Capítulo 22
Os bebês no berçário
Após a morte de Haru, Jin teve sua vida totalmente virada de pernas para o ar. Precisava intercalar sua vida entre a empresa e o hospital. Jimin, seu assistente e tio das meninas, ficava comovido ao ver Jin dedicar-se tanto a elas.
Ele estava mais magro, mais abatido, precisava de um descanso descente e Jimin iria lhe propor que ele descansasse o resto da semana e voltasse ao ritmo mais revigorado na semana seguinte. Jimin sabia que daria conta do serviço dos dois e então Jin aceitou sua proposta. Não podia recusar, ele realmente precisava estar bem pelas suas filhas.
Enquanto isso no hospital, longe dos olhos de SeokJin, Tae e Hoseok mais uma vez iam visitar as bebês por alguns instantes através da grande janela de vidro do berçário. Ficavam felizes só de poder notarem que as pequenas, apesar de ainda estarem na incubadora, estavam ficando mais fortinhas a cada dia que se passava. Já fazia um mês que tinham nascido e elas estavam evoluindo sem maiores problemas.
As enfermeiras que cuidavam delas, sempre via os dois por ali e resolveu aproximar-se deles e obter alguma informação de quem eles seriam para poder contar ao pai das bebês.
- Oi, vieram visitar as gêmeas? Vocês são parentes? – Ela perguntou.
- Somos tios da Harumi e da Min-Ji.
- Vem, hoje as gêmeas podem ficar no colo estilo canguru. Querem pegar as meninas?
Tae e Hobi se entreolharam e com um sorriso cumplice eles disseram que sim e acompanharam a enfermeira que os levou prar trocarem de roupa e assim poder pegar as pequenas.
Depois de trocados ela explicou sobre o "método canguru" que foi criado na Colômbia e que consiste em deixar os bebês pele a pele com a mãe. Explicou que esse momento trás bastante benefícios para ambas as partes, mas a mãe delas morreu e o pai ainda não veio hoje. Então vocês tios, serão os primeiros a experimentar esse momento com elas.
- E o que são aqueles polvos na incubadora? – Tae curioso pergunta, pois há dias os via ali com as bebês.
- O amigurumi?
- É esse o nome que se dá para o polvo? Estranho. – Comentou ele.
- Polvinhos ajudam os bebês prematuros a melhorar os sistemas respiratórios e cardíaco. Eles fazem os bebês se sentirem mais seguros e confortáveis. – Ela explicava enquanto Hoseok já estava quase pronto com Harumi em seu tórax. Aquela imagem fez Tae calar-se o mais rápido para poder ter Min-Ji junto a si. Estava louco de vontade de pegar qualquer uma delas, ele amava as crianças.
Quando enfim ficaram a sós com as crianças, eles começaram a observa-las nos detalhes.
- Hobi, com quem Harumi se parece?
- Com ele. E Min-Ji?
- É a cara dele, até a boca é igual. – Tae respondia observando cada detalhe dela.
- Pelo menos são gêmeas idênticas e a cara do Jin. Elas não têm nada da víbora.
- Que Deus a tenha num lugar reservado. – Respondeu Tae.
Meia hora passou muito rápido e chegava o momento de se separar das pequenas. Os dois homens estavam emocionados, aquela tarde mexera com eles.
- Hobi...você acha que Jin aprendeu a lição?
- Você acha que está na hora de dar a segunda e última chance para ele? – Hobi pergunta esperando que Tae diga que sim, mas Tae sempre dizia para esperar mais um pouco.
- Vamos conversar em casa Hobi. – Foi a resposta de Tae que preferia estudar os prós e os contras de o aceitarem agora e se era realmente isso que queriam.
Algumas horas mais tarde, SeokJin chega para ver suas filhas como todos os dias ele fazia, mas dessa vez tinha algo diferente, a enfermeira o recebera com um largo sorriso no rosto.
- Senhor Kim, como vai? – o cumprimentou sorrindo. – Se o senhor tivesse chegado mais cedo encontraria com seus irmãos.
- Meus irmãos? – questiona curioso.
- Sim, o senhor Tae e o senhor Hoseok. Eles estiveram com elas hoje, até as pegaram no colo. – Completou.
- E já pode pegar as meninas? Eu quero pegá-las também.
- O senhor já conhece os procedimentos para entrar. Vá se vestir, mas não coloque a camisa, venha só com a parte do hospital. Tenho uma surpresa para o senhor.
Devidamente trocado ele foi até a enfermeira que mostrou onde ele deveria sentar-se o colocando da forma correta e então ela foi pegar Min-Ji e os olhos de Seok brilharam pela filha em seu peito apoiada que nem percebera a enfermeira trazendo Harumi também para arrumá-la em seu peito.
- As duas? – Perguntou preocupado. – Elas podem ficar assim comigo?
- Elas podem sim, e pela segunda vez ela explicou sobre o projeto canguru e seus benefícios para os bebês.
- Jin estava feliz por vê-las melhorarem dia após dia e com isso o risco de perde-las ia diminuindo.
Sentir o calor dos dois corpinhos contra o seu foi emocionante. Tocar nas bebês daquela forma só o fez acreditar que apesar de tudo o que aconteceu ele ainda tinha suas filhas e esperava que um dia tivesse Tae e Hoseok de volta. Mau sabia ele que esse dia pudesse estar tão próximo.
Naquela noite, quando já estava prestes a se deitar, Jin recebe uma mensagem no seu kakaotalk.
- Precisamos conversar, venha nos ver sábado.
Seu coração bateu acelerado, não acreditava no que estava lendo e então respondeu:
- Isso é sério? Vocês querem falar comigo?
- Apenas venha se ainda quiser resgatar nosso casamento.
- Eu irei. Vejo vocês no sábado à tarde, no final do dia.
- Combinado.
Um encontro, ele tinha seu primeiro encontro com Tae e Hoseok marcado para sábado à tarde. Sua esperança em ter uma nova chance com eles se renovou depois daquela breve conversa. Ele faria qualquer coisa para tê-los novamente em sua vida e com suas filhas.
Jin amava os maridos, mas só deu valor depois que os perdeu e sentiu todo o ciúme que o mundo pudera lhe jogar na cara quando os viu nu nos braços de outro homem que não ele.
Aquela noite, dormir ele não dormiu, apenas pensava em como seria seu encontro com eles.
***MOMENTOS COM A AUTORA***
Espero que com esse capítulo eu tenha trazido um pouco de amor e carinho para aquecer o coração nesse friozinho que está fazendo hoje. Resolvi falar só um pouquinho dos projetos para mostrar que existe humanização com os pequeninos que necessitam de mais cuidados. Espero que tenham tido uma boa leitura.
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