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II

Por fora, apenas um prédio modesto como qualquer outro da cidade. A biblioteca nacional de Moscou se localizava no centro da cidade, próxima do parque Krasnaya Presnya. A magia do lugar encantou os olhos de Charlie quando ele pôde vislumbrar toda a beleza escondida por trás das paredes de tijolos: corredores de livros se estendiam, como um gigantesco labirinto literário. Através do vão no teto, Charlie soube que haviam mais cinco andares recheados de sessões de livros de todos os gêneros possíveis. O piso era amadeirado, assim como as prateleiras e quase todos os móveis do local; os sofás para descanso e leitura eram de couro, e estavam espalhados por todos os cantos, com vários leitores silenciosos os ocupando.

— É lindo! — Charlie exclamou, maravilhado.

— Imaginei que fosse gostar — Leonid comentou. — Aqui talvez seja o lugar mais silencioso da cidade.

— E que continue assim — a atendente carrancuda diante do balcão falou. — Silêncio, por favor.

Ela observou os dois homens por trás de seus óculos esféricos. Charlie usava uma jaqueta branca e calça social preta, enquanto Leonid havia se livrado do moletom natalino e pegou do guarda-roupa de Charlie uma de suas camisas sociais.

Os dois foram até o segundo andar, onde estava vazio, e se perderam na infinidade de prateleiras contendo as mais diversificadas histórias dos melhores autores da história. Charlie passava a mão em cada livro, sentindo o cheiro e a textura, enquanto Leonid o acompanhava, admirando a felicidade de seu companheiro.

— Billy Summers, do Stephen King — Charlie pegou um livro de capa verde. — Simplesmente amo, é sobre um assassino de aluguel que acaba cuidando de uma garota.

— Fomos a inspiração para isso? — Ironizou.

— Cala a boca — Charlie devolveu o livro à prateleira.

— Cinquenta tons de cinza? — Leonid se deparou com o livro ao seu lado.

— Com certeza você leu e gostou — o psicólogo revirou os olhos.

— Não faz meu tipo — fez uma careta, como se o livro fosse amaldiçoado.

— Uau, agora você me impressionou — Charlie o observou, apoiando as costas na prateleira. — Sinceramente, não imaginava que você que gostasse de ler.

— Ler relaxa minha mente — se apoiou na prateleira em frente a Charlie.

— Porque? — Insistiu.

— Parece que voltamos à terapia.

— Na verdade, só quero te conhecer melhor.

— Peguei o hábito de ler quando eu ainda era moleque. Nasci predestinado a ser líder da família para substituir meu pai, então diversão não era um lazer para mim. Todos os meus dias eram sobre sobrevivência, situações extremas e estudos sobre os inimigos da família Makarov. No final da noite, ler era meu aconchego. Minha mãe me presenteava com livros.

— Seu pai não se importava?

— Ele detestava, pois acreditava que poderia ser uma distração das minhas obrigações. Eu era um moleque obediente, mas também rebelde, então quase nunca seguia as ordens à risca. Aprendi com minha mãe.

— Ela parecia ser uma boa pessoa — Charlie fitava a feição pensativa de Leonid.

— E era. Talvez a melhor dos Makarov — Leonid sorriu, parecendo se lembrar de uma memória boa com sua mãe. Virou de costas e procurou com os dedos um livro em específico. Após alguns minutos de procura, finalmente o encontrou entre o emaranhado de livros bem organizados. — Orgulho e preconceito. Meu primeiro livro. O romance preferido da minha mãe.

— É um ótimo romance.

— Sabe qual é meu trecho favorito? — Folheou o livro à procura da página.

— Diga.

''Venho lutando em vão e não mais posso suportar. Esses meses passados tem sido um tormento. Vim a Rosings somente com o objetivo de vê-la. Tinha que vê-la. Luto contra o bom-senso, as expectativas de minha família, a inferioridade de seu nascimento, minha posição e essas circunstâncias... Mas estou disposto a colocá-las de lado e lhe pedir que dê um fim a minha agonia. Eu a amo ardentemente.''

Vê-lo apoiado na prateleira enquanto recitava palavras tão profundas com tanta naturalidade, como se cada frase daquele livro estivesse tatuada na ponta de sua língua indecente, deixou Charlie levemente corado. Se culpou por se permitir sentir sensações tão sem-vergonhas quanto aquelas, porém não conseguia controlar: Leonid era inteligente. E homens inteligentes eram tão sexys.

Mesmo sem intenção, Leonid conseguia acessar áreas nas quais Charlie mantinha em segredo. Charlie gostava de manter a postura, não se deixar levar por emoções corriqueiras que poderiam gerar arrependimentos. Quando deixou-se ser possuído por Leonid, sentiu como se tivesse acabado de cometer um crime imperdoável. Porém, aquele era seu crime favorito.

Jane Austen estava certa: Charlie lutava contra o próprio bom-senso para estar com aquele homem. Não precisava de um terapeuta para fazê-lo entender que estar com Leonid era um caminho perigoso a se trilhar. No entanto, ele o queria ardentemente naquele exato momento.

— Leo...

Leonid fechou o livro.

— Quer ir jantar em um restaurante?

— Não... Eu quero te mamar

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