Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

16 | ᴛᴏϙᴜᴇs

J O R D A N

As nuvens cinzas ocupavam o céu.

Aquele dia transbordava melancolia; tristeza. Nada fora do habitual aos meus olhos. Nada tão incomum do que eu estive, nada distante do que eu sou: escuro e vazio. Um ser Original e Impuro.

Minhas órbitas pairaram sobre o papel amarelado e desgastado. Identifiquei com uma única passada as letras rebuscadas, onde li o nome Joseph Armstrong. Discutíamos sobre o mesmo assunto de há mais de um mês: a Lineagem Peletier. Se eu fosse qualquer um, é provável que eu já teria desistido, mas é óbvio que eu prosseguirei a avaliar com cautela. Nem uma pequena pista pode ser deixada para trás.

Tudo isso está conectado como fragmentos, o que me resta é junta-los um por um. É o que farei!

Abri vagarosamente a carta, sentindo a folha amaciar as minhas mãos. Elevei o objeto até que conseguisse ler com clareza. Soletrei em sussurros o texto do documento:

"Jordan, meu querido,

é seguindo os eixos que eu falei a ti. Em minha concepção, estamos indo na melhor direção. E sim, teremos de ir até os tios das garotas Peletier; a força ou por livre vontade, eles terão que dar as informações. Podemos ir em três dias, é o tempo suficiente para que eu apronte tudo o necessário. Até lá, iremos aguardar com paciência, e sempre acompanhando os passos dos Insurretos.

Atenciosamente, Joseph Armstrong"

Fechei a carta, guardando-a em uma das gavetas de minha escrivaninha, no meio de tantos outros utensílios. E, após isso, permaneci sentado, de cabeça pra cima, fitando o teto um tanto quanto empoeirado, digerindo e processando todos os informes que me foram passados.

Havia pouco mais de dois dias desde que me encontrei com o bruxo. Após ter encerrado o dia ao lado de Meera, dando a atenção que ela carece nesse momento turbulento e emotivo. Ao tardar, com o auxílio de um corvo, encaminhei a ele uma mensagem com os dados que a garota me deu e então, marcamos o dia para irmos até os tios delas e arrancar a verdade pela raíz.

Famílias complicadas, clãs rebeldes. O fardo que se tem ao ser um líder da espécie Vampyyre é algo surreal; mas como dizia o meu pai: "O lema Ekirev tem que ser levado a frente, custe o que custar. Com o sangue ou a dor." Outros já teriam abortado, porém, não eu. Não me intimidarei, não irei fraquejar, não demonstrarei fraqueza. Eles são fracos; um grão de ervilha se comparado a minha soberania.

Arrogância ou prepotência? Detenho os dois. É o que devo ser e como necessito agir. Impor algo além do respeito: pôr medo. Sim, essa era a palavra. E quando tudo isso acabar, somente o medo reinará, e lá eu estarei no topo.

Mesmo que centrado em meus pensamentos, fui capaz de ouvir passos lentos que se dirigiam aos meus aposentos. Três batidas na porta foram suficientes para que eu dissesse um "entrem". E em seguida, duas figuras apareceram no cômodo, com um vestuário enegrecido e fisionomias vaidosas. Tratava-se do Olho de Hórus e do Anjo.

Ambos aproximaram-se de mim, curvando as cabeças como um sinal de respeito ao Soberano. Stefano foi o primeiro a se pronunciar: - Jordan, as notícias sobre o Clã Vecilius são aparentemente nulas. Nada, nem mesmo uma única alma viva, enxergou os escutou sobre os passos deles.

Idália desviou o olhar de seu companheiro pra mim, franzindo o cenho, colocando mexas louras e brilhantes de seu sedoso cabelo pra trás. Suas írises esbranquiçadas se cruzaram com as minhas, a mesma cerrou o punho antes de gesticular.

- É verdadeiro, Jordan, revistamos o estado de Michigan por completo, não deixamos escapar nenhum vampiro, bruxa, lobisomem ou humano. Todas as respostas eram as mesmas: não sabemos nada sobre o paradeiro deles. Motivados pelo medo ou não, está ficando cada vez mais visível que eles estão sumindo, a parte ruim é que Carol Peletier ainda está com eles. - Finalizou.

