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IV

Quando chegaram à residência Makarov, Victoria estava sentada na poltrona da sala de descanso imersa em um livro chamado Garota Exemplar. Cessou a leitura quando percebeu a chegada repentina de Charlie e Leonid pela porta de entrada da mansão.

— Quem diria que eu voltaria a vê-lo por aqui — a mulher esbelta se levantou e caminhou até Charlie, o abraçando amigavelmente.

Impressionado, Charlie retribuiu o gesto de carinho. Semanas atrás, ela havia o ameaçado. Era impressionante como uma situação poderia mudar em questões de dias das formas mais estranhas possíveis.

— É bom ver você bem, Victoria — separou o abraço. — Como está indo desde aquele dia? Tomou alguma decisão em relação ao que conversamos?

— Ainda estou pensando, sinceramente.

— Podem me explicar o contexto de tudo isso? — Com as mãos no bolso, Leonid estava em segundo plano durante aquele reencontro.

— Meu querido irmão, ele sabe — Victoria gesticulou para Charlie.

Leonid levantou as sobrancelhas, impressionado.

— Eu também fiquei exatamente com essa mesma cara — Charlie comentou, sorrindo.

— Não sou a única a estar escondendo algo aqui, não é? — Ela cruzou os braços. — Vocês. O que está rolando? Sexo casual ou namoro?

Charlie corou, envergonhado. Não estava preparado para refletir sobre uma possível definição que refletisse perfeitamente a relação entre ele e Leonid. Tudo começou da forma mais caótica possível, e aparentemente os acontecimentos seguiriam com essa mesma energia.

— Estamos vendo — Leonid deu o veredito.

— Sabe de uma coisa, Charlie: esse brutamontes pomposo passava dias te observando ao invés de te matar no Reino Unido. O fato dele ter essa tendência homossexual era nosso segredinho — Victoria contornou os ombros rígidos de Leonid. — Ouvi dizer que ele até pagou sua faculdade.

— E eu o agradeço muito por isso — Charlie sorriu.

— Vamos parando, ok? — Leonid tirou os braços de Victoria de seus ombros delicadamente.

— Nada mais do que justo jogarmos um jogo para Charlie fazer parte da família.

— Que jogo?

Aquela conversa os levaram até o quintal da mansão Makarov, onde Charlie se deparou com muros revestidos de folhas formando um labirinto com várias entradas, mas apenas uma saída.

Victoria deixou Leonid e Charlie parados em frente ao labirinto.

— Pode me explicar esse jogo? Ainda não entendi — Charlie indagou, curioso.

— Tiro ao alvo com armas de paintball. Nós somos alvos. Iremos nos caçar pelo labirinto até restar uma pessoa. Eu e Victoria jogamos esse jogo desde quando éramos crianças. Sempre venci — enquanto falava, Leonid parecia estar relembrando tempos de guerra ao invés de uma simples brincadeira. Charlie achou graça.

— Mas hoje isso pode mudar — Victoria desceu as escadas da varanda segurando uma bolsa. — O agente 007 caducou e está apaixonado.

— É o que vamos ver, Viúva Negra — respondeu, desafiador.

— Espera, isso são codinomes? — Charlie riu.

— Passamos a nos chamar assim quando estamos em uma batalha pela linhagem dos Makarov — Victoria respondeu ironicamente. Jogou a bolsa no chão, puxou o zíper e puxou de seu interior três armas impressionantemente muito parecidas com armas reais. Charlie arregalou os olhos. — Não se preocupe, psicólogo. São falsas. Elas soltam tinta.

— Vamos usar colete? — Charlie pegou uma das armas que Victoria jogou contra ele e depois para Leonid.

— Não — Leonid respondeu, recarregando a arma.

— Ah, entendi...

Merda.

— Sem enrolação, vamos logo — Victoria apoiou o cano da arma no ombro e partiu para o interior do labirinto. — Vejo vocês lá dentro.

Charlie trocou o pente de munição do fuzil de mentirinha que lhe foi entregue e caminhou até a uma entrada secundária do labirinto. Olhou para trás e percebeu que Leonid já havia entrado sem que ele tivesse percebido.

Contornou uma curva que levava até outra exatamente igual, porém havia duas alternativas de caminho. Escolheu o da direita, que o levou diretamente para uma enorme parede de arbusto. Retornou e seguiu pelo único caminho restante. Charlie evitava respirar alto para que pudesse escutar qualquer sinal da presença de Victoria e Leonid. Dois lobos altamente treinados para caçar, Charlie não teria a mínima chance contra eles, mas era interessante se desafiar, mesmo que as chances fossem nulas.

Caminhou por mais alguns minutos, sem notar qualquer aparição dos dois irmãos. Mantinha a arma firme nas mãos, apontando para todos os lados ao mesmo tempo, tremendo que o pegassem de surpresa.

