- 23 -
" O céu cinza chama minha atenção em meio ao fedor do sangue impregnado nas minhas roupas, quero tentar me manter imparcial nessa maldita competição.
- Você ta com cara de quem vai vomitar. - diz o homem responsável por me treinar. - Vamos lá é melhor fumar ao invés de jogar tudo para fora. - diz me oferecendo um cigarro.
- Por que estou sendo treinado por um vampiro? - digo com desdém ignorando seu cigarro.
- Não me olha assim eu também não pedi esse trabalho. - diz sincero. - Isso faz parte do acordo de paz dos lobos e vampiros, nos oferecemos para auxiliar nessas competições. Quando se trata de poder, sempre querem estar próximos para saber até que ponto isso irá nos afetar. - diz pensativo.
- Então somos um objeto de estudo para vocês. - digo irritado.
- Exatamente. - diz sorrindo.
Observo o homem com numerações registradas em sua pele pálida.
- Qual é seu nome? - digo voltando a encara-lo.
- De acordo com meu nível de força,me chamo Oito, mas para poucos escolhi Garrett, meu nome verdadeiro não é necessário você saber. - diz sério. - E o emburrado se chama?
- Marco Lincoln.
- Ótimo agora continue recolhendo os corpos. - diz voltando a fumar.
- Por que tenho que fazer isso? - digo cansado.
- Me diz o que você consegue distinguir pelo odor?- diz me observando.
- Sangue. - digo sincero.
- Então vai continuar limpando essa bagunça até aprender identificar o poder de cada um pelo odor. - diz sério. - Esse é seu treinamento, eu não trabalho com força e sim com suas habilidades naturais, me mostre que você não é tão burro assim. - diz se afastando.
- Mas como vou saber identificar isso só com olfato? Já estão mortos! - digo indignado.
- Você tem o dia todo para descobrir isso. - diz sorrindo voltando a fumar. "
Tento me concentrar nas minhas investigações, mas os rostos das duas crianças me deixam inquieto do outro lado no sofá da biblioteca John está adormecido.
- Tio Marco o que vamos fazer enquanto todos saíram? - Molly indaga inquieta.
- Seu pai? - digo sem desviar minha atenção nos papeis que estou analisando.
- Foi manter minha mãe e as minhas tias em segurança. - diz Molly entediada.
- E o Mark? - pergunto outra vez.
- Meu pai também foi manter minha mãe e as minhas tias em segurança. - diz Denzel me observando.
- Garrett e Luke? - digo na minha última tentativa de não ser a babá da noite.
- Ocupados. - diz Denzel.
Solto um suspiro e olho as horas no meu relógio de pulso, ainda são apenas oito horas e eles estão visivelmente entediados.
- Como eles estão ocupados? - digo intrigado observando as duas crianças.
- Não sabemos, mas queremos brincar com você tio Marco. - diz Molly.
A guerrinha de lama não foi o suficiente para deixarem eles cansados, então tenho uma ideia.
- Denzel vá até a cozinha e ver se tem refrigerante para vocês, Molly encontre o Luke e o Garrett avise que quero eles aqui imediatamente. - digo sério.
Denzel sai rapidamente enquanto Molly me encara ainda intrigada.
- O que vamos fazer? - diz confusa.
- Vamos jogar poker. - digo sorrindo.
Não demorou muito para Molly trazer Luke e Garrett, logo Denzel apareceu segurando o refrigerante dois copos.
- Não acredito que vamos jogar isso com as crianças. - diz Luke observando a mesa do poker.
Sirvo uísque nos três copos enquanto Garrett me observa.
- O que você se espera de um tio, é que ele nunca influencie seus sobrinhos aos jogos de azar ou qualquer outro vicio. - diz Garrett me provocando.
- O que vou ensinar a eles hoje é como ganhar dinheiro dos idiotas iguais a vocês. - digo entregando os copos.
- Vamos ganhar dinheiro? - diz Molly animada.
- Vamos pequena. - digo sorrindo.
- Não sabemos jogar. - diz Denzel preocupado.
- Eu vou ensinar. - digo me sentando na cadeira entre o Denzel e a Molly.
Eles enchem seus copos de refrigerantes e eu aproveito para trazer John no carrinho de bebê.
Quando todos se sentam ao redor da mesa começo a explicar as regras básicas do jogo.
- Lembrem-se são apenas quatro turnos de apostas. - digo enquanto observo o bebê adormecido.
*****
Molly aprendeu rápido como funcionava o jogo, e logo se tornou um prejuízo para o Garrett que está perdendo todas suas fichas.
