Que o buquê me dê sorte
“Bom dia, meu amor!” Disse empolgado, enquanto a enchia de beijos. Mas ela se remexia e nada. A chupei, fazendo com que ela gemesse enlouquecidamente.
“Ok. Você conseguiu me acordar. Estou com sono. Que horas são? Vai dormir!” Ela não suporta acordar cedo.
“São 7h e tem um lugar que eu quero te levar. Dorme depois porque o que eu quero fazer com você tem que ser cedo.”
“Ok, Christian. Você venceu!” Ela bufou e saiu da cama.
“Coloca um biquíni.” Pedi.
Saímos do hotel, comprei uma garrafa de Chandon e a levei para dar uma volta num iate. Mergulhamos também, vimos os peixes é incrível a sensação quando se está em contato com a natureza.
Amo quando o cabelo dela voa, quando vejo o sorriso no rosto dela e percebo que foi eu que causei tudo isso, amo estar com ela, ela me faz me sentir em paz, completo e muito feliz.
Voltamos para o hotel. Tomamos um banho juntos e a Dayane escolheu uma camisa minha para colocar. Eu acho que ela fica sexy para caralho dentro de uma camisa minha.
Fomos assistir um filme de comédia. Amo ouvir o riso dela, não há som mais gostoso do que esse.
“Amor... antes de eu entrar na igreja a minha mãe resolveu conversar comigo.” Dