Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝔇𝔢𝔷 - 𝔄𝔩𝔤𝔲𝔫𝔰 𝔞𝔪𝔬𝔯𝔢𝔰 𝔫𝔞̃𝔬 𝔰𝔞̃𝔬 𝔭𝔞𝔯𝔞 𝔰𝔢𝔪𝔭𝔯𝔢.

𝔇𝔢𝔷 - 𝔄𝔩𝔤𝔲𝔫𝔰 𝔞𝔪𝔬𝔯𝔢𝔰 𝔫𝔞̃𝔬 𝔰𝔞̃𝔬 𝔭𝔞𝔯𝔞 𝔰𝔢𝔪𝔭𝔯𝔢.

✠•❀•✠

Quando passou pela porta um vasto campo tomou a vista de Nathanael, ele estava alguns passos atrás dos guardiões. Sentia-se ansioso, não imaginava o que estava prestes a descobrir após ser chamado para conversar e o desconhecido lhe assustava.

Pararam em frente a um emaranhado de pedras que formavam um círculo em seu centro, o local era coberto pelas árvores e o sol estava no topo de suas cabeças, irradiando eles.

— Bem-vindo a Aluin. — Roman fez uma reverência para o rapaz com um sorriso exuberante em seus lábios — aqui é onde os corações são interligados e a linha do amor desenvolvida.

Nathanael passeou o olhar pelas diversas rochas, notando que em cada uma havia nomes escritos no qual foram unidos por uma linha vermelha que os interligam.

— Por que estamos aqui? — Questionou, podia sentir um peso crescer em seu peito.

Os guardiões se entreolharam, Ametista pigarrou levando as mãos aos cabelos azuis os jogando para trás dos ombros nervosamente.

— Amis pediu para que conversássemos com você, a respeito de Celine. — Ela manteve o olhar preso ao de Nathanael que engoliu em seco.

— Vamos começar. — Roman caminhou por entre as pedras ficando em seu centro, suas mãos esticaram na lateral de seu quadril estendendo-as e erguendo. As rochas submergiram do solo, aproximando-se do guardião. — Para cada alma que habitar nos universos um amor receberá. — Falou firme.

— Menos aquele que está destinado a seguir os passos do tempo. — Ametista completou recebendo a devida atenção de Nathanael que a olhou inexpressivo, por dentro seu coração o sufocava.

— O que isso quer dizer? — Perguntou, sua garganta parecia arder e um nó se formava em seu centro.

— Que você e Celine não estão destinados a ficarem juntos. — Roman proferiu, o choque refletiu nos olhos cristalinos do rapaz a sua frente. — Para que um casal fique junto é necessário que esteja escrito na pedra da afeição.

— E o seu não está com o nome de Celine. — Ametista pronunciou.

— Por que não? — Inquiriu, sentia o ar lhe faltar forçando as mãos contra o tecido de sua vestimenta, apertando-o em seus dedos.

— Quem rege o tempo não pode ter alguém ao seu lado, Celine nunca esteve predestinada a ficar com você Nathanael. — Roman dedilhou as pedras a procura do nome da jovem, encontrando.

— Mas isso mudou quando vocês se conheceram. — Ametista aproximou-se do rapaz e tocou seu ombro com compaixão — naquele dia o destino de Celine foi modificado.

— Eu fiz isso? — Perguntou preocupado, sentia-se perdido.

— Sim, você fez — a guardiã caminhou em direção a pedra onde estava o nome de Celine — não se culpe, é algo natural para aqueles que são escolhidos pelo tempo, não se pode controlar.

— Aconteceu o mesmo com Amis. — Roman pronunciou — ele explicará melhor a respeito disso, mas o que posso dizer é que para o protetor do tempo as leis funcionam diferentes da nossa. Vocês têm o poder de escolherem o caminho que querem seguir não sendo firmados nas linhas do destino, com mais precisão meu caro Nathanael, é você quem cria seu próprio destino e apenas você tem tal sabedoria.

— Eu não consigo compreender. — Murmurou, desviando o olhar dos dois. Aquela amargura parecia preenchê-lo ao constatar que Celine estava naquela situação por sua causa, se ele não a tivesse conhecido durante a festa tudo poderia ser diferente agora.

Ametista olhou para Roman apreensiva, sabia que precisava podar suas palavras para o escolhido, entretanto não conseguia vê-lo daquela forma.

— No dia que você a viu, teve algo que te despertou? — perguntou.

Nathan ergueu o olhar para ela, repassando o momento em suas lembranças.

— Sim, eu não tenho uma definição para descrever o porquê de ter me interessado por ela, apenas quis me aproximar. — Revelou.

— Isso meu querido é natural, como Roman disse você escolhe suas ações e no instante em que seus olhos repousaram sobre Celine você quis conhecê-la e se aproximou, com essa simples abordagem você reescreveu o destino dela.

— Se eu não tivesse feito isso, o que aconteceria? — Fitou ambos com interesse.

— Ela teria se juntado à pessoa destinada. — Roman falou firme, quase seco. Ametista tossiu, fixando o olhar no guardião encarando ele severamente. — O que? É a verdade! — Exclamou contrariado.

— Quem? — O silêncio se instaurou após a pergunta proferida pelo rapaz.

— Você não precisa fazer isso. — Ametista declamou, incerta.

— Eu tenho o direito de saber. — Nathan falou com seriedade em sua voz — se eu sou o culpado por ter mudado o destino de Celine e Brendan, quero entender e aprender a maneira de como posso consertar.

— Mostre para ele Ametista. — Roman decidiu sinalizar para a guardiã aproximar-se.

— Amis disse para sermos o mais prático possível. — Rebateu.

— Ele tem que saber, não podemos ficar anuindo respostas, uma hora ou outra Nathanael saberá e é melhor que seja o quanto antes. Os reinos correm riscos.

A guardiã suspirou pesadamente, caminhou em direção ao arco de pedras parando em frente a rocha onde estava gravado o nome de Celine. Suas mãos tocaram os pedregulhos sentindo a textura gélida, seus dedos foram engolidos pelo material firmando-os. Seus olhos piscaram algumas vezes, refletindo a luz esbranquiçada que projetou a figura de Celine do outro lado, sentada no parapeito na noite em que eles se conheceram.

Diferente daquela noite, Nathanael não foi ao encontro de Celine como fez. A garota desceu arrumando a saia que usava e caminhou para as escadas, descendo para ir embora, mas acabou trombando contra o corpo de outra pessoa, Lorenzo. O jovem com cabelos loiros fixou o olhar na menina e sorriu docemente.

— Desculpa Line, estava meio distraído. — Falou, desviando o olhar das esmeraldas dela, suas bochechas estavam levemente rosadas devido as bebidas que havia ingerido.

— Eu também não estava prestando muita atenção. — Disse divertida, arrancando um sorriso do outro.

— Já vai embora? — Perguntou, analisando as feições angelicais da garota.

— Sim, esse tipo de coisa não é para mim. — Lorenzo riu concordando.

— Vamos juntos, eu levo você, acho que para mim também já deu por hoje. — Celine meneou a cabeça em afirmação e ambos seguiram para a saída após ela avisar Brendan que iria embora.

Nathanael sentiu seu peito ser comprimido, ao constatar que a outra pessoa era um de seus amigos.

— Ele sempre gostou dela. — A voz de Roman tomou sua atenção.

— Eu nunca tinha percebido isso. — Nathanael pronunciou baixo e o guardião deu um breve sorriso.

A cena que seguiu mostrou os dois caminhando pela rua, Lorenzo mantinha as mãos dentro da jaqueta que utilizava enquanto Celine deixou os braços atrás do corpo. Às vezes trocavam breves olhares, sorrindo amistosamente. Quando pararam em frente ao prédio da garota pode reparar no amigo segurar o braço dela a impedindo de adentrar, contudo as imagens sumiram retornando para outro local.

— Acredito que você não queira ver o que aconteceu depois disso. — O guardião proferiu, Nathanael mordeu os lábios acenando.

Agora estava parado na frente de um enorme casarão, a placa com os dizeres "Orfanato Blend" tomavam grande parte da entrada que era cercada por um caminho de pedras.