- Ah! Eu gostei desse jogo. - diz Molly puxando sua pilha de fichas após lançar um Full-house fazendo Garrett perder sua aposta.
- Porque você é tão competitiva? - diz Denzel frustrado observando suas cartas.
- Eu diria sortuda. - diz sorrindo. - Então tio Marco quando você e a tia Mercy vão se entender? - diz sussurrando como se aquilo fosse uma conversa privada.
Do outro lado da mesa Luke e Garrett disfarçam seus olhares curiosos.
- Por que você acha que não estamos bem? - digo a encarando sem prestar atenção nas minhas cartas.
- Já faz dias que a tia Mercy está dormindo comigo no quarto, e você sabe que eu não tenho mais medo do escuro, então não tem motivo para ela ficar comigo. - diz enquanto apostar algumas fichas, sem desviar sua atenção no jogo ela continua. - Sabe em casa quando meu pai faz alguma besteira, ele dorme no sofá, aqui você tem muitos sofás, mas a tia Mercy não te mandou dormir em nenhum. - diz pensativa.
- E você não gosta de dividir o quarto com ela? - digo observando sua expressão pensativa.
- Gosto, ela é uma boa ouvinte, mas eu gosto mais ainda de ver vocês juntos, são mais felizes assim. - diz me encarando.
- Você está ficando observadora igual seu pai. - resmungo voltando minha atenção ao jogo. - E não se preocupe vamos nos entender. - digo bagunçando seus cabelos.
Ela apenas sorrir e volta a jogar.
****
Depois de passar três horas jogando com as crianças, elas foram descansar, seus pais nem podiam imaginar as horas que elas estavam indo dormir.
A conversa que queria ter com o Luke, escolhi deixar para o dia seguinte ele ainda estava se recuperando, e Garrett aproveitou para ir descansar também.
Permaneci no escritório ocupando minha mente lendo inúmeros relatórios dos monitoramentos, que estão sendo feitos no Conselho Vampírico, mas na verdade estou apenas esperando Mercy voltar para casa.
Quando a porta do escritório se abre lentamente, vejo seu corpo se esgueirar como se não quisesse ser notada.
- Não te encontrei no quarto. - diz me observando. - Então imaginei que você estaria aqui. - diz inquieta.
Não desvio meu olhar dos papéis apenas instigando ela querer mais atenção. Seu cheiro é o suficiente para reconhecer sua presença, seguro minha vontade de querer apreciar seu rosto.
-Tinha uns trabalhos para conferir. - digo sério.
- Até de madrugada? - diz intrigada.
- Quando se trata de seres sobrenaturais é um pouco variável os horários. - digo sem tirar atenção dos papéis.
Então quando sinto suas mãos afasto minha cadeira surpreso por não ter percebido ela de baixo da minha mesa.
- O que você está fazendo aí em baixo da minha mesa?- digo confuso.
- Não é óbvio? To pagando minha aposta. - diz puxando o zíper da minha calça.
Inspiro fundo tentando manter o controle, principalmente tentando manter ela distante.
- Você está bêbada não vai chupar meu pau assim. - digo segurando seu queixo fazendo ela me encarar.
- Não to bêbada não. - diz fazendo careta. - Pode me perguntar qualquer coisa, posso provar que não estou tão bêbada.
- Ser burra e estar bêbada tem diferença. - digo tentando manter minha mente racional.
- Você está com medo que eu morda seu pau? - diz sorrindo me provocando.
- Não Tampinha, quero que você se lembre do que fez e bêbada você não vai se lembrar de nada. - digo tentando não admirar seu rosto corado e sorridente.
- Eu não estou bêbada.- diz séria com uma falsa confiança.
- É isso que todo bêbado fala. - digo sorrindo.
- Mas eu quero pagar a aposta agora.- diz determinada.
Mercy é teimosa suas mãos encontra meu pau,não consigo ser rápido para afastar seu rosto,ela se abaixa e quando sinto sua boca ao redor quase me perco minha consciência na sua boca,o que sua maldita língua faz é o suficiente para me fazer esquecer até de respirar, ela sorrir de um jeito convencida.
- Você não deve..
Perco o foco quando ela experimenta outra vez meu pau, aquele seu maldito piercing na língua é realmente um perigo para minha sanidade.
- Chega. - digo puxando seu corpo para cima. - Você está bêbada e eu não vou aproveitar disso.- digo colocando ela sentada na minha mesa enquanto ajeito minha calça.
