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c a p í t u l o - 🇽 🇮 🇻


Aquele dia havia sido péssimo. Depois de dormir mal, com a cabeça cheia, decidi sair para correr e visitar um velho amigo no cemitério. Não sabia se ele podia me ouvir ou o que faria, mas fiquei lá por mais tempo do que podia imaginar. Ele havia passado por milhares de coisas assim comigo, ao meu lado. Hoje eu tinha Samuel, mas ninguém jamais seria como Steve. Mais que um amigo, era como um irmão para mim. Desde que me conheço por gente.

Desde pequeno, lembro de nós dois e meus três irmãos aprontando diversas aventuras infantis malucas. Eu era o irmão mais novo da minha família e Steve era o que eu considerava o irmão mais novo. O pequeno Steve. Baixa estatura, grande coração. Depois de tudo o que aconteceu, agora eu só tinha suas memórias. Ele confiou em mim e me tirou do mundo cruel que eu estava. Me salvou.

Eu precisava ficar um pouco sozinho e também precisava de um tempo antes da missão, seja para procurar por mais pistas do local, seja para entender o esquema de segurança da noite no teatro. E eu não sabia se queria encontrar Samantha de novo tão cedo. Vê-la, com certeza queria, mas não suportaria seu olhar de decepção mais uma vez.

Sei que não era o culpado da história, mas aquilo mexeu comigo. Eu lembro de como me senti ao visitar o cemitério onde meus pais estavam. Era doloroso pensar em cada ente nosso que se foi de forma abrupta. Sei como era não ter absolutamente ninguém por perto.

Por isso, fui até o espaço do teatro observar tudo o que estava sendo feito. As coisas estavam uma loucura com a organização dos preparativos e planejamento do espaço. Aquilo era luxuoso, selecionado. Cada peça de cristal que eu via carregarem para dentro brilhava e refletia centenas de cores. Tudo era muito bonito. Mas eu precisava saber por onde podia entrar e por onde sair.

Então a noite chegou, caindo em uma escuridão extremamente iluminada com fama e glamour. Poucas pessoas entrariam, mas centenas de fotógrafos e entrevistadores já estavam lá, prontos para prestigiar o evento como urubus. Graças a Deus, eles me ignoraram.

A limusine preta chegou no tapete vermelho e vi Samuel saindo dela com um sorriso que eu já conhecia. O sorriso da fama e da simpatia. Do público. Todos os flashes se voltaram para ele. Eu admirava a forma como ele conseguia levar aquela vida pública. Enquanto ao menos disfarçava o ódio das câmeras, tinha certeza que minha expressão estava longe de ser convidativa.

— Olha aqui, por favor! — gritou um fotógrafo e muitos outros.

— Nessa direção, por favor! — gritou outra.

— Falcão, me dá um autógrafo! — berrou uma garota em direção a Samuel.

O famoso Falcão. Um dos vingadores. Bravo guerreiro. O cara simpático que todo mundo gostava. Eu era apenas um chaveirinho que todos aceitavam.

— Assina meu boneco! — também ouvi um garoto de uns 10 anos gritando.

Eu sei que desaparecendo como fiz essa manhã pareci um garoto fugindo de briga, mas seria difícil. Eu não sabia se podia dizer que estava apaixonado por Samantha. Eu não sabia o que isso poderia significar ou de que forma eu poderia realmente amar alguém. Mas que eu sentia algo por ela, eu sentia. E quando ela saiu da limusine, meu coração bateu mais rápido e tudo em minha volta ficou mais lento.

Samantha estava simplesmente fabulosa, magnífica.

Eu não tinha palavras em meu vocabulário que pudessem descrever aquilo. Ela caminhou em minha direção em um vestido longo vermelho sangue colado e brilhante. Suas belas pernas passavam pela fenda funda da saia sob saltos altos prateados, enquanto a parte de cima era decotada e fina, com pequenas tiras pregueadas.

Os olhos brilhavam intensamente, refletindo o brilho dos brincos de diamante e dos enfeites que usava em seu penteado, um coque com cachos enfeitado com brilhantes. Engoli a seco analisando cada curva daquela mulher, pensando em como poderia me perder nelas.

— Bucky — disse ela, se aproximando de mim junto com Samuel.

 — Oi, Sam — falei, deixando meu tom mais leve. — Você está... uau...

— Não é mesmo, cara? — Samuel falou. — Tá com cara de quem vai pisar nas pessoas, vibe femme fatale.

— Ai, cala a boca, Sam — ela disse rindo, revirando os olhos. — Você já disse isso umas mil vezes. E obrigada, James, você também está muito bonito.

Gostava de como meu nome soava na voz dela. Não era apenas Bucky, ou James... Era tudo o que vinha com isso. Seus lábios se movendo e a minha intensa necessidade de tocá-los. Vermelhos como estavam, chamativos, desejosos. Senti meu interior revirando. Precisei pensar em qualquer outra coisa para tirar a imagem dela da minha mente.

— Vamos entrar? — questionei-os oferecendo meu braço à Samantha. Samuel precisaria ir na frente, assim poderíamos ter uma desculpa.

Ela passou o braço fino pelo meu, engatando-se em mim. Ótimo. Sem raiva. Sem decepção. Estava tudo bem. Eu acho. Foco, Bucky! Foco no plano! Entramos atrás de Samuel no espaço do salão de entrada, enquanto várias pessoas dançavam Arioso, uma música clássica linda de Bach, tocado pela pequena orquestra.

— Vou encontrar o capitão — disse ele, antes de sair andando.

Samuel sumiu na multidão, seguindo o seu caminho do plano. Primeiro, precisávamos encontrar nosso foco, a pessoa que buscávamos ali dentro. Depois, eu seguiria para o terceiro andar, em um dos pequenos espaços especiais do teatro no qual eu sabia que havia algo estranho, como estudei mais cedo. Sentia que tinha a possibilidade de haver algo como uma passagem secreta ou uma gaveta.

— Bucky, estamos simplesmente parados aqui, precisamos nos misturar — disse Samantha, apertando meu braço esquerdo, no qual ela estava apoiada.

— Não precisamos, exatamente — falei a contragosto. Eu odiava ter que me misturar.

— Fica difícil encontrar alguém que não quer ser encontrado se houver pessoas suspeitas — retrucou ela.

— Então o que você sugere?

— Sabe dançar? — ela me questionou apontando com a cabeça para as pessoas rodando suavemente pelo salão.

Me afastei dela e fiz uma reverência com a mão dela sobre a minha, fitando seus grandes olhos castanhos. Clair de Lune, de Debussy, começou a tocar linda e melodiosa nos violinos. Então, Samantha colocou seu braço sobre meu ombro e a segurei pela cintura, a puxando para perto de mim. Segurei a sua outra mão com cuidado e começamos a rodar suavemente pela sala.

Por alguns segundos, não havia missão, não havia soro, mortes ou guerra. Eu estava dando graças a todas as mulheres que me ensinaram a dançar nos anos 40, rodando por diferentes salões com sorrisos e rubores.

Ali, havia só eu e Samantha, dançando suavemente pelo salão. Ela era uma ótima dançarina, aliás. Eu, apesar de enferrujado, posso dizer que não era tão ruim nesse tipo de música. A rodopiei e sorri, sem mostrar os dentes, enquanto sentia o seu perfume florido e me deixava inebriar pela sua presença. Aquilo era belo.

— Me desculpa por ter sido tão rude com você ontem — disse ela, voltando seu rosto ao meu.

Demos mais um giro e continuamos a dançar lentamente. A música mudou, tornando-se um pouco mais intensa, apresentando Crystallize da Lindsey Stirling. Essa era uma música muito recente para mim, mas me deixei levar pela melodia da mesma forma.

— Me desculpe por omitir aquilo por tanto tempo... Acreditei que estava te protegendo — respondi para ela. — Não tinha certeza do que havia acontecido, precisei de tempo para encontrar.

— Mesmo assim, não foi você que machucou eles — rebateu ela, com uma voz melancólica enquanto giramos mais uma vez. — Fui injusta com você. 

