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7(Clary)

Jace me beijou afetuosamente, algo que prometera não fazer, até que fosse a minha vontade. E cumpriu essa promessa, quando seus lábios, nunca tocaram os meus, mas sim minha bochecha, que antes era acariciada por suas mãos.

Por um momento, diante sua ação de afeto, sem malícia, senti que poderia confiar nele. Mas ainda precisava decidir no meu coração, uma maneira de confiar por completo, sem que a hesitação resolvesse agir juntamente com a minha determinação.

- Boa noite, Clarissa. - ele desejou, o que me surpreendeu mais do que a certeza momentânea de poder confiar nele. Jace ainda poderia me surpreender mais? De quantas maneiras isso sempre seria possível?

Chocada com sua amenidade, me calei, até ouvir a porta se fechar, observando absorta enquanto Jace deixava meu quarto.

- Boa noite, Wayland. - desejei para o silêncio do momento, que na verdade, deveria ser o homem que me atraía a um nível que era quase culposo.

***

Pela manhã, enquanto tomava chá de hortelã feito por Aline, Alec surgiu, preocupado, com muitas perguntas a serem feitas.

- Bom dia. - ele desejou, mas não esperou que eu  respondesse. - Soube que Sebastian encostou em você. Que bateu. - sua voz era ríspida, pela primeira vez em semanas que o conhecia.

Suspirei, deixando a xícara com o gosto adoçante do chá, perto do chalé.

- Alec, está tudo bem, não se preocupe. - disse, levantando-me da cadeira na cozinha, onde, alegre, Aline me acompanhava no chá.

Alec protestou contra minhas palavras que deveriam tranquilizá-lo.

- Como não vou me preocupar? Jace permitiu-o fazer isso. - sua irritação era nítida, e me vi preocupada com o que isso poderia resultar. Com sua bravura, um medo de que explodisse com Jace, me apavorou.

- Não Alec, claro que não. - ressaltei, levando minhas mãos até seu rosto. - Jace não deixou isso acontecer, na verdade, se Sebastian aparecer por aqui meio desconfigurado, não se surpreenda. - tentei dar humor para aquela conversa. Alec então se acalmou, rindo de minhas palavras.

- Não está apenas protegendo o meu irmão, está? - perguntou.

- Deixa disso, Alec. - interferiu Aline. Olhando-a, vi como seus olhos se dirigiam amargos para mim e Alec. - Se continuar se preocupando tanto com Clarissa, vou pensar que gosta dela.

Alec e Aline se encararam por tempo demasiado, os olhares batalhavam em uma guerra que eu não estava a par. Era tão visível como eles se gostavam, bem, gostavam não. Aline tinha uma visível "quedinha" por Alec, mas o irmão de Jace parecia não corresponder aos sentimentos dela. Ou o fazia, de maneira muito reservada, pois em semanas aqui, não conseguia captar nenhum sinal.

- Não quis que parecesse isso, Aline. - Alec rapidamente deixou meu toque em sua bochecha, de lado, sentando-se desajeitado no banco que sobrara ao redor da mesa redonda. Aline não o olhava, seus lábios se curvaram em um bico carrancudo.  - Mas teria problema se estivesse? - questionou, irritado com a pose durona da asiática.

Escutei passes firmes, e logo, uma voz grossa.

- Se estivesse o quê? - na porta escancarada, estava Jace, vestindo de sua jaqueta de couro preta, e calças jeans da mesma cor. Parecia e era, um grande bad boy.

Não esperando que Alec tivesse brecha para responder, Aline se opôs.

- Apaixonado por Clarissa. - Clarissa. Aline que sempre se referira a mim como Clary, parecia irritada.

O possível bom humor de Jace, mudou para um mau humor, imediato. Havia captado um pequeno sorriso em seus lábios, direcionados para mim, mas quando Aline falou, as palavras da asiática, o fez assumir uma carranca no rosto. Quase podia jurar que olhara de uma maneira fatal para Alec. Uma maneira fatal a qual ontem a noite, nunca teria olhado para mim.

- Hum. - ele murmurou, fingindo que não se importava com o fato, mas seus olhos amargurados, olhando-me a alguns instantes atrás, me mostrou a verdade. A verdade que ele se importava sim. Entrou em pisadas fundas, na cozinha, indo em direção à geladeira. Reparei que suas mãos se fecharam em punhos, em punhos de sua raiva. Talvez decepção por mim. 

Observei-o enquanto suas mãos agarravam a porta da geladeira  e, impaciente, ele empurrou fortemente para fechá-la, resultando em uma barulheira agoniante de vidros se chocando. Com sua força brutal, sabia que estava enraivado, senti medo, mas esse medo estava apenas nos meus pensamentos, não no meu coração.

Quando Jace se virou, encarando a mesa, com uma carranca inexpressiva, descobri algo que estava carregando comigo sobre ele, que não havia notado antes. Não tinha medo do Wayland. Não mais. No minimo, nutria incerteza de seus próximos passes, quando estava fora de si, furioso. Mas suas palavras prometendo não me tocar mais, com a intenção cruel de me machucar, martelavam na minha cabeça, desde a noite anterior, quando ele deixara meu quarto. E pela primeira vez em semanas que convivia ali, algo vindo de Jace, parecia realmente ser singelo. Ser realmente verdadeiro. 

Meus sentimentos por ele, não era mais de ódio puro por tudo o que me - desgraçadamente - tirara. Mas, de alguma maneira que nunca poderia descrever, uma parte de mim, se comovia com tudo de diferente que escutei a respeito dele, que nem poderia imaginar.

Se perguntassem-me como descreveria Jace em uma só palavra, ainda seria de uma pessoa deplorável. Mas algo havia mudado. Ele não era uma pessoa deplorável, porque nasceu assim. Malditas pessoas infelizes, criaram uma parte deplorável sua. Pessoas invejosas, do ser o oposto que é hoje, cujo deveria ter sido no passado. 

Mas há um porém. Quando se há uma parte boa, nem mesmo seus monstros internos, podem o tirar de você. 

E Jace tinha essa parte, a parte humana que não despertava medo nas pessoas, apenas com um olhar mortal. Eu... Eu acredito, ou quero acreditar que ele tenha essa parte humana, escondida em algum lugar que possa ser desencarcerado.

Mas em outro lugar mais obscuro, o ódio por aquele homem ainda me inundava. E essa parte me fazia hesitar... hesitar se a atração por ele, o desejo... Era tanto a ponto de me querer fazer lutar por uma redenção sua. Precisava decidir, se o queria ou não na minha vida, daquela maneira.

Se Jonathan Christopher Wayland passaria do meu maldito sequestrador, para o cara que deveria ser o "convencional" aprovado pela minha mãe, quem decidiria era eu. E apenas eu. 

***

- Clarisse, ei. - Alec me chamava, pelo que parecia, a julgar pela impaciência em sua voz, a primeira de muitas vezes. Meus pensamentos, ainda me arrastando a um mundo cheio da confusão dos meus problemas, foi deixado de lado. Virei o rosto de canto, para encarar Alec, chamando por mim, em sussurros. - Você está bem? 

- Sim, estou. - lembrei que errara meu nome e, por pirraça, quis corrigi-lo. - Não preciso lembrar, não é mesmo? É Clarissa. Se não sabe dizer meu nome corretamente, me chame pelo apelido. 

Seu rosto se preencheu de entusiasmo, brincando comigo de volta, sob minha ordem para que se dirigisse a mim corretamente. Me preparei, olhando de soslaio para ver Jace fuzilando nossa interação, com o rosto rígido, insatisfeito.

- E qual seria o apelido da única ruivinha que deixo me chamar de Alec? 

- Não que eu conheça todos os seus conhecidos, mas tenho certeza que devo ser a única ruiva que conhece. - brinquei, dando tapas em seu braço, tentando ignorar o fato de que Jace nos encarava, bicudo. - Minha mãe me apelidou de Clary, apelido peculiar para Clarissa. - disse, enfatizando meu nome, pirraçando com ele. Novamente, olhando de soslaio, vi quando Jace começou a cortar uma manga com um dos canivetes que tinha guardado no bolso direito da jaqueta, de uma maneira lenta e fatal. A julgar pelo seu olhar, imaginava pensamentos mortais dele, dirigidos para o irmão. 

Quando percebeu que o encarava, Jace me lançou de um olhar frio, nada comparado ao olhar ameno e doce que herdava do irmão, mostrando-me pela primeira vez, ontem a noite. Senti um calafrio me percorrer e, mordendo minha língua, voltei-me para Alec, tentando me concentrar em sua face, e em nossa troca de conversas. Mas o pensamento de que Alec e eu juntos, irritava Jace, me fez pensar, mais do que deveria.

Ciúmes. Jace estava com ciúmes? Porque diabos tinha desse sentimento, uma vez que tudo entre nós - ele deixou claro na noite passada - , não passava de uma atração perigosa, de ambas as partes. Nada mais. 

Mais uma vez, a voz de Alec, despertou-me do meu transe.

- Tem certeza que não é cachinhos vermelhos? É um apelido legal, não concorda? - sua pergunta era muito incisiva, quase como se me culpasse por algo. 

- Alec. - chamei, em tom de repreensão. Alec ainda continha os olhos em mim, prestativo. - Tem algo que quer me dizer? - perguntei, prestando atenção nele, e em como seus olhos sobressaltaram com minha indagação. Rapidamente começou a negar, engasgando com o chá.

- Não, de maneira alguma. Se sim, já teria contado. - tentou se explicar, meu amigo de poucas semanas, mas seu nervosismo bastava para notar sua mentira embusteira. 

Por fim, os olhos de Alec, desviando-se dos meus, bastava para saber que não contaria nada sob pressão. Então, deixei de lado minha desconfiança, decidindo agora para que canto olhar, com o clima tenso que se fora feito no ar, tanto com Jace e Alec, quanto para mim, meu sequestrador e seu irmão. Tudo entre nós três estava tenso, e eu não era ousada como Isabelle para quebrar aquele clima nada desejoso. 

Decidi então, que Aline estava tão bonita que poderia me servir de paisagem para observar, enquanto terminava meu chá em meio a aquele clima tenso.

***

- Aline, o que foi aquele momento em que entrei na cozinha? - perguntou Isabelle, cutucando Aline no ombro, enquanto revistava das roupas mais antigas, para as mais novas, e na moda, segundo ela.

De tarde, quando Jace saiu junto de Alec para uma missão de última hora para combater hackers perigosos que estavam - segundo Jace - dando o que falar no convenio deles, Aline, que parecia ter adivinhado o quão entediada de estar sempre enfurnada naquele quarto, me convidou para uma "reunião urgente". Quando usou da palavra urgente, pensei que era realmente sério, e rapidamente me desesperei, aceitando o convite de primeira. Por conta da urgência em sua voz, não hesitei em entrar no quarto de Isabelle, sendo arrastada por Aline. 

Mas assim que me viu entrar em seu quarto, Isabelle fez uma enorme carranca, e não escondeu seu desânimo em me ver. E então, Aline explicou que a reunião super urgente era para escolher os trajes que optaríamos para a festa de aniversário da tia de Aline. Uma mulher super elegante, como titulou Alec, sobre a mãe, Maryse. Não quis compartilhar com eles, mas achei o nome um tanto quanto peculiar. 

E enquanto olhava para a enorme janela com uma paisagem extraordinária para casas em construção, lá estava Isabelle, ignorando minha presença, conversando com Aline. Era incrível como passara de um conforto em estar ali, para um pesadelo muito pior do que o irmão.

- Nada demais. - respondera Aline, depois de instantes. Olhei brevemente para as duas conversando e escolhendo roupas, e vi a tempo, Isabelle revirar os olhos para a visível falta de interesse em tratar do assunto, da prima, Aline. Olhando para ela, vi que Aline se convenceu a dizer, não querendo acabar com a tarde das garotas, que inventara. - Tá bem, vou dizer. É só o Alec, satisfeita!?

- O que tem o senhor certinho? - questionou Isabelle, debochando ao falar. Aline revirou os olhos, rindo junto da prima, em seguida. 

- É que... - ela pensou, antes de prosseguir. - É visível pra você? - sua pergunta, junto de Isabelle, também me deixara confusa. 

- O quê? 

Aline pareceu indecisa se o diria.

- Você sabe. Tanto você e Jace, na verdade. - ela olhou para um dos inúmeros vestidos que estava decidindo se usaria ou não. Notei como seus olhos evitavam o castanho nos olhos de Isabelle. - Sobre mim e Alec, quero dizer.

Isabelle pareceu captar do que Aline se referia.

- Que você gosta de Alec? - sua voz era mais uma certeza, do que uma pergunta a ser feita para Aline.

- Acha que ele sente o mesmo? Porque estou cansada de estar completamente louca por esse homem e nunca ter um sinal de que sou correspondida ou não. Preciso de algo, Izzy. - sua voz vacilou no último segundo, e senti vontade de abraçá-la.

- Eu não posso dizer que sei, Ali. Estaria mentindo. Mas pergunte a ele, se o ama, se declare. - Isabelle aconselhou a prima. Uma dúvida me surgiu. Se Aline é prima de Jace, Alec  e Isabelle, uma relação amorosa com Alec, não seria incestuosa? 

Meu olhar questionador, encarando as duas, fora notado por Isabelle.

- O que está olhando, Clarissa? - perguntou, encarando-me com audácia.

Tentei disfarçar que prestava atenção na conversa das duas, mas Aline também passou a me fitar, com uma indagação estampada na face.

- Nada, só que... - pensei algumas vezes, antes de prosseguir. - Desculpe me intrometer, mas...

- Já se intrometendo. - disse Isabelle, revirando os olhos. 

Igonorando-a. prossegui.

- Você não é prima dos Wayland? O que meio que a faz prima do Alec. Não seria incesto uma relação amorosa com ele?

Aline e Isabelle se olharam de soslaio, decidindo dentre tais troca de olhares, se diziam ou não o que eu não sabia. 

- É que... Eu sou adotada. - me contou Aline. 

- Adotada? - indaguei, surpresa. - Então não é filha da irmã da mãe deles? Ou realmente prima!? - estava realmente surpresa com a descoberta.

- Exatamente! Não seria nada incestuoso uma relação com Alec. - disse Isabelle, detestando que tivesse feito tal pergunta que me deixava confusa. Tentei me concentrar em Aline, que não parecia se importar em me responder. - Sua imprudência me surpreende.

- Escuta só, porque você não fica quieta? - finalmente dissera, revoltada com sua infantilidade em me infernizar. Me afastei da janela, olhando para a irmã de Jace, furiosa. Ela compartilhava desse olhar comigo, também com raiva.

- Estou no meu quarto, você quem tem de ficar pianinha se quiser continuar aqui. - mas essa era a questão. Não queria ficar ali, sujeita à suas ofensas e indiretas. Não queria ter de ficar no mesmo lugar com alguém que me humilhara. 

- Não quero ficar, isso pouco me importa. - disse enquanto a encarava, sem vacilar a raiva em meu olhar. Isabelle largou o vestido brilhoso de seda preta que revistava, para se aproximar mais de mim, ficando com o rosto próximo ao meu. Tentava me intimidar, mas não conseguiria. Se nem Jonathan me dava mais tanto medo como nas semanas passadas, não seria uma mulher quase do meu tamanho, que agia como uma adolescente, a me fazer temer algo. - Por céus, pare de agir como uma adolescente.

- Você quem age assim, não eu. - ela rosnou no meu rosto, seus lábio se curvando, bicudos, e seus olhos, fervendo por raiva de mim.

- Porque você está assim comigo? Me trata como se odiasse. - gritei, furiosa com a irmã dos Wayland.

- E eu odeio. - ela alterou a voz, esticando a mão para apontar-me um dedo. - Sei muito bem qual é o seu joguinho com meu irmão. Sei muito bem com que tipo de víbora estou a lidar.

- Não estou jogando joguinho nenhum com Alec. - gritei. Isabelle se aproximou mais e com isso, vacilei, dando passes para longe dela. A esse ponto, Aline já estava em alerta, logo atrás de Isabelle, pronta para impedir qualquer passe agressivo da prima.

- Não estou falando dele, e você sabe muito bem. - sussurrou, em rosnado, perto intimamente do meu rosto.

- Também não estou fazendo joguinho algum com Jace. 

- É claro que está. Age como se não tivesse, mas no fim você é como a vadia de Ana Clara. Uma destruidora de corações. - Isabelle gritava, seus olhos lacrimejando de fúria.