Três crianças corriam, descendo as escadas em grandes passadas. Reparou na garotinha de cabelos castanhos que ria estrondosamente, fugindo de outro menino que possuía a mesma semelhança, reconhecendo os dois e ao fundo vinha mais um garoto, este com cabelos claros e olhos castanhos colocando-se entre os dois irmãos.

— Eles se conhecem desde crianças. — Nathanael manteve o olhar fixo nas crianças que gargalhavam enquanto desvendavam a imensa residência, fugindo das freiras que tinham dado o toque de dormir. — Lorenzo também era órfão, acredito que você sabia a respeito disso. — Ele sinalizou em concordância, porém sua cabeça não queria acreditar no que seus olhos viam.

A estação mudou e agora as crianças estavam mais velhas, pode ver quando Adira tomou seu campo de visão levando os gêmeos embora e deixando Lorenzo para trás.

— Após a partida dos Levy, Lorenzo ficou sozinho no orfanato onde morou até completar sua maioridade. — Seu olhar captou no desenvolvimento do amigo no qual a cada cena mostrava pontos diferentes de sua adolescência — ele se empenhou e estudou todos os dias para conseguir reencontrar os amigos, o que resultou na sua ida para a mesma universidade de Brendan e Celine já que isso foi um sonho que os três compartilhavam quando pequenos.

Nathanael abriu a boca para dizer algo, mas as palavras ficaram entaladas em sua garganta. Não tinha o que dizer e ao mesmo tempo sentia que qualquer palavra proferida não seria o suficiente.

— Mas quando foi você quem encontrou Celine naquela noite, esse laço entre ela e Lorenzo foi rompido. — Roman continuou, Ametista retirou as mãos da rocha se colocando ao lado do companheiro — Lorenzo sempre irá amar Celine, Nathanael, mas não sei se posso dizer o mesmo a respeito dela, não depois de ter conhecido você. Isso não cabe mais a mim decidir.

Um peso foi despejado em seu coração, lágrimas se formaram no contorno de seus olhos abaixando-os para as mãos que pareciam mais interessantes do que encarar os dois guardiões a sua frente.

— O que eu posso fazer? — Questionou em um sussurro baixo.

— Nós não sabemos querido. — Ametista tocou delicadamente os ombros dele — apenas você terá essa resposta e na hora certa saberá. Não se cobre tanto Nathanael, a culpa não é sua.

Mas no fundo ele sabia que era, como tudo o que vinha acontecendo era resultado de suas ações impensadas.

— Você disse que Brendan não deveria ter morrido, não estava escrito em seu destino, então por que? — Encarou a guardiã que suspirou frustrada.

— Eu ainda não sei o que mudou, as imagens não estão claras em minha visão, há algo que me impede de ver a verdade.

— Se eu não tivesse ido buscá-los naquela noite, teria sido diferente? — Questionou, pensar nessa hipótese fazia seu estômago afundar.

— Talvez, não saberia dizer se de fato foi por isso que ele morreu.

— Entretanto, provavelmente ele não teria morrido. — Roman proferiu, o que resultou no revirar de olhos de Ametista e uma cotovelada no colega que se contorceu formando uma careta de dor — vamos ser realistas, se Nathan tivesse ficado em casa seria de certo que poderia ter sido diferente.

— Não diga sobre o que você não tem certeza Roman. — Ametista argumentou em um rosnar, seus olhos espelhavam a ira que sentiu com o comentário do guardião.

— Estou apenas sendo realista. — Falou exasperado, suas mãos foram rentes ao corpo enquanto erguia o queixo em alarde, seu nariz arrebitou arqueando a sobrancelha com desdém.

— Que seja, não leve a sério o que ele fala, a obrigação dele é apenas juntar os casais e não definir o rumo de seus caminhos. — Argumentou vangloriando-se ao ver a expressão fechada de Roman — isso é apenas raiva por seu casal não ter seguido a sua ordem. — Sorriu presunçosa.

Roman bufou, pressionando as palmas contra as pedras que retornaram para o solo.

