Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

1 | ᴅᴇsᴇsᴘᴇʀᴏ

M E E R A

Os ventos álgidos sopravam com fereza, chocando-se contra minha pele.

Minhas mãos trêmulas de frio agarravam o saco de lixo, arrastando-o sobre o asfalto. A ânsia apoderava-se de cada centímetro de meu corpo, corroendo parte de mim, pouco a pouco. Minhas pernas balançam e falham à cada suspiro dado; puxar o oxigênio de meus pulmões é uma batalha na qual cedo minha trégua aos poucos. As ruas vazias e solitárias deixavam em mim um medo imenso. O que poderia acontecer comigo, uma jovem de 20 anos andando sozinha?

No entanto o que eu poderia fazer para evitar isso? Preciso desse emprego, ele é o único meio de conseguir manter a mim e a minha irmã. Quando a necessidade bate a porta, todos os desejos são deixados a deriva. Mesmo tendo que andar duas quadras para deixar o lixo, enfrentando o perigo que são as noites escuras de Detroit, é algo necessário.

Aceitar a proposta de emprego nessa boate foi, certamente, a pior decisão que já tomei. Por mais que as calçadas sejam silenciosas, o aroma da desconfiança ainda permeia meu nariz. Meus olhos observavam atentamente cada canto, mesmo sabendo os mínimos detalhes do local, ainda pressinto o receio, principalmente por causa dos crimes constantes da cidade.

Larguei o saco no interior de uma caçamba enorme. Ao dar de costas, ouvi baixos grunhidos, similares aos de gemidos, na esquina ao lado, a poucos metros de mim. Não dei à ínfima importância, afinal, não deve ser algo além de um rato ou gato procurando o que comer. Entretanto, à medida que meus pés davam seus passos, o som aumentava gradualmente, de uma maneira que despertou em mim uma imensa curiosidade, pois, em minha mente, aquilo não era apenas um rato ou qualquer outro animal.

Meera, que droga é essa?

À proporção que me aproximava, percebi os rangidos em um volume maior e, ao chegar mais perto, constatei que não lidava com um animal. Nunca que esse murmúrio seria um animal, era outra coisa. Mas o quê?

O que faço aqui? Isso realmente é problema meu? Qual à razão de dar tamanha importância? Recuei para trás, sussurrando para mim mesma que não é nada, e que está tudo bem. Desequilibrei minhas passadas, tropeçando em meus próprios pés, não caindo por um triz. Tive um arrepio ao ouvir um grito desafinado e eufórico, proveniente do quarteirão. Não era um grito de susto, era de desespero, como se buscasse ajuda, como se sua vida estivesse em perigo. Eu precisava descobrir o que era. Por mais que estivesse apavorada, não conseguia fingir que algo de estranho não acontecia. Caminhei devagar, reclusa, vasculhando com o olhar cada particularidade do espaço.

Ao olhar para o chão de tijolos, pude ver uma trilha de... sangue, que se direcionava até algumas sacolas de lixo, que formavam uma enorme pilha. O odor era horrível, quase impossível de inalar de tão fétido. Segui os vestígios de sangue, titubeante, notando minhas pernas falharem e um enorme amargor percorrer meu estômago, numa sensação de mil borboletas voando. Ao achegar-me, os plangores cessaram de modo repentino. Questionei à mim mesma se o que ouvi foi real, ou apenas um blefe.

Meu coração travou seus batimentos durante uma fração de segundos, meus músculos paralisaram instantaneamente, e tudo o que eu tinha capacidade de sentir proliferar em meu corpo era o desespero. Um grito agudo escapou de meus lábios, não por vontade própria, mas sim por impulso. Não, isso não pode estar acontecendo. Por favor, diga-me que não!

O corpo largado no chão, com sangue disperso por toda parte. Os olhos sem vida, frios e fixos em mim me derrubaram. Haviam diversas marcas de presas em seu pescoço, sobre seu braço e pernas, como se algum animal selvagem a tivesse devorado. Meu corpo se moveu involuntariamente, reagindo ao reflexo de fugir e escapar dali. Naquele momento fiquei cega, enxergava um borrão preto e um imenso desejo de fugir. Tenho que ligar para a polícia! Imediatamente!

Aflita e com os batimentos cardíacos acelerados, corria desesperadamente buscando chegar o mais rápido possível no serviço. O pior era que eu tinha esquecido a porcaria do celular na bancada. Droga!

Situava-me a poucos metros, quase lá. Percebi até que meu corpo relaxou, e pude respirar com mais facilidade. Diminui o compasso. Meus pés congelaram quando percebi uma forte brisa passar por minhas costas, como se alguém estivesse atrás de mim.

— Alguém está aí? — Indaguei, com receio, vendo apenas um extenso vazio.

"Alguém está aí?" É sério? Essa foi a pior pergunta que eu poderia fazer, porra.

Nada, nem mesmo um som, o bafejo da noite era o único som. Estou bem próxima, seguir em diante é a melhor opção. Retornei ao caminho, mesmo com medo.

Célere e em menos de um segundo, similar à uma faísca de eletricidade, um vulto misterioso passou por detrás de mim e dessa vez o acompanhei pelas sombras. Não tive coragem para virar meu rosto, muito menos saber o que poderia ter sido.

— Onde você pensa que está indo, docinho? — Perguntou a figura misteriosa ao surgir diante de mim.

Meus olhos se prenderam nele e, por um átimo, tudo em mim parou: cérebro, coração, pulso. Não tinha ciência do que acontecia, tudo em minha volta começou a girar em um círculo infinito. Regressei, piscando várias vezes para tentar acordar daquele pesadelo.

— O que foi, princesa? Está surpresa? Não deveria. Eu não quero te causar mal. Eu não irei fazer-te mal algum... Todavia, não posso falar o mesmo por meu clã.

Corra! Corra! Corra!

Essas eram as únicas palavras ditas por meu consciente. Não hesitei, corri. Em questão de milissegundos ele reapareceu, como se eu não tivesse saído do lugar. Qual o intuito dele? Me estuprar? Me agredir ou me matar?

— Docinho, você é bem bonita, tem belas curvas. Não gostaria de ver esse belo rosto desfigurado. Acho que eu deveria... — Falou, passando a língua sobre os lábios, emanando mais medo.

— O q-que você quer comigo? — Inquiri, ofegante, encarando-o de cima a baixo, rezando para que o pior não aconteça.

— Eu indiretamente não quero nada, mas o meu clã sim. Não vale a pena te explicar, você não vai viver muito para acompanhar o desfecho disso, mas saiba que você vale mais do que imagina.

O que detenho para que eles almejem? Há poucos meses eu mal tinha o que comer.

— Então foi você que matou aquela mulher? — Perguntei, com os olhos recheados de lágrimas.

— Sim, fui eu. Foi prazeroso ouvir seus gritos enquanto ela gritava para parar. Foi como mil putas fodendo comigo no momento em que bebi seu sangue. — Relatou, fazendo expressões de como se fosse algo normal.

Bebi?

— O que vocês são? — Interpelei, nervosa e trêmula.

— Se eu te contar talvez você dê risadas ou não acredite, provavelmente grite ou desmaie como muitos fizeram. Já deve ter assistido Crepúsculo, certo? Ao contrário daqueles vampiros eu não brilho, eu mato. — Alegou, em um discurso macabro.

Isso é real? Ele é realmente isso? Eles não existem, não passam de uma lenda urbana. São usados para amedrontar crianças. Porém, o que explicaria ele ser tão veloz? O que explicaria todas aquelas perfurações?

— Talvez não precise te matar agora, posso me divertir, daí eu te fodo com força e depois te entrego para meus companheiros fazerem o mesmo e sugarem seu sangue. — Exprimiu, segurando em seu membro, acariciando-o e sorrindo.

Não perdi tempo, não duvidei, apenas corri. Sem nenhum rumo. Não quero que nada aconteça, eu tenho que cuidar dela, tenho que cuidar de minha irmã. Não posso morrer, não agora. Fui surpreendida com uma rasteira, que me fez cair com tanta força que deslizei sobre o asfalto. As lágrimas antes contidas, despencaram de meus olhos.

— É uma mulher insistente, já te disse que iremos, não adianta insistir.

Droga! Estou perdida. Minha voz não tinha força para sair e meu corpo inteiro doía. Provavelmente nunca mais irei ver minha irmã e irei morrer nas mãos dessa besta. Constatei minhas mãos sendo amarradas. Suspirei e fechei meus olhos, desacreditada. Minha cabeça estava confusa, com medo, apavorada e quebrada com tantas informações.

Quando ele iria terminar de dar o nó, senti uma enorme pressão tira-lo de cima de mim. Ouvi somente um impacto gigantesco na parede, como se algo tivesse colidido. Esperançosa, corrigi minha posição para descobrir o que seria. Distanciei-me aos poucos, espreitando a área. Minha visão travou ao ver não apenas o homem preso na parede, mas também uma mulher o segurando pelo pescoço como se não fosse nada e um outro homem ao seu lado.

Removi as amarras de meu pulso e, curiosa, aconcheguei-me devagar, prendendo a respiração e sendo extremamente cautelosa. Poderia aproveitar essa chance para fugir, mas meu coração gritava para tentar saber ao menos um porcento de toda essa merda. Não poderia negar isso a mim mesma.

— Não se cansam de fazerem joguinhos? No seu lugar eu teria vergonha de ser tão fracassado e se esconder entre as ruas escuras.  — Proferiu, a mulher, em um tom arrogante, pressionando com mais vigor o pescoço do homem.

— Não aceitam que nós vencemos? Tudo já está pronto, Etgar logo beberá do sangue da feiticeira e Jordan Ekirev irá cair. Serão extintos da face da terra como se nunca houvessem sequer pisado nela. — Articulou, em um tom perverso, como se não se importasse.

Do que eles falam? Não compreendo nenhuma palavra dita. É quase certo que também sejam vampiros, e são muito superiores a ele, em força e agilidade. Especialmente a mulher, que o segura com tanta firmeza, parecendo que a cabeça dele irá voar do corpo à qualquer instante.

— Deveriam encapsular e vender sua autoestima, é realmente invejável. Mas diga-nos, onde você e o seu clã estão? — Inquiriu, o homem ao seu lado, tomando a voz.

— Vocês são persistentes. Não terão absolutamente nada de mim. — Arguiu, firme e sério em sua palavra.

— Aproveita sua visita ao inferno e me conta em alguns séculos como foi. — Disse, a mulher, e em um movimento limpo, fez a cabeça ser desmembrada.

Pressionei minhas mãos contra minha boca para que um grito não escapasse. Tenho que sair daqui, antes que eles constatem minha presença. Antes de correr, só recordo-me de escutar uma frase: "procure pela garota". Depois disso, corria extasiadamente sem freios, dessa vez, nada iria me fazer parar.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro