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e p í l o g o

NA: Olha, eu tenho que confessar que estou chorando como um bebê depois do último capítulo. Espero que tenham gostado tanto quando eu desse livro. Espero vocês no futuro para a sequência dessa história! <3

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A primeira coisa que o velho governador ouviu quando ela entrou na sala foram os sapatos. Lindas botas de couro escarlate com pequenas sombras balançando em sua volta, poderosas, cuidadosas. Quando ele a olhou, ela sorriu como se lesse cada um dos seus mais profundos pensamentos. E quem a conhecia, sabia que era exatamente isso que ela estava fazendo.

Usava um lindo blazer preto sobre o vestido vermelho com o cabelo amarrado em um rabo. De óculos e com aparência juvenil, quem poderia imaginar o perigo que uma simples secretária poderia trazer ao negócio, não é mesmo? Mas o seu tempo por ali estava acabando. A paciência já era.

— Acredito que já sabe quem me enviou, não é mesmo senhor Poretto? — a voz que antes era doce e cuidadosa, agora saía cruel, mergulhada no mais forte dos poderes enquanto ela observava o velho amedrontado da cabeça aos pés.

Típico. Para incentivar uma guerra ou passar dinheiro para a mão certa, ele não tinha medo nem receio. Porém ali, com uma das mais poderosas soldados da legião infernal, ele estava estremecendo, temeroso pelo seu destino. Deixá-lo nas mãos da feiticeira era pedir para sofrer a mais cruel das torturas. As fofocas que rolavam nas sombras mostravam que o seu poder podia enlouquecer uma pessoa, criando um inferno pessoal, fazendo passar anos em apenas alguns segundos.

Não havia quem não se ajoelhasse diante dela.

A princesa do caos. A filha do inferno. A soldado das sombras.

Samantha atirou com uma pistola na cabeça do homem sem piscar. Já havia feito isso com outros doze seguranças, homens e mulheres, na subida do prédio. O medo e o pavor estavam instaurados e as sombras se alimentavam de cada um deles. Seu trabalho ali não era necessário. O verme não era capaz de lhe oferecer quaisquer informações concretas.

Mas por sua mentira, morreu.

Ela caminhou até o corpo calmamente e então o puxou pelo braço gordo e flácido até a parede de vidro do andar. Com um chute, quebrou o vidro que julgavam inquebrável e sentiu toda a velocidade do vento entrando no décimo sétimo andar. Ela o jogou para fora, deixando o velho cair em câmera lenta até o capô de um carro.

Suicídio. Coitado. Era o que diriam.

Ela então pegou um pendrive de cima da mesa e parou um segundo em frente a um espelho, fitando seus lindos olhos castanhos sem vida, mergulhados no mais puro ódio do controle mental. O poder do inferno corria em suas veias e ela se deliciava com ele.

Sorriu maliciosamente para si mesma e então saiu porta a fora como se nada houvesse acontecido.

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