la ao médico amanhã.
_ eu recuperei minha memória.
_ eu sei.
_ gostaria de não lembrar.
Disse triste.
_ e esquecer tudo o que viveu?
_ esquercer-me de você.
Ele suspirou
_ isso acontecera mais cedo ou mais tarde, Aline.
_ não tenho certeza.
_ eu tenho certeza. Você é jovem Aline. Encontrara o amor.
Ela levantou-se.
_ eu a o encontrei Raul este amor não me quer.
Ele a puxou para si, e seus lábios quase se chocaram.
_ acha mesmo que eu não a quero?
_ você luta contra o que esta acontecendo.
Raul a soltou.
_ isso porque não tem que acontecer. Posso impedir isso.
_ você não pode controlar tudo.
_ não quando se trata de você Aline, você me deixa completamente perdido.
Confessou.
_ nos achamos quando você deixa acontecer.
Ela murmurou.
_ não. Não acontecerá mais, eu nunca mais toco em você.
_ então deixe-me ir.
_ ir? Ir para onde?
_ para longe de você!
Aline grita.
_ isso não esta em questão, em nenhuma hipótese sairia daqui, você é minha responsabilidade.
Quando ele dizia aquilo ela se sentia dilacerada.
Aline já era uma mulher não queria ser tratada como uma criança desprotegida e frágil.
E menos pelo o homem a quem amava.
_ não percebe que sou uma mulher?
Ele a olhou
_ Sim, percebo. - ele disse enquanto a olhava dentro dos olhos.
Aline calou-se.
_ e você não me disse que era virgem, e me senti um cretino como ainda me sinto.
_ eu não planejei isso Raul. Aconteceu.
_ não planejou? Pois eu lhe digo que Sim, você planejou! Eu chego do trabalho e você havia preparado um jantar para mim, estava linda me esperando doce, carinhosa, quente. Eu enlouquecido não resisti mas, não haverá mais possibilidades de eu cair nos teus encantos.
_ você disse que queria uma esposa.
Aquelas palavras o emocionam, por isso ela fez tudo àquilo por demonstrar que ela poderia ser o que almejava em uma mulher.
_ sim, quero uma esposa, e não tenho mais tempo para perder com paixonites.
_ é isso o que eu sou? Uma paixonite?
Ele suspirou profundamente antes de dizer:
_ não, não é isso o que você é para mim, Aline e sim, isso o que eu sou para você.
_ não. Definitivamente não você nao poderia ser uma paixonite quando eu amo você, Raul.
_ isso vai passar Aline. Vai esquecer isso.
_ esta nos condenando. Não percebe o que esta fazendo? Condena-nos por motivos banais.
_ por Deus! Banais? O que você não vê é o somos. Somos incompatíveis Aline. O destino nos juntou na hora errada.
Foi o julgamento de Raul irredutível.
Raul jamais aceitaria aquele amor.
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