Então, me calei. Me calei furiosa demais para falar algo que não fosse o quanto detestava-a e me arrependo intensamente de lhe ter considerado tanto como amiga. Afinal, mamãe me dissera uma vez; nem todo mundo que te elogiar e estiver em alguns momentos com você, é de fato seu amigo. Isabelle com certeza, não era de fato minha amiga, eu quem fora burra para pensar que era.

- Sabe de uma coisa, Isabelle. - me aproximei mais, tocando seu queixo, não permitindo que nossos olhares se desencontrassem, em instante algum. - Você não pode impedir o inevitável. Jace e eu... - parei de falar por um instante, mas o olhar desafiando-me dela, me encorajou. - Jace e eu estamos juntos. Ele quer manter em sigilo, mas eu não. Ao menos não para conhecidos. E eu estou conseguindo tê-lo só para mim. Tudo o que peço ele faz. E sabe o porquê? 

As próximas palavras deixara ela chocada, e com toda a audácia que usei, até eu mesma, me surpreendera.

- Porque ele está cegamente louco por mim. Apaixonado. 

Por fim, conseguindo enfrentá-la do modo que queria, a soltei, dando do melhor sorriso ambicioso que poderia. E sai, observando como até mesmo Aline, se chocara com as minhas palavras. Mas não desmenti nada. Apenas continuei sorrindo, passando por ela, de cabeça erguida. Antes de sair, me virei para encarar a irmã dos Wayland, novamente.

- Talvez eu o poupe de uma desilusão amorosa, fatal. Ou talvez não.

***

De noite, depois de todo o caos no quarto de Isabelle, Jace bateu a porta de meu quarto, e sob a luz da noite que irradiava da janela, pude ver seus olhos. Como brilhava de raiva. Me apavorei, lembrando de minhas palavras para sua irmã. E se já estivesse sabendo? 

- O que faz aqui? - perguntei, tremendo dos pés a cabeça.

Jace não respondeu, apenas se aproximou, perigosamente perto. Sem que permitisse, suas mãos agarraram as minhas.

- Você tem algo com Alexander? - rosnou, perto de meu rosto. Não ter medo dele, não tanto medo, não queria dizer que meu coração pudesse estar pacífico diante sua fúria, inexplicável.

- O quê!? - absorta, senti minha voz não me pertencer mais, tentando me afastar de seu toque.

Jace estava carrancudo, mas suas mão tremiam. Percebi que usava sua jaqueta de couro, como de costume, então a tremedeira não era de frio. 

- Porque você está tremendo? - perguntei, assustada.

Ele rosnou para mim.

- Porque preciso... Estou lutando bravamente comigo mesmo para não machucar você, Clarissa. Mas preciso que seja sincera comigo. Muito sincera. Você e Alexander...

Não deixei que terminasse, o abraçando fortemente, tentando amenizar sua raiva. A surpresa em abraçá-lo, era quase o máximo de mim. Jace nunca deve ter recebido qualquer tipo de afeto que não fosse dos irmãos e Aline. Talvez também recebesse de afeto de outras mulheres que o queriam obscena e romanticamente. Mas nunca de alguém como eu. Que não o queria de nenhuma maneira que não fosse como amigo, e talvez, no futuro, algo mais, se fosse para acontecer. Seu corpo reagira ereto, perante meu afeto, e só por aquilo, sabia que nunca tivera qualquer demonstração de tal. Naquele momento, sem conhecer, odiei sua mãe e seu pai por isso. Os odiei por nunca terem dado de carinho e conforto para o próprio filho. Odiei-os por dar as costas para Jace, quando mais precisou, os odiei por tudo o que dizia respeito, Jace. 

- Não tenho nada com ele, não pense que tenho. - disse, sem deixar de abraçá-lo, pondo minhas mãos em sua nuca. 

Jace não discutiu e senti seu queixo apoiar no topo da minha cabeça. Suas mãos, que antes ficaram eretas, sem ele saber o que fazer, agora acariciavam meu cabelo, e eu delirei com o toque. Sua maneira de demonstrar carinho, ao passe que era peculiar, também era reconfortante.

Estar com Jace, por mais perigoso que fosse, era reconfortante.

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