— Eles eram seus pais, Sam — falei suavemente. — Eu entendo a sua raiva.

— Espero que esteja tudo bem entre nós — disse ela.

— E está — sorri para ela.

Rodopiamos mais uma vez, antes de parar de dançar. Ela se curvou para mim e eu fiz o mesmo de volta. Nos distanciamos abrindo espaço entre as pessoas até que nos aproximamos de uma das grandes portas que levavam à parte superior. Precisaríamos subir para descobrir as opções. Entretanto, havia um grande problema pela frente: havia muitos guardas por ali. Soldados treinados de todos os lados e um esquadrão especial preparado para meter bala em qualquer pessoa que soasse como um perigo.

Entramos num corredor largo, fechando a grande porta atrás de nós, caminhando silenciosamente enquanto observamos onde havia alvos a serem atacados. Não podíamos simplesmente começar a atirar, se não assustaríamos os convidados e o nosso alvo fugiria. Bom, por isso trouxemos pistolas silenciosas, facas e a Samantha.

— Para onde devemos ir, Renata? — Bucky perguntou no comunicador.

Sigam pela esquerda, subam as escadas e virem a direita — Renata respondeu.

Acho que encontrei ele, estou observando — Samuel também falou.

Seguimos lentamente, atentos, até o final do corredor. Havia um soldado parado na entrada das escadas. O qual eu teria certeza que nos impediria depois de qualquer movimento. Fardado, carregava um fuzil e tinha pistolas no coldre, enquanto observava o seu redor com atenção. Tirei a minha pistola e a posicionei, mas Samantha olhou para mim e pediu para que eu baixasse.

— Espera. Deixa eu tentar uma coisa — disse ela, com um sorriso travesso.

Inclinei a cabeça, pensativo.

— O que você vai fazer? — sussurrei, em dúvida.

— Vou usar o charme — ela falou, balançando os cabelos, arrumando o decote de forma extremamente sexy.

Molhei os lábios involuntariamente enquanto ela caminhava pelo meio do corredor, fazendo barulho com o salto intencionalmente enquanto balançava o quadril. Cada curva daquela mulher estava me deixando louco.

— Ai, meu Deus! Como estou exausta — pude ouvi-la falar, resmungando como se estivesse discutindo consigo mesma. — Moço, por favor, pode me ajudar, acho que me perdi.

Me aproximei aos poucos, me mantendo na escuridão, escondido.

— Senhora, não deveria estar aqui — disse o soldado, ainda segurando a arma firmemente.

— Ah, eu sei, eu sei... — vi ela colocar as mãos para frente e fazer algo como um biquinho com os lábios, os olhos tristes. — Eu só não sei como voltar para o salão principal! Faz anos que não venho aqui. Fui procurar pelo banheiro e acabei entrando na porta errada. Esse lugar é um completo labirinto!

Ela parecia falar tanto quanto Vanessa. Por um segundo, percebi que era exatamente quem ela estava tentando imitar. Samantha então deu mais alguns passos em direção ao soldado, deixando que ele a observasse de perto e olhasse para o seu decote. Me senti irritado com isso, mas não posso negar que funcionou.

O soldado baixou a arma e se aproximou dela.

— A saída é por ali, seguindo pela direita até o final, depois virando à esquerda — ele disse, quase colado em Samantha. Semicerrei os olhos, com raiva.

— Ah, obrigada — disse ela, lambendo os lábios, enquanto colocava sua mão no rosto do soldado — E... me perdoe por isso.

Então ela o tocou e as sombras surgiram. Os olhos do homem se arregalaram e ele ficou atordoado, então Samantha mirou um soco em seu rosto e o acertou, o fazendo cair como uma fruta podre. 

— Au, até que dói — disse ela, baixinho, balançando o braço, olhando para mim.

— Você é má — falei com um sorriso maroto.

— Vamos colocá-lo naquela sala vazia ali, para não dar tão na cara — mandou ela apontando uma porta aberta. — Assim se alguém aparecer só vai achá-lo inútil.

Fui até ela e puxei o cara com o braço biônico sem esforço nenhum, o lançando para dentro da sala com raiva. Até nunca, babaca.

— Vamos — falei.

Subimos as escadas tentando manter discrição. Não parecia haver alguém por ali, mas eu sabia que tinha.

— E agora, Re? — Bucky falou no comunicador.

Há pelo menos vinte e quatro soldados nesse andar — disse Renata no comunicador. — Fiquem de olhos abertos. Samuel, há pelo menos doze no salão, tome cuidado.

Andamos pelo corredor vazio, tentando seguir por onde Renata nos guiou. Aquele era um lugar muito bonito, cheio de quadros e com pouca iluminação amarelada que refletia todo o luxo daquelas pessoas. Como soldado invernal, confesso já ter estragado muita dessas coisas enquanto invadia espaços.

Samantha era cautelosa. Não sei se as sombras a ajudavam, mas mesmo com aquele salto alto e pontudo, não fazia barulho algum. Então, pude ouvir o barulho de passos, dois pares deles, vindo em nossa direção. Não havia nenhuma porta ali que pudéssemos usar para nos esconder. Sam olhou para mim com os olhos levemente arregalados, em atenção. Ela não gostava de usar as armas em primeiro lugar e nunca havia matado ninguém antes também. Eu com toda certeza não podia dizer o mesmo. Levantei a pistola preparado para atacar.

— Isso vai chamar muita atenção — disse ela, olhando para os lados como se procurasse por alguma coisa. Então, ela parou e me olhou, como se tivesse uma ideia milagrosa.

— No que você está pensando? — a questionei.

— Apenas siga o teatro, ok? — ela falou. Eu franzi o cenho, curioso. Que teatro?

Então ela se aproximou de mim rapidamente, colocando as mãos em meu rosto e me beijando suavemente. Oh, céus. Quando seus lábios macios tocaram os meus, senti toda aquela tensão entre nós simplesmente explodir como fogos de artifício. Conforme nossas línguas dançavam, unidas, ondas de energia balançaram meu corpo inteiro.

Já que era esse o teatro, eu iria aproveitá-lo. Passei um braço por sua cintura colando-a em mim enquanto a outra mão foi para o seu pescoço, apertando-o suavemente. Apenas alguns segundos daquele beijo, mas eu já me sentia totalmente sem ar, perdido, rendido. Seu corpo estava quente, delicioso. Seu perfume inebriante. Haviam passado décadas desde que eu havia beijado alguém, mas com ela, parecia ser tão fácil.

Ouvi os passos dos guardas se aproximando.

— Hey! O que estão fazendo aqui? — Um deles perguntou, me apontando a arma que segurava.

Samantha então se distanciou de mim, fazendo uma falsa cara de surpresa para os soldados. 

— Oh, Deus! — ela falou, pigarreando. — Nós só estávamos...

— Aqui não é aberto ao público — disse o baixinho loiro, a interrompendo. — Saiam daqui.

— Boneca, acho melhor acharmos outro lugar — falei para Samantha com um sorriso maroto, pegando em sua mão.

— Claro, amor, vamos... — retrucou ela, me deixando sem chão. — Nos desculpem pelo incômodo.

— A saída é para a direita — avisou o outro soldado, com os olhos estreitos desconfiados.

— Obrigado — falei, caminhando.

Então, mais rápido do que eles poderiam imaginar, saquei a minha pistola e os atingi, um depois do outro. Ouvi apenas um pequeno gemido de cada um com o impacto das balas no peito. Samantha arfou levemente.

— Boneca? — perguntou ela, com uma expressão engraçada.

— Amor? — retruquei, sorrindo de orelha a orelha.

— Ah, fala sério — disse ela, sorrindo, extremamente vermelha. — Vamos.

╰─────╮•╭─────╯

Para facilitar para você, leitor(a), encontre as músicas que tocaram no salão aqui:

Arioso: Bach

https://youtu.be/EiFZn2KJ_Sg

Clair de Lune: Debussy

https://youtu.be/-e96lkRatLc

Crystallize: Lindsay Stirling

https://youtu.be/aHjpOzsQ9YI

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