Mesmo se tratando de uma brincadeira boba, o coração de Charlie palpitava. A ansiedade de ser pego a qualquer momento o deixava em alerta.

Sentiu uma mão pesada e firme desferir um tapa na sua bunda. Exclamou de surpresa e virou para trás rapidamente, pressionando o gatilho e atirando. As bolas de tintas atingiram a grama. Não havia ninguém atrás de Charlie.

Mas... COMO?!

Olhou panoramicamente para todo canto possível. Nenhuma alma viva.

Continuou a andar, hesitante. Sabia que aquilo se tratava de Leonid. Só podia ser ele com suas brincadeiras sexuais. Queria pegá-lo e atirar bem em seu peito até que a mancha da tinta ficasse marcada em sua camisa e o obrigasse a tirá-la.

Ver tinta escorrendo por aquele tanquinho perfeito não é uma má ideia...

Charlie riu da própria piada. Lembrou-se do ambiente hostil onde estava e voltou a seriedade, pegando com firmeza no cabo da arma.

E mais uma vez se repetiu: outro tapa foi desferido na bunda de Charlie. Virou-se para trás abruptamente e atirou para o nada.

— Onde você está se escondendo, seu maldito? Apareça, ou você não é homem suficiente? — Charlie jogou a isca.

Andou por mais alguns centímetros, tentando ao máximo manter-se em silêncio para que pudesse prever o ataque de Leonid.

Exatamente como um lobo predando sua presa, Leonid emergiu do interior folhado da parede e agarrou Charlie por trás, segurando com firmeza em sua cintura e deixando seu corpo colado ao dele, enquanto mantinha o cano da arma pressionando contra o pescoço do psicólogo. Charlie arfou, surpreso. Leonid segurava as mãos de Charlie, deixando-as presas para trás. Não havia nada que Charlie pudesse fazer além de aceitar, afinal sua arma estava no chão e ele estava preso.

— Surpreso? — Leonid sussurrou próximo ao ouvido de Charlie.

— Isso não é justo... — Se arrepiou ao sentir o cano da arma de Leonid pressionando contra sua pele.

— Porque estou sentindo tanta pena do meu amorzinho, hein? — Ele sorriu, afastando a arma de Charlie. — Vou te dar mais uma chance. Tenha atenção.

— Isso mesmo, me dê chances para eu te humilhar.

— A fim de um trato?

— Que trato? — Charlie indagou, curioso.

— Se eu te pegar mais uma vez, hoje a noite sua janta será pau e água.

— Ei, você não começa... — Ao sentir as mãos de Leonid o soltando, Charlie virou-se para trás para confrontá-lo, porém ele havia partido sem que ele sequer escutasse um ruído.

Charlie se apressou em pegar seu fuzil do chão e continuar a caminhada pelo labirinto, agora atento às paredes de folhas em sua volta. Enquanto andava, enfiava as mãos entre as folhas, à procura de alguma presença indesejada.

Ao fazer mais um contorno e acabar diante de um caminho sem saída, Charlie suspirou.

Quer saber? Vou repetir a tática dele.

Enfiou o corpo dentro da parede em sua frente, atravessando entre as folhas e galhos pontiagudos até que chegasse do outro lado. Ao observar atentamente pelo corredor de folhas, se deparou com Leonid caminhando sorrateiramente em passos felinos enquanto mantinha os olhos focados entre os arbustos. O mafioso não havia notado a presença repentina de Charlie logo atrás dele.

Se aproximou do homem curvado lentamente, cuidando para não causar qualquer barulho.

Te peguei!

Quando estava prestes a pressionar o gatilho, Leonid se virou e agarrou o cano da arma de Charlie, direcionando todo o corpo de Charlie contra o chão apenas com um puxão ao mesmo tempo que se posicionou acima dele, deixando-o pressionado na grama. Charlie manteve a arma apontada contra o peitoral de Leonid.

— Bela tentativa — ele falou, sorrindo.

— Tentativa?

Charlie pressionou o gatilho. Tinta vermelha escorreu pela camisa branca de Leonid.

— Te peguei, garanhão — Charlie gargalhou.

— Talvez você tenha me superado nessa — Leonid se aproximou de Charlie e beijou seu pescoço sedutoramente, distribuindo beijos e lambidas pela pele arrepiada do psicólogo.

— Quer saber de uma coisa?

— Hum?

— Eu ainda quero a sua proposta — sorriu maliciosamente.

— Permissão para arrancar a roupa do seu corpo? — Deu uma leve mordida no pescoço de Charlie.

— Agora não, espertinho.

Leonid levantou a cabeça para encarar Charlie, como um cachorro pidão.

— Nem um pouquinho?

— Isso mesmo. Agora deixe eu ir caçar Victoria.

— Já a derrotei, ela deve estar lá fora nos esperando. 

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