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" - Por que não podemos brincar de casamento?. - diz Mercy interrompendo nosso jogo de beisebol.

- Porque eu não vou ser seu noivo tampinha. - digo irritado.

- Eu posso ser seu noivo se quiser!. - grita Matt do outro lado do campo.

- Mas o Marco é meu futuro namorado, não seria traição?. - diz preocupada.

-  E eu não sou seu futuro namorado pirralha.- digo largando a luva de beisebol.

- Mas você pode ser meu noivo de mentirinha. - diz me seguindo.

- O Matt já se ofereceu não é o suficiente?. - digo parando de caminhar.

- Não,o Matt e o Mark é os padrinhos, você é meu noivo. - diz determinada.

- Mercy, nunca vamos nos casar. - digo rude voltando apressar meus passos.

Não tenho paciência, para lidar com uma garotinha apaixonada.

- Isso foi cruel Marco. - diz Mark consolando a Mercy chorona.

- Vamos nos casar Mercy e depois fugimos para Paris. - diz Matt tentando fazer ela sorrir."

- Parece que você é daqueles que conversa enquanto dorme. - diz ajeitando o sutiã.

- O que houve Vera ?. - digo sentindo uma forte dor de cabeça.

- Você foi na taberna,nos reencontramos e resolvemos testar nossas recordações. - diz se levantando para terminar de se vestir. - Afinal não é todos dias que tenho o luxo,de encontrar o futuro Supremo. - diz sorrindo.

- Isso não devia ter acontecido. - digo irritado.

- É também acho que não, ninguém te disse que é indelicado chamar o nome da outra enquanto você fode comigo.- diz voltando se arrumar.

- Qual nome?. - digo confuso.

- Mercy. - diz revirando os olhos.

- Sinto muito Vera. - digo envergonhado.

- Tudo bem,as vezes é normal usar outras pessoas para esquecer alguém.- diz se aproximando. - Você também precisava se aliviar. - diz enquanto beija o canto da minha boca. - Eu não me importo de ser usada. - diz me observando.

- Isso não vai se repetir. - digo determinado.

- É o que todos dizem. - diz se afastando, voltando arrumar seu cabelo.

Me levanto um pouco nauseado e,vou direto para o banheiro lavar o rosto. Desde o natal minha vida tinha se tornado,um mar de confusões. Ainda tinha que fazer escolhas que estou evitando.

Volto minha atenção para Vera,que me encara com luxúria,sei que ela é mulher atraente e inteligente,mas sinto que se me envolver com ela será em um espiral conturbado,na qual não serei sincero.

- Você está bem?. - diz me observando.

- Estou. - digo num suspiro. - E que tenho alguns compromissos no Conselho Lupino. - digo sincero.

- Tudo bem, você sabe onde me encontrar. - diz me beijando rapidamente e logo em seguida me deixando sozinho.

Olho a bagunça do quarto imaginando o quão bêbado estava, desejando não ter cometido nenhuma loucura mais.

****

Ainda que o antigo Coliseu estava em reforma, agora a nova sede do Conselho Lupino era um castelo, localizado no próprio mundo sobrenatural, que ficava ao norte próximo a fronteira das bruxas.

- Senhor tenho más notícias. - diz Luke se aproximando.

- Sem formalidades Luke. - digo apressado enquanto entro no meu atual "lar".

- Como ainda não foi oficializado sua Supremacia, Eros está querendo reconvocar uma votação ou desafio para ter direito em ser um Supremo. - diz preocupado.

Entro no meu escritório provisório e continuamos a conversar.

- O quê?. - digo incrédulo. - Aquele miserável não sabe nem liderar uma guerra,ele não conseguiu ser um alfa para sua própria alcatéia. - digo indignado.

- É mas ele ficou em segundo lugar na indicação da Supremacia, então o fato de você ter traído de forma indireta o Conselho abriu uma brecha para ele ter esse direito. - diz pensativo.

- Eu sei Luke,os vampiros romperam o acordo de paz e as bruxas querem reivindicar territórios,todo o Conselho Geral está um caos. - digo preocupado. - E tudo é minha culpa.

- É mas apesar de tudo, você foi perdoado pelo próprio Supremo Alfa. - diz Luke esperançoso.

- Mas não é o suficiente,eles precisam saber que estou inteiramente no comando e que sou digno de ser respeitado. - digo pensativo.

- É por isso que Eros quer reivindicar o direito de concorrer a Supremacia. - diz me observando.

- Nem fudendo ele vai ganhar. - digo irritado. - Eros sendo um Supremo significa o início de guerras.- digo preocupado.

- Mas porque não oficializa a Supremacia então?. - diz Luke confuso.

- Por que na cerimônia da Supremacia,o Prenbo vai verificar minha alma,vai saber que minha companheira está viva, aí sim eu não terei mais nenhuma chance de ser o Supremo. - digo sincero.

- Então o que vamos fazer?. - diz Luke preocupado.

- Primeiro vamos por ordem no Conselho Geral, depois cuidamos do Eros. - digo pensativo. - Convoque todos para uma reunião e, envie um lifus para investir o Eros.

- Ainda temos aquele problema no porão. - diz Luke se referindo a última captura de um rebelde dos uivantes.

Tiro meu casaco já me preparando para o trabalho, enquanto desço as escadas que leva até o porão que é iluminado com uma lâmpada velha.

- EU JÁ DISSE TUDO! - grita desesperado.

Encaro o Luke querendo me atualizar.

- Ele disse que estão recrutando novos membros,para uma nova missão. - diz observando o homen acorrentado.

- Luke acho melhor você voltar e verificar que a Vera não me encontre hoje. - digo sabendo que ele não gosta da tortura.

- Ok. - diz subindo as escadas.

- NÃO, NÃO, NÃO ME DEIXE SOZINHO COM ELE! - grita entre lágrimas. - ELE É UM MONSTRO!. - grita amedrontado.

- Sabe meu pai sempre disse,que existe dois jeitos de arrancar a verdade. - digo observando as ferramentas de tortura.

- Com uma boa bebida ou com uma linda tortura. - digo me servindo um copo de uísque,que bebo rapidamente.

- Eu..eu.. já disse tudo que sabia..- diz em um sussurro.

- O seu grupinho não está me ajudando muito. - digo escolhendo o alicate de prata,forjado por uma bruxa caçadora de lobos.

Abro a cela e ele se afasta até o canto do cômodo,a corrente impede que ele se defenda ou se transforme em um lobisomem.

- Eu nunca vi um lobo sem suas presas , não me orgulho muito em saber que vou ser o primeiro a deixar um sem os dentes. - digo o encarando.

Ele já está sem suas unhas e com os dois braços quebrados do nosso último encontro, Luke injetou uma droga que desacelera a ação de cura nos lobisomens.

- Você não entende o que fazemos. - diz indignado.

- Os Uivantes precisam saber quem é o Supremo Alfa.






Continua....

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Próximo cap. é o da Mercy.
Música: Sam Tinnesz - Man or a monster. (Essa é a música temática do Marco)

Gostaria de saber se vocês querem elenco ou não.

Prenbo(minha criação fictícia):  é uma espécie de cerimonialista,que consegue analisar toda a memória da pessoa,ele é um lupino idoso com chifres e unhas longas, aparência é feia mas é uma espécie sábia.

Lifus (minha criação fictícia) : são parecidos com libélula que conseguem falar (sussurrar).

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Obrigada pela leitura bjs♥️

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