- Mas Marco..eu quero. - resmunga.
Ver Mercy bêbada sem esconder seus desejos é a pura tentação chega a ser doloroso, a maneira que ela me olha é como se eu fosse sua comida favorita,e no momento não posso saciar esse tipo de fome.
- Vamos para o quarto você está cansada. - digo carregando ela no colo.
- Não estou cansada. - diz fazendo uma careta.
Ela se aconchega o rosto próximo ao meu pescoço e deixa um beijo demorado e depois inspira fundo.
- Gosto do seu cheiro. - diz sussurrando se agarrando mais aos meus ombros.
- Vou encarar isso como elogio. - digo sorrindo.
- O que fizeram com seu lindo rosto. - diz acariciando minha cicatriz próxima ao meu olho esquerdo, a cicatriz termina próximo a minha boca. - Me diz quem fez isso que vou me vingar. - diz séria.
- Isso já faz tempo e não precisamos de vingança, porque quem fez isso não está mais vivo. - digo sorrindo enquanto chegamos no quarto.
- Muito bom. - diz satisfeita. - Mas não se preocupe você continua malditamente bonito. - diz num resmungo escondendo o rosto em meu ombro.
Quando entramos no quarto vou direto no banheiro e coloco na água gelada e deixo ela de baixo do chuveiro, quando a água cai ela agarra meus ombros e me xinga baixinho.
- Ta muito fria. - diz tremula me encarando.
- É eu sei isso é o para o bem de nós dois. - digo enquanto ajudo ela no banho.
Ajudo tirar o vestido molhado,e tiro seu estojo com a arma deixando tudo na pia. Ela se apoia no box quando tiro suas botas.
- Sério que até adaga você carrega? - digo surpreso.
- Gosto de ter mais opções de defesa. - diz me observando jogar seus sapatos para longe da água.
- Acho que você se esquece que pode se transformar em lobo. - digo sério
- Merda acho que vou vomitar. - diz indo direto no vaso.
Afasto seus cabelos enquanto ela joga tudo fora.
- Aposto que você me acha uma nojenta agora. - diz forçando um sorriso, agora parecendo levemente sóbria.
- Não estou te julgando, estou aliviado que você voltou bem para casa. - digo sincero. - Da última vez que você entrou nessa casa seu coração não estava funcionando. - digo enquanto cubro seu corpo com um toalha.
Ela me encara por um momento como se estivesse ponderando se deveria acreditar nas minhas palavras, sua desconfiança estava começando a me torturar.
- Desculpa. - diz de repente. - Não queria assustar ou preocupar ninguém. - diz pensativa. - Mas você sabe que não vou morrer facilmente. - diz sorrindo.
Antes que ela pudesse me encarar mais uma vez começa a vomitar.
Depois de passar quase uma hora dizendo que nunca mais ia beber daquele jeito, ela parece bem depois do banho e dos vômitos.
- Obrigada. - resmunga enquanto coloco cobertas sobre seu corpo.
Sorrio acariciando seu rosto.
- Estou aqui para cuidar de você, sempre. - digo me deitando ao seu lado.
Quando me viro de lado para deixa-la com mais espaço da cama sou impedido pela sua mão agarrando minha camisa.
- Fica comigo. - diz sonolenta.
- Eu não vou a lugar nenhum Tampinha. - digo me aproximando do seu corpo.
- Promete? - diz preocupada já sonolenta.
- Prometo. - digo acariciando seu rosto.
Deixo um beijo na sua testa e a puxo para ficar mais próxima, sua cabeça descansa no meu ombro. Sinto sua respiração ficar mais profunda indicando que ela estava dormindo.
Aquela era a segunda vez que ela dormia tão aconchegada comigo, sim eu estou contando cada momento que consigo me aproximar mais dela, porque o meu tempo está esgotando e não quero perder nenhum momento que posso ficar ao lado dela.
*****
Acordo quase sorrindo ao perceber que ela não se afastou de mim. Meu braço está envolto na sua cintura enquanto o outro braço ela usou como travesseiro.
Me levanto com todo cuidado para não fazer barulho e saio do quarto deixando Mercy ainda dormindo,ela passou o restante da madrugada vomitando e prometendo que não iria extrapolar daquele jeito.
Vou direto para cozinha preparar alguma coisa para ela comer,encontro Wat,Matt e Mark tomando café da manhã.
- Mercy está bem? Hector ligou cedo hoje perguntando o que elas beberam,Hannah passou mal a madrugada toda. - diz Wat preocupada.
- Ela também vomitou bastante. - digo pensativo. - Mas está melhor agora. - digo sincero.
- Parece que fui a única que não sofri com resseca igual elas,Lizzy e Agnes não conseguiram nem levantar,Danneffer ainda não voltou.- diz Wat voltando a encher sua caneca com café.
- Garrett vai chutar as bundas de vocês. - diz Mark nos observando. - Hoje começava a segunda fase dos treinamentos,mas vocês encheram a cara.- diz Mark.
- Falou o exemplo de disciplina. - diz Wat revirando os olhos. - Estamos sob ameaça o tempo todo,precisamas de uma válvula de escape,na próxima a gente fica bêbadas em casa. - diz voltando a beber seu café.
Inspiro fundo enquanto arruma uma bandeja e vou colocando alguns pães e uma tigela de cerais para Mercy comer.
- Onde está o Garrett? - digo intrigado.
- Saiu hoje cedo,não disse para onde ia apenas avisou que voltaria acompanhado. - Mark diz pensativo.
- E as crianças?- pergunto.
- Molly está dando banho no John, ela ta querendo me mostrar que é capaz de cuidar de bebês, porque ta querendo um irmãozinho. - diz Wat num suspiro.
- Diga para ela que mais tarde, quando ela for uma adolescente vai odiar ter irmãos, sua paz nunca será a mesma vai ter que dividir tudo. - diz Mark de forma dramática.
- Eu me lembro que era você o mais grudento,ficava chorando quando a gente te deixava sozinho. - digo provocativo.
- Eu não me lembro disso.- diz fazendo careta.
- Molly já tem dois primos,acho que ela sabe que de alguma forma eles também são seus irmãos. - diz Matt pensativo.
- Irmão não é apenas aqueles de laços sanguíneos,nossa família vai além disso. - digo sério.
- Eu já disse que odeio vocês de um jeito carinhoso. - diz Wat sorrindo. - Vai lá alimentar sua fera antes que ela fuja de você. - diz enquanto me observa a terminar de arrumar a bandeja.
- E você não se cobre tanto,Molly não está sozinha. - digo sorrindo.
Volto para o quarto tentando equilibrar a bandeja enquanto subo os degraus das escadas principais da mansão. Quando entro no quarto encontro Mercy já acordada,seu cabelo está bagunçado e ela faz uma careta de dor quando me ver.
- Não,não,não. - resmunga se escondendo nas cobertas. - Ta muito cedo para te ver depois de tudo que fiz. - diz envergonhada. - Por favor vai embora. - resmunga quase suplicando.
- Pensei que iria acordar com fome. - digo deixando a bandeja no criado mudo. - Se eu soubesse que você ficava excitada bêbada já teríamos nos embriagados,transado igual dois selvagens e depois colocaríamos a culpa na bebida. - digo puxando as cobertas descobrindo seu corpo.
- Não seria uma ideia ruim. - diz escondendo o rosto nos travesseiros. - Por favor esquece tudo que fiz ontem. - diz com a voz abafada.
- Então é assim, agora tudo que você faz depois pede para esquecer. - digo tirando os travesseiros da cama.
- Não quero te ver agora,me devolve esse travesseiro. - diz escondendo o rosto nas mãos.
- Então você fica tímida quando está sóbria,mas quando estar bêbada você pede para chupar meu..
- Chega!- diz puxando o travesseiro das minhas mãos. - Não quero lembrar da besteira que fiz. - diz envergonhada.
- Ótimo porque você ainda não pagou aposta. - digo sorrindo quando ela enfim me encara irritada.
- Eu não vou fazer isso. - diz séria.
- Ah você me deve, quando sua boca estiver no meu pau quero você muito sóbria o suficiente para implorar por mais. - digo segurando seu queixo forçando ela me encarar.
- Não sei se você vai durar muito. - diz sorrindo convencida.
- Continue assim e com essa língua atrevida. - sussurro próximo a sua boca. - Você vai usar ela mais tarde. - digo beijando o canto da sua boca. - Hoje vamos treinar juntos,coma e me encontre na floresta daqui a vinte minutos. - digo me afastando.
- Marco eu não falei muita besteira ontem né? - pergunta preocupada.
Sorrio lembrando de tudo.
- Não se atrase. - digo antes de sair do quarto.
Saio do quarto deixando ela sozinha,inspiro fundo tentando manter o controle para não voltar naquele quarto e agarrá-la.
****
Depois de treinar um pouco sozinho,vejo Mercy se aproximar na sua forma lupina e em seguida voltar ao normal.
- Pelo jeito os trajes que o Garrett criou funciona,você não ficou nua após se transformar. - digo sem encara-la.
Continuo enrolando minhas mãos com algumas bandagens.
- É funciona. - resmunga sem jeito.
- Vai me evitar de novo? - digo a encarando dessa vez.
- Não,vou pagar a porra da aposta. - diz séria.
- Sabe a gente nunca treinou. - digo pensativo. - Sempre fiquei com medo de te machucar,então evitava de lutar com você,mas agora talvez você aguente um combate comigo. - digo provocativo.
- Não costumo fugir de um treino ou de um desafio. - diz forçando um sorriso. - Mas não sei quem vai aguentar mais você ou seu ego,acho que os dois vão perder. - diz irritada.
Ela sorrir e se posiciona na defensiva para lutar.
- Não vou facilitar para você. - digo convencido.
- Não pedi para ser gentil. - diz acertando minhas costelas com um chute.
Sorrio segurando sua perna e puxo com força suficiente para girar seu corpo e jogá-la no chão alguns metros de distância.
- Vamos lá sem armas você fica desprotegida,me mostre sua força. - digo sério. - Sem armas,sem transformação de lobo,vamos lutar de verdade. - digo sorrindo.
Ela se levanta inspirando fundo e volta a me atacar dessa vez ela esquiva do meu soco,e tenta acertar minha garganta com um golpe rápido. Sorrio com suas tentativas,ela está irritada e não consegue se concentrar.
- Você é lenta. - digo atrás do seu corpo acertando suas costas com um chute.
Ela cai de joelhos e tosse devido a força do golpe.
- E você fala muito.- resmunga voltando a se levantar.
Dessa vez não espero ela se recuperar,acerto outro soco acertando em seu estomago e ela aproveita o golpe e segura meu braço. Uso minha outra mão livre e agarro seu pescoço apertando suficiente para ela me soltar,mas Mercy me acerta com chute nas minhas costelas,me afasto com seu golpe.
- Quero respostas. - diz ofegante.
- E eu quero apenas treinar. - digo sincero.
- Por que agora? Por que depois de tudo você começou a se importar comigo? Um dia você me mantem o mais longe possível,e de repente no outro você parece tão desesperado para me ter por perto. - diz intrigada. - Vamos Marco eu quero a verdade,você não está loucamente apaixonado por mim,você nunca foi assim. - diz séria.
Infelizmente Mercy está certa,nunca chegamos ficar tão próximos igual agora. Ficamos juntos apenas uma maldita vez,apenas uma noite para marcar ela como minha Luna. Já me importava antes com ela,mas não era desse jeito,apenas considerava ela como a melhor amiga dos meus irmãos,depois daquele incidente no Conselho Geral,eu vi a sua determinação em salvar meus irmãos e suas amigas,aquilo despertou algo em mim. Meu instinto era manter ela o mais segura possível,porque não queria perdê-la,mas minha atitude protetora foi virando desejo,um desejo primitivo.
- Você não iria gostar de ouvir a verdade. - digo sincero.
Digo voltando a lutar,ela consegue desviar dos meus golpes,estou distraído tentando me decidir se devo contar o que venho tentando esconder dela,e quando percebo ela consegue me derrubar.
- Eu já disse que você fica perfeita assim. - digo observando seu corpo por cima do meu e seu rosto tão próximo.
- Eu quero acreditar em você,mas fica difícil quando você age dessa forma tão interessado de repente, depois de tudo. - diz insegura.
Inspiro fundo tentando me decidir. Não é o melhor momento para contar a verdade para ela.
- Também quero acreditar em você,mas fica difícil toda vez que te vejo sinto que você ainda não me contou tudo. - digo sério.
- Ótimo vamos todos esconder nossas merdas. - diz enquanto se levanta.
Me levanto tentando acompanhar seus passos rápidos.
- Mercy não terminamos ainda,pare de fugir. - digo agarrando seu pulso.
Ela me encara irritada e inspira fundo como se estivesse escolhendo quais as palavras certas para me xingar.
- Não to fugindo.- diz irritada.
- Então vamos continuar treinando.
Continua...
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Desculpem o sumiço estou trabalhando e estudando, está muito corrido e frustrante minha vidinha no momento, mas não se preocupem não vou parar de postar os capítulos :)
Próximo cap é da Agnes e com persongens novos, mas que talvez vocês já conhecem eles do primeiro livro "O Alfa Rejeitado".
Obg pela leitura :)
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