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EXERCÍCIOS



Exercícios

Liza

Desci as escadas com o peito martelando, à beira de um infarto. E se fossem os corvos novamente? E se tivessem conseguido entrar? O que fariam comigo?

Mas me deparei com um Ethan de feições tensas. Ele olhava em volta parecendo estranhar a própria casa. Lembrei de Adrian em meu quarto, poderia ter algo a ver com ele.

- Bom dia Ethan! Pensei que voltasse amanhã.

- Oi Liza, acabei vindo antes, amanhã tenho um compromisso muito cedo no trabalho. Está tudo bem com você? – disse pondo suas duas mãos em meus ombros, me causando o efeito doloroso de um balde de gelo despejado em minha cabeça – Por que essas olheiras Srta.?

- Está sim, acho que não dormi muito bem – dei de ombros

Ele me estudou com o rosto confuso, e alisou o queixo com o polegar e o indicador.

- Estive pensando... Que tal eu tirar o dia de folga e passarmos o dia juntos? Sinto que mal conversamos desde que viemos para Nova Iorque.

- É verdade Ethan, mas hoje na verdade havia pensado em ver os detalhes da festa de noivado com Raquel.

Excelente. Sem querer consegui uma maneira de ter uma folga de Ethan e Adrian. Preciso falar com Raquel antes que ela arrume um compromisso.

- Ah, entendo Liza. Agradeço pela ajuda. Não ando sendo um noivo muito envolvido nesses assustos ultimamente. Ela irá gostar – ele soou mais irritado do que compreensivo e foi para o seu quarto.

Suspirei aliviada.

"Não vai se livrar assim de mim, tão fácil." – sussurrou Adrian na minha mente.

"Hoje é meu dia de folga. Preciso ficar sozinha e saia da minha cabeça por favor!" grunhi em resposta

O acaso estava a meu favor. Encontrei Raquel na cozinha mexendo distraidamente no celular enquanto comia.

- Oi, Raquel.

- Oi, Liza – respondeu sem levantar os olhos.

- Pensei em começarmos a olhar os preparativos para a festa, hoje. O que você acha?

- Hoje não vai dar, já marquei encontro com uma decoradora para conhecer seu portfólio.

- Hmmm entendi. Bom... se precisar de mim...

- Ok – disse indiferente ao meu desânimo, ainda olhando o celular.A

Arrependi-me de não ter ido à Winterhill, pelo visto Raquel recusaria toda oferta que eu fizesse relacionada ao noivado, e me pediu ajuda somente para satisfazer o desejo de Ethan.

"Parece que terá que se exercitar comigo hoje." – invadiu Adrian mais uma vez.

Perdi totalmente a paciência, já sentia o poder me queimar por dentro, implorando para destruir alguma coisa. Meu sangue se tornava fogo, e eu o sentia correr por minhas extremidades, até que fiz uma coisa diferente.

Empurrei a porta com força e me irritei ainda mais quando o vi deitado no sofá perto da cama. Adrian exibia novamente seu corpo musculoso com suas enormes asas confortavelmente abertas. Me olhava com um sorriso debochado.

- Será que eu posso ficar em paz, pelo menos quando saio do quarto? – gritei esquecendo completamente de Ethan ali no quarto ao lado.

Adrian riu. Mas o sorriso deixou rapidamente seu rosto quando viu o que eu estava fazendo. Meu corpo reagiu e só depois entendi o que fiz. Com a mão estendida à frente, levantei do chão o sofá onde ele estava sentado. Ele flutuou alguns segundos no ar antes de cair com força, fazendo um barulho enorme e criando um buraco no piso de madeira.

- O que você pensa que está fazendo?

- Eu, é que lhe devo essa pergunta. Já disse para me deixar em paz.

- Aconteceu alguma coisa, Liza? – ouvi a voz de Ethan perguntar do lado de fora.

- Tudo bem Ethan, só derrubei uma caixa.

"Você está entregando as cartas Liza."

"Não me tire do sério e depois venha dizer que a culpa é minha."

As chamas por baixo de minha pele chamuscavam meus poros. Doía, queimava e eu precisava me aliviar de alguma maneira.

Adrian percebeu:

"Tudo bem Liza. Te darei um dia de folga." – ele fechou as asas junto ao corpo e sumiu.

Minha raiva crescia a cada piscar de olhos. Percebi assustada que meus braços estavam muito rosados. Corri para o banheiro e fitei meu reflexo, vermelho, como alguém exposto sem proteção ao sol por horas a fio. Então compreendi, o que quer que fosse esse poder, quando se manifestava, se não fosse expelido iria me consumir de dentro para fora.

Quando chegou a latejar minha têmpora e a me queimar os olhos, senti novamente aquela aura de paz, dourada. Lentamente, o fogo que corria por minhas veias foi se amornando. As lavas do vulcão dentro de mim foram cobertas por água, esfriaram enquanto minha pulsação latejante normalizava.

Respirei com força e me deitei na cama. Dessa vez eu não vi seus olhos esmeraldas, mas era inquestionável, somente o seu toque era capaz de me provocar isso.

Agora calma e serena, deixei que minha mente divagasse imaginando o homem que meu corpo tanto reconhecia mas sem localizar nenhuma lembrança capaz de aliviar essa absurda saudade que eu sentia.

***

Já era noite quando agradeci aos céus por ter passado a maior parte deste dia sem nenhum acontecimento sobrenatural, sem vozes, sem corvos e sem a raiva latente.

Decidi passar o dia inteiro na cama amolecendo meu cérebro com a tv, até que Adrian brotou de supetão no sofá quebrado, de uma forma barulhenta e nada discreta.

- Você só pode estar brincando comigo – o olhei de soslaio, incrédula.

- Não posso te deixar sozinha, Liza. Você sabe disso.

- Não pode? Ou não quer, Adrian?

- Já que insiste, um pouco dos dois. Você é um perigo para você mesma.

- Na última vez que chequei, você foi embora quando eu estava no meio de uma crise e eu recebi ajuda à distância.

- Como assim teve ajuda? – a fúria dele soou mais nítida que suas próprias palavras.

- Você ouviu e sabe muito bem quem foi. Foi ele quem me livrou das vozes no corredor e foi ele quem impediu que eu me consumisse em fogo, depois que você foi embora.

- Ele é um idiota! Está atraindo atenção para você! – Adrian bufava, fiquei incomodada quando constatei que parecia mais ciúme do que qualquer outra coisa.

- O único idiota que eu vejo, é você! Que por sinal não anda sendo nada discreto! E ele me ajudou, não admito que fale assim dele!

Novamente, a raiva crescia. O sentimento fumegante já se acumulava. Abracei os meus joelhos e respirei fundo várias vezes. Adrian me envolveu com suas asas, senti a suavidade daquele toque e suas penas me fizeram cócegas, estremeci.

Lágrimas teimosas escorreram por meu rosto, ele as limpou:

- Não chore, Liz.

- Por favor, Adrian. Me deixe sozinha.

- Fiquei com ciúmes, Liza – admitiu parecendo envergonhado, enquanto me encarava de frente com os olhos púrpura e passava os dedos por meu cabelo.

- Adrian, por favor – insisti.

Sem dizer nada, ele deixou o quarto.

Tomei um banho relaxante na banheira e quando sai, havia um recado na escrivaninha, ao lado do laptop:

"Desculpe Liz, tenho sido imaturo e estou desviando de meu propósito aqui. Venho nutrindo sentimentos e expectativas. Desde o beijo que roubei, só penso em provar seus lábios mais uma vez. Eu não deveria sentir nada disso, muito menos por uma humana. Vou lhe dar sua folga.

Quero que saiba que essa noite, eu voltei apenas para lhe pedir que exercitasse suas lembranças, eu ia ajudar você, mas sei que conseguirá fazer isso sozinha. De seu amigo, o cão."

Toffee

Adrian estava me desnorteando com suas variações de humor entre presunção e ternura. Com ou sem memória, meu íntimo gritava que meu coração pertencia a outro. Eu nunca estimulei esses sentimentos, ou será que o fiz sem notar?

Precisava conversar muito honestamente com ele e acabar com isso de uma vez. No meio disso tudo que vem acontecendo, simplesmente não há espaço para mais nada.

Ele cumpriu a promessa e me deu o dia seguinte de folga. Mas haviam outras coisas me perseguindo, pelo visto eu nunca teria paz. Não enquanto não aceitasse o destino e fizesse a escolha imposta a mim na casa do Mago.

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Gennnnte, o que será que está acontecendo com o Adrian, hein?

Beijosss e até amanhã!

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