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_ Mercy_
" - Recebi algumas notícias do norte, as Aranhas vermelhas voltou atacar mais alcateias roubando crianças e mulheres, que tenham dons raros, estão vendendo esses tipos de lupinos no mercado do Submundo. - diz o senhor Lincoln preocupado.
O erro do meu pai era sempre achar e meu sono era pesado, mas desde que virei essa criatura que mamãe tanto abomina, consigo ouvir cada batimento cardíaco a poucos metros de distância, e nesse exato momento seu coração está tão agitado que não posso ignorar.
Estou atrás da porta do meu quarto tentando fazer o menos barulho possível, para que ele não note que estou acordada e ouvindo sua conversa com o senhor Lincoln, já são quatro da manhã, deve ser urgente para que ele venha a essa hora na nossa casa.
- Ainda não temos certeza que ela realmente tenha poderes Lincoln. - diz meu pai sério.
- Como não Carter? Ela comentou a três dias atrás que nossa comporta não iria aguentar e haveria dez mortes por causa disso, ontem enterramos dez pessoas e as chuvas destruiu boa parte das casas que estavam próximas ao acidente. - diz irritado. - Você acha que ela simplesmente imaginou isso? E quando os garotos tiveram que fugir de caçadores nas montanhas durante os treinamentos, antes deles irem ela chegou a chorar implorando para ninguém ir porque poderiam morrer, resultado Matt ficou ferido vitima dos caçadores. - diz sério. - Isso não são meras adivinhações ou sonhos, ela tem presságios e esse poder Carter só atrai pessoas com terríveis intenções. - diz preocupado.
Então eles dois conversavam sobre mim, mais uma vez. Desde que comecei a comentar sobre meus sonhos, papai também tinha criado a necessidade de me treinar, de me mostrar o quão forte eu deveria ser, quão necessário é saber me defender. Desde os treinamentos já perdi alguns dentes, já aprendi usar armas e é claro mamãe já saiu de casa incontáveis vezes, e isso é tudo culpa minha, eu sou o problema e todos da alcateia também já começaram a comentar.
- Você acha que os Aranhas Vermelhas podem rastreá-la? - diz papai preocupado.
- Não acho, tenho certeza que podem, eles ganham a vida com isso Carter, caçam, capturam, roubam e depois leiloam no mercado do Submundo, a Mercy custaria bilhões, ela seria a certeza de vitórias em guerras, ela seria valiosa tanto para o Conselho vampírico e para o Conselho Lupino. - diz sincero.
- Então o que vamos fazer? - diz papai inquieto.
- Impedir que ela tenha mais presságios, criar um gatilho para ela usar apenas quando necessário, ensiná-la a controlar esse poder, poque toda vez que ela tem um presságio os farejadores das Aranhas Vermelhas conseguem saber sua localização, isso implica na segurança de todos. - diz sério.
- Precisamos fugir..
- Não vou deixar vocês fazerem isso, assumir o risco de enfrentar quaisquer inimigos lá fora, sem ajuda, somos uma alcateia Carter, como Alfa não vou deixar ninguém para trás, vamos garantir a segurança de todos. - diz Lincoln. - Porra eu sou seu melhor amigo, precisa confiar em mim. Vamos encontrar uma saída, amanhã mesmo começamos anunciar nossa mudança de territórios, enquanto isso Mercy vai entrar em um treinamento especial, no porão da minha casa, lá vai possibilitar que ela treine e que o rastro do seu poder fique contido. - diz pensativo.
- Minha esposa acredita que encontrou uma solução perfeita para a Mercy, uma maneira de reverter a transformação do Lobisomem. - diz papai sério.
- Impossível, se não existe reversão para os vampiros quem dirá para nós. - diz convencido. - Carter eu sou lobisomem há mais de 20 anos, nunca vi uma cura existente ou alguém que possa reverter isso. - diz sincero.
- Eu quero tentar Lincoln, pela Mercy, pela minha esposa, pela minha família. - diz papai esperançoso. - Não quero perder meu casamento, quero confiar e acreditar na esperança que minha esposa tem, eu apoio suas escolha de tentar, agora que você veio me contar sobre os ataques das Aranhas Vermelhas, amanhã mesmo vamos partir em viagem, e peço que cuida da Mercy por mim. - diz preocupado. - Ela é o ser mais precioso que tenho, me sinto malditamente culpado todos os dias, por minha culpa ela se transformou em uma lupina, nunca vou me perdoar. - diz sério. - Tudo que eu mais quero é que ela cresça em segurança, e seja feliz. - diz sincero.
- Eu prometo que vou cuidar dela, não se preocupe com isso, faça sua viagem e volte o mais rápido que puder. - diz sério.
- Obrigado. - diz aliviado.
Escuto os passos deles e então o barulho da porta sendo fechada indicando que o senhor Lincoln foi embora.
Então eu saio do meu quarto e vou direto para sala onde papai está sentado no sofá com as mãos cobrindo seu rosto.
- Você ouviu tudo pequena. - diz sem me encarar.
- Claro que não. - minto. - Só tive sede, vim beber água. - digo me aproximando.
- Me perdoe Mercy. - diz ainda sem me encarar.
- Pelo o que? - digo me sentando ao seu lado.
- Por destruir nossa família. - diz sem me encarar. - Você deveria viver uma vida normal e feliz, mas eu destruir esse futuro. - diz sincero.
- Eu não vejo assim, conheci muitas pessoas, quando fizer dezesseis anos posso me transformar em um lindo lobo e vou viver por muitos anos. - digo sorrindo.
E então ele me encara, seus olhos estão vermelhos e seu rosto molhado.
- Eu amo você, e me odeio tanto por ter machucado você e sua mãe. - diz entre lagrimas.
- Também amo você papai. - digo enquanto pulo em seus braços para um abraço.
- Me perdoa..- diz enquanto me abraça forte.
- Sim. - digo retribuindo o abraço. "
Acordo num sobressalto e ofegante.
- Você está bem? - diz Wat me encarando preocupada.
- Sim, por que ? - digo ainda ofegante.
- Porque você estava chorando enquanto tinha um pesadelo. - diz preocupada. - Tentei te acordar, mas..
- Tudo bem, eu estou bem. - digo me levantando.
- Tive que ordenar que você e a Agnes fossem descansar, vocês já estavam se autodestruindo naquele treino. - diz sincera.
- Ok. - digo enquanto limpo meu rosto.
- Agnes ainda deve estar dormindo, o Romeu acabou de chegar da missão que Lizzy havia mandado, parece que ele não teve muito sucesso, porém conseguiu roubar a planta da prisão.
- Isso é ótimo. - digo ainda com meus pensamentos distante.
Encaro a varanda do quarto e vejo que o sol está começando a se por, perdi a noção do tempo quando dormir após o treino.
- Se você está preocupada com os treinos que deveriam ser feitos hoje, saiba que o Garrett ainda não voltou, nem a Danneffer, e os brilhantes irmãos Lincoln também saíram desde cedo. - diz em tom de deboche. - E isso já está me preocupando, parece que ninguém sabe usar a porra de um celular para fazer uma simples ligação para avisar que estão vivos, não enterrados numa vala a beira estrada. - diz irritada.
- Onde está o John? - digo preocupada.
- Dormindo, Molly passou o dia todo com ele me mostrando que é capaz de cuidar dos seus futuros irmãozinhos. - diz suspirando. - Essa garota puxou a persistência do pai. - resmunga pensativa.
Antes que posso voltar a fazer mais perguntas para ela, escutamos o som de carro se aproximando, corremos direto para a varanda do quarto que fica de frente para entrada da propriedade.
- Eu não acredito vieram mesmo. - digo contente ao reparar o carro
- Quem? - diz Wat confusa.
Não espero para responder e pulo a varanda para chegar mais rápido até eles. Foram oitos anos longe deles, longe das aventuras e brigas que a gente enfrentava, sinto meu sorriso se formar, quando vejo eles saírem do quarto.
- É aqui o incêndio? - diz Logan.
- Logan!- digo animado.
Corro para abraçá-lo e ele me segura enquanto rodopiamos.
- Olhe só para ela Zac, continua pequena. - diz Logan me colocando de volta no chão.
- Idiota. - digo socando seu ombro.
- Mas o soco ainda é forte como aço. - diz reclamando.
- Zac, fico tão feliz por vocês terem vindo. - digo o abraçando.
"Eu também" - diz Zac sinalizando.
- E onde está o Mike? - diz Logan.
- O Mike..ele..morreu. - digo num sussurro. - Eu não conseguir protegê-lo, nem ele, nem a Jasmine, eu..
- Ei você entrou numa guerra por dele, você salvou a vida dele tantas vezes Mercy, nos somos testemunhas disso, as coisas fogem do controle, foge do nosso alcance. - diz Logan sincero. - Você está proibida de se sentir culpa, isso é uma ultima ordem do seu capitão. - diz sério.
Logan e Zac foram os soldados do mesmo esquadrão quando entrei nas forças secretas da organização Corvos Prateados, nosso serviço era se aliar em guerras civis que os humanos estavam, a ajudar o mais breve possível, tinha me alistado apenas para encontrar o Mike e convencê-lo a voltar para alcateia, mas nessa procura conheci Logan que era meu capitão do esquadrão, e depois conheci Zac.
Foram meses e diversas missões de regastes, e investigativas tudo ao lado deles, eles foram minha segunda família.
- Ficar longe de briga não é sua praia. - diz Logan reparando meu rosto.
- Isso foi num treino. - digo sincera.
" Você venceu?" - diz Zac se referindo ao treino.
- Foi empate. - digo sorrindo para ele.
- Advinha quem abriu sua tão sonhada floricultura? - diz Logan contente.
- Humm deixa eu pensar, um certo vampiro careta? - digo feliz por ele.
- Quem disse que sou careta? Zac, eu sou careta? - diz indignado.
"Não, querido". - diz Zac sorrindo.
Olho ao redor e vejo Agne e Luke se aproximando.
- Agnes venha conhecer meus amigos. - digo animada acenando para eles.
Logo atrás deles Watson e Molly também os acompanham, Lizzy ainda está no jardim discutindo com Romeu.
- Não acredito que você tem amigos além da gente, to me sentindo traída. - diz Watson acompanhada da Molly.
- Pessoal esse é o Logan. - digo Mercy apresentando - E esse é o marido do Logan Zac, e também meu amigo. - digo apresentando os dois a todos que estão ao nosso redor.
- Minha nossa essa é primeira vez que conheço mais vampiros, além da minha mãe e do Garrett. - diz Molly animada.
- Infelizmente apenas eu sou vampiro, meu companheiro é um Truxy. - diz Logan bagunçando os cabelos de Molly.
- O que é um Truxy?- diz Molly intrigada.
- É um humano que sofreu experimentos nas mãos de bruxas más durante a guerra dos cem anos. - diz Logan.
Então Zac conversa por sinais para Logan.
- Querido não se preocupe eu não vou assustar as crianças, com as histórias dos Truxys. - diz Logan encarando Zac.
- Então quer dizer que ele não nasceu sobrenatural, e que bruxas más o criaram assim, um ser sobrenatural diferente. - diz Molly pensativa.
- Isso mesmo, no caso do Zac foi retirado sua capacidade de falar, foi uma consequência dos experimentos. - diz Logan.
Então inesperadamente Molly abraça a cintura de Zac.
- Sinto muito por tudo que você deve ter sofrido. - diz sincera.
Zac sorrir para ela e volta a conversar por sinais.
- Ele disse para você não se preocupar. - digo.
- Você deve ser a famosa Watson Lincoln, a única vampira da família de lobos. - diz Logan observando a Wat.
- Também temos bruxa. - diz Wat se referindo a Lizzy.
- Acabei de conhecer a Lizzy também. - diz Logan, alguns metros de distancia Lizzy acena para nós.
- Sabe que isso pede? Um belo jantar para todos com direito a uma baita fogueira. - diz Wat animada. - Assim vocês podem nos contar como conheceram essa baixinha misteriosa, quero saber tudo. - diz enquanto volta para mansão apressada.
- Se prepare ela realmente vai encher vocês de perguntas e eu também. - diz Molly sorrindo. - Vou ajudar minha mãe vejo vocês no jantar. - diz voltando a mansão.
- E vocês são o casal que o Eros mais quer ver a sete palmos de baixo da terra.- diz Logan observando Luke e Agnes de mãos dadas.
Sorrio ao ver os dois envergonhados, como se tivessem sido flagrados fazendo algo escondido.
- Não somos um casal. - dizem em uníssono.
Logan arqueia uma sobrancelha duvidando da resposta.
Então ele conversa por sinais com Zac.
- Não sabia que amigos anda de mãos dadas assim. - diz observando suas mãos unidas.
Rapidamente eles se separam.
- Isso me faz lembrar de como tudo começou comigo e Zac. - diz Logan suspirando romanticamente.
- Acho que nossa vibe vai mudar um pouco agora, para pior. - digo Mercy inquieta, enquanto observamos o carro do Marco entrar na propriedade. - Vocês estão prestes a conhecer o Marco, e casualmente eu não avisei que vocês viriam. - digo forçando um sorriso.
- Vamos ajudar a Watson. - diz Luke arrastando Agnes junto com ele.
- Covardes. - resmungo.
- Então qual deles foi o idiota que te abandonou? - diz Logan observando os irmãos Lincoln saírem do carro.
Inspiro fundo quando vejo Marco sair do carro segurando um imenso pacote de fraldas, isso destrói sua cara de irritado, deixando-o aparentemente fofo, Mark está segurando um monte de fardos de cerveja, enquanto Matt está tirando mais coisas do porta mala.
- DENZEL E MOLLY! - grita Matt. - Venham ajudar a tirar as compras do carro. - diz Matt enquanto carrega alguns sacos de carvão.
Rapidamente as crianças saem da casa correndo em direção ao carro para ajudar.
Quando começo a pensar que eles não notaram a nossa presença, Marco me encara diretamente antes de voltar sua atenção para Logan e Zac que estão ao meu lado, sua expressão se torna sombria quando se aproxima, e mesmo segurando um pacote imenso de fraldas, continua assustador.
- O que diabos aconteceu com seu rosto? - diz irritado se aproximando o suficiente para me fazer recuar antes que nossos corpos colidissem.
Ele praticamente ignora a existência do Zac e Logan, sua atenção é voltada somente para mim.
- Isso foi num treino com a Agnes. - digo rapidamente.
Então com um suspiro de alivio ele se afasta, e volta sua atenção para Logan e Zac.
- E vocês são?
- Logan. - diz oferecendo a mão em cumprimento. - E esse é Zac, meu marido.
- São meus amigos de longa data. - digo séria, enquanto sou totalmente ignorada por eles.
- Marco Lincoln. - diz Marco apertando a mão do Logan.
Posso escutar o som dos ossos quebrados da mão do Marco, e Logan sorrindo friamente.
- Então é você o idiota que abandonou uma garota de dezesseis anos no momento mais importante de sua vida. - diz Logan sério.
Zac aperta seu ombro indicando que já era suficiente, quero interferir, mas é prazeroso ver Marco tão constrangido até mesmo arrependido.
Desde que entrei no esquadrão que Logan comandava, ele me acolheu como um irmão mais, não demorou e contei tudo sobre minha vida e ele também, partilhamos histórias e segredos, entendo seu comportamento protetor.
- Sou eu mesmo. - diz Marco sem se abalar pelo aperto esmagador da sua mão.
Logan libera sua mão e se afasta um pouco.
" Sinto muito por isso, Logan se importa muito com a Mercy". - diz Zac por sinais.
"Tudo bem, também me importo com ela". - diz Marco respondendo por sinais para a Zac.
- Desde quando você entende linguagem de sinais? - digo confusa.
