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Capítulo 27

Olá, meus amores!!! Demorei, eu sei, demorei demais! Mas além da minha vida ser bastante corrida, eu tive um problema com o notebook, que foi onde salvei uma parte do capítulo. Depois tive o famoso  bloqueio criativo, minha vida não está fácil, estou cheia de problemas... Mas enfim, eu estava lendo alguns livros aqui, e senti falta de postar o meu. Então fui buscando inspiração, e consegui concluir o capítulo. Espero que não esteja tão ruim... Saiu um pouco grande, mas é para compensar minha demora... Espero que gostem!!!



O silêncio se instalou no ambiente. Todos estavam espantados demais com a visita inesperada, e mais chocados ainda com as frases proferidas por aquela mulher, para dizer alguma coisa. Com Amanda não era diferente. Completamente surpresa, ela apenas ficou observando enquanto a mulher se aproximava cada vez mais dela e de Ricardo. Era inegável o fato de que a outra era linda. Seus cabelos loiros e lisos faziam um belo contraste com seus olhos verdes, e o vestido, apesar de ser tão curto a ponto de ser vulgar, realçava as curvas que ela tinha. Certamente aquela mulher chamaria a atenção de qualquer um sem fazer muito esforço. Mas o que Amanda não entendera era porque a tal mulher estava falando com seu namorado. Com o canto do olho, ela observou Ricardo, e pode notar que ele havia endurecido a expressão, e estava com o maxilar cerrado. Ótimo. Ele não parecia contente com a chegada da mulher. Decidida a esclarecer aquela situação, ela tentou disfarçar seu choque e se voltou para o namorado, com o cenho franzido:

— Quem é essa mulher, Ricardo?

Igualmente surpreso pela inesperada aparição da loira, Ricardo pigarreou, tentando encontrar a voz para responder Amanda. Porém, antes que ele dissesse alguma coisa, a outra foi mais rápida, e olhando para Amanda, deu uma risada debochada, proferindo com voz pastosa:

— Eu sou o amor da vida dele, querida.

— O quê? Como assim? Que história é essa, Ricardo? — Amanda perguntou, franzindo ainda mais o cenho. E novamente, antes que ele tivesse a chance de responder, a loira foi mais rápida do que ele.

— Agora eu que pergunto. Quem é essa aí, que se acha no direito de ficar fazendo perguntas?

— Eu sou a namorada dele, querida. — Amanda devolveu, imitando o tom sarcástico da outra, colocando as mãos na cintura, em um gesto de desafio.

A loira deu outra risada debochada, e se voltou para Ricardo.

— Namorada? Eu sempre suspeitei que você tinha outras na capital, mas trazer elas para cá é um pouco demais, não acha?

— Estou esperando uma explicação, Ricardo. — Amanda falou, passando do choque à fúria.

— Não é nada disso, Amanda. — ele se apressou em dizer, se voltando para ela para que ela pudesse fazer a leitura labial. — Essa mulher é minha ex-namorada, e como se não bastasse ter bebido além da conta e ter aparecido na casa dos outros sem ser convidada, ela ainda fica inventando coisas.

— Não estou inventando coisas. — ela devolveu, se aproximando mais de Ricardo. Enlaçou o pescoço dele com seus braços, quase encostando seu corpo no dele. — Ou você já se esqueceu de tudo o que nós vivemos? Se esqueceu de todos os nossos momentos, de como éramos inseparáveis antes de você se mudar para o Rio?

— Isso tudo é passado, Aline! — Ricardo esbravejou, tirando os braços da loira de cima dos seus ombros. — Passado! Será que não dá para você aceitar isso de uma vez por todas? Não está vendo que estou em outra? O que houve entre nós acabou há muito tempo!

Bianca, que até então estivera observando toda a cena, estática, rapidamente foi até a cunhada e a puxou gentilmente pelo braço, virando-a para si.

— Por favor, Amanda, acredite no meu irmão, ele está dizendo a verdade. Não dê ouvidos para essa daí, que não tem o que fazer e vem tirar a paz dos outros!

Aline, que não era boba, mesmo não estando sóbria, percebeu que Ricardo e Bianca falaram com Amanda olhando para ela, e achou aquilo estranho.

— Por que vocês estão falando assim com ela? Ela é doente mental, por acaso?

— Não, a tia Amanda não escuta direito. — foi o priminho de Ricardo quem falou, tirando a chance de alguém tentar contornar a situação.

Aline deu outra de suas risadas debochadas.

— Uma surdinha? Sério isso, Ricardo? Acho que você pode ter alguém muito melhor, não concorda?

— Alguém muito melhor? Está se referindo a você mesma?

—Bem, pelo menos comigo você não corre o risco de ter filhos surdinhos também...

Chocada demais com as palavras da outra, Amanda decidiu que já ouvira o suficiente. Tudo o que ela queria era sair do meio daquela confusão toda. Assim, ela saiu correndo na direção da porta de entrada da casa, sem olhar para trás. Ignorou o chamado de Ricardo e de Bianca, e desceu rapidamente os degraus da varanda, alcançando a rua. O ar fresco da noite a recebeu, mas ela mal notou. Tudo o que ela queria era ficar sozinha. Sentindo as primeiras lágrimas deslizarem pelo seu rosto, ela se forçou a andar apressadamente, até encontrar uma pracinha que havia naquela mesma rua. Ela se sentou em um banco meio afastado, localizado debaixo de uma árvore, e só então permitiu liberar o choro que estivera preso em sua garganta. Não sabia o que pensar sobre a confusão que protagonizara na sala da família de Ricardo. Seria mesmo possível que ele mantivesse uma namorada em Petrópolis, e enquanto ele estava no Rio, ele mantinha uma substituta, no caso, ela? Será que fora a outra durante todo aquele tempo? Ricardo seria capaz de jogar tão sujo? Por Deus, ele era o melhor amigo de seu irmão, e todos sabiam o quanto Daniel era super protetor com ela. Daniel havia dito a ele que esqueceria a amizade dos dois se Ricardo a magoasse. Ele seria capaz de agir como um perfeito canalha, saindo com ela enquanto mantinha uma namorada em sua terra natal? Amanda sentiu sua cabeça rodar com tantas perguntas e suposições, e deixou que as lágrimas rolassem livremente pelo seu belo rosto. Seu pranto aumentou ao se lembrar das palavras maldosas da outra. Por mais que odiasse a tal mulher, não podia deixar de pensar que talvez ela tivesse razão. Talvez Ricardo merecesse alguém melhor do que ela. Não que ela achasse que teria filhos surdos, porque sua surdez não era congênita, mas era o que os outros certamente pensavam, até mesmo o próprio Ricardo. Amanda enterrou o rosto nas mãos, agoniada, enquanto seu corpo era sacudido pelos soluços.

Enquanto isso, na casa de seu Pedro e dona Fátima, a discussão continuava...

Ao ver Amanda saindo correndo pela porta, ignorando totalmente seu chamado, Ricardo se voltou para Aline, completamente furioso.

— Está vendo o que você fez? Está satisfeita agora??

— Ah, Ricardo, me poupe. Está realmente ligando para essa surdinha, enquanto eu estou aqui, perfeita e disponível para você?

— Preste atenção, sua doida, porque só vou dizer uma vez. — Ricardo vociferou, segurando o braço de Aline com força. — Amanda é a minha namorada, e apesar da deficiência dela, é com ela que eu quero ficar. Ela é infinitamente melhor do que você. Aceite de uma vez por todas que você não me terá de volta, nem agora, nem nunca. Vê se me esquece e some da minha vida!

— Mas... mas eu ainda amo você, Ricardo. — Aline choramingou, tentando segurá-lo pela camisa. Seus olhos brilhavam com lágrimas não derramadas, mas Ricardo nem se abalou. Sabia que as lágrimas da loira eram falsas, no intuito de manipular a situação a seu favor.

— Ama coisa nenhuma. Você só ama a si mesma, Aline. Mas isso não é problema meu. Agora eu preciso ir atrás da mulher que realmente é o amor da minha vida. Com licença.

E dizendo isso, Ricardo rapidamente murmurou um pedido de desculpas para sua família, e rapidamente entrou no carro, com a intenção de procurar Amanda. Como ela não conhecia nada e nem ninguém na cidade, não deveria ter ido muito longe. Com isso em mente, ele dirigiu devagar pela rua, observando atentamente por onde passava. Até que a avistou sentada na pracinha, com o rosto entre as mãos. Soltou um suspiro de alívio por ter conseguido encontrá-la, mas seu coração se apertou ao ver que ela não estava bem. Apertou a buzina para chamar a atenção dela.

Imersa em seu próprio desespero, Amanda se assustou ao escutar o som de uma buzina. Levantou o rosto e logo reconheceu Ricardo ao volante de seu carro. Voltou a enterrar o rosto nas mãos. Não queria falar com ninguém naquele momento, especialmente com ele.

Mas Ricardo não se deixou abalar com a atitude de Amanda. Saiu do carro e a alcançou com passadas rápidas, determinado em explicar toda a confusão que Aline armara. Se abaixou, e delicadamente, ergueu o rosto dela, para que ela pudesse encará-lo. Sentiu seu coração se apertar novamente ao ver o rosto dela molhado pelas lágrimas. Lágrimas que Aline causara, e ele também, meio que indiretamente.

— Amanda, por que você saiu daquele jeito? Fiquei igual um doido te procurando.

— Não sei porque você se deu ao trabalho. — ela respondeu, se desviando do toque dele, enxugando seu rosto em um gesto brusco. — Tem uma visita na sua casa requerendo sua atenção.

Ricardo respirou fundo e passou a mão pelos cabelos. Pelo visto, Amanda não iria facilitar as coisas para ele.

— Nós precisamos conversar, Amanda.

— Pois eu não estou com a mínima vontade de conversar. Quero ficar sozinha. Pode voltar para a sua casa e para o amor da sua vida.

— Mas eu preciso explicar o que aconteceu. Já falei que não é nada disso que você está pensando.

— Ah, não? Eu posso ser deficiente auditiva, Ricardo, mas ouvi muito bem o que aquela mulher disse.

Ricardo esfregou o rosto e deu outro suspiro. As coisas seriam mais difíceis do que ele pensara.

— Posso me sentar aqui? — ele perguntou, com cuidado.

— Faça como quiser. — ela devolveu, dando de ombros. — Até onde eu sei, a praça é pública.

Ricardo se acomodou no banco, mas teve o cuidado de não sentar muito perto de Amanda, para não enfurecê-la ainda mais. Não que ele tivesse culpa que a sua ex tivesse aparecido bêbada no meio da Ceia de Natal, dizendo mentiras e envenenando a cabeça de sua namorada. Mas ele precisava fazer Amanda ouvi-lo e consertar o estrago que Aline fizera.

Os dois não falaram nada por um bom tempo. Ricardo estava procurando uma forma de começar a explicar aquela confusão toda.

— Minha família e a da Aline sempre foram vizinhas. Nós crescemos juntos. Eu e meus irmãos brincávamos com ela e os irmãos dela. Estudávamos na mesma escola, e com o tempo nos tornamos inseparáveis. Ainda na infância, eu e ela costumávamos dizer que íamos nos casar, quando crescêssemos. Nossos pais até incentivavam isso, então foi natural começarmos a namorar, assim que atingimos a adolescência.

— Para, Ricardo, eu não quero ouvir mais nada! — Amanda exclamou, colocando as mãos no ouvido.

— Por favor, Amanda. — ele suplicou, se ajoelhando na frente dela, para que ela pudesse ler seus lábios. — Eu quero, eu preciso explicar...

— Isso vai fazer alguma diferença?

—Vai fazer toda a diferença, Amanda. Você vai entender o que aconteceu, e vai saber que a Aline não é nenhuma ameaça para você, para nós dois. Posso continuar?

Ela se limitou a dar de ombros. Pelo menos ela não havia negado, Ricardo pensou, ao se sentar novamente no banco.

— Bem, nós começamos a namorar, e tudo ia bem, até que passei na prova da UFRJ, e ela não. Ela não deixou transparecer que não havia gostado muito disso, mas eu percebi. Ela me implorou para que eu a levasse para o Rio comigo, mas como eu iria fazer isso? Eu fiquei nos alojamentos da universidade, até arrumar meu primeiro emprego. No entanto, ela pareceu não entender isso, e as brigas começaram. Ela dizia que eu não gostava dela o suficiente, por isso não queria levá-la, dizia que eu tinha outra no Rio... Quando eu comecei a trabalhar, as brigas pioraram, porque, dividido entre o trabalho e a faculdade, eu não tinha tempo para nada, nem de vir visitar minha família. Ela sempre me cobrava atenção, e voltava a afirmar que eu estava com outra...

— E você tinha outra mesmo? — Amanda perguntou, interrompendo-o por um instante.

— Não. Eu sempre fui fiel a ela durante o tempo que nós namoramos, Amanda. Por mais que meus amigos tentassem fazer a minha cabeça para eu sair com outras garotas, eu nunca fui um cara que curte pular a cerca. Nunca dei motivos para ela duvidar de mim. Era tudo fruto do ciúme doentio dela. Bem, quando aluguei minha primeira quitinete, assim que eu tive um tempo vim buscá-la para conhecer a capital e o lugar onde eu morava. Foi uma péssima ideia.

— Você... você a levou no seu apartamento? No apartamento onde estive tantas vezes?


— Não, Amanda. Quando comecei a trabalhar, eu não ganhava lá essas coisas, e não tinha condições de pagar um aluguel caro. Então aluguei um lugar pequeno, que estava dentro das minhas condições. Era um quarto com banheiro, mas para mim estava ótimo, era só para dormir mesmo, e eu poderia recebê-la lá sempre que desse para ela ir ao Rio. Cheguei a dizer para ela que ela poderia morar comigo, como ela queria desde o início. Fui muito idiota! Ela odiou o lugar, e ficou reclamando e falando mal do local o tempo inteiro. Chegou a dizer que nunca iria morar em um buraco como aquele. Brigamos o fim de semana inteiro, claro, e a partir daí as coisas entre nós só pioraram. As brigas se tornaram constantes, até que...

— Até que... — Amanda incentivou, ao perceber que o silêncio se estendera, e Ricardo olhava para o nada, perdido nas lembranças do passado.

Ele engoliu em seco, antes de continuar.

— Em outro fim de semana que tive uma folga do trabalho e da faculdade, eu resolvi fazer uma surpresa para ela. Não aguentava mais viver brigando, e esperava consertar as coisas com minha visita inesperada. Mas quem teve uma grande surpresa fui eu.

— O que aconteceu?

— Quando cheguei, eu passei rapidamente em casa, e fui direto para a casa dela. Os pais dela não estavam em casa, mas eu sabia que ela estava em casa, pois no caminho eu encontrei com o irmão dela, e havia perguntado onde ela estava. Quando cheguei lá, fui procurando pela casa toda, até ver a porta do quarto dela entreaberta. Entrei, pensando que ela estivesse dormindo, ou algo assim, e me deparei com a pior visão que alguém pode ter. Minha então namorada estava, sim, na cama... Com outro.

Amanda ficou boquiaberta. Jamais esperaria ouvir um absurdo daqueles. Sem saber o que dizer, apenas esperou ele continuar.

— Eu exigi uma explicação para o que ela estava fazendo. Patético, eu sei. Mas eu queria entender porque ela havia me traído, se eu nunca sequer pensei na possibilidade de fazer isso com ela. Para minha surpresa, ela disse que eu merecia aquilo, por eu não ter dado a devida atenção a ela. Disse que estava cansada de ser deixada de lado, de não saber quando poderia me ver. E para dar o golpe final, disse que estava cansada de ser namorada de um universitário pobretão, que morava em um buraco, que não tinha um futuro para oferecer a ela. Eu fiquei destroçado, Amanda. Eu acreditava que a amava, e naquele momento percebi o quanto a Aline era maldosa e ambiciosa. Eu havia chamado-a para morar no Rio comigo, e ela simplesmente ridicularizou o lugar que eu havia alugado. Ela inclusive disse que tinha feito aquilo pensando no futuro. O cara era filho do dono de uma das fábricas daqui. Eu disse que ela poderia ficar com ele, e apesar de amá-la, terminei tudo ali mesmo. Eu posso perdoar tudo, Amanda, mas traição eu não perdoo.

— Ah, Ricardo, eu não imaginava... — Amanda murmurou, penalizada.

— Mas a história não acabou aí. Eu me formei, comecei a trabalhar para o seu pai, aluguei aquele apartamento, comprei meu carro... Devagar minha vida mudou para melhor, muito melhor, e ela acabou sabendo disso, porque eu vinha visitar meus pais, e bem, ela continuou sendo nossa vizinha... Ela então começou a correr atrás de mim, se dizendo arrependida, me implorando perdão. Dizia que ainda me amava, que não tinha me esquecido Eu soube que era tudo interesse dela, que ela estava desesperada atrás de um bom partido. O cara com quem ela tinha me traído ficou com ela apenas por um tempo, ele só queria se divertir com ela. E vendo que eu estava bem de vida, começou a correr atrás de mim. Mas eu nunca sequer cogitei a hipótese de voltar para ela. O que eu sentia por ela acabou no momento em que eu a vi na cama com outro. Porém, ela não desiste. De vez em quando ela dá uns shows, como o que você presenciou hoje, principalmente quando ela está bêbada. Eu não menti quando falei aquilo tudo para ela na sua frente, Amanda. Acabou. E não tem mais volta.

