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18 | ᴅᴇsᴄᴏʙᴇʀᴛᴀ

M E E R A

          - E então esse é mesmo o nosso destino? - Perguntei, diante do grande casarão.

          - Sim, Meera, essa é a mansão de sua família, sendo um pouco mais direto, isso pertence a você. - Respondeu, Joseph, ao meu lado. Meu? Certamente, algo grande demais para que eu possa controlar.

          Apenas refiz os seus passos, assim como os outros. Quando chegamos aos grandes portões de metal, Joseph aparentou ter soltado algum feitiço, pois ele se abriu em questão de segundos, dando assim, continuidade ao nosso trajeto. Tudo naquele lugar me encantava, era estranho pensar que todos os meus antepassados viveram nessa casa, que foi passada de geração em geração.

          Não era tão difícil imaginar eu e Carol à brincar nesses jardins, éramos fascinadas pela magia da natureza. As flores de todos os variados tipos destacavam ainda mais a cor daquilo. O casarão tinha um ar rústico, como se fosse de mil anos atras.

           Mesmo que aos poucos, Nathyfa se aproximou de mim, tocando o meu ombro e gesticulando: - Estamos mais perto do que pensávamos, não é mesmo?

          - Sim. - Suspirei. - Estou tentando controlar minha ansiedade e falhando miseravelmente, a ideia de ter pistas sobre o paradeiro de Carol me dá nos nervos.

          - É tudo uma questão de tempo. - Falou, sorrindo, transmitindo pra mim toda sua positividade.

          Chegamos juntas até a entrada principal, onde as portas de madeira escura estavam trancadas com correntes e cadeados. Isso só significava uma coisa: não existem mais habitantes aqui. Ou então, alguém não deseja receber visitas. Bem, ambas são opções horríveis.

          E, logo todas as correntes se dissiparam, dando assim oportunidade para adentrar. A maçaneta um pouco velha fez um ruído horrível ao ser girada, com certeza os seus dias não foram dos melhores. Quando pude enxergar lá dentro me surpreendi, para o lado positivo. Incrédula, eu dei passadas, passando na frente do pessoal, sendo a primeira a entrar no ambiente.

           Era quase impossível que no interior da casa estivesse em ordem. Nem mesmo um resquícios de poeira, todos os móveis estavam em perfeita ordem, como se uma faxina total tivesse sido feita a poucos minutos. Impecável, era a palavra que descrevia isso. A magia seria responsável por isso? É a resposta mais plausível .

          - E então, o faremos agora? - Perguntei, com as palpitações de meu coração mais aceleradas que o normal.

          - É melhor começarmos pelo escritório da Família. Meera e Jordan, podem me acompanhar? Os demais, por favor, vasculhem os cômodos e procurem por algo suspeito - Assenti, concordando com os seus mandatos, e os vampiros fizeram o mesmo. Logo, todos estávamos separados.

           Eu sabia os degraus de madeira bem cuidados da escadaria. Joseph andava em nossa frente e Jordan prosseguia ao meu lado; não trocamos palavras, optei por prevalecer no silêncio. As paredes eram bem ornamentadas, com pinturas que se estendiam por todos os cantos, todas belíssimas.

            Joseph parou para uma porta, que ficava centralizada no corredor, e claramente, atraia pra si todo o charme, por ser totalmente de ouro com pedrarias de diamantes, esmeraldas e rubis. Eles sabiam como usar suas riquezas, diria até que de uma forma extravagante. Fiquei ainda mais admirada quando entrei no compartimento. Várias estantes de livros antigos, todavia, o que mais chamou a minha atenção foram os diversos quadros nas paredes.

            - Essas são todas as suas avós, da primeira até a última. - Informou, o bruxo, talvez por ter notado minha fascinação. - E essa aqui é sua avó, Astra. - Apontou para a pintura no centro. Contemplei com mais detalhes, percebendo o quão ela se assimilava com a minha mãe.

            Direcionei minha atenção ao que precisava no momento, que era encontrar qualquer circunstância de possíveis pistas. Minhas mãos vasculham entre as prateleiras. Checava os livros um por um, sacudindo-os para ter certeza de que não deixaria nada escapar. Procurei, procurei e não encontrei absolutamente nada, nem mesmo uma teia de aranha. Mesmo assim, continuei a vasculhar.

          - Eu encontrei algo! - Joseph berrou, chamando a minha atenção. - É uma carta, estava escondida sobre os pilares. Nela tem dizendo... Meera.

          Deixei o que eu estava a fazer para focar somente nele, que estendeu o papel sobre a mesa. O material era diferente de tudo que eu já vi, as letras eram rebuscadas, mas ainda sim elegantes. Meus olhos vagaram sobre toda a folha, chegando ao topo.

