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Antes do Banquete

Brasil - 31 de Outubro de 1999

Leonardo acelerou sua Ferrari 360 Modena. A rodovia estava quase vazia, o que era uma bênção para ele, pois o rapaz detestava não poder dirigir em alta velocidade. A adrenalina gerada pelo perigo da alta velocidade e os efeitos da cocaína que circulava pelo organismo, fazia Leonardo ascender aos céus.

Era um prazer demoníaco, perigoso e terrível. Ele tinha consciência disso, mas não poderia parar. Não suportava o tédio de ter tudo o que um homem rico e belo poderia ter, então resolveu usufruir daquilo que não lhe era permitido. Drogas ilícitas, rinhas de animais, dezenas de prostitutas.

Com vinte anos Leonardo já estava entregue aos vícios da vida, mas uma pessoa comum jamais adivinharia seus segredos. Ele era alto, tinha cabelos lisos e quase negros com uma franja média que trazia sempre penteada em um topete seguro por gel. Sua pele era bronzeada e os olhos castanhos tinham formato um pouco arredondado, o que, em conjunto com os lábios cheios e rosados, lhe dava uma aparência de alguém inocente. Pelo menos um pouco inocente, já que o maxilar quadrado e bem marcado e o corpo atlético arrancavam suspiros das mulheres.

Seu aniversário era naquele dia, e apenas por esse motivo se obrigou a ir para a fazenda, onde os pais comemorariam em família.

Serjey Kriastoff e Madalena Kriastoff eram seus pais. Leo tinha duas irmãs. A mais nova contava cinco anos de idade, tinha a mesma aparência angelical que o irmão, mas em um rosto ovalado que a fazia se assemelhar a algum ser superior. A garotinha se chamava Betriz e era louca pelo irmão. Sempre que o via, corria para dar-lhe um abraço apertado e cheio de ternura. Ele amava quando ela sorria, a falta de alguns dentes fazia com que Betriz parecesse ainda mais inocente.

A outra irmã era quinze anos mais velha que o rapaz. Ana era casada e recentemente tivera um bebê. Leonardo o vira poucas vezes, mas gostava da criança gorducha e desajeitada que sorria todas as vezes que visitava os braços do tio.

Ana dizia que Marcos gostava mais de Leonardo do que dela, e por algum motivo, ele se sentia orgulhoso por isso. Mais que orgulhoso, ele se sentia completo. O amor das crianças é algo que você não pode comprar, você precisa receber, é um presente único e especial. Quando estava perto da irmãzinha e do sobrinho, Leo se sentia puro.

No banco do passageiro estava Aleska.

A mulher alta, esguia, de cabelo longo, liso, louro, olhos azuis e lábios carnudos era uma modelo em início de carreira. A namorada de Leonardo que seria apresentada durante o jantar.

Pelo canto do olho protegido por um óculos modelo aviador, Leonardo observou Aleska limpar os resquícios do pó branco que estavam nas laterais do nariz e em seguida enfeitar a boca com um batom vermelho que estava dentro de sua bolsa.

Leonardo deslizou o olhar até as coxas totalmente expostas pelo desalinho do vestido extremamente curto e colado. Notou um pouco de pele onde deveria estar coberto por renda, Aleska estava sem calcinha.

Ele sentiu uma fisgada no baixo ventre e tentou focar sua atenção nos últimos quilômetros de asfalto.

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- É uma alegria vê-lo em tão boa forma, senhor. - Jardas cumprimentou.

Jardas era o mordomo da família. Como eram muito ricos e ocupados, precisavam de alguém de confiança para cuidar das tarefas domésticas. O homem viera muito bem recomendado, falava cinco idiomas e seu último trabalho fora para um idoso sueco que facelera. Seus modos eram impecáveis e sempre que algum visitante chegava a mãe se gabava da eficiência do mordomo.

- Esta é Aleska. - Leonardo apresentou a namorada.

O mordomo fez um cumprimento elegante.

- Onde está mamãe? - Leo perguntou enquanto esticava o pescoço na tentativa de vislumbrar alguém.

- Estão todos no labirinto, senhor.

Jardas indicou que o seguissem.

A casa da fazenda era uma das menores propriedades da família. Tinha apenas quinze quartos de dormir, então poucas pessoas tinham a sorte de receber um convite para estar ali. Nessa ocasião em especial, com exceção do jardineiro, o mordomo, as cozinheiras e as faxineiras, não havia mais ninguém por lá. A propriedade era grande em extensão e o vizinho mais próximo estava a no mínimo quinze quilômetros de distância.

Havia uma cidadezinha à trinta quilômetros dali, mas era tão pequena que nem valia o esforço de uma visita.

A casa tinha todos os cômodos que um milionário acha essencial para sua sobrevivência. A decoração não era muito pomposa, mas era muito elegante e cara. Havia objetos que por si já valeriam uma pequena fortuna, telas, cerâmicas e tapeçarias, por exemplo.

Na casa também havia um cofre, mas ninguém, além do patriarca, sabia ao certo se algo muito valioso ficava trancado ali. A verdade é que nem mesmo se importavam.

Jardas, Leonardo e Aleska saíram da casa e entraram em um amplo jardim muito bem cuidado. Havia decoração de Halloween por todas as partes. Abóboras cortadas como faces assustadoras, lâmpadas penduradas, uma ampla tenda negra sob a qual a comida seria servida.

Havia um labirinto de cervca viva, algo elegante e um pouco demodé. O mapa era um pouco complexo, mas nada impossível.

Na entrada do labirinto, dois esqueletos faziam as vezes de guardiões. Posicionados um de cada lado, seguravam gadanas que até pareciam reais.

Leo fixou os olhos na direção da entrada do labirinto e percebeu que uma miniatura de ser humano, vestida em um vestido rosado de saia ampla, corria em sua direção gritando seu nome e agitando os pequenos braços em uma alegria profunda.

O rapaz abriu um largo sorriso. Retirou os óculos e jogou no chão antes de se agachar e abrir os braços para receber o carinho da irmã.

Betriz se lançou contra o rapaz e o fez perder o equilíbrio. O resultado foi que ele caiu para trás enquanto segurava a irmã sobre o peito, não queria que ela se machucasse.

Leonardo se contorceu e colocou Betriz de pé enquanto se sentava para observar seu rostinho. Ela vibrava de alegria e de sua boca saia uma torrente de informações sobre a comemoração daquela noite. O irmão mais velho riu enquanto contemplava aqueles pequenos olhos cintilantes de alegria.

- Leo, Leo! O labirinto está muito assustador. - Disse Betriz enquanto fazia uma careta de medo. - Mamãe disse que só posso entrar se estiver acompanhada.

- Mesmo? - Leonardo fingiu surpresa.

- Sim! - Betriz deu um pulinho. - Você me leva? - Pediu enquanto abria bem os olhos.

- Claro que ele vai levar você.

Era a mãe.

Leonardo se levantou e a cumprimentou com um abraço apertado. Aspirou bem o cheiro dela antes de soltá-la. O abraço era bom e familiar.

Ele se afastou um passo e observou a mãe. Continuava tão linda como sempre fora.

Em seguida viu a irmã que trazia seu bebê no colo, ele tinha crescido um bocado no tempo em que não tinham se visto, mas parece que ainda se lembrava do tio, pois assim que o viu, esticou os bracinhos pedindo para trocar de colo.

Ana resmungou um "traidor", mas mesmo assim entregou o filho.

O bebê sorriu para Leonardo, exibindo dois dentinhos que despontavam em sua gengiva rosada.

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Leonardo e Aleska foram colocados em quartos separados.

Enquanto se olhava em um enorme espelho de seu aposento, Leo refletia sobre como se sentia feliz. Seu rosto estava menos duro e escolheu roupas mais leves. Apesar de ser Halloween, ninguém iria se fantasiar, bastava a decoração do jardim.

Leo tinha vestido uma calça de tecido leve, o corte reto realçava suas coxas. A camiseta era gola polo de cor branca. E nos pés um par de mocassins.

Após pentear os cabelos, Leo pegou seu perfume e borrifou no pescoço.

Alguém bateu na porta.

Ele inspirou fundo e pensou que na certa era Betriz, ansiosa para apressar o ritual de corte do bolo.

Ficou um pouco suspreso quando abriu a porta, pois encontrou-se com Aleska.

- O que deseja? - Leonardo franziu o cenho, confuso.

- Sou sua namorada, não posso ficar por perto? - Aleska se enfiou no quarto sem esperar um convite.

- Claro que pode. - Leo fechou a porta atrás de si.

Aleska andou até a beira da cama e se sentou. Depois tirou algo de entre os seios e colocou sobre o criado mudo. Em seguida, derramou o pó sobre a madeira e com o auxílio do palito que retirou do cabelo, começou a ajeitar as carreiras.

Leonardo atravessou o quarto a passos largos e agarrou o pulso de Aleska, forçando-a a ficar em pé.

Uma fúria inexplicável invadiu seu peito.

- Qual é Leo, vai bancar o careta? - Aleska fez uma careta de desgosto enquanto soltava o braço. - Pensei que quisesse aproveitar o aniversário.

- Não com essa merda! - Leonardo olhou furioso para a cocaína que estava espalhada de maneira irregular.

- Hipócrita! - Aleska apontou o indicador na direção do rosto de Leo.

Enfurecido, ele jogou a mulher sobre o colchão e a imprensou com seu corpo.

- Minhas irmãs podem entrar neste quarto a qualquer momento! - Rosnou. - Elas são inocentes, eu não quero elas perto dessa porcaria.

- Aposto que sua irmãzinha mais velha já encheu o rabo de pó.

Aleska nem viu o tapa que atingiu seu rosto.

- Nunca mais, nunca mais abra esta boca indigna para falar mal de minha família! - Leonardo a segurava pelos ombros e a chacoalhava. - Principalmente de minhas irmãs!

Leonardo se levantou e saiu do quarto com passos firmes, deixando para trás uma Aleska cheia de orgulho ferido.

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Mais tarde Leonardo conversava com a mãe sobre o exagero da refeição. Era um enorme banquete para poucas pessoas.

A mãe se justificou dizendo que chamara o delegado e a família para que ceassem com eles.

Leonardo concordou com a cabeça. O delegado era um homem enfadonho, mas ele não queria desagradar a mãe.

Se sentia um pouco culpado pela maneira como tratado Aleska. Resolveu pedir desculpas. Vira ele entrar no labirinto poucos minutos antes.

- Mãe, acho que vou procurar Aleska. - Leo informou.

- Tudo bem, voltem depressa, o delegado já vai chegar. De toda forma, já nos sentaremos à mesa. - A mãe fez um aceno para Ana indicando a direção da mesa.

- Sim, mamãe. Voltaremos em breve. - Prometeu.

Leo então se dirigiu ao labirinto.

A decoração interna estava realmente boa. Havia morcegos de plástico por toda parte, alguns lençóis simulando fantasmas, cabeças de abóbora iluminadas de maneira fantasmagórica, esqueletos segurando facas e outros detalhes assustadores.

O rapaz encontrou a namorada no centro do labirinto, onde havia um banco de mármore.

Aleska estava ajoelhada.

- Aleska, me desculpe. - Leo se aproximou na semi escuridão.

A mulher virou a cabeça, um pouco assustada.

- Me deixe em paz! - Se defendeu.

- Me perdoa, eu não quis ser agressivo. - Ele se ajoelhou ao lado dela e apoiou o cotovelo nos bancos.

- À merda. - Aleska resmungou.

- Me perdoa rápido, precisamos ir jantar. - Pediu.

- Só se você cheirar comigo. - Aleska esboçou um sorriso cruel.

- Não...

- Então não tem acordo. - Ela cortou a fala dele.

Leonardo expirou fundo e depois bufou.

- Tudo bem. - Cedeu.

Aleska mais que depressa tirou de entre os seios a trouxinha de pó branco e o organizou sobre a superfície mármorea. Depois enrolou um papel qualquer que estava entre os seios e cheirou uma carreira.

Em seguida foi a vez de Leonardo. E de novo. E outra vez.

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Leonardo seguiu Aleska que corria pelos mal iluminados corredores do labirinto.

Os enfeites estavam vivos e atrapalhavam seu caminho.

Uma abóbora flutuou lançando suas luzes assustadoras para em seguida voar violentamente contra o peito de Leonardo. Ele sentiu falta de ar, colocou a mão sobre o peito e se ajoelhou sobre os restos da abóbora que se espatifara no chão. Foi quando um dos esqueletos se moveu, seguido por outro. Com movimentos ágeis eles tentaram esfaquear o rapaz, mas ele engatinhou pelo caminho chão parecia fluido e o rapaz caiu com a face na grama.

