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Capítulo 5: Apenas uma noite.

O taxímetro rodava e junto, nós dávamos a volta na cidade, sem saber o destino final. Mas logo chegamos, onde mais podia ser? Lavo Night Club, onde Gil disse ser sua segunda casa. O que mais esperar de alguém que adora um agito? Logo que paramos eu disse:

-Não, nós não vamos entrar aí. Lembra da última vez que estivemos aqui? Foi logo após um desastre. Não quero acabar em outro.

-Quê isso Gabb? Não seja tão pessimista. - respondeu Gil. E continuou dizendo. - Aquilo foi só um contratempo. E quer saber de outra? Você não quer que a primeira noite do seu irmãozinho com a gente, seja em grande estilo? Vamos lá, me dê uma chance.

-Eu acho que ele pode estar certo, Gabb. E a iniciativa foi boa, vejamos a execução, como será. - Disse Noah.

-Eu não sei você, mas ainda não fui apresentado ao lugar. Parece ótimo pra mim. - Disse Bob e indagou. - Vamos entrar ou ficar aqui de papo?

-Tudo bem, Vamos entrar. Mas sem aprontar nenhuma, Gil.

-Palavra de escoteiro. Dessa vez, eu juro.

Entramos e como nas últimas vezes, a casa estava cheia. Nos dirigimos ao bar do lugar, pedimos algumas bebidas e perguntei a Gil, a quê tinha nos trazido aquele lugar. Ele respondeu que hoje a noite, seria especial. Teríamos um grupo de dançarinas de polidance se apresentado no lugar. Olhei pra ele boquiaberto, com uma cara desacreditada e perguntei porquê. Noah tinha era coprometido, eu namorava Michelly e os únicos dois solteiros ali, eram Gil e Bob. Se queriam curtir a noite à esse modo, deviam ter nos deixado em casa, pois não queríamos nos ver em problemas com nossas namoradas. Chamei ele de canto para falarmos a sós e perguntei-lhe.

-Gil, sei que suas intenções podem até ser boas, mesmo que eu não ache isso. Mas o que você está tentando? Um show de polidance no Lavo? Sério? Sabe que eu e Noah já temos alguém especial, por que nos trouxe aqui para assistir um show desses, sem elas? Pedi a você que não nos colocasse em problemas. Isso está incluso na categoria "problemas".

-Ei cara, relaxe. Não vamos passar muito tempo aqui e não vai acontecer nada, eu prometo. Só vim ver a apresentação de uma amiga e aproveitar para apresentá-los. Tá vendo aquela garota ali? - Perguntou ele, apontando pro centro do palco. Para a garota do meio, que dançava entre as outras duas.

-Sim, eu vejo. O que tem ela? Conhecida sua?

-Sim. Aquela é a amiga que te disse. Espere o show terminar e vou apresentá-la a vocês.

-Por que não tenho uma boa sensação quanto a isso?

Sentamos e assistimos ao Show. Já no final, a garota do meio se dirigiu até nós, parou na frente de Gil, que estava sentado, ela colocou as mãos em seu ombro e desceu até o chão, se virou de costas para ele, empinou a bunda e com a ponta dos dedos tocou os pés. Depois ficou ereta, sensualizou um pouco mexendo a cintura e de costas para Gil, desceu de novo até o chão, onde quicou algumas vezes. Gil se inclinou pra frente e disse:

-Trezentas pratas se fizer dancinha no colo.

Ela levantou, olhou para Gil e respondeu.

-Ah, vai se ferrar Gil!
Todos nós rimos da cara dele e sem mais o que fazer, ele riu também. O show acabou, passamos ainda meia hora lá, quando a amiga de Gil volta, já com outras roupas. Roupas mais comportadas. Ela disse:

-Gil? O que veio fazer aqui seu bastardo? É bom vê-lo.

-Acho que eu perderia o seu show, querida? Vem cá, conheça os meus amigos. - Ele disse ao nos apresentar. - Esse é Noah, um grande amigo. Esse é Gabb, meu melhor amigo. Amigo não, meu brow. E esse aqui é Bob, o irmão mais novo do meu brow, Gabb. E pessoal, essa aqui é Crystal como é conhecida artisticamente. Mas seu nome é Verônica.

-Muito prazer. - Disse ela ao cumprimentar a nós.

-O prazer é nosso. - respondemos.

-E então, como vocês se conheceram? - Perguntou Noah.

-Essa é uma boa pergunta Noah! Por que todos nós não contamos como nos conhecemos uns para os outros. Contem como conheceram um cara tão incrível como eu.

-Por mim, tudo bem. - Respondeu Verônica ou Crystal.

-Então, quem começa? - Perguntou Gil. - A espere, tenho uma ideia. - E puxou do bolso do terno um tipo de roleta de papel com uma grande seta vermelha no meio, colocou sobre o sobre uma mesinha, todos sentamos em volta e Gil girou a roleta. Ele disse:
-Enquanto gira a roleta. Cantem comigo: Amo vocês, vocês me amam. Somos uma família feliz. Com um forte abraço e um beijo te direi: Meu carinho é pra vo-cê. Cantem comigo vamos!

-Ei, essa não é a música daquele dinossauro roxo? - Perguntou Noah.

-Sim, ele pegou isso do Barney. -Respondi.

A roleta girou e parou em Bob.

-Bom, o que posso dizer? O conheci no aeroporto quando veio me pegar com meu irmão. Eles seguravam uma placa que dizia: "Bob, irmão de Gabb. De Chicago a NY.", eles gritavam: "Ei, Bob. Aqui! Queremos um autografo."

-Mas você se acha, não é mesmo. - Eu disse.

-A história é minha, deixe eu contar do meu jeito, irmão.

-Ei, ei. Esqueçam as discussões de irmãos e falem mais sobre mim, amigos. - Disse Gil. - O que mais pode dizer de minha pessoa, Bob?

-Você me parece um cara bem legal. Almoçamos juntos, fomos juntos ao bar, estamos aqui agora e você foi muito bacana. Acha que seríamos bons amigos.

-Aposto que sim. Seríamos não. Seremos. Agora vamos ver o próximo - Disse Gil.

Giraram a roleta e dessa vez parou próximo a Noah, em um espaço que não tinha ninguém. Com o dedo, ele empurrou a seta um pouco mais pro lado, fazendo apontar pra ele e disse:

-Bem é minha vez! - Todos rimos. - Bom, era uma festa numa casa noturna. Se bem lembro, era no Paradise Club. A mesma festa que conheci Gabb. Eu o vi junto de Gabb em algum momento na festa, mas não cheguei a falar com ele. Alguns muitos dias depois, o encontrei num bar, junto a Gabb, sentei com ele e conversamos. Depois dali, saímos outras vezes e fomos pegando amizade. Hoje somos muito amigos, não é?

-Ô se é! Eu, você, Gabb e agora, Bob, somos os melhores, com certeza. Os Três mosqueteiros. - Disse Gil.

-Seria incrível! Mas com Bob, somos quatro e não três. - Respondeu Noah.

-Muito fácil. Bob é nosso D'Artagnan.

-Eu? E por que tenho que ser D'Artagnan? não posso ser Athos?

Todos rimos e foi a vez de Verônica falar. Ela disse:

-Muito interessante. Em todas as histórias de como vocês conheceram Gil, Gabb está presente. É como se ele fosse o canal que liga vocês a Gil. Como se todos tivessem o conhecido através dele. Menos eu, claro. {Risos}. Estou curiosa para saber como você conheceu Gil, Gabb.

-É uma história curta e bem simples. Mas e você? Como o conheceu? - Perguntei.

-Ainda mais curta e mais simples que sua história. Aposto. - E ela respondeu.

-Vamos girar a roleta, pessoal. - Foi o que disse Gil.

-Vamos! - Respondemos.

Giramos a roleta e parou em mim. Então contei minha história.

-Bom, o conheci no bar. É isso.

-Ah, não. Tem que ter mais coisas. - Disse Verônica, vulgo Crystal.

-É Gabb. Qual é? - Disse Noah.

-Até eu, posso contar uma história melhor com isso. - Disse meu irmão Bob.

-Ah, vamos lá Gabb. Não menospreze o momento que nos conhecemos. Foi um encontro épico. O encontro de duas forças implacáveis da natureza. Você é um escritor não é? Parte de ser um escritor, é saber contar uma boa história. E que história melhor do que a como nos conhecemos? Vamos lá, conte. A enriqueça de detalhes.

-Tudo bem.

Então comecei a contar a história de como havia conhecido Gil.

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