Amanda ficou vários minutos sem saber o que dizer. Estava chocada demais com tudo que ouvira. No entanto, entedia a dor que Ricardo devia ter sentido na época. Também sofrera uma grande decepção em seu primeiro namoro. Também recebera uma facada de quem ela esperara que correspondesse aos seus sentimentos.

— Eu... eu nem sei o que dizer, Ricardo.... — ela murmurou. — Quer dizer, eu sei como dói nos decepcionarmos com quem amamos...

— Mas você acredita agora que a Aline não é uma ameaça para nós dois? Eu amei muito a Aline, sim, mas hoje só quero esquecer que um dia a conheci.

— Acredito, mas tem uma coisa que ela disse que ficou martelando na minha cabeça.

— E o que foi?

— Bem, ela disse que se você ficasse comigo, poderia ter filhos surdinhos...

Ricardo respirou fundo antes de responder.

— Amanda, pelo que você me contou, você não nasceu assim. E pelo que eu já entendo sobre a sua deficiência, a possibilidade de você passá-la para seus filhos é quase inexistente. Não fique torturando sua cabecinha com uma coisa que aquela doida falou só para te atingir.

— Eu sei disso, e você também sabe, mas e os outros? O que devem pensar ao saber que você namora uma surda? Talvez ela esteja certa ao dizer que não sou a mulher ideal para você.

— Ei, ei, quer parar com isso? Quer parar de se menosprezar? — Ricardo a interrompeu, segurando-a pelo queixo e virando-a para si. — Não me interessa o que os outros pensam ou deixam de pensar. Quem está namorando com você sou eu, não eles. Quem tem que achar alguma coisa sou eu. E eu acho que você é a mulher perfeita para mim.

— Vo-você acha?

— Sim. Já falei mil vezes ara você que a beleza que importa para mim está aqui. — ele disse, apontando um dedo para o seio esquerdo dela. — Não que o exterior deixe a desejar, longe disso, você é uma mulher linda, Amanda, mas você tem um coração de ouro, coisa que muitas pessoas "normais" não tem.

— Ah, também não precisa exagerar... — ela devolveu, o rosto ruborizado denunciando que ela estava completamente sem graça.

— Não estou exagerando. Esqueceu que vi você em ação lá na ONG várias vezes? Esqueceu que vi você costurar roupinhas até altas horas da noite, para presentear aquelas crianças? Que tipo de pessoa faz isso? Só uma bastante especial, que por sinal é minha namorada. E ninguém vai tirar ela de mim, muito menos uma ex maluca e interesseira. —Ele se levantou e estendeu a mão para ela. — Agora que nos entendemos, vamos voltar lá para casa? Ela já deve ter ido embora e a festa deve ter voltado ao normal.

Ela aceitou a mão que ele lhe estendia e se levantou também. Foram andando de mãos dadas até o carro, e quando chegaram ao veículo, ela se virou para ele e murmurou:

— Eu ainda não entendi porque ela continua a correr atrás de você, se vocês terminaram há bastante tempo. Você nunca deu um basta nela?

— Várias vezes, mas como ela nunca me viu com nenhuma mulher, acho que ela pensou que ainda tinha esperanças... Agora que ela nos viu juntos, talvez ela se toque que não tem mais chances comigo.

— É o que eu espero, ou ela vai conhecer um lado da minha personalidade que não é tão bonito assim...

— Acho que já deixei claro que você não tem razão para ter ciúmes...

— Não é ciúme, apenas gosto de proteger o que é meu.

— Hum, não sabia que minha namorada era possessiva... — ele disse, enquanto a enlaçava pela cintura. Ele colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha, enquanto a fitava com ternura. — Não importa se você ouve ou não, Amanda, eu escolhi ficar com você e não quero nenhuma outra mulher. Nunca duvide dos meus sentimentos, porque você é muito importante para mim.

— Você também é muito importante para mim, Ricardo. — ela devolveu, e os dois se beijaram com paixão. Antes que o beijo se intensificasse mais, Amanda se lembrou que estavam em um lugar público, e devagar foi se afastando de Ricardo.

— Precisamos voltar, devem estar sentindo a nossa falta... E eu lembrei que não entreguei seu presente ainda.

— Não preciso de outro presente. O único que me interessa está bem aqui na minha frente....


Ai, ai,  esses dois... O Ricardo é um amor, não é? Está tudo lindo e maravilhoso, mas devo dizer que tem muita coisa para acontecer ainda. Tem muitas emoções pela frente...

Um beijo no coração de todos, e até a próxima!!!

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