Não houve trégua, outro esqueleto se desprendeu da parede e baixou uma gadana sobre o local onde alguns segundos antes, estivera o pescoço do jovem. Apesar da agilidade, Leo não conseguiu livrar o braço onde um talho foi aberto pela ponta da lâmina afiada.

Desesperado, se levantou enquanto se impulsionava para frente, precisava sair daquele lugar, mas um dos fantasmas se posicionou bem no centro do caminho.

O lençol não estava limpo, havia nele uma grande mancha vermelha. O fantasma soltou um riso debochado e se agitou. En seguida, jogou algo aos pés de Leonardo.

As pernas de Leonardo quase cederam quando seus olhos focaram o cadáver de Bisteca, o cãozinho de Betriz. O pescoço do animal tinha sido cortado, seus pequenos olhos estavam vidrados no nada e a língua pendia para fora.

Leonardo se apoiou na parede do labirinto antes de vomitar nos próprios pés. O fantasma riu outra vez e flutuou pelo corredor, para longe dele.

Então um dos esqueletos o alcançou. E ele se viu obrigado pular o cadáver de Bisteca e correr para a saída do labirinto.

- Que merda está acontecendo?! - Gritou ofegante enquanto corria do esqueleto.

Quando chegava à entrada do labirinto viu a forma esguia de Aleska. Ela se virou e sorriu para ele, antes de uma gadana cortar seu pescoço.

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O rapaz acordou com uma luz forte sobre o rosto.

A cabeça latejava. O corpo doía.

Confuso, tentou focar o olhar em quem segurava a lanterna.

"Ele acordou", ouviu uma voz distante dizer.

"Chama o delegado!" Outra voz se manifestou.

Leonardo fez um enorme esforço para se sentar.

Estava no centro do labirinto, havia mais luzes ali que antes de ele desmaiar. Bom, pelo menos ele supunha que tinha desmaiado.

Os olhos ardiam. O rapaz esfregou a mão sobre eles e sentiu uma textura estranha que cobria a pele da palma da mão.

Então ele afastou a palma e tentou entender que espécie de sujeira era aquela. No entanto, seu olfato identificou antes da visão. Era sangue.

O coração do rapaz acelerou.

Olhou para a camiseta branca que estava coberta de sangue. Passou a mão sobre o braço esquerdo e sentiu o corte coberto por sangue seco. Fitou o chão perto de si onde havia uma gadana coberta de sangue.

Ele sacudiu a cabeça.

- Betriz? Aleska? Mãe? -Leo chamou.

- Estão todos mortos. - O delegado respondeu.

Leonardo ouviu um zumbido como se alguém tivesse atirado perto de seu ouvido.

- Leonardo Kriastoff, você está preso sob suspeita de homicídio doloso. - O delegado avisou.

- Mas eu não fiz... o que está acontecendo?! - Leonardo tentou se levantar, mas não conseguiu.

- Bom, você quer saber o que eu acho que aconteceu? Você se entupiu de pó, ficou louco e matou todos da sua família. - O homem estava parado com a mão na cintura.

- Vamos rapazes... - acenou para dois policiais que estavam ali perto.

Um dos homens ergueu Leonardo e o outro o algemou. Ainda atordoado, ele foi conduzido pelos corredores do labirinto.

Todos os enfeites estavam caídos no chão, havia uma abóbora esmagada e perto da saída, o corpo de Bisteca jazia degolado.

Quando saiu do labirinto, sob a luz de lampiões à gas, Leonardo viu algo queimado.

Ele foi conduzido pelo espaço onde antes estivera uma mesa de jantar coberta por um saboroso banquete. Agora havia apenas carvão.

Os policiais pararam ele bruscamente em frente à um espaço onde estavam as cadeiras especiais para que as crianças pudessem se sentar à mesa.

As cadeirinhas estavam ali ainda, intactas.

Quando alguém iluminou o local com o feixe de potentes lanternas, Leonardo viu em detalhes. Betriz estava degolada, sentada em sua cadeira cor de rosa. Marcos, seu sobrinho, também fora degolado.

As pernas de Leonardo cederam e ele caiu de joelhos.

Ele ainda nem percebera, que a mansão fora incendiada.

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