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Capítulo 4: A Hora do Demônio

*ALERTA DE GATILHOS: ANSIEDADE E MANIFESTAÇÕES SOBRENATURAIS .

*RECOMENDAÇÃO DE MÚSICA DA TRILHA SONORA PARA O CAPÍTULO: My Cell - The Lumineers e Soda - The Cinematic Orchestra, London Metropolitan Orchestra

Despertar confusa ao sentir o outro lado da cama vazia e fria, não foi o esperado pela Demdike que bem abaixo do quarto, escutou atenta alguns cochichos estridentes. Alguém se mostrou irado através da conversa.

Os pés calçados na pantufa guiaram a moça vestida numa camisa branca grande e folgada que caía em seu corpo, a descer a escada sem ruídos com os passos macios. Pretendia compreender o diálogo que gradualmente se tornava audível.

— Sim, padre. Eu sei, eu sei... ontem nos perseguiram e provocaram nossa morte. Nada aconteceu. Estamos intactos... — de suas narinas quase saiu fumaça e fogo. — Mas ninguém se sensibilizará. Ela apenas tem a mim por aqui e eu também. Você sabe.

Desconexa, Gaya notou enfim a cabeça raspada do rapaz somente composto em uma calça jeans e as costas preenchidas por fios escuros aparados a pinicar sua pele. Mas sua ira o fazia esquecer tal incômodo.

Não estava careca, nem ausente totalmente de cabelo, porém, o corte era baixo, rente ao couro cabeludo. Havia tomado a mesma decisão acerca da aparência.

— Preciso desligar — ao contornar o corpo, percebeu a presença de Gaya escorada no portal da sala. — Em breve nos comunicaremos e lhe manterei informado sobre qualquer atualização. Espero o mesmo do senhor — se fez uma pausa para tomar as respostas de Kansas, levou a unha do polegar direito ao dente e pôs o olhar sombrio nela, que se incomodou e contorcer os lábios. — Não se esqueça de nós.

O telefone foi posto no suporte e cauteloso, se aproximou dela, descalço e de ombros tensos. Acariciou os da moça com as enormes mãos quentes e beijou sua testa. Pareceu se despedir, o que a assustou por instantes e a confundiu.

— Precisamos fugir — sua boca mexeu de encontro à testa da bruxa.

Foi direto e nem concedeu tempo para digerir.

— De toda maneira nos observam. Podem estar agora — completou ao mirar as janelas que a visão alcançava. — O que houve ontem, foi resultado do que estão fazendo. Comprarei uma adaga para você e uma nova para mim...

— Espere — se afastou e o repeliu com as mãos contra sua barriga. — Aonde iremos? — gesticulou apreensiva.

O Dawson se dirigiu até algumas caixas postas ao lado do sofá, que precisavam ser guardadas e principiou a vasculhar por algo após a recusa.

Romênia — agachou diante de um dos embrulhos e vasculhou por um papel que listava números telefônicos. — Podemos seguir de trem, chegar de avião..., mas acertaremos questões como dinheiro, mudança de identidade, rosto...

Disparou para perto dele, que se expôs ansioso, agoniado entre os espasmos. Os nervos do rapaz borbulhavam e precisava se manter calmo com o apoio da Demdike.

— Dane, me escute — agarrou os ombros do homem focado na caixa e a soltar parafusos. — E nossas famílias? Como ficarão?

Também se agachou no intuito de se igualar a ele.

— Explicaremos o motivo da nossa ausência. Não neste momento. Só necessitamos escapar desse ninho de cobras — se curvou, retraído, decepcionado consigo por agarrar o caso arquivado. — Concorda comigo?

Se não fosse por isso, viveria um pouco confortável.

— Não sei... — tornou-se pensativa até retomar atenção. — Acharão que igualmente correm perigo. E em breve minha família virá. Não tem como evitar, pois, finalmente me formarei na academia. Apesar de faltar muitas aulas, completei as mais importantes. E sem hesitações, minhas mães e avó virão.

O coração estourava a bater no peito por pura ansiedade pelo misto de acontecimentos.

— Não devemos reagir como se nada ocorresse. Para eles e quem conhecemos — o rapaz caiu em si numa expressão de espanto. — Calma aí. Sua família vem? — levantou-se com ela ao se apoiarem nos braços.

— Sim. Desculpe por não contar. Não tenho como recusar. Compram as passagens antecipadas de trem por conta própria. As três são teimosas. Não as conhece.

— Teve a quem puxar — irritada, revirou as escleras à medida que Dane brincou de modo a atenuar a sensação desesperadora. — E como faremos? Possui algum plano eficiente em mente? Para mantê-las distraídas enquanto resolvemos as situações?

— Bem... — prendeu os lábios e andou em círculos quando ele voltou a se acomodar no estofado. — Não acreditarão que és meu amigo, detetive, assassino... São bem espertas.

— Não é necessário me expor assim — se constrangeu. — E o plano é...?

Gaya mirou todos os detalhes da casa, desde as prateleiras até os degraus da escada. Se esforçou a pensar numa solução viável para a ocasião e qual desculpa entregaria às bruxas. E então, regressou o foco nele logo que uma ideia mais simples pousou na cabeça.

— A partir de hoje, para minha família, és "oficialmente" meu namorado — punhos cerrados na cintura tentaram impor depois de gesticular aspas com os dedos.

Não existia outra reação além de rir em descontrole. Soou feito uma gargalhada de negação diante da jovem que se evidenciou irada, comprometida em fazer funcionar.

— Qual a razão para isso? — ríspida, cortou o humor do rapaz.

— Está falando sério? Digo, com sua consciência tranquila e posta no merecido lugar? — coçou a nuca, desajeitado.

Exprimiu incertezas com o tal plano.

— Sei que é estranho, mas... — deu de ombros — é aceitável para elas que você seja isso, menos o que de fato é. Acredite, minhas mães e avó são analíticas. Visualizam até sua alma — por segundos, o sobressaltou.

Gaya caminhou na sala, se achegou na janela a fim de checar qualquer movimento lá fora, notou dois carros passarem rápido e seu corpo contra a luz se posicionou destinado a ele, estático do outro extremo. Sem tamanhas reações.

— Não envolve contrato ou algo relacionado, não é? — receios escaparam de sua voz. — Seria uma privação de nossa liberdade.

— De forma alguma. É só para passarmos despercebidos por elas devido à nossa atual realidade. Teremos que cumprir isso na frente da minha família e conhecidos — ergueu o dedo indicador ao alto. — E nenhuma menção à Sol Basil, por favor. Me trate apenas pelo meu real nome.

— Calado — gesticulou a selar os lábios com os dedos. — E combinado.

Na similar noite, um pouco tarde, à medida que tudo o que restou foi o silêncio e nem sequer grilos no jardim cantaram ou corujas nas casas vizinhas, ambos dormiram separados. Dane, no sofá, aspirou zelar por ela e a casa. Nenhum estranho cruzaria a porta vermelha.

Enquanto se mantinha claro, passaram todo o tempo do dia sem ao menos sair após o susto da noite anterior.

O estofado que seu corpo relaxado cabia, era confortável de se apanhar num repouso tranquilo. Também havia levado um cobertor na intenção de se esquentar e um dos travesseiros do quarto. Abaixo, como de costume, existia uma faca de cozinha posta na extremidade.

Se preparou para qualquer movimento suspeito na calada noturna. No entanto, raramente, era habitual que Dane pegasse num sono pesado.

— Não falei antes, creio ter esquecido — se escorou na entrada da sala ao passo que ele amaciava o travesseiro e se preparava para se cobrir. — Ficou bem de cabelo raspado — sorriu tímida.

— Sou bem influenciado — seu indicador a chamou para perto e o obedeceu ao sentar-se na beira do sofá. — Me perdoe pelo beijo de ontem — agarrou as mãos dela e acariciou.

— Gostei — deu de ombros, desajeitada. — Há tempos que não sentia um beijo — riu desconcertada quando a puxou no intuito deitar-se próximo do seu corpo e abraçou firme, de esmagar os ossos — Foi inusitado, mas aconteceu.

O bastardo se deparava quente embaixo das cobertas e seu cabelo raspado atraiu as mãos carinhosas de Gaya. Seu torso sem camisa aquecia e prendia no tempo. Não sabiam reagir tão próximos depois que a bruxa descobriu o que o Dawson significava.

— Não tem o que me pedir perdão — sorriu de encontro a ele e completou. — De fato, gostei. Beija bem — os dentes do rapaz cravaram os lábios.

As irises acinzentadas evidenciaram beleza e brilho mediante a iluminação de três velas grossas na mesa de centro que igualmente possuía uma jarra d'água e biscoitos de mel num pratinho.

Com o rapaz que ama, o que sentiu? — sussurrou fraco.

Assuntos delicados para Gaya a fizeram regressar a sentar. Se afastou dele a fim de recuperar memórias que martelavam sua cabeça desde sua partida de Rye. Parecia uma vida inteira distante de Franco. Desconhecia como o amaldiçoado se encontrava naquele instante, todavia, o futuro padre registrou cada átimo em sua consciência e o restante do corpo que perdurou a arder em saudades.

— Deseja mesmo saber? — apoiou os cotovelos no joelho ao vê-lo se ajeitar no estofado e evidenciar o peitoral.

— Sei que isso não importa tanto para mim, mas... — lançou os braços para trás da nuca. — Precisa expor o que pesa.

— Como posso dizer... — fez um bico e a visão se distanciou do Dawson. — Era um misto de paixão e amor. Algo muito resistente existia entre nós e queríamos no momento. Mas a seguir do beijo, nada ocorreu da forma que pensei. Tudo começou a desmoronar. Então, vim para Londres me apegar num sonho e esquecê-lo. Se ele implorasse por mim, de toda maneira eu viria para cá. Porém, Dane... — pesou a respiração ao esvaziar pulmões — ... eu o queria perto. Enxergá-lo todos os dias ao meu lado, viver tranquila com aquele homem complexo.

— Por que ele não está aqui por você?

As perguntas do corvo se carregavam por uma força que caía por cima das costas da Demdike. E embora fosse forte, sofria com a queda que as palavras detinham o domínio de impor.

— Sei o motivo com maestria. Contudo, no meu silêncio, ainda me cerco de questionamentos. Carregava o poder da escolha e achei justo não esperar. Mas também temi assustá-lo. Busquei escapar dos olhares dele em mim, da voz que instigava as piores decisões, do perfume de canela, da presença viciante. Nunca fui notada por ninguém. Olhe para mim, Dane. Sei que sou tudo, mas às vezes a realidade é árdua — apontou para si. — Pessoas feito eu, não são amadas com tanta facilidade. Não são defendidas com esforço como ele já me defendeu. E ele me amou, embora sequer dirigiu um "eu te amo".

Respeitou com primor a quietude da jovem.

— Jamais o idealizei que deixasse de ser um mero amigo, para alguém que me notava com olhares incomuns. Até que foi decidido acerca de não ficarmos juntos. Partiu dele e entendi. Apesar de persistir num martírio.

— Tolo — riu debochado. — Se eu te amasse romanticamente, abdicaria de tudo em prol do amor. Seria a pessoa mais realizada por te amar. Só que, até esse ponto, a enxergo e compreendo conforme minha melhor amiga — ela acatou com a cabeça. — Sobre seu "homem complexo", acho que a coragem se desenvolve com o tempo. Apenas resta descobrir se continuará a temer o sacrifício de lhe aceitar.

— Entretanto, ele destruiu tudo por promessas e me aliei nisso.

— E se o ver de novo? — os olhos cansados voltaram destinados ao corvo. — Crê que seria da exata maneira que antes?

Pensou bastante antes de emitir qualquer opinião.

— Espero jamais vê-lo — nas profundezas de seus desejos, o cobiçava. — Me estranharia. Não sou a mesma de outrora. Ele não sabe uma parcela do que acontece comigo, como estou e penso. E eu também o sentiria incomum. Resultaria num julgamento mútuo.

— E se me avistar contigo, acredita que haverá problemas? — inclinou-se de modo a se aproximar da jovem e tocou seus ombros para massagear. — Entende que não discuto com ciumentos.

— Por que se importaria se atualmente nem deve sentir nada por mim? — riu anasalado. — A caçar em minha memória, não me recordo dele consumir ciúmes. Sempre se comportou tal qual alguém desligado em meus interesses e escolhas.

— Não sei. Ambos eram jovens antes de você chegar aqui... as coisas mudam e os outros seguem as mudanças, Gaya. Suponho que ao te ver, da forma que se exibe hoje, uma atraente mulher, se permita negar que demais indivíduos lhe enxerguem da semelhante maneira. Por infelicidade, há pessoas que pensam desse jeito. E assim, me sentirei receoso dele atingir o ponto de entrar em desnecessários conflitos comigo por má interpretação. Afinal, somos amigos.

— Não entraria, confie em mim. Ele não ergueria a mão para uma mosca. Segundo minha experiência — os ombros tensionaram.

— Porém, se te amar como antes, não confiaria tanto nisso. Conheço algumas pessoas à distância. Acredite em mim. São indecisas que retornam a exigir o que nunca foi direito a ter.

Três horas em ponto da madrugada.

Dane fora tomado num sono denso, sem abismar ninguém, e Gaya adormecia no quarto, entre montanhas de travesseiros fofos e aquecidos. Nem precisou ligar o ventilador de teto ou algo que conservasse a atmosfera, pois tudo se evidenciou gélido.

Somente na residência da bruxa.

Em meio ao silêncio e aconchego da casa, o telefone tocou situado no andar inferior, a frequência ecoou e difundiu mediante as paredes e encaminhou a vibração até o aposento que Gaya se encontrava. Ao surpreender, por intermédio dos toques que acordaram qualquer pessoa próxima, o rapaz não acordava e isso causava estranheza.

Havia entrado num transe imersivo, hipnotizado nos sonhos ou pesadelos. Contudo, a audição da Demdike disparou em alerta através da escuridão do ambiente.