— Vamos retornar, estão nos esperando. — Declarou, passando por Nathanael e a guardiã sem direcionar o olhar para esta seguindo as trilhas de pedras para de volta ao palácio.

Ao adentrarem no salão principal onde estava depositada a mesa com diversos alimentos, os três se direcionaram para suas respectivas cadeiras. Nathan sentou-se de frente para Amis, mas nada proferiu permanecendo em total silêncio preso em seus próprios pensamentos que o corroía por dentro, rasgando o peito.

Amis se manteve concentrado no rapaz quieto, estava temeroso sobre o lado da conversa que o mesmo tivera com os guardiões, mesmo que soubesse que aquele momento chegaria não queria vê-lo passar pela mesma situação que o protetor teve que enfrentar a milênios atrás.

Diferente de todos que se mantiveram em completo silêncio Brendan pode perceber a inquietação vinda do melhor amigo ao seu lado e isso o deixava agoniado, eram raros os momentos que via Nathanael cabisbaixo, mas desde que tiveram que partir de sua casa o rapaz parecia se afundar em culpa. Ele estava criando uma enorme camada em torno de si e barrando os outros de se aproximarem, fechando seus sentimentos e os enclausurando dentro de sua mente e Brendan não deixaria que aquilo acontecesse se recusava a vê-lo definhar diante de seus olhos.

— O que você tem? — Indagou quebrando o silêncio ensurdecedor que se formava desde que os três haviam retornado. Nathan ergueu o olhar do garfo que possuía em mãos abrindo a boca para respondê-lo, contudo foi cortado antes de proferir qualquer palavra — não ouse dizer que nada, eu te conheço bem o suficiente para saber que tem algo errado.

A boca de Nathanael se fechou e seus olhos tornaram-se perdidos.

— Não sei se posso falar. — Confidenciou, virando o rosto para Amis que o fitava contemplando as feições do rapaz a sua frente.

Brendan seguiu o olhar do amigo parando no possuidor.

— Por que simplesmente não nos conta tudo? — Contestou esperando a resposta que não veio — como vocês acham que iremos confiar no que dizem se nos omitem tudo?

— Não é tão simples. — Eru disse complacente.

— Está tudo bem, Brendan. — Nathanael expressou, mas qualquer um poderia notar a confusão em seu olhar.

— Não, Nate, não está e você sabe disso.

— Ele tem razão. — Amis declamou — iremos conversar, nós três. Contarei tudo o que precisam saber e o que quiserem perguntar, agora comam faremos isso após recuperarem suas energias. — Sentenciou desviando a atenção dos dois para a xícara que estava em mãos.

O silêncio perdurou novamente.

Carin adentrou a porta de ferro ao lado de Grannus, recebendo a atenção de todos. Com um breve cumprimento ambos se juntaram a eles na mesa.

— O que eu perdi? Estão todos com cara de que acabaram de sair de um velório. — Carin comentou alegremente, um sorriso tomava seus lábios.

— Não seja inconveniente. — Eru reclamou abocanhando a torta de maçã que tinha pego.

— O que descobriram? — Amis virou-se para o outro protetor.

— Morrígan convocou uma assembleia, ela está decidida a tornar Celine sua sucessora. — Grannus revelou.

— Isso não está certo, ela não pode fazer tal ato todos nós sabemos que há exceções para se ter um sucessor e ela possui a imortalidade como também o dom eterno! — Ametista rebateu enfurecida, odiava a forma como a sacerdotisa lidava com seu reino.

— Galahad já sabe a respeito disso e está indo para Damnato, aconselho que cheguem antes dele. — Amis concordou inspirando fortemente, precisavam ser rápidos e precisos se quisesse ter tempo para encontrar Celine, além de retirá-la de toda a guerra que estava por vir.

— Partiremos ainda hoje. — Proferiu, ergueu o corpo arrastando a cadeira para o lado. Seus olhos focaram nos dois rapazes à sua frente — vamos, contarei tudo e não omitirei nada a respeito do motivo de estarem aqui. Me sigam.

