Prólogo
Olá, queridos leitores!!! Volteiii, como falei no primeiro livro. Se vocês viram as tags, lá na sinopse, viram que esse livro é bemm diferente do primeiro... Mas espero fazer vocês sonharem e viajarem com ele, e prender vocês como aconteceu no primeiro livro!
Não vou fixar uma data para postagens, porque estava doida para publicar, confesso que estava com saudades das minhas interações com vocês, e com saudade de escrever, também...Tenho poucos capítulos prontos, por isso não vou me comprometer com algo que posso não cumprir depois. O escritor depende da inspiração, e se tem algo que atrapalhe fica meio difícil trabalhar...
Agora vamos embarcar comigo nessa aventura??
Amanda desceu do ônibus e parou para tomar fôlego e coragem, antes de entrar no restaurante. Marcara um encontro com seu pai ali, ao invés de na empresa. Queria conversar com ele em um território neutro, fora de olhares especulativos. Passou a mão na calça jeans que usava, enxugando suas mãos, que estavam suadas devido ao nervosismo. Desde que seus pais se separaram, oito anos antes, ela vira seu pai poucas vezes. Por sua própria escolha. Fora difícil para uma garota de treze anos aceitar que o pai, que fora casado por dezoito anos com sua mãe, mantivera um caso por meses, e que só viera à tona porque sua mãe descobrira. Fora mais difícil ainda aceitar que seu pai, ao invés de escolher ficar com a mãe de seus filhos e companheira de tantos anos - o que seria a escolha de um homem honrado, optara pela amante. Amanda vira então sua família ser destruída. Seu pai saíra de casa, e algum tempo depois, Jonas, seu irmão mais velho, que na época tinha dezoito anos, decidira ir morar com o pai e a nova esposa dele. Amanda ficara ao lado da mãe, assim como seu outro irmão, Daniel, que tinha quinze anos. O triste acontecimento unira os dois irmãos mais novos, e acabara afastando Amanda do pai e do irmão mais velho. Ela até tentara se dar bem com Helena, sua madrasta, e com Aline, filha dela do primeiro casamento, mas não conseguira. A madrasta, bem como Aline, a tratavam mal e a ridicularizavam quando Humberto não estava por perto, e fingiam simpatizar com ela na presença dele. Por essa razão, Amanda fora espaçando cada vez mais as visitas à casa do pai, até que raramente o via.
Mas agora não tinha muita saída. Sua mãe falecera alguns meses antes, a deixando sozinha no apartamento alugado que dividiam. Ela recebera algum dinheiro depois que a mãe se fora, mas não era muito, e suas provisões estavam acabando. Poderia morar com o pai, mas só a ideia de dividir o mesmo teto que sua esnobe madrasta lhe embrulhava o estômago. Morar com Daniel também não era uma opção, pois ele fora morar com mais dois amigos durante a faculdade e ficara por lá. A solução era arrumar um emprego. Recém-formada em designer de moda, com certeza não lhe faltariam oportunidades. Seu pai era dono de uma das maiores empresas do ramo têxtil do estado, a Phormato Modas, e ela crescera nesse ambiente. Fora aí que ela percebera sua vocação como estilista. Adorava desenhar roupinhas para suas bonecas, e seu pai fazia o molde e cortava as peças. No início da adolescência, ela chegara a desenhar algumas peças de roupas para si mesma e para sua única amiga. Então, ao acabar o Ensino Médio, ela já decidira no que queria se formar. Candidatara-se a faculdade de designer de moda em uma das melhores universidades do Rio de Janeiro, e se formara com louvor pouco antes da mãe partir. Seu pai com certeza deveria ter uma vaga para ela. Certamente deveria haver inúmeras possibilidades para ela em outras empresas, mas por causa do seu "problema", como seu pai se referia à sua deficiência, preferia trabalhar com ele, pois se sentiria "em família", uma vez que Daniel e Jonas também trabalhavam lá.
Dando um longo suspiro, ela se esforçou para afugentar as tristes lembranças e entrou no restaurante. Logo avistou o pai sentado em uma mesa de canto. Ele se levantou assim que a viu, e depois de trocarem um abraço rápido, se acomodaram. Amanda pediu um refrigerante, pois apesar de já ser final do dia, ainda fazia bastante calor, o que era típico no clima do Rio de Janeiro. O pai pediu uma cerveja, e esperou até que o garçom trouxesse as bebidas e os servisse, para só então se voltar para a filha.
— E então, Amanda, como tem passado?
Amanda olhou para o pai. Se não fossem os cabelos grisalhos, e as pequenas rugas em volta dos olhos, seria difícil afirmar que ele já beirava os cinquenta anos. Seus olhos azuis ainda possuíam vitalidade, e seu corpo estava bem conservado, graças aos exercícios físicos que praticava pela manhã. E a julgar pelos olhares de outras mulheres no restaurante, seu pai ainda era considerado um homem atraente.
— Estou bem, papai. — Amanda deu um longo gole do refrigerante. — Ou tentando ficar.
— Está precisando de alguma coisa?
Suspirando, Amanda reuniu coragem e encarou o pai.
— Sim, estou, papai. Foi para isso que chamei o senhor aqui.
Então Amanda começou a falar, e Humberto apenas prestava atenção, sem fazer comentários. Quando a filha terminou, ele fez uma longa pausa, antes de dizer:
— Por que você não vem morar comigo e com a Helena?
Amanda revirou os olhos.
— Papai, eu já expliquei o motivo para eu não cogitar essa possibilidade.
— Então, você quer trabalhar na empresa. — ele murmurou, depois de outra pausa longa. — Você deve saber que uma estilista não nasce do dia para a noite. Te ofereço a vaga de minha secretária, para começar. A que eu tinha antes pediu demissão na semana passada e meu escritório está uma loucura.
— Mas, papai, eu fiz estágio e... — Amanda começou a protestar, mas Humberto ergueu a mão interrompendo-a.
— Primeiro preciso saber se você é apta ao trabalho. Se seu... problema não irá atrapalhar em nada. Se você se adaptar bem ao trabalho, eu coloco você como assistente do meu estilista atual.
Fervendo de raiva, Amanda virou o rosto para o lado, e terminou o resto do refrigerante em um só gole. Queria dar uma resposta malcriada para o pai, mas segurou a língua, afinal, ele era seu futuro patrão, se decidisse aceitar o cargo. Claro que ela era apta para o trabalho, Amanda pensou. Nunca precisara trabalhar antes, pois a pensão que o pai depositara todos os meses, desde a separação até sua formatura, fora suficiente. Mas se dera muito bem nos estudos, e depois no estágio, e via pessoas com "problemas" bem maiores que o seu, trabalhando. Sentiu ímpetos de negar, mas só possuía dinheiro para mais um mês de aluguel, fora as contas de água e luz... Assim, Amanda se viu aceitando e só pediu ao pai que ninguém, além dos seus irmãos e de Helena, soubessem do seu "problema". O pai entregou uma lista dos documentos que ela precisava apresentar ao setor de RH, e declarou que ela poderia começar na próxima segunda-feira.
Amanda saiu do restaurante torcendo para não estar cometendo um enorme erro.
Aí está, meus queridos.. Está pequenininho, eu sei... Mas é apenas o Prólogo...Logo posto o primeiro capítulo....
O que você acharam?
Comentem a vontade, e se gostarem, cliquem na estrelinha, façam essa autora feliz... Um grande beijo no coração de todos!
Gente, eu vi que o Prólogo está com um pequeno problema... Frases cortadas e repetidas. Só que para mim ele aparece normal. Vou repostar para ver se resolve esse problema...
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