Capítulo 4: Inverno - parte 3
Pedimos mais uma rodada de bebidas e comemoramos juntos com Oldris. Fomos pra casa cedo, pois teríamos um longo dia, amanhã. Já sozinho em casa, peguei o bloco de notas e escrevi a novidade que Oldris havia contado, até então, só haviam algumas histórias isoladas, mas nada concreto. Fui dormir e me preparar para o dia seguinte.
No dia seguinte, trabalhamos muito e no final do dia, nos reunimos todos no bar. Era a noite que Oldris se apresentaria na The Box, estávamos todos ansiosos e ninguém mais do que Oldris, ela estava um tanto nervosa, seria a primeira vez em muito tempo que voltaria a se apresentar em um lugar assim. Todos nós falamos com ela e a preparamos pré-show. Gil disse:
-Sabe o que cai bem antes de uma boa apresentação como esta? Um belo vinho. Vinho acalma, relaxa e também hidrata. Vamos todos tomar uma taça de vinho pessoal! Só pra celebrar a grande noite dela.
-Eu ia pedir as cervejas como de costume, mas hoje é um dia especial. Estou de acordo. - disse Noah.
-Se vai pagar um vinho, deixe a escolha com as manas aqui. Eu, Michelly e Oldris escolhemos. Gil, já que você deu a ideia, é você quem paga. - disse Hellen.
-Cindy, pode trazer um bom vinho pra nós. Na escolha das moças aqui. - Gil pedia a Cindy uma das garçonetes.
Hellen, Michelly e Oldris acompanharam Cindy pra escolherem o vinho. Eu e os rapazes ficamos na mesa conversando, logo elas voltaram comemorando com o vinho, o abrirmos e fizemos um brinde.
-Á Oldris. - Eu disse erguendo a taça.
-Á Oldris; muito sucesso e alegrias. - Disseram todos, fazendo o brinde.
Depois de brindarmos, bebermos e conversarmos um pouco, saímos pra fora do bar, chamamos dois táxis e seguimos para a The Box. Oldis foi no banco da frente, Eu e michelly fomos atrás no primeiro taxi. NMichellyo segundo foram Noah no banco da frente, Hellen, Gil e Moira atrás. Sem muita demora, logo chegamos naquela casa noturna. Entramos pela frente, tinha bastante gente no lugar. Oldris se dirigiu até os donos da casa, ela os cumprimentou, a receberam muito bem. Ela perguntou quando poderia se apresentar naquela mesma noite, eles responderam que logo, só havia mais duas pessoas na frente para se apresentar aquela noite. Perguntaram se ela queria se dirigir ao camarim aos fundos para se preparar pra apresentação, ela disse já estar pronta e que ficaria conosco até a sua vez chegar. Sentamos em uma das mesas, pedimos algumas bebidas e apreciamos o show. A primeira apresentação da noite foi uma cantora mais jovem, ela cantou Toni Breakston: "un break my heart" e Mariah Carey: "I Want to know what love is". Depois veio um cara, de sua meia idade, ele cantou três músicas. A primeira foi "Dust in the Wind - Kansas", "Carry on my way wardson", também Kansas e "I'll try - Alan Jackson". Logo em seguida veio nossa querida Oldris, ela foi chamada como a cantora da noite e subiu ao palco, muito entusiasmada. Antes que ela subisse, o dono da casa anunciou:
-Antes dela subir no palco, gostaria de dizer algumas palavras. Quando mais jovem, eu não perdia um dos shows dela, eu era apaixonado por essa mulher e foi através dessa paixão que conheci minha tão amada esposa, Abigail. Já estamos juntos a vinte e seis anos. Queria agradecer imensamente a essa mulher, que é uma das maiores e melhores cantoras que já tive o prazer de conhecer. Com vocês; Elibelly! Pode subir ao palco.
Chegando e se estabelecendo lá em cima, ela pegou o microfone e foi sua vez de dizer algumas palavras:
-Boa noite a todos, essa é minha primeira vez aqui, mas eu já me apresentei em lugares assim algumas vezes, mas já tem um tempo. Queria agradecer aos donos do lugar pela oportunidade, a vocês que estão me dando sua atenção e em especial aos meus grandes amigos que me acompanharam essa noite até aqui e me apoiaram essa e em outras noites. Obrigada a todos.
Ela começou sua apresentação, a primeira música de sua escolha, foi: "Spend my time - Roxette", em seguida: "Heart - Alone" e pra finalizar, "Listen to you Heart" também roxette. Ela executou essas três músicas com perfeição, nunca tinha visto ela cantando daquele jeito. Na verdade, nunca vi ninguém cantando daquele jeito. Ela parecia tão única, tão suficiente, tão esplendorosa, tão viva. Um dos mais lindos lados, já vistos de Oldris. O público foi a loucura, aplaudiram, gritaram, assobiaram, jogaram rosas sobre o palco, foi um espetáculo e tanto. Oldris desceu do palco com um sorriso que mal cabia no rosto, veio caminhando lentamente até nós, nos levantamos para recebê-la de volta, ela não se conteve e nos abraçou, foi um lindo abraço em grupo. Todos sentamos e Oldris muito empolgada e emocionada, nos contou o que sentiu e tudo que pensou em cima daquele palco, cantou tudo em detalhes, rimos, brincamos, pedimos alguns drinques e ficamos a mesa conversando. Enquanto isso, o show tinha de continuar e o Dono da casa anunciou:
-Agora pra vocês, uma atração especial! Todas as sextas, temos um bloco da noite que reservamos para cantores novos, que estão começando. Baixamos a cortina, eles sobem pelos fundos, vem até o centro do palco, jogamos as luzes e a visão que vocês, o publico tem, é a silhueta, a sombra do artista. Chamamos esse bloco de "Talented Shadowns". Direto de Dakota do Sul, ela: Serena Louis! A Shadow de Hoje.
Apagaram as luzes, haviam fechado a cortina, sem que a vissemos ela subiu e se posicionou ao centro do palco, acenderam os holofotes e a visão que tínhamos era da sombra de uma jovem garota, sentado em um banquinho com um vilão, tocando uma música que já nos era conhecida: "Because Of You" da Kelly Clarkson. Ela cantou e tão lindamente, que na hora, paramos o assunto em que estávamos para ouví-la. Ao final, todos aplaudiram com muita força, vibraram, gritaram, assobiaram, aquela noite fou um show. Fiquei curioso para ver quem seria a dona daquela tão talentosa sombra, mas ela, simplesmente agradeceu a plateia e saiu pelos fundos, não se revelando. Fiquei um pouco desapontado por não tê-la visto, mas aquela tinha sido uma grande noite. Passamos mais algumas horas lá, comemorando, comemoração essa que levamos para o bar. Pegamos mais dois táxis e fomos direto pro bar, depois de acabarmos na The Box. Chegamos, Gil pediu duas garrafas de champanhe, brindamos e comemoramos a grande feita da noite. Oldris estava muito feliz, todos estávamos, Gil não parava de vibrar e comentar a noite, não poupou elogios. Ele foi buscar mais bebidas e pediu que Moira o acompanhasse, eles ficaram sentados no balcão conversando e Gil gesticulava muito, eles voltaram a mesa, mas nenhuma palavra sobre o que falavam. Gil só conseguia falar de como a apresentação de Oldris havia sido incrível, nas palvras dele:
-Foi a melhor apresentação que vimos, melhor até que o jogo dos Knicks. Marie Fredriksson e Per Gelssle devem ter se remexido no túmulo de alegria, ao ouvir você representando tão bem, duas das melhores canções deles.
-Espera aí, mas Marie Fredriksson e Per Gelssle ainda estão vivos. - disse Noah.
-Ainda. Mas você me entendeu cara! Foi muito bom, é isso.
Ao final, fomos todos pra nossas casas, mas tínhamos uma boa história pra contar, pelas próximas duas semanas.
Duas semanas se passaram. Estávamos uma noite no bar, Gil, Noah, Hellen, Oldris, Michelly e eu, quando recebi um telefonema. Era meu irmão Bob, ele disse, que precisava falar comigo, tinha comprado as passagens e amanhã estaria na cidade, pediu que fosse buscá-lo no aeroporto. Após terminarmos de falar, desliguei o celular e volte pra mesa. Michelly perguntou quem era e respondi que era meu irmão, que amanhã ele estaria na cidade e pediu que fosse apanhá-lo no aeroporto. Gil não podendo deixar de perder a deixa, se animou e disse:
-Ora, ora, nosso brow vai estar na cidade amanhã. É uma boa oportunidade de conhecer o brow do meu brow, não é brow? Um encontro de brows.
-Você falou muito e não disse nada, Gil. É uma nova maneira de falar em códigos? Você quer conhecer meu irmão? Me dê uma boa razão para apresentá-los.
-Sou elegante, simpático, educado, um perfeito cavalheiro, sou bem sucedido, me dou bem com a mulherada e sou seu brow, seu parceiro. Quer mais coisas? Eu faço uma lista, só me dê o papel e a caneta.
-"Um perfeito cavalheiro"? Não brinque Gil, isso é sério. E devia deixar essa propaganda toda, para as suas garotas, aposto que deve fazer o maior sucesso com a mulherada. Afinal, suas garotas gostam de se enganar.
-Temos que concordar: A propaganda é a alma do negócio. Mas o que eu propago, não são só falácias. Tenho mesmo um lado cavalheiresco, vocês só não o conheceram ainda.
-Desculpa, Gil. Mas eu estou tentando não meter meu irmãozinho em problemas, e convenhamos, você é um problema ambulante. Por mais tentador que seja, hoje não, bonitão.
-Eu sou mesmo um pedaço de mal caminho não é? Bem, culpado! Sei que quase sempre, acabamos em algum problema...
-Quase sempre? Tá brincando, né?!
-Quase sempre. Não é sempre Gabb, você sabe disso. Hoje por exemplo, não tivemos nenhum problema, estamos sentados aqui faz uma hora e meia, e nenhum sinal de problemas.
Enquanto ele falava isso, uma garota do outro lado do bar, que estava sentada, levantou-se da mesa e veio em nossa direção. Ela vinha com uma cara fechada e de punhos cerrados, parou bem na frente de Gil e disse:
-Lembra de mim? Eu sou a Stacy e você, bom... você é um idiota! Toma essa babaca. - Disse ela, dando um tapa nele. - E essa! - disse enquanto jogava sua bebida na cara dele. Ficamos todos surpresos vendo aquela cena, ela simplesmente deu as costas e foi embora. Nos entreolhamos, olhamos todos para Gil e o perguntei:
-Você dizia?
-Eu dizia... bom, isso não conta. Não foi necessariamente um problema, foi só um contratempo. Não coloquemos um ponto final, onde cabe muito bem uma vírgula.
-Vírgulas! Adoro vírgulas! - disse Noah. - E deve ter cinco delas agora, bem no meio da sua cara. As marcas que os dedos dela fizeram, parecem vírgulas, veja só!
Todos paramos para conferir e era verdade, pareciam mesmo vírgulas. Nos entreolhamos outra vez e rimos, não era todo dia que víamos uma estapeação de graça, ainda mais no nosso amado-odiavél preferido, Gil.
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