Amis deu as costas para todos seguindo o corredor para o escritório de Grannus, o local onde sabia que não emitia qualquer som fora da redondeza. Podia sentir a presença dos dois logo atrás de si, acompanhando-o em silêncio absoluto.

Pararam diante de uma imensa porta vidro, ele empurrou a mesma revelando o ambiente pitoresco que se refletiu do outro lado. As enormes estantes complementadas por livros, que circulavam em cada espaço do local. Suas paredes estavam repletas de pinturas renascentistas e no teto foi possível ver a arte que representava o juízo final, em seu centro havia um enorme livro com a capa surrada. Amis caminhou em direção a ele, a névoa dançava por suas pernas contornando-o a cada passada.

— Esse é o livro das lembranças. — Relatou, sua mão tocou a capa e sussurrou próximo as páginas que se abriram revelando uma em específico — contarei para vocês o início de tudo e o que os trouxe para este determinado momento.

Após dar um passo para trás seu tronco inclinou-se assoprando a neblina que circulava as páginas, esvoaçando pelo amplo espaço projetando uma imensa camada por entre o chão que revelou cada Reino criado.

— Durante milênios Galahad foi o único protetor vivo entre os reinos, ele quem possuí o dom da vida sendo o mais poderoso de cada um de nós e se qualquer infortúnio vir a ocorrer com ele nós estamos fadados a desaparecer. — As imagens começaram a se formular diante dos olhos atentos dos dois, revelando um homem trajado em vestes coloridas, não era possível ver seu rosto. — Após isso os outros protetores começaram a nascer e a cada nova criação, Galahad quem escolhia a função de cada governante e designava determinados guardiões para manter a harmonia entre todos os reinos. — Amis puxou o máximo de ar, soprando para que as cenas mudassem. Revelando os guardiões e a grande assembleia de protetores. — Ele vive entre o reino de Vitam e Tellus, porém conforme os anos se passavam ele percebeu que alguns protetores e guardiões perdiam seus dons, precisando de sucessores para manter a paz.

A cidade ergueu-se no chão formando o caminho do reino de Tellus em toda sua extensão, revelando as casas, edifícios e o que havia de mais bonito, sua natureza. Nathanael pode ver em determinado ponto onde morava e logo depois de Brendan.

— Por mais que Tellus seja uma terra sem magia, é nela onde cada sucessor nascerá, por isso quando exigiram a extinção do reino Galahad criou o domo, nem todos na época sabiam sobre tal fato. — Comentou, lembrando-se de Fleury — e pagaram o preço, mas há um grande motivo para cada descendente vir deste reino. Por serem pessoas que não usufruem da magia, vocês se tornam independentes e não precisam de meios para que conquistem com facilidade o que desejam, por essa razão os protetores nascem sem portarem seu dom e são desenvolvidos durante sua vida. Caso viessem a ser de um reino mágico isso romperia a ligação e se tornar uma tragédia, por moradores de outros reinos com magias diferentes serem escolhidos para liderar em um local que nada conhecem o que geraria reclusão do povo e a difícil aceitação. — Conforme as lembranças dançavam por suas vistas, mostrava a evolução de cada reino e os protetores escolhidos no decorrer de suas vidas. — Pelo motivo de serem escolhidos de Tellus, há um grande fator, o da magia habitada ser referente ao reino que se deve morar e governar, se tornando um de seus membros.

Nathanael olhava admirado para as figuras a sua frente, a graça que cada um possuía dando continuidade para cada etapa vivenciada entre as pessoas que habitavam cada reino. Todos tinham seus afazeres e responsabilidades.

— As pessoas de Tellus nascem com dons especiais para determinado reino e são levados ainda quando crianças para aprenderem e aperfeiçoarem sua magia, para enfim tornarem-se um protetor ou guardião. — Um cenário se fez presente, revelando as fileiras que eram tomadas por crianças que as levavam para portais onde seriam encaminhadas para seus respectivos reinos — porém, não são todos que nascem com esse dom e após serem transportados são esquecidos por aqueles que um dia tiveram algum convívio para que não seja uma transição dolorosa com a perda.

— Por que Nate não passou por isso? — Brendan perguntou, intercalando o olhar entre o protetor e o amigo que permanecia calado, apenas escutando.

— No caso de Nathanael houve um erro, como aconteceu o mesmo com você e Celine. — Revelou, o olhar dos dois arregalaram com a nova informação.

— Eu e Celine?

— Sim Brendan, você e Celine também possuem dons.

— Quais? — Questionou.

Amis suspirou, trazendo uma nova figura que tornava nítido as três crianças em diferentes pontos.

— Celine, nasceu com o dom da morte. — Amis tocou a garota que conseguia ver o ceifador, além dos espíritos que a rondavam e possuía a visão daqueles que teriam a sua linha da vida cortada — você, Brendan, tem o dom da vida. Por onde você passar a levará consigo trazendo a paz e harmonia para aqueles que estiverem em seu caminho assim como Galahad, você se tornará o guardião dele. Já Nathanael é o destinado a se tornar o possuidor do Tempo e o governar diante de todos a linha do passado, presente e futuro da vida de cada habitante dos reinos sejam eles moradores, guardiões e protetores.

— Mas, se Brendan possui o dom da vida, como ele pode ter morrido? — Nathanael franziu o cenho com a possibilidade.

— Essa é a questão, Brendan não poderia ter morrido. — Amis recriou o cenário do acidente de carro — naquela noite não estava no planejamento de Ametista, a alma dele não seria levada para Damnato e provavelmente se você não tivesse retornado para o passado Brendan ficaria vagando entre as dimensões até encontrar o seu lugar ao lado de Galahad e não sei responder quanto tempo isso levaria.

— Por que não fomos levados quando crianças? — Brendan encarou o possuidor, sua cabeça estava confusa.

— Porque no dia que vocês deveriam ter sido transportados a morte levou seus pais e o impacto disso mudou o destino de vocês. Não poderíamos separar você de Celine ou vice-versa, vocês então ficariam para sempre em Tellus.

— Eles não morreriam? Digo, nossos pais.

— Sim, iriam, contudo vocês não deveriam estar na casa foi um erro do antigo guardião do rastreamento que não os levou no momento determinado. Espero que tenha sanado suas dúvidas, o motivo de estarem aqui é para que possamos realinhar o tempo e restaurar a harmonia entre os reinos. Afinal Celine não deve ficar em Damnato, mas sim em Tellus com você Brendan e com... — Amis comprimiu os lábios impedindo sua linha de pensamento antes de pronunciar o outro nome, este que não era de Nathanael, contudo o rapaz já sabia.

— Sim, tudo está claro agora. — Nathan disse, impedindo que Brendan questionasse a frase não terminada do possuidor.

— Eu gostaria de conversar apenas com você, Nathanael. — Declarou.

Brendan olhou para Nathan, que acenou em afirmação.

— Estarei esperando do lado de fora. — Disse recebendo um breve aceno do amigo se retirando e deixando eles sozinhos.

— Como foi a conversa com Roman e Ametista?

— Reveladora. — O rapaz murmurou, sentiu-se esgotado. Seus ombros pareciam pesados, além da sensação de que algo comprimia seu peito lhe deixando sem fôlego.

— Eu entendo. — Amis se aproximou do livro, abrindo em uma nova página esta que revelou duas figuras a do próprio senhor do tempo e a da deusa da morte — acho que está na hora de eu te contar um pouco mais sobre mim. — Pronunciou e logo a figura dos dois possuidores tomaram a visão de Nathanael — eu também já me apaixonei por alguém, mas como detentor do tempo tive que abrir mão desta pessoa. — Os olhos de Amis recaíram sobre a sacerdotisa e um sorriso fraco perdurou em seus lábios — mas, como eu disse, nós não estamos destinados a ninguém de todas as pessoas que nos reinos habitarem, apenas os que detém o tempo não possuem alguém porque nossos nomes nunca estarão escritos na pedra da afeição e cabe somente a nós decidirmos o que fazer para aqueles que amamos. — Seus dedos tocaram a figura feminina revelando a história nunca contada sobre a verdadeira face da divergência entre a morte e o tempo.

✶⊶⊷⊶⊷❍⊶⊷⊶⊷✶

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro