c a p í t u l o - 🇮 🇻
Se gosta de ouvir música enquanto lê, indico ouvir More Than You Bargained For - de Arcana.
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O sol batia em minha janela aquecendo tudo e me acordando na base da raiva. Arrumei minhas coisas e fui trabalhar. Estávamos em outra semana de trabalho pesado. Eu cheguei às 7h, mas ele não apareceu. Às 8h, ele também não chegou. Às 9h e às 10h também não apareceu. Não que me importasse muito, mas é claro que me importava.
Além disso, também esperava que ele pudesse me ajudar no trabalho. Depois de focar em diversos formatos e ideias matemáticas que eu pudesse utilizar para resolver o código, fiquei extremamente frustrada por não entendê-lo. Joguei mais um papel amassado na pilha. Exausta, por alguns segundos me deixei descansar no pequeno sofá que tinha no grande escritório.
Me deixei cair no acolchoado com raiva, fechando os olhos, sentindo minhas têmporas tremendo de raiva. Fiquei assim por alguns segundos e nem percebi quando peguei no sono, mas aconteceu.
Nesse sonho, fugi de tudo aquilo que havia sonhado antes. Fui levada por números, letras e uma onda de formatos e códigos e algoritmos de decodificação. Meu corpo estava descansando, mas a minha mente... Ela estava a mil por hora, nadando em ondas de informação e relembrando o tempo que tive com a programação, vendo aquele código e o consertando. Acordei com o som do despertador do meio-dia, assustada, mas com o resultado daquele maldito código em mãos.
Eu havia decifrado!
— AI MEU DEUS! — exclamei. Levantando rapidamente para não esquecer do que vi.
Por um segundo, fiquei zonza, a pressão caindo com o movimento. Me senti cega por um segundo, quase caindo. Levei um susto ao ver Bucky sentado em frente a uma das grandes mesas trabalhando com uma das folhas do caderno. Ele provavelmente havia chegado depois que eu caí no sono e já estava trabalhando.
— AI MEU DEUS! — exclamei novamente, agora me referindo a sua presença.
Bucky vestia uma blusa verde e calça escura que particularmente o deixavam muito bonito. As peças contornavam seus músculos e valorizavam seu olhar. Ele me olhou com curiosidade e parecia surpreso com o meu grito.
— Olha, desculpa a demora, eu... — ele começou a falar.
— SHIU! QUIETO! EU DESCOBRI! — gritei e corri até o quadro onde o código estava. Ele se virou curioso, franzindo o cenho, porém não disse nada.
Minha cabeça estava a mil com o que meu cérebro havia criado. Peguei os marcadores coloridos e joguei suas tampas longe. Marquei a primeira linha do caderno:
81ji42yu93es14dc75es06po67es28esd9ae1pi0kr5qd0ll0po3us2xi1zl3ii1qh9hp
Então, risquei rapidamente os segundos números do código:
8ji4yu9es1dc7es0po6es2esdaepikrqdllpousxizliiqhhp
e as letras que eu acreditava serem extras também, ou seja, todas as segundas letras
84917062deirdlospilihp
e inverti o resultado, o marcador preto gritando com a velocidade dos meus rabiscos.
Philip Soldried. 26 de julho de 1948.
Dei um gritinho animado. Havia descoberto! Decifrei o maldito código. Obrigada ao santo Holmes por esse talento mental. Ah! Eu sou demais! Bucky apareceu ao meu lado, interessado naquilo que descobri.
— Philip Soldried. 26 de julho de 1948 — ele repetiu, franzindo a sobrancelha. Era como se ele o conhecesse.
— Está na nossa língua! Podemos decodificar tudo! — falei animada enquanto voava pela sala.
Fui até a mesa onde estávamos colocando as folhas limpas e menos afetadas, fazendo anotações e rabiscos em cima de outras frases, vendo se a aplicação continuava correta.
— Fiquei pensando tanto em outras línguas. Pelo formato da capa, estilo de montagem, achei que poderia ser algo nazista e foquei no alemão, mas não — expliquei. — Isso foi escrito por um americano.
Bucky se manteve parado, interessado na forma como o código foi feito ou no nome que desvendei, depois se moveu para um lugar fora da minha visão. Eu estava desprotegida naquele dia, sem luvas, sem casaco, sem nada que me defendesse. Sabia que Bucky se mantinha distante e aquilo me deixava segura.
Porém, na minha aceleração, quando me virei, querendo correr em direção à mesa, eu me bati em seu peito. Ele estava logo atrás de mim e não percebi. O que resultou em um impulso, quando ele me segurou para que não caísse, tocando seus dedos em meu antebraço.
E então... eu apenas vi...
Guerra.
Uma cena de guerra se formou em minha cabeça, um soldado fardado marchando.
A imagem seguiu com ardência no meu corpo inteiro. Era como se estivesse pegando fogo, queimando cada veia. Queria gritar com aquilo que sentia. Conseguia ouvir outros gritos fortes e graves. Mas a dor... Ah, ela era intensa. Sentia o incômodo do lugar onde não tinha mais braço e também sentia um incômodo na perna.
Senti o gelo macio em minha volta e um impacto rápido e pedregoso. Doía intensamente, tanto quanto o frio. Senti a queda, o ar apitando em meus ouvidos. A energia passou de novo pelo corpo, o rosto de vários cientistas o olhando. Tudo ardeu novamente. Tudo queimou. Tudo explodiu em minha mente.
— O reprogramem. — disse uma voz estridente. — Apaguem a memória. Comecem do zero.
E então, mais dor. Mais gritos. Lágrimas saíam de meus olhos em busca de ajuda. Desespero e sofrimento... E nada. Um apagão.
Em seguida, ouvi tiros de diversos tipos de arma, pistolas, fuzis, bazucas, metralhadoras, bombas e granadas. Senti cada pisada, cada luta, cada vida e cada morte. Fui completamente invadida pelos sentimentos que afloravam sua vida nas últimas décadas. Senti o corpo congelar e descongelar, ativar e desativar. Me senti perdendo o controle sobre meu próprio corpo.
— SAM! — ouvi alguém me chamar.
Tiros. Eu ouvi tiros e mais tiros. Vi tantas pessoas mortas pelo caminho. Eu não queria ver aquilo. Não queria. Não queria. Não queria. Tiros. Tiros. Bombas. Facas e cortes. Dor. Muita dor.
Aquilo estava se tornando um redemoinho de sensações e me sentia desesperada pelo controle daquele caos. Eu me vi pulando de prédios e pontes, sobre carros e concreto, o metal do braço brilhando e a visão de diversos rostos. Uma nave e uma guerra. Intensa. Vi pó e vi despedidas.
Ouvi o choro de Bucky e senti sua dor depois... quando as memórias chegaram nele. Tudo o que ele sabia. Tudo o que ele tinha feito. Aquilo era um peso cruel e dolorido. Meu corpo inteiro parecia estar pegando fogo.
Arfei alto. Dei um grito de dor e me senti enfraquecer. Havia tanta escuridão dentro de Bucky. Tanta. Não era à toa que ele não queria encostar em mim. Ah, meu Deus, eu sentia que iria explodir e quando fizesse isso, sabia que o machucaria.
Ele era um assassino. Ele era um soldado. Ele era um renegado, um experimento, uma pessoa que não merecia amor. Isso era o que ele acreditava sobre si mesmo. Não merecia perdão. Não merecia a paz. Ele era assombrado pelo rosto das pessoas que matou, pelas famílias que destruiu, pelos amigos que perdeu.
Senti as sombras saindo, me fazendo cócegas, lembrando-me daquilo que eu realmente era.
— SAM! SE CONCENTRA EM MIM! — ouvi o grito. Sim... voz. Me diga, o que eu devo fazer? Me sentia flutuando — Sam! Abre os olhos, por favor. — disse a voz grossa em um grito enquanto chacoalhava meus ombros.
Eu me sentia completamente perdida. Sem controle. Pisquei lentamente, abrindo meu campo de visão para o soldado que apesar de todas as sombras em minha volta, ainda me segurava, sem medo.
— Olhe para mim. — disse ele, com seus lindos olhos azuis, calmo. — Olhe para elas, para as suas sombras.
As observei e os pequenos pedaços de mim balançavam como caudas. Ondas suaves em milhões de partículas do tom de preto mais escuro que você já possa ter visto. Era um pesadelo que fazia parte da minha realidade. Aquelas coisas saíram de mim como pequenas mãos e dedos curiosos, navegando, passeando.
— Diga a elas para sumirem. Diga que não precisa delas. — ele comandou, como uma ordem, me olhando intensamente. — Você as controla. Você consegue!
Tentei fazer o que ele me pediu. Eu me concentrei na sua voz. Me concentrei no pedido tentando não me render. Pedi às sombras que descansassem, que me deixassem em paz naquele momento e aos poucos elas se dissiparam, voltando para dentro de mim através dos meus dedos. Recolhendo-se como se eu realmente tivesse como controlá-las. Pisquei lentamente, tirando a escuridão da minha frente, deixando apenas o rosto do soldado à minha vista.
— James... — o chamei, as lágrimas escorrendo em meu rosto, lembrando apenas do primeiro nome naquele momento.
— Ah, meu Deus! Você acordou! — Bucky disse, preocupado, tremendo levemente. — Me desculpa, por favor. Me desculpa!
Ele me ajudou a levantar colocando meu braço sobre seus ombros e me colocou no sofá. Sentei, desnorteada, enquanto ele buscava um copo de água. Meu rosto estava molhado e senti um aperto em meu peito ao pensar em tudo o que ele viveu. Meu estômago se revirou um pouco, mas consegui conter. Eu sentia que podia vomitar tudo o que havia dentro de mim, como se tivesse sido pisoteada. Apertei meu estômago, na necessidade de fazer aquela dor passar.
Sentia que iria simplesmente desfalecer. Minha pressão estava péssima e meus joelhos pareciam querer ceder a qualquer momento. Me sentia extremamente fraca, com ânsia. As imagens da mente de Bucky rodavam como um carrossel em meu cérebro. Nunca havia experimentado isso antes. Era tanta informação que eu simplesmente não conseguia focar em nenhuma.
— Bucky — o chamei, baixinho.
Fiquei em silêncio por um tempo, tentando controlar a minha respiração e a minha ansiedade.
— Au — resmunguei com dor. — Eu... consegui. Eu controlei.
— Sim, você fez. Você conseguiu. Ah, me perdoa! — Ele respirava de forma controlada, mas seu rosto mostrava preocupação.
— Eu fiz o que você disse — falei. — eu controlei.
— Mas fui eu quem causou. Me desculpa — disse ele, agora calmo de novo, enquanto ficava em pé, perto de mim, mas sem me tocar.
— Isso aconteceria uma hora ou outra. Só não imaginava que seria tudo tão intenso, tão... — falei, olhando para ele. Então, o enchi de perguntas. — O que foi aquilo? Guerra. Dor. Reprogramação mental... Quem é você? De onde você veio?
— Eu te disse, sou James "Bucky" Barnes — ele repetiu, sério. — Eu estive na guerra. Fui sargento.
— Como, você não parece ter trinta e poucos anos... — o questionei.
— Você provavelmente viu meu passado, deve ter visto mais... — ele estava sério. — Me viu congelar e descongelar. Congelar e descongelar.
Ele estava frustrado. A mandíbula estava firme, como se ele quisesse quebrar os próprios dentes. Aquele era um passado do qual ele não gostava de estar ou participar. Não queria se lembrar daquilo e eu o entendi. Não queria fazê-lo sofrer.
— Como assim? Então o quê?
— Se você quer realmente saber, eu fui apenas como um experimento maluco e assassino — disse ele, com raiva.