           - O futuro é incerto, mamãe. - O bruxo começou a ler. - Não temos controle e a bomba-relógio pode explodir a qualquer momento, e eu não quero em hipótese alguma que isso afete minhas filhas, por isso, com esse documento, eu deixo toda as posses e dinheiro de nossa família nas mãos de minhas únicas descendentes: Meera e Carol Peletier são as herdeiras de nossa família. Assinado, Ginevra Peletier. - Concluiu a leitura do ofício.

           - Isso quer dizer que... - Tentei falar, mas logo fui interrompida.

           - Tudo que é da Lineagem Peletier está em vossas mãos, e na de sua irmã também. - Completou.

           - Mas isso não é tudo, Joseph. - Argumentou, Jordan. - O que Ginevra desejava dizer com "o futuro é incerto", "bomba-relógio"? Algo esta fora de contexto, existe muito mais do que somente um atestado de herança nessa carta. - Ele estava certo, era inegável.

          - Eu... - O bruxo tentou formular algo. - Provavelmente existe um jeito de conseguirmos obter todas essas respostas. E ele poderá acontecer aqui mesmo. - Sua voz ecoou como se uma lâmpada tivesse acendido em sua cabeça.

           Minhas mãos tremularam, e mordi lábio inferior reprimindo o nervosismo.

           - Não sou aprofundado nesses campos da magia, porém, podemos fazer uma transgressão. Meera está conectada com cada membro de sua família, o sangue que corre nas veias dela reconhece esse lugar como casa, é possível que a magia ancestral que percorre o local possa acessar o passado na consciência de Meera. - Minha respiração falhou. - Talvez, poderia até mesmo se conectar com Carol.

          Meu peito se contraia de maneira involuntária e eu estava em estado de euforia. Não conseguia manter o foco em algo que não fosse em minha irmã, pois tudo isso está sendo movido por ela. Pensar na ideia de vê-la era algo gratificante demais, mesmo que fosse por meio da magia e envolvesse algo extremamente complexo.

         - Estou disposta a fazer isso! - Aleguei, cerrando o punho. - Como se inicia o processo?

         - Você precisa ter certeza das memórias que quer acessar, não é como a transgressão comum, a do mundo bruxo é um pouco diferente. Verá tudo acontecer, todavia, deve conservar os seus sentimentos, não os deixe tomar conta de você. Se algum sentimento seu aflorar, sua mente poderá ficar presa naquela situação e nunca mais retornar. - Por mais que eu estivesse insegura, assenti que sim. - Ótimo, preciso que sente-se nessa cadeira e esvazie a sua consciência.

          Acompanhei os seus procedimentos, me aconchegando na macia cadeira do escritório. Jordan ficou ao meu lado direito e Joseph ao esquerdo. O vampiro enlaçou os nossos dedos, e então direcionei o meu olhar a ele.

          - Juntos. - Nossas vozes saíram em uma sincronia perfeita, o que me fez estremecer. Ele me passava uma confiança inigualável, o que me fez relaxar. Eu sentia algo, algo que eu não era capaz de explicar.

          - Preste atenção apenas em meus assobios, tudo bem? - Confirmei com a cabeça. Logo as toadas de seus sons penetraram os meus ouvidos, mexendo com os sistemas de meu corpo, deixando-me anestesiada.

          Fechei os olhos, constatando cada parte de meu corpo focar sensível; fechei os olhos, enxergando uma escuridão imensurável.

          Quando minhas pálpebras se soltaram, eu me encontrava no mesmo lugar, sentada sobre a mesma cadeira. Não aparentava ter mudado absolutamente nada, por mais que eu não me sentisse a mesma.

          - Eu não acredito que você fez isso, Ginevra! - Uma voz rude e feminina soou alto, se dirigindo a minha mãe.

           Em um canto da sala encontrava-se a figura de minha mãe, esbelta como sempre. Cabelos negros e olhos prateados. E, ao que me apetece, aquela que está a gritar com ela é minha... avó.

          - Mãe, é de meu corpo que estou a falar! São decisões minhas e nem você e nem ninguém irá interferir em minha gravidez! - Mamãe respondeu a altura.

          - E o que irão pensar de nós? Não posso tolerar que manche o legado de sua magia.

          - Não me importo com isso, mãe, com nada disso! Minha filha nascerá, quer você queira ou não. - Afirmou, cerrando o punho. Elas estariam a falar de mim?

           - Você nos amaldiçoa, Ginevra.

           - Meera nascerá, ou você irá perder a sua filha. - Repontou, bufando pelas narinas.

          Minha visão ficou turva, como se tivessem jogado água fervente. Esfreguei os olhos com a maior força que tive, o que os fez arder ainda mais. Após segundos relutando, minha vista retornou ao normal, o que fez-me agradecer, pois pensei que ficaria cega.

          Vislumbrei diante de mim uma crincacinha de aproximadamente 5 anos. E, ao me dedicar mais aos detalhes, percebi que aquela era... eu. Minha mãe estava com um barrigão, provavelmente grávida de Carol, e um homem misterioso estava ao seu lado.

          Os olhares trocados eram ternurosos, apaixonantes. Podia identifcar em seus olhos como eles eram apaixonados. A antiga versão de mim brincava no gramado, entretanto, não era a da residência da Família, ao menos eu acho.

         Aquele é o pai de Carol? Sei que meu pai é um humano e que não tenho sangue puro, talvez por isso a magia dentro de mim não aflorou. Só que com Carol é totalmente o oposto, ela é uma bruxa de supremacia legítima. Preciosa demais e nas mãos erradas.

          Uma sensação similar a um soco no estômago me fez bambear, atingindo a superfície com um grande impacto. Logo em seguida outro, e mais outro, até que meu corpo caiu em um emaranhado de memórias, todas elas passavam muito rápido, quase inacompanhavel.

          Minha estatura tocou um chão de madeira frio, minha cabeça girava sem parar. Pânico; medo; angústia, todos eles se alastrando por minhas veias como uma fonte de adrenalina. Não conseguia me mover, tudo em mim doia sem parar. Respirava ofegantemente.

         - Como isso foi acontecer Ginevra?! - Minha avó gritava novamente.

         - Mãe eu... - Minha figura materna se pronunciou, mas logo foi interrompida.

         - Ginevra, como você pôde se envolver com Etgar Vecilius! Ele é um monstro, um vampiro que está se opondo ao Soberano, você sabe que ele está a tramar uma rebelião!

         - Eu não fazia ideia disso, eu não sabia...

         - Você nunca sabe de nada, Ginevra, esse é seu problema. Esse homem será a nossa ruína, e você sabe disso. Só não diga-me que ele quem matou o seu marido...

         Minha mãe engoliu em seco, o que me fez tremer.

         - Ginevra! - O grito de minha avó ecoou por todas as paredes. - Nós iremos voltar para a Polônia, e você encerrará todo e qualquer contato com esse homem, para sempre! Faça as malas, imediatamente.

         - Me perdoe, mãe, me perdoe. - Ela caia em lágrimas, mas minha avó não se movimentou, somente observou sua filha cair em prantos.

         Meus músculos paralisaram e tudo ao meu redor girou. Era pior do que eu poderia idealizar. Mas ainda sim, era necessário.

        Quando tudo parecia ter ficado normal, eu me levantei do chão. Mesmo que minhas pernas estivessem bambas, eu tinha potencial para dar poucos passos. Me encaminhei a porta, na esperança de encontrar alguém ou algo.

         Empurrei com a força que tive, mesmo que devagar. Quando a abri, dei de cara com um corredor, essa era o corredor da mansão de minha família. Um grito escapou por meus lábios, arrepiando todos os pelos de meu corpo.

          Eu não poderia acreditar no que eu via, por favor, diga-me que não! Sangue, muito sangue, era o que se estendia por todo o piso. A poucos metros de mim, minha mãe chorava em desconsolo.

         - Como você pôde, Etgar? Como pôde fazer isso com a minha família?

         Etgar matou todos os meus parentes?

         - Agora você é só minha Ginevra, somente minha. - Exprimiu, o mesmo cara que vi a minutos atrás. Então... minha mãe se apaixonou por ele? Por esse monstro?

         Tudo fazia sentido agora. Ele apenas usou minha mãe como um meio de conseguir o espírito de feiticeira.

         Atravessei o solo em um átimo, como se a força peso se desprendesse de mim. Minha pele suava frio, mas isso logo chegará ao fim. Tenho de ser forte e aguentar até lá. Eu preciso!

         E então, eu estava em um local diferente de todos os outros. Era gramado, mas em um verde sem vida. Avistei uma placa em um caminhão, que provavelmente indicava em que lugar eu estava: Washington, Virginia.

         Perscrutei toda a zona, andando um pouco, até que me deparei com um jardim. Limpei os olhos, para ter certeza de que não era paranoia minha. Não, não era. Aquela era mesmo Carol, sentada sobre um banco de concreto.

          Sem hesitar corri desesperadamente até ela, mesmo que ela não pudesse me ver. Quando me aproximava, um homem se achegou a ela. Uma figura masculina que eu conhecia. Etgar! Eu poderia esgana-lo ali mesmo.

          - Quando eu poderia ver a minha irmã? - Perguntou, sua voz doce e ingênua, a qual eu senti saudades.

          - Logo nós iremos sairemos de Washington, meu bem. Aguarde um pouquinho mais.

          O maldito se aproveitou da inocência dela para conquista-la! Eu só espero que ele não tenha feito nenhum mal.

          Como um choque meu corpo retornou a realidade, o que pareceram ter durado horas, não haviam sequer passado minutos.

          - Eu sei onde minha irmã está!

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