VIII
Quando deixara a mansão Makarov, Charlie prometeu a si mesmo que jamais iria voltar a se encontrar com Leonid. Uma promessa revestida de porcelana que se quebrou em pedaços a partir do momento que aquele maldito homem aparecera em seu apartamento no meio da madrugada.
Charlie ainda o odiava profundamente, porém naquela fatídica noite, ele e Leonid foderam no chão da sala, na pia do banheiro, na cama do quarto, no fogão da cozinha, embaixo do chuveiro, dentro do closet. Fizeram sexo pelo resto da madrugada, como dois animais no cio.
Quando o sol começou a despontar no céu em mais uma manhã de domingo, enfim descansaram seus corpos exaustos em um sono profundo.
Quando o ponteiro do relógio indicou uma hora da tarde, a campainha tocou. Charlie abriu os olhos, praguejando mentalmente quem quer que estivesse tentando fazê-lo sair da cama. Os braços de Leonid estavam envoltos de sua barriga. Dormindo daquele modo, Leonid parecia indefeso. Charlie o admirou por alguns minutos antes da campainha tocar novamente. Revirou os olhos, irritado.
Afastou o braço de Leo e se levantou da cama. Correu até o guarda-roupa e vestiu rapidamente um roupão preto. A campainha tocou uma outra vez.
— Quem tá enchendo meu saco logo em um domingo?! — Resmungou caminhando até a porta.
Quando puxou a maçaneta, se deparou com a tia Mosketa. Ela estava trajada com um vestido rosa coberto por um avental florido. Seus cabelos loiros estavam amarrados em um coque desajeitado.
— Se esqueceu, não foi?
— Do que? — Charlie vasculhou suas memórias. — Ah.... O churrasco no terraço.
— Isso mesmo, querido! Todos os hóspedes estão lá em cima nesse exato momento — ela colocou as mãos na cintura, indignada.
— Mil perdões, eu acabei dormindo demais hoje. Foi o cansaço do trabalho da semana. Vou me arrumar rapidinho e já subo!
— E chame seu homem para subir junto também.
— Homem? Que homem?! — Charlie exclamou, envergonhado.
— Não seja tolo, sei tudo o que acontece nesse prédio, querido. Além disso, o tapete do corredor estava molhado.
— Me desculpa, tia Mosketa, prometo que não vai acontecer de novo! — Charlie odiava sentir que estava sendo um incômodo para as pessoas, principalmente por aquelas que ele gostava.
— Que nada, está tudo bem. Também já fui jovem, querido. Lembro-me como se fosse ontem quando eu dava uns amassos com meu namorado escondido do meu pai. No sigilo é uma delícia, não é? — Ela começou a rir enquanto cutucava Charlie, que se encolheu, envergonhado.
— Me perdoe, mesmo.
— Só te perdoo se você subir daqui dez minutos. Estamos te esperando.
— Tá bom, só vou me...
— Quem está aí? — A voz de Leonid o interrompeu.
Lá estava ele, como uma escultura grega perfeitamente esculpida pelo melhor artista da Grécia. E assim como uma escultura, Leonid estava pelado. Tia Mosketa arregalou os olhos, chocada.
— ATÉ DEPOIS! — Charlie bateu à porta. — NO QUE VOCÊ TAVA PENSANDO EM APARECER ASSIM COM A PINGOLA APARECENDO?!
Correu até o sofá e agarrou um travesseiro, o jogando em Leonid para que ele tapasse seu membro. Mesmo mole, aquela coisa ainda era grande.
— Apenas vim ver o que estava acontecendo — Leonid usou a almofada para enxugar o suor na testa e depois a jogou no chão.
— Você precisa ir, agora!
— Pensei ter escutado algo sobre um churrasco.
— Pois é, pelo visto a linguiça você já trouxe — Charlie retrucou, enraivecido.
— E você degustou bem dela ontem. Hehe.
Charlie suspirou, contendo sua raiva.
— Tá bom, vamos logo antes que a tia Mosketa me mate.
— Tem alguma roupa para mim?
— Vou tentar achar algo que sirva em você.
Só espero que esse homem não acabe com a minha reputação na frente dos outros hóspedes!
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