— Bucky... — tentei interrompê-lo.
— Fui só uma... arma — ele falava com dor. — Até conseguir voltar...
Eu fiquei quieta. Poderia pesquisar a maioria das informações depois sem fazê-lo sofrer com isso. Sem fazer ele sentir a dor que estava sentindo. Eu sei, doía pra mim, mas eu sempre achei injusto fazer outras pessoas ficarem magoadas.
— Mas você nunca mais foi o mesmo, não é? — o questionei, quase sussurrando, entendendo algumas coisas.
— Eu sou um soldado fragmentado, Samantha — retrucou ele, ficando de joelhos com uma perna na frente da outra em minha frente. — Posso tentar colar meus cacos um a um, mas nunca serei igual antes.
— Me perdoa — pedi desculpa. — Não quis trazer isso à tona.
— Não. Me desculpa você — rebateu ele, balançando a cabeça enquanto virava para o outro lado. — Passei por anos de terapia, deveria estar lidando com isso melhor. Passado é passado.
Mas eu entendi um pouco mais dele naquele momento. Se eu era uma pessoa com sentimentos sombrios, Bucky era a própria escuridão. Não consegui ver muita coisa, mas tudo aquilo ao que tive acesso foi cruel, dolorido. Eu ainda estava tremendo e tinha certeza que aquilo estaria em meus pesadelos. Alguns rostos continuavam na minha cabeça, da mesma forma que os sons e o brilho das armas que ele carregava.
Respirei fundo e peguei o copo de água da sua mão esquerda, tocando nos dedos. Ele pareceu ficar com receio do toque, mas o ignorei. Agora, isso não teria o mesmo impacto. Provavelmente, não teria nenhum. Bebi o copo inteiro e tirei o cabelo que grudou no suor do meu rosto. Apesar de tê-lo irritado, ele não parecia bravo comigo, na verdade, ele parecia triste. Ele levantou e ficou alguns metros longe de mim.
— Au — resmunguei, com a mão na cabeça.
Respirei um pouco, desacelerando as batidas rápidas do meu coração.
— Como você se sente? — perguntou ele, roucamente.
— Eu vou ficar bem, juro — falei. — E como você se sente?
— Confesso que esperava estar menos deprimido — ele comentou, um pouco desapontado. Sentou ao meu lado, me observando atentamente. — Agora entendi o que você quis dizer com as sombras ganham vida.
Então, ele cruzou as mãos sob os joelhos, curvando-se um pouco, desviando o olhar de mim.
— Fazia muito tempo que eu não via elas — sussurrei. — E você... não se assustou com elas...
— Ah, eu fiquei apavorado — disse ele, me olhando, levantando as sobrancelhas. — Mas surtar só iria te atrapalhar.
— Me perdoa...
— Você as controlou. Elas se dissiparam — Bucky afirmou. — Eu demorei para chegar hoje porque estava pesquisando como poderia te ajudar. Não encontrei nada específico, mas quando percebi que se trata do controle que você tem sobre si mesma... Achei que poderia ajudar.
— Ajudou... muito — retruquei.
Fiquei pensando nessa relação de controle. Realmente, sempre que as sombras saiam, eu estava sem controle sobre mim.
— E você me chamou de James? — questionou ele, divertido, mudando o foco do assunto.
— Ahn, sim? É o seu nome, não é? — fiquei extremamente envergonhada, vermelha, apesar da situação.
Ele sorriu de leve. Mas eu ainda sentia o clima extremamente pesado.
— Oi! Sam, como vai o processo deste arquivo? — Vanessa entrou pela porta, parando quando me viu. — Nossa parece que um trator te atropelou, o que aconteceu, garota?
Ela olhou pra mim e então olhou para o Bucky. Em alguns segundos, deu um sorriso levemente safado.
— Hmmm, eu posso ir embora, se vocês quiserem — disse ela, claramente entendendo uma segunda intenção entre nós.
