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3

— Como está se sentindo, Charlie?

— Capturado, mas você é subordinado dele, então não deve se importar — respondeu secamente.

Assim como todo o resto do apartamento, a sala de estar era igualmente elegante e espaçosa. Um ilustre segurando milhares de cristais em suas curvas pendia do teto, iluminando os dois psicólogos abaixo.

O terapeuta tentava ao máximo fazer Charlie sentir-se à vontade, porém seus esforços eram como óleo sendo jogado em um incêndio. Cada vez que ele abria boca, Charlie lembrava-se que aquele maldito psicólogo era contratado por Leonid. Cruzou os braços e encostou-se na poltrona, desinteressado.

— É assim que se sente, preso? — O psicólogo tentou mais uma vez.

— E quem não sentiria depois de acordar sem memórias e preso em um apartamento idiota cujo o dono é um assassino maluco?

O terapeuta coçou a cabeça, confuso.

O mordomo trajado em um terno refinado sob a medida de seu corpo forte entrou na sala, carregando uma bandeja com dois copos de suco. Charlie observou a movimentação dele com um estranho interesse. De alguma forma, ele conhecia aquele mordomo de cabelo grisalho e barba perfeitamente aparada.

— Aqui estão as bebidas para os senhores, é bom tomar vitaminas durante a manhã — pousou os copos na mesa de centro entre os dois assentos.

— Eu te conheço? — Charlie continuou a fitar o mordomo.

— Creio que sim, senhor Evans. É uma pena o que tenha acontecido com você — posicionou-se diante de Charlie, mantendo uma postura elegante com uma mão para trás enquanto a outra seguia equilibrando a bandeja.

— Você se chama Fi...

— Fiódor — ele completou, sorrindo.

O psicólogo se apressou em anotar algo na prancheta.

— Não irei atrapalhar a sessão de vocês, até logo — Fiódor se retirou.

Charlie o observou partir, abismado. Sentia como se engrenagens estivessem começando a girar dentro da sua mente.

— Eu lembro daquele homem... Como?

— Você é Charlie Evans, jamais se esqueça disso. O passado será como um dejavu repentino, em breve se tornará claro e finalmente você irá entender — explicou pacientemente.

— Charlie Evans Petrov — corrigiu.

Temeroso, o homem se colocou para frente e olhou para os lados à procura de algo. Quando pareceu não encontrar nada, voltou a atenção para Charlie.

— O senhor Makarov não permitiu que eu usasse esse sobrenome.

Charlie riu, surpreso.

— Você está de brincadeira, né?

— Bom, minha missão é te ajudar, e aqui estou — o psicólogo voltou a relaxar no assento.

— Eu acho que vocês do mundo do crime não sabem como funciona uma terapia. Desse jeito, você nunca vai me ajudar, e de qualquer forma, prefiro recobrar minhas memórias sozinho, não preciso de um capanga daquele desgraçado. Eu decido a minha verdade, e pode ter certeza que ela não envolve Leonid Makarov.

Levantou-se da poltrona e voltou para a suíte, onde trancou a porta e se jogou na cama, cansado de toda aquela conversa fiada.

Era fácil dizer em voz alta que sua verdade não envolvia de modo algum Leonid quando sabia esconder seus sentimentos mais profundos e inquietantes. Se recusava a acreditar que todos aqueles sentimentos confusos eram desejo pelo homem que ele não confiava.

Charlie chegou ao ponto de preferir estar trancado naquele quarto longe de Leonid ao permanecer próximo a ele, pois quando isso acontecia, seu coração acelerava e seu corpo pedia por toques, como se sua pele tivesse memória própria e lembrasse das mãos grossas e macias de Leonid trilhando um caminho profano.

Suspirou, confuso.

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Ao anoitecer, nenhuma batida pôde ser escutada na porta quando o relógio indicou que era hora do jantar. Charlie puxou a porta e olhou para o corredor. Nenhum prato deixado no chão.

Afrouxou o roupão no corpo e caminhou até a sala. Nenhum sinal de vida. Todas as luzes estavam apagadas, com exceção da cozinha. Um forte cheiro gostoso vinha de lá. Charlie se aproximou do vão da porta da cozinha e olhou furtivamente, se deparando com o mordomo Fiódor de costas, preparando o jantar. O homem usava uma colher para misturar o macarrão com vários tipos de molhos na panela.

Nenhum sinal de Leonid Makarov. Era a chance de Charlie.

Voltou para a sala e correu até a porta que o levou direto para os corredores do prédio. No final do corredor, um elevador. Leonid não era um homem tão inteligente quanto ele pensava, afinal de contas.

Aproximou-se do painel e chamou pelo elevador. As portas metálicas se abriram automaticamente. Charlie entrou apressadamente e pressionou o botão para o primeiro andar. Sentiu a caixa metálica descer lentamente em direção ao saguão.

Estar à beira da liberdade era excitante.

Observou a si mesmo através do espelho nas paredes do elevador. Desamarrou o roupão e o abriu parcialmente, deixando à mostra suas pernas e barriga desnudas. Apenas uma cueca separava Charlie da nudez completa. Com toda certeza Leonid odiaria esse visual, porém o psicólogo não se importava nem um pouco. Na verdade, ele amava ir contra o que aquele desgraçado gostava.

Ao chegar no saguão, o elevador apitou anunciando sua chegada. As portas se abriram.

Era um plano fácil. Charlie sairia do elevador e correria até as portas giratórias no fim do saguão que dava acesso às ruas movimentadas de Moscou. Talvez ele chamaria a polícia ou voltaria para Alexander Petrov e descobriria o restante de seu passado incerto.

Entretanto, a vida costuma ser uma caixinha de surpresas.

Diante das portas do elevador no exato momento que as portas se abriram, lá estava Leonid Makarov, imóvel. Mantinha as duas mãos no bolso. Flagrou aquele roupão aberto e o corpo de Charlie visível. Juntou as sobrancelhas, bravo.

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