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Capítulo 44: A Testemunha Inestimável

*ALERTA DE GATILHOS: ARMAS CORTANTES, MENÇÃO A ASSASSINATOS, RELIGIÃO, CATOLICISMO

*RECOMENDAÇÃO DE MÚSICA DA TRILHA SONORA PARA O CAPÍTULO: Raindrops - The Amazons

— Então foi você quem me mandou o bilhete — continuava na defensiva, mas com o canivete recolhido. — Como me descobriu?

Deangelo pôs o capacete apoiado sobre o banco e ajeitou o casaco ao corpo. Ela o notou mais alto e uma brisa gelada estremeceu os pelos dos braços.

— Tome minha jaqueta, vejo que está com frio — voltou atrás e removeu a peça.

Desconfiada, rejeitou.

— Não aceito nada de indivíduos que não conheço — censurou e deu um passo para trás.

— E nem recusou meu bilhete, não é? Mas não precisa revidar, eu também sou um bom curioso — sorriu de soslaio e virou-se para colocar a peça junto com o capacete.

No mesmo instante, Gaya notou uma marca na nuca iluminada pela luz do poste. Parecia ser uma cicatriz inclinada na diagonal.

— Deveras não foi uma ótima maneira de aproximação, mas seria impossível chegar perto e não levantar suspeitas. — se atentou na bruxa e enlaçou os braços. — Há pessoas lhe observando, como eu soube da Ivone Castrell.

Ela temeu.

— Eu sei disso. Por isso que eu não deveria estar aqui e já ter chegado em casa — virou de costas a fim de sair daquele ambiente. — Não é necessário me reforçar. Morrerei de qualquer forma. Mas matarei ao menos três.

Ele riu contido, a viu andar e rebolar quadris até o fim da viela. Precisava manter a testemunha viva ou não receberia pelo trabalho.

Também percebeu melhor que seu sotaque era semelhante ao dele.

Que mulher complicada —bufou e murmurou. — Deveria confiar em mim, Srta. Basil, principalmente sendo um investigador particular — aumentou o tom.

Uma das mãos percorreu o cordão de prata em seu pescoço, expôs um distintivo escuro com o brasão da Polícia Especializada de Londres, abriu em seguida e evidenciou sua foto em tamanho pequeno, além de seu nome que não correspondia ao que utilizava.

Bastante estranho, por sinal.

Porém, Gaya não enxergou bem as palavras, de imediato desviou seu olhar para ele e o encarou entre os olhos semicerrados.

O emblema de prata brilhou com o reflexo da luz quando o rosto da jovem voltou para trás, cessando os passos.

O detetive caminhou até a cantora e pôs o distintivo por dentro da blusa através da gola. Seus pés cautelosos não a intimidaram.

Apesar dela ser uma mulher alta, Gaya ainda era mais baixa.

— Dante Deangelo, Srta. Basil — a artista ergueu o queixo e se passou como autoritária.

— Quem lhe contratou?

— Não revelo quem contrata meus serviços, mas saiba que a polícia de Londres me cobre.

— Polícia... de mentirosos, Londres é cheio — debochou. — Sei. Se Ivone já está morta, comigo não me protegerão de forma alguma. Olhe para mim e veja se tenho cara de testemunha preciosa para a polícia — ignorou.

— Bem pensado. De fato, para a polícia, não. Mas para meu cliente, sim.

— Quem é seu cliente?

Repetiu a pergunta que fizera antes e ele revirou as escleras.

— Não posso revelar. Já lhe disse — entendeu que ela era redundante de propósito.

— Então saia do meu caminho.

Um desconhecido embriagado e bem-vestido entrou na viela cantando Frank Sinatra, enquanto segurava uma garrafa de rum.

— Ah, vocês não vão fazer aqui, não? — as palavras trocadas pelo álcool e a proximidade fizeram Gaya seguir até a moto.

— O que está fazendo?

— Vamos ao Wilton Music Hall. Onde encontro o outro capacete?

Incrédulo, o homem expandiu o olhar, surpreendido pela confiança repentina.

— Há minutos atrás não confiava em mim!

— Tanto faz, ele pode ser um assassino disfarçado e não me mostrou o distintivo.

— Supomos que, e se for um falso distintivo? Não que o meu seja — riu e vestiu o casaco.

A Demdike respondeu com os olhos furiosos.

Wilton Hall? Lá é agitado.

— Os padres não colocam os pés depois que se tornou cena de escândalo com o padre assassinado — o aguardou pegar o outro capacete guardado no compartimento abaixo do assento.

O detetive entregou o capacete a ela, que ficou confusa em como pôr nos cabelos cheios.

— Você não tem o costume com isso, não é? Me permita... — a moça entortou os lábios, mas acatou seu auxílio.

— Saiba que não falo de graça — extraiu um riso anasalado dele.

Fora carinhoso ao ajeitar os cachos e pôr o capacete.

A textura macia do cabelo crespo lembrava de alguém que ele conhecera há tempos.

Londres quase vazia naquele horário da noite, era bela para Gaya que esqueceu por um minuto de todos os problemas e odores da cidade.

Se tratava da primeira vez que andava de moto e na companhia de um completo estranho.

Na sua cabeça apenas se passava que poderia morrer nas mãos dele, sendo um homem mais alto e forte, diferente dela.

Gaya sabia manusear um canivete, mas não contava com a habilidade do investigador em manejar qualquer arma cortante.

— Segure na minha cintura! — avisou contra o vento em direção contrária.

— Não quero proximidade — apoiava no assento.

— Pare de bancar a complicada, Srta. Basil. Agarre minha cintura!

No similar instante, o rapaz precisou passar por um quebra-molas, e que infelizmente, mesmo não sendo um forte impacto, provocou um susto na jovem que agarrou a cintura de Dante, que não sustentou o sorriso de canto, fora a risada.

— Eu lhe avisei — percebeu os braços dela espremer a barriga. — Não precisa apertar tanto assim — completou com a voz oprimida pelo aperto.

Não tolerava ser provocada e folgou o abraço. Já estavam próximos do local.

— Me poupe de suas palavras — sentiu-se extremamente incomodada com as provocações do homem.

O ambiente parecia bem mais badalado quando chegaram, como o clube de jazz.

Deangelo estacionou o veículo em um lugar seguro e a acompanhou até uma fileira mediana de jovens com idades próximas que seguiam para dentro do anfiteatro.

Gaya aparentava conhecer acerca de quem se apresentava no local.

— Vamos.

O guiou para o interior em meio ao acúmulo de pessoas num espaço bem abafado, escuro, na madrugada londrina e Dan avistou onde se preparavam as bebidas.

Ambos subiram algumas escadas que levavam até uma área restrita na qual se podia assistir à atração da noite e as cadeiras do auditório clássico de teatro.

Havia cordões com pequenas luzes amarelas no teto, as paredes eram velhas, de tijolo aparente e o palco pequeno, restrito para as apresentações.

— Aqui estamos seguros — respirou aliviada.

— Como passou da fila sem os ingressos?

— Amizades.

Apontou com o queixo logo que os gritos e assobios emergiram com a entrada da banda.

Catfish? Os conhece? — se tratava de uma banda na qual escutava com frequência.

— Nem sempre os veteranos tratam os calouros bem. Mas isso não se aplica ao Catfish. Estudos vocais unem as pessoas e o local também é alugado por eles. E como uma boa colega, me permitem entrar e sair a qualquer momento. É um grupo seleto.

Voltou seu corpo ao rapaz e retomou o propósito.

— Oitenta libras em minha mão caso precise de informações.

Ele bufou ao pegar a carteira, contabilizou as cédulas e a entregou.

Para confirmar o valor, Gaya contou rápido cada nota e resguardou entre os seios.

— Quem lhe contratou?

— É insistente, não é? Srta. Basil? — ela sorriu de lado. — Saiba que, quem faz as perguntas sou eu e um dia, quando ele preferir, você descobrirá.

— Entendido. Vejo que preza pela integridade das pessoas porque pressionei com a mesma pergunta e não me revelou.

— Então, me concede algumas respostas?

— Tudo bem, Sherlock.

Os dois se apoiaram no parapeito de ferro escuro até que ele apanhou da calça algumas imagens do padre assassinado e seu gravador. Principiando a gravar.

— Conhece esse padre? — mirou a foto da vítima numa poltrona e a notou analisar.

— A notícia se espalhou por Londres e acredito que fora daqui também. Então, conheço por imagem. Possivelmente, a pessoa certa para essa indagação, já está morta.

A respiração pesou.

— Como soube do falecimento de Ivone Castrell?

— Ivone tinha algo relacionado com isso? Todos de qualquer maneira souberam da morte dela. Eu estava lá assim que encontraram a cabeça.

Memórias monstruosas perturbavam a alma.

— Ao que tudo indica, talvez ela tivesse relação e você deve saber de algumas.

Percebeu esconder coisas.

— Vou lhe confessar que Ivone guardava muitos segredos. E sim, um deles eu presenciei. Até que a cabeça dela surgiu no escritório do administrador do clube de jazz — mastigava as bochechas.

— Acha que o administrador também tem associação com a morte?

— Aquele imbecil pode não ter matado porque é um inútil, mas permitiu que algo ocorresse. Há tempos que estranho a presença de membros da igreja na cidade. O primeiro foi na floricultura, o segundo quis me comprar com bebida e agora estou num ambiente que se eu contar o que eles falam, posso não aparecer viva.

A sentiu exalar pavor.

— Então estão por toda a parte. Mas não compreendo o motivo de estar na floricultura. Pode me descrever como era e onde se localizava?

— Investigador, eu não sou apenas uma cantora de um clube de jazz. Cresci ladeada por plantas porque minha família trabalha com isso. E de uma coisa possuo convicção, é que não se compra lírios-do-vale. Não entendo, posso perguntar às minhas mães e repassar a informação, mas tenho certeza que usar essa planta, não traz bons retornos.

— Tudo bem, tudo bem.

Se chateou.

— E em relação ao padre da floricultura, minha maior lembrança sobre ele é uma peruca malfeita e preta que carrega na cabeça. Talvez consiga achá-lo porque sabe, homens idosos não gostam de se assumirem carecas. É uma boa pista, não é? — o detetive consentiu. — A loja fica próxima da minha casa e consigo lhe levar até lá.

— Sobre a pista, nem tanto, mas pode me incentivar a identificá-lo com facilidade.

Recolheu as imagens de volta e parecia estar agoniado com a sensação de impunidade.

— Já reconheceu alguém da sociedade em público ou apenas no clube?

— Mencionou sobre sociedade e veio à mente uma pessoa que conversei acerca disso. Posso lhe repassar o contato.

— Ficarei agradecido — pausou a gravação — Buscarei algo para beber, você quer? — apontou com o indicador.

— Hum... ainda não confio em você.

O investigador desceu os degraus entre a multidão e sumiu no mar de pessoas que apreciavam a banda.

Logo que retornou com uma batida de morango e um copo de água com gás, a plateia vibrava com solos de guitarra do rock alternativo.

— Batida de morango para você...

— Aceito se beber um gole de cada bebida.

— Jura?

— Para preservar a testemunha. Se eu morrer, acho que não receberá sua quantia pelo trabalho. Aliás, se você falecer, há testemunhas, a começar pela bartender, as duas câmeras nas extremidades das pilastras e mais uma que não pode ver — referiu-se à Mãe Terra.

Dante compreendeu que o ambiente foi bem escolhido pela artista.

— Muito bem, agora beba a segunda — ela ordenou.

Ele ingeriu a batida de morango com cuidado.

— Veja só, não aconteceu nada, viu? Inclusive, se acontecesse algo comigo, não daria para você receber uma parte da porção que receberei e...

Principiou a tossir e a assustou, que de imediato sacou o canivete.

— Você... — tossiu mais — foi pega de surpresa. — sorriu maquiavélico. — Não tem veneno algum. Era brincadeira, Srta. Basil — brincou.

— Não tem graça fazer esses tipos de zombaria, ainda mais vinda de um profissional como você.

Guardou de volta a arma cortante.

— Me desculpe. Só queria animar a noite — entregou a bebida e tomou água gaseificada. — Como estou dirigindo, não posso tomar muito disso.

— Considero que, se iremos manter a comunicação, deveria se apresentar melhor.

— Se é dessa forma que preferir...

Bebeu um gole da água.

— Me chame de Dante Deangelo, como me identifiquei antes. Não entrego reais nomes para não comprometer meu trabalho — concedeu a mão e ela o cumprimentou.

— Um nome bonito.

— Sol Basil também é.

— Também não é meu nome. Se trata de um disfarce.

Deangelo se interessou mais sobre aquela testemunha cheia de segredos.

— Está tentando tirar informações de mim a partir da bebida, mas não sou fácil em ceder dessa maneira.

— Longe de mim, Srta. Basil. O que me deixa sem compreender é que seu sotaque não é londrino.

— Sou de Brighton.

— Não, você não é. Já conheci pessoas de Brighton e um sotaque mais interiorano, feito o seu, passa distante. Então, que tal brindarmos em prol da verdade? Começamos pelo seu nome.

Se Gaya quisesse se livrar de um problema maior, começaria sendo sincera com quem estaria disposto a ajudar.

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