— Não, Nessa, claro que não. Não é o que parece. Eu apenas passei mal, comi pouco ontem e hoje comi bastante no almoço. Acho que vou vomitar minhas tripas — falei exagerando um pouco, segurando meu estômago. Fiz uma cara que representava tudo aquilo que eu estava sentindo, franzindo o nariz e mordendo o lábio inferior.
— Mas é claro que isso iria acontecer! Fica comendo mal todo dia. Vai pra enfermaria ou para casa. Eu converso com Tommy, se você achar necessário. — Vanessa falou, se aproximando, colocando a mão sobre meu ombro coberto.
— Não precisa. Estamos tão perto de resolver esse código — eu falei, apontando para o quadro. — Vou só tomar um remédio e ver se passa. Assim que fizermos esse arquivo, Bucky estará livre para outros trabalhos.
— Ah, então tudo bem. Falarei com você depois, Sr. Barnes. Fico feliz que estejam acelerados nesse processo — disse ela. — Esse arquivo parece ser bem importante, tem mais algumas pessoas interessadas me chamando para saber do processo. Eu não sei muito como funciona, mas parece que você já estão bem avançados, não é?
— Mais algumas pessoas? — perguntou ele.
— É, o general pediu para vê-lo. Imaginei que soubesse — disse ela.
— Ah, sim, claro — disse Bucky, com os olhos semicerrados. Sua voz se alterou, mas eu sabia que estava mentindo. — Ainda não estamos tão avançados, mas acredito que em breve isso estará feito.
— São pelo menos oitenta folhas para cuidarmos ainda — falei, entrando na onda dele.
— Então tá! Bem, sabe que eu não ligo muito para essa baboseira. Vou deixar vocês a sós. — disse ela antes de sair.
Observei Vanessa sair pelo corredor, cada passo ágil, até ela sumir de vista. Havia algo errado e era sobre esse trabalho. Nessa nunca descia para ver o meu trabalho. Ela odiava essa sala e sempre reclamava do frio. Ela precisava de alguma coisa a mais, o que era, não sei.
Bucky me olhou de uma forma cuidadosa antes de continuarmos nosso trabalho.
— Ela achou que estávamos...? — questionou ele. Assim, claro e objetivo. Fiquei vermelha. Bem que eu queria. Deus, Samantha, fique quieta.
— Ai meu Deus! — comentei, revirando os olhos de vergonha. Dei um soquinho em seu braço, mas pro meu azar, esqueci que era de metal. — Ai!
Balancei a mão dolorida com raiva. Burra.
— Viu só, bem feito — brincou Bucky. Dei um sorriso e ele continuou a falar. — Você sorriu.
— Achei engraçado, ué.
— Engraçado o quê?
— Você ficou sem graça. Está mais vermelha que um tomate.
— Ah, cala a boca — retruquei, virando para o lado enquanto ele ainda sorria. Maldito.
Ele parecia ter ignorado aquilo que aconteceu há pouco tempo. Voltou a ser o cara sarcástico, mas eu sentia a sombra que pairou sobre ele. Então ele ficou me encarando, divertido.
— O que foi? — perguntei.
— Nada — disse ele, balançando a cabeça. — Você está bem? De verdade?
— Estou me sentindo péssima, mas acho que vou melhorar — falei. Realmente, eu sentia aquelas sombras se remexendo em meu estômago.
— Se eu puder ajudar com algo — disse ele, sentando ao meu lado, encostando sua coxa grossa na minha, enquanto me olhava nos olhos. — Por favor me diga.
— Provavelmente, terei muitas perguntas, mas acho que por enquanto, posso tentar simplesmente ignorar tudo — falei, sem tocá-lo de novo.
— Só... por favor... não conte a ninguém aquilo que você viu — disse ele, olhando para frente, pensando em alguma coisa.
Fiquei vermelha e calada. Me lembrei também de fazer algumas cópias dos documentos. Aquilo não parecia que acabaria bem. Se outras pessoas estavam interessadas naquilo que o arquivo poderia ter, era melhor a gente saber como guardar tudo.
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