Seus céleres pés descalços a retiraram do conforto, desceram a escada com pressa, sem tropeçar dedos e encarou com assombro seu amigo se manter desacordado. Talvez algo tenha o prendido no corpo. Não existiria auxílio se alguma coisa ocorresse naquele instante com seu corvo inativo.

E então, optou por atender.

Temerosa da espinha à alma, a mão trêmula apanhou o aparelho gelado que atingiu o ouvido com rapidez. Sem espera. Precisava sanar a sensação de desespero. Gaya respirou tão fundo, que até a respiração se propagou pelas estruturas da habitação. Da madeira que estalava, as paredes quietas, a escada... Seu peito estufou pesado e regressava vazio. A palma da mão principiou a suar, esgotou-se as forças, as pupilas cresceram no escuro da casa, num hiato sem luz e assim decidiu emitir a voz.

Quem fala? — questionou baixo, tencionada a não acordar o rapaz na sala e nem causar pânico.

A chamada permaneceu silente por exatos cinco minutos e ela, em completa agonia, se aproximou para desligar. Concernia numa zombaria.

Olhe só, caso não se identifique, registrarei seu número para bloquear — se irritou entre os nervos que ardiam sua pele e sentidos.

Sem preparo, um respiro rouco, arfante e estridente feito um arroto, escapou do telefone. Todavia, constatou que, o ruído não saía do aparelho. O som perturbador, provinha de suas costas, bem atrás. O que a petrificou.

Estática e comedida, auxiliada pelas escleras em alarme e vasos sanguíneos evidentes, a jovem bruxa posicionou o telefone de volta ao lugar. E assim que se notou preparada a fim de encarar o que se mantinha por trás, Gaya virou-se com cautela alinhada a enxergar o tal ser a lhe perturbar.

No entanto, não existia nada além do escuro que tomava os cantos da casa.

A Demdike arfou aliviada ao sair do cômodo, pensou que se tratava de algo psicológico, à medida que caçava por cada espaço entre as paredes. E sem esperar ou digerir a situação, uma força apanhou suas pernas, disposta a rasgar a derme e a derrubou no chão de modo a imobilizar a vítima. No exato segundo o estrondo do corpo abatido despertou Dane que se levantou sem rumo do sofá e avistou atordoado, porém com nitidez, a bruxa gritando ao ser arrastada por alguma coisa que apenas enxergava sozinha.

As lágrimas desesperadas escorriam na bochecha da moça que clamava pelo rapaz que correu e deslizou no piso no intuito de alcançá-la. Se empenhava a acreditar no que ocorria.

Quase próximo de alcançar o porão sem porta, enquanto Gaya se esperneava insistente para se soltar ao ver com lucidez a figura demoníaca, o corvo enfim a recolheu antes que fosse arrebatada pelas escadas e se machucasse além do que já sofria.

Afobado, o Dawson a abraçou no chão logo que uma das vidraças no porão estourou e se fragmentou no piso, como se uma criatura fugira por lá e a sentiu tremer entre o rosto úmido pelo pavor.

— O que acabou de acontecer! — a jovem se esgoelava em choro, a soluçar cansada. — GAYA!

Traumatizada, se agarrou no pescoço do rapaz e testemunhou com evidência a perna puxada bastante dolorida, além das intensas dores musculares provocadas depois do impacto ao encontro do chão.

— O que era aquilo?! Me conte! Não consegui ver, mas você deve ter visto! Quem fez isso contigo?! Fale logo! — a angústia na voz do homem a arrancou da hipnose motivada por mais um trauma.

Ambos, em pleno descontrole, não sabiam se apoiar no instante após à perturbação sobrenatural. Não houve sequer um sinal de invasão pela porta, jardim... nada que erguesse suspeitas contra os perseguidores. De fato, o corvo passava a crer acerca da existência de um mundo invisível e que recolhia os bons e maus espíritos.

— Ela voltou, ela voltou... — repetia anestesiada. — Disse que me matará em qualquer momento, Dane. Moniese Gregori esteve aqui.

Sua face se encaixou no peitoral dele, entre a escuridão da casa. Ao ser acalentada, agora Gaya Demdike via mais razões na intenção de escaparem dali. Não suportaria passar pela mesma circunstância, contudo, questões sobre a persistência do espírito obsessor em matá-la, a afastava de um final feliz.

Os olhos de Dane focaram no porão ao passo que a ergueu nos braços e guiou ao quarto, onde faria companhia e se recusaria a deixá-la solitária.

— Sairemos daqui — respondeu ao trancar a porta do dormitório e recolhê-la na cama. — Logo que sua família retornar à Rye, viajaremos até a Romênia, Escócia, qualquer lugar. Prometo.

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