- Você não é a única que faz amizades durante missões. - diz com sorriso convencido. - Sejam bem-vindos, se a Mercy não tivesse feito tudo às escondidas teríamos sido mais receptivos , vou pedir para arrumar um quarto para vocês, devem estar cansados da viagem. - diz sério.
- Não se preocupe com a recepção, viemos para ajudar a Mercy e toda sua família. - diz Logan sincero.
- Ótimo, agora vou levar essas fraldas para o quarto do nosso filho, vocês sabem criança em fase de crescimento, come horrores e soltam aquelas bombas fedidas. - diz Marco se afastando. - Mercy espero você no meu escritório. - diz sério.
- Maldito. - resmungo irritada.
- Espera ai ele disse filho? - diz Logan incrédulo. - Mercy quando ia nos contar essa novidade?
Droga. Marco e sua maldita língua solta, é claro que ele soltou a bomba e fugiu para desviar a atenção deles sob ele, e passar para mim.
- Então.. isso é uma longa história, mas eu juro que ia contar quando vocês chegassem, e é isso eu tenho um filho, se chama John, e ele já está andando e falando até cem palavras, sim eu estou contando cada nova palavra dele. - digo forçando um sorriso.
Ainda é difícil falar que sou mãe, porque toda vez que falo isso a imagem do Mike e Jasmine vem a minha mente, e me sinto uma completa fraude para o John.
" Quando podemos conhecê-lo? " - diz Zac ansioso.
- Agora se quiserem, vou pedir..
- Logan?. - diz uma voz familiar se aproximar.
Me viro e vejo Danneffer se aproximando com o Cinco ao seu lado, Garrett também está com eles.
- Dane?. - diz Logan surpreso.
Sem entender muito bem Logan corre e abraça Danneffer.
- Nossos pais fizeram maior besteira achando que um casamento seria um contrato perfeito para os negócios deles. - diz Logan ainda a abraçando. - Eu sinto muito Danneffer, eles me limitaram a ter contato com você, quando soube você já tinha fugido desse casamento e a Mercy então me chamou, vim até aqui para ajuda, mas principalmente para saber onde estava minha irmãzinha. - diz afagando seus cabelos.
- Irmã?- digo incrédula.
- Parece que você não previu isso. - diz Garrett sorrindo ao meu lado.
- Logan tinha comentado algumas vezes que tinha cinco irmãos, mas nunca citou nomes. - digo na defensiva.
" Danneffer é sua irmã mais nova" . - diz Zac.
- A família Forenz é composta por vampiros, que foram transformados a partir da ação do Sebastian Forenz, o irmão mais velho deles. - diz Garrett. - Cinco é melhor amigo dele, por acaso Danneffer e o Cinco estão juntos, quando Sebastian souber disso, sinto dó pelas bolas dele que vão ser decepadas. - diz Garrett fazendo uma careta de dor.
" A regra é clara, nunca se envolva com a irmã do seu melhor amigo" . - diz Zac sorrindo.
- Isso mesmo Zac, o cara infringiu o código dos irmãos. - diz Garrett rindo.
- Podemos confiar no Cinco? - digo insegura.
- Por enquanto sim. - diz Garrett sério.
- Vocês não imaginam o quanto eu estava procurando por essa garota. - diz Logan se aproximando com Danneffer.
- Eu nunca iria imaginar que vocês fossem amigos. - diz Danneffer surpresa.
- Universo pequeno. - digo sorrindo feliz por eles. - E quanto seu companheiro, foi o mesmo de ontem a noite? - digo deixando-a corada.
- Sim. - diz sorrindo envergonhada.
- Wat estava muito preocupada com você, mas vejo que estava em boas mãos. - digo enquanto observo Cinco.
Ele é tipo uma versão vampírica do Mark, a diferença está em seus cabelos cinzas e olhos escuros, suas tatuagens e suas mãos enluvadas chamam atenção. Mas ele tem a mesma altura que o Mark e parece também ter a mesma idade.
- Fiquei sabendo o que o Seis fez com você, sinto muito por não ter conseguido te ajudar. - diz sincero me surpreendendo. - Mas o Marco acabou o matando depois fazendo um favor a todos nós, o Seis era insuportável. - diz tranquilamente.
Dessa parte eu não sabia que Marco tinha o matado, e de alguma forma me incomoda ficar sabendo disso vindo de um completo estranho, sendo que ele podia ter me contado.
- Sim, ele fez um grande favor. - resmungo tentando disfarçar minha irritação.
- Posso levá-los para conhecer o John? - diz Danneffer animada.
- Claro. - digo contente.
Mas antes que o Cinco passasse por mim, eu seguro seu braço.
- Ainda não confio em você, então acho bom você nem encostar no meu filho, porque se mais algum maldito soldado vier nos atacar eu juro que vou te perseguir até o inferno. - digo séria.
- Não se preocupe, sou inteligente o bastante para saber quando minha vida está em risco. - diz sorrindo enquanto se afasta.
Observo todos eles entrarem na mansão, inspiro fundo imaginando a quão longa vai ser a noite, e imagino os sermões que o Marco vem preparando para falar.
Enquanto todos os recém chegados visitam o quarto do John, vou direto para o escritório do Marco.
Assim que entro em seu enorme escritório, ele já está me esperando, fecho as portas pesadas e posso sentir todo o vasto silêncio preencher cada canto do amplo cômodo.
- Você tem noção do perigo em que colocou todos ao chamar seus amigos sem me avisar? - diz sério me encarando friamente.
Essa é a verdadeira face do Marco Lincoln, um homem com várias camadas de fúria escondida num rosto bonito. Ele consegue ser tão meticuloso que quando as coisas não estão sob seu controle, ele se releva o quão controlador ele pode ser.
- Eles não são nenhuma ameaça a nossa segurança. - digo irritada.
- Não são, mas a maneira que chegaram até aqui, sim. - diz enquanto inspira fundo.
- Eu..
- Você não pensa Mercy, só simplesmente age por instinto. - diz irritado. - Eles podiam ter sido rastreados, e logo Eros saberia onde toda a família feliz se esconde. - diz furioso. - Em algum momento você imaginou isso? - diz se levantando da sua cadeira.
Engulo em seco, realmente não havia pensado muito nessas possibilidades.
- Logan e Zac não facilitaria as coisas para serem seguidos, eles foram soldados Marco, eles sabem muito bem o que estamos enfrentando. - digo sincero. - Eu confio neles! - digo séria.
- E eu quero confiar nas suas estupidas decisões. - diz cansado.
- Estupidas decisões? - repito irritado. - Você chamou primeiro a família da Hannah inteira para aqui, e ela está com bebê recém nascido Marco, onde isso entra numa boa decisão? Colocar mais crianças em risco, isso é uma estupida decisão. - digo sincera.
Por um momento ele fica em silêncio, pensando no seu próximo argumento.
- Estou cansada de você me acusar e duvidar sempre das minhas ações. - digo séria. - Quando você iria me contar que matou o Seis?
- Não iria contar, isso não vem ao caso agora. - diz pensativo.
- Aquilo era um problema meu, você não deveria ter feito porra nenhuma. - digo séria.
- Você está se ouvindo? De onde veio essa merda, você queria que aquele bastardo ficasse vivo depois de quase ter te matado, você queria que eu ficasse de braços cruzados, esperando que você milagrosamente melhorasse logo e voltasse lá para terminar sua luta? - diz sorrindo incrédulo.
- Aquele bastardo não foi o primeiro que quase me matou, posso fazer uma lista para você, e todos não foram mortos por você. - digo irritada. - Agora você começou a se importar com quem me machuca, por que? Ah eu sei a resposta, é porque só você pode me matar, é mais vantajoso e ainda te garante a plena Supremacia. - digo me aproximando da sua mesa.
- Eu já disse que..
- Não acredito em nada que você me diz Marco, essa é a única verdade até agora, não confio em você. - digo sincera. - Não confio nenhum sentimento que você diz que tem por mim. - digo o encarando.
- Então vou ter que convencer você a acreditar de uma vez. - diz se aproximando. - Afinal seu corpo já está bem convencido o quanto eu amo cada parte de você. - diz com o rosto próximo o bastante para sentir sua respiração.
Não consigo me mexer para me afastar da sua maldita aproximação, me sinto como a porra de um ímã, sempre existe uma força que nos atrai, e que me faz esquecer que por alguns segundos atrás eu queria ainda está discutindo com ele e deixando toda minha raiva sair, mas agora estou quase ansiando por suas mãos em meu corpo.
- Meu corpo só reage, porque obviamente é uma reação biológica. - resmungo rapidamente, essa foi a única coisa inteligente que conseguir pensar.
Ele sorrir não acreditando muito no meu argumento. Antes que eu tenha qualquer outra chance de tentar me afastar, sua mão já está no meu rosto e a outra indo direto para cos da minha calça jeans.
- Ninguém nunca disse que não pode ir abrindo as calças alheias? - resmungo irritada.
- Não é alheia, isso aqui já me pertence. - diz sorrindo convencido quando sua mão encontra minha calcinha.
Antes que posso contra dizê-lo, sua boca faminta já está sob a minha. Seu beijo é malditamente exigente, ele morde meu lábio inferior sem receio, como se tivesse querendo me punir, a cada fez que ele aprofunda o beijo mais ainda me sinto sedenta, me pego desejando mais dos seus beijos.
- Vamos nos livrar dessa maldita calça logo. - sussurra próximo ao meu ouvido.
Ele se abaixa rapidamente e deixa um rastro de beijos na minha barriga, me apoio em seus ombros para não desequilibrar, quando ele terminar de tirar minha calça, sinto meus pés fora do chão, ele já está me segurando ao redor do seu corpo como se fosse tão familiar minhas pernas estão envolta da sua cintura, e sua boca está novamente sob a minha.
- Eu ainda te odeio. - resmungo entre o beijo.
- Não é isso que isso calcinha molhada indica. - diz próximo ao meu ouvido.
Ele me carrega até o sofá do seu escritório, e se senta comigo em seu colo. Sinto sua ereção sob minha calcinha, e inconscientemente me esfrego querendo de alguma forma também provocá-lo.
- Agora só falta tiramos isso do caminho. - diz enquanto rasga facilmente a calcinha.
- Você vai pagar uma nova. - digo séria e ele sorrir perverso.
- Você ainda me deve um boquete, acho que você é que está em dívida aqui. - diz próximo ao meu pescoço. - Agora seja uma boa menina, e assuma o controle. - diz sério me observando.
Antes que posso raciocinar seu dedo está estimulando meu clitóris, me sinto ofegante.
- Vamos Tampinha não temos a porra da noite toda. - diz enquanto abre sua calça liberando seu membro duro.
Quase solto um grito surpresa ao sentir suas mãos na minha cintura, me suspendendo por cima do seu pau, mordo meu lábio inferior tentando reprimir qualquer maldito som que sai da minha boca, quando ele desliza lentamente meu corpo e assim seu pau me preenche, me sinto ofegante e faminta por mais, sua boca está ocupada em meu pescoço.
- Marco..- resmungo me sentindo desesperada.
Estou completamente sentindo seu membro pulsar dentro de mim. Meu corpo está febril, e ele ainda está malditamente vestido, enquanto eu uso apenas uma camisa.
Como se ele estivesse lendo meus pensamentos, ele tira minha blusa e sua mão cobre meu seio.
- Mercy, se você não começar a mexer seus quadris, eu juro que vou jogar os resquícios de gentiliza fora e vou te foder nesse chão. - resmunga irritado e morde meu ombro o suficiente para causar uma dor prazerosa.
Apoio meus braços em seus ombros, e começo a me mover meus quadris tento esconder meu rosto em seu ombro, enquanto estou montada em seu pau, depois que essa onda de excitação passar irei ficar com tanta vergonha de voltar encará-lo.
Sou impedida de esconder meu rosto, sua mão segura meu queixo me forçando a encarar seu rosto.
- Você é bonita demais para tentar se esconder assim. - diz voltando a beijar minha boca.
Todo pensamento que eu tinha desaparece quando sua língua desliza para dentro da minha boca, e seus dedos fazem uma caricia lenta pela base da minha coluna, deixando minha pele arrepiada, sua mão é áspera e o contato com a minha pele me deixa mais febril, sinto minha raiva ser dissolvida tão rápida. Me movo mais rápido e sinto suas mãos ao redor da minha cintura, sua voz está abafada em meu pescoço só escuto algumas palavras desconexas, mas entendo isso como um bom sinal, continuo a me mover dessa vez mais encorajada.
- Eu preciso mais de você. - diz enquanto me carrega em direção sua mesa.
Marco consegue me segurar em com um braço envolta da minha cintura, enquanto o outro ele usa para jogar tudo para fora da mesa, para deixar a mesa limpar, e então meu corpo encontra a madeira fria e seu corpo fica sob o meu.
- Agora é a minha vez de trazer o céu até você. - diz enquanto segura minhas mãos acima da minha cabeça.
Antes que posso pensar em fazer algum comentário, ele se move tão forte que por um momento esqueço como é respirar, sinto minhas pernas virarem duas gelatinas, enquanto sinto seu comprimento sair todo e deslizar novamente para dentro, me preenchendo novamente com seu calor pulsante, quero fechar meus olhos e me entregar ao prazer intenso, mas ver o Marco sob meu corpo, ver seus olhos verdes que agora parecem uma floresta sombria, não quero deixar de apreciar quão bonito ele fica, seu cabelo é uma total bagunça e sua boca está vermelha, ter sua atenção dessa maneira, era apenas minha fantasia favorita de uma garota de quinze anos, agora ter isso tudo, real. Não quero perder nenhum momento em que meus olhos possam registrar essas imagens dele, tão entregue e perdido nesse prazer.
- Marco..- resmungo enquanto ele segura minha perna e coloca sob seu ombro.
Ele vai mais fundo, e dessa vez não consigo controlar os sons que saem da minha boca, ele deixa marcas de mordidas na minha entre coxa, sinto meu orgasmo chegar, e pela urgência do Marco, ele também está chegando no seu ápice.
- Marco..eu acho..que..
Ele sorrir e se aproxima o suficiente para me beijar.
****
Depois de mais algumas vezes que transamos, tenho certeza que minhas pernas ainda não aguentam longas caminhadas, observo Marco enquanto ele ajeita sua calça, seu cabelo está molhado de suor.
- Matt acabou de mandar uma mensagem pedindo ajuda para montar uma fogueira grande, que a Wat inventou que precisa ter para o jantar de hoje. - diz encarando a tela do celular.
- Eu também vou tentar ajudar, só preciso encontrar minha calça. - digo enquanto ajeito a blusa sem a esperança de encontrar meu sutiã, perdido em algum lugar do seu escritório.
- Você vai ficar bem se eu for agora? - diz já próximo a porta.
- Não se preocupe, eles precisam de ajuda. - digo sincera.
Então ele sai rapidamente, e eu solto um suspiro cansada, me sinto estupida por ter cedido a mais ao seu capricho, tento sair da mesa para procurar a maldita calça, e sair daqui com a dignidade que ainda me resta.
Mas para minha surpresa não se passa muitos segundos e ele volta.
- Esqueceu alguma coisa? - digo confusa.
- Sim, esqueci que você é mais importante que uma porcaria de fogueira. - diz se aproximando.
Antes que posso impedi-lo ele me segura em seus braços e me carrega para fora do escritório.
- Marco alguém pode surgir ou brota nesse corredor até o quarto, você pode me deixar caminhar, eu sei me cuidar muito bem sozinha. - digo irritada tentando fazer ele me deixar sozinha.
- Precisamos de um banho quente, depois a gente ajuda a família. - diz deixando um beijo rápido na minha testa.
Não adianta discutir, quando ele já está determinado. Sinto que se isso continuar assim, eu estarei completamente perdida.
Continua...
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Próximo cap é do Marco
Eai nessas discussões desse casal vocês são #teamMarco ou #teamMercy??
Obrigada pela leitura, bjs e até breve :)
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