- Eu falei com Joseph, iremos a Geórgia em alguns dias, localizar os tios das moças. Supostamente eles sabem sobre a família Peletier e descobrir as origens dessa lineagem pode abrir um leque de informações sobre os insurretos. - Delatei tudo, não poupando nem uma única letra.

- E o que faremos no momento? - Indagou, Idália, posicionando as mãos sobre a cintura.

- Bem, Ídris e Mina ainda estão por aí. Tenciono apenas que deem rondas diárias e que não saiam, fiquem à espreita e captem cada mínimo sinal deles. - Ordenei, vendo-os concordar.

Stefano se retirou, no entanto, O Anjo perdurou no ambiente. Significava que ela desejava ter uma conversa em particular; quando o Olho de Hórus já havia ido embora, a mesma achegou-se a minha mesa, apoiando suas mãos pálidas sobre a madeira.

- Não estou insinuando nada, porém acho que seu humor mudou com a chegada de Meera nessa fortaleza. - Declamou, expressando em seu olhar enigmático algo que eu era incapaz de compreender.

- Não começa, por favor, sempre que tenho alguma mínima interação com qualquer criatura do sexo feminino você chega com suas conspirações.

- O Soberano usando "por favor"? Deveria ter gravado para ter provas desse momento para sempre.

          - Meu humor permanece inalterado, sou o mesmo homem, com as mesmas características. Meera não me mudou em nada.

- Okay, Soberano, irei te deixar só, meu corpo está exigindo um banho o quanto antes, esses dias foram mais exaustivos do que idealizei. - Falou, deslizando os dedos pela superfície de sua testa. - Agora, senhor, se me der licença, eu preciso me ausentar. - Assenti, e seguidamente a isso, ela se dirigiu a saída.

Sentia as ondas de ar frio que o dia chuvoso propiciava, onde correntes de uma brisa gélida penetravam a região com a abertura da janela. Melancólico.

Recordei que eu deveria falar à garota sobre o que vamos fazer, especialmente porque ela irá conosco. E, acima disso, por ela ser uma peça chave para se desenvolver o desfecho de toda essa trajetória. Encontrar Carol e dizimar o clã de vampiros quebrados é o topo de preferências.

Sai de meu espaço à procura de Meera, sentindo sua presença por causa de seu adocicado perfume, que adentrou em meu nariz, me causando uma sensação de puro êxtase, de tão gostoso e confortável que ele é. Na biblioteca, ela está na biblioteca. Não poupei um sorriso ao pensar na hipótese de vê-la. Ela é adorável, esplêndida. Perfeita e bela como uma rosa de jardim que se destaca na solidão.

Creio que ela ainda deve estar deprimida, foi um choque sem anestésicos, algo intenso demais para um sujeito que desconhece o mundo sobrenatural. Espero ao menos que com a minha presença ela sinta-se mais aconchegada, pois não tenho a mínima vontade de ferir seus sentimentos. Quando enfim havia chegado, depois de subir alguns poucos degraus, minha visão topou com ela em uma questão de segundos.

E bem, ela não tinha percebido a minha chegada. Permaneceu centrada em seu livro de poesias, que lia sem desviar sua concentração. Talvez, nem se eu dissesse todos os sinônimos de beleza conseguiria descrever toda a graciosidade de seu rosto; não só isso, mas como também tudo que gira entorno dela. Sua energia, seu jeito meigo, sua personalidade indomável, seu olhar expressivo, que perscrutava cada detalhe de meu rosto. E eu adorava isso... não poderia negar.

- Jordan, está aí? Eu nem tinha notado. - Disse, direcionado o seu olhar delicado a mim. Eu poderia passar horas a fio escutando aquela bela voz.

- Sim, estou, creio que já tem em mente o que vamos conversar. - Repontei, mantendo a minha compostura.

- Sim, sobre os malditos vampiros, não é nada novo sob o céu. - Ela arfou. Cruzei os braços, me dirigindo ao banco, me assentando ao seu lado, não muito próximo.

Meera lançou o livro que estava lendo sobre a mesa, afastando-o para focar somente em nós. Mesmo que de relance, enxergando o título: Dom Casmurro de Machado de Assis. Sendo franco, não me lembrava desse livro em minha biblioteca.

- Então você gosta de literatura clássica? Pensei que a sua geração fosse apaixonada por Persy Jackson, Harry Potter ou A Seleção.

- Sim, alguns me agradam mais que outros. Machado de Assis é um dos melhores escritores que eu já vi, mesmo que eu quase tenha que ler com um dicionário do lado, entretanto, o livro ainda consegue cativar de maneira natural o leitor. - Declarou, abrindo no canto dos lábios um belo sorriso.

- Já li Dom Casmurro e adoro o grande mistério que envolve Capitu, o famoso "traiu ou não traiu?" já que o livro não desenvolve bem essa parte, ou seja, vai da interpretação de cada leitor.

          - Não sabia que você gostava de outras culturas, já foi no Brasil alguma vez?

- Aprendi as culturas do mundo inteiro, são mil anos de existência, Meera, seria chato demais passar esse tempo todo trancafiado nessa torre. Tenho clãs subordinados no Brasil e já fui lá algumas vezes, já visitei a floresta Amazônica, as praias quentes do litoral e até mesmo o Cristo Redentor.

- É engraçado tentar te visualizar de sunga numa praia, tomando água de coco, ou melhor, tentando pegar um bronzeado.

- Acha engraçado? Já visitei cada canto do mundo, a praia é um dos meus lugares favoritos, as do Brasil são as melhores. Quando a rebelião acabar posso te levar para um turismo no mundo inteiro, poderíamos conhecer as maravilhas do mundo, como o Coliseu, a Torre de Pisa e várias outras.

- Tô começando a ficar animada com a ideia, você primeiramente tem que me levar a França, um dos meus sonhos de infância é conhecer a tão estimada torre Eiffel. Dizem que Paris fede a mijo e tem ratos por toda parte, mas pouco importa, só quero uma foto na torre.

          - Vai tirar muito mais que uma foto, você vai subir até o alto, vai ver a cidade adormecer e acompanhar ela amanhecer também. Essa é uma promessa. - Me empolguei nas palavras e vi os olhos dela brilharem.

        Era incompreensível para mim a maneira como ela estar bem fazia com que meu corpo estivesse em paz. Existia em mim uma obrigação de querer protege-la de tudo.

          - Mudando de assunto, recebi uma carta de Joseph e daqui há três dias iremos ver seus tios. - Ao revelar, percebi seu entusiasmo. Quero que tudo dê certo, não quero decepciona-la.

- Me deixa feliz, há meses que eu não os vejo, conversávamos com frequência só que a correria do dia a dia fez nos afastar. Espero que eles não surtem quando souberem os acontecimentos recentes. - Arfou, um pouco frustrada. - Enfim, quero dizer que estou muito grata por tudo que está fazendo por mim, por minha irmã.

Eu poderia ignorar o seu comentário e ser prepotente como sempre fui e sou. Contudo, não dava, algo em mim gritava para dizer um obrigado. Para acalma-la; protege-la.

- Bem, estou a fazer o máximo que posso. É como você disse na primeira vez que nos vimos: é por minha razão que sua irmã está com eles. Os Insurretos desejam Carol e você por serem fontes puras de poder e proficiência. O mínimo que posso fazer é tentar a recuperar e aplicar a justiça por todo o mau que semearam. - Afirmei, cerrando o punho.

- Não, Jordan, não é culpa sua. - Manifestou-se, achegando o seu corpo ao meu. Me assustei de relance ao constatar sua pele abrasadora sobre a minha mão. Seus dedos soalheiros tocaram os meus; era como um choque interno que se alastrava por todas as redes de meu sistema. Era indescritível. Eu poderia passar uma eternidade naquela boa sensação.

Não haviam palavras para ilustrar, pois era um sentimento desconhecido. Eu só precisava apreciar. Me deixar levar na fumaça de presságios que cercava a impureza de minha alma. Mas eu estava ao lado dela. Não haviam preocupações, ao menos não agora.

Eu estava a perder o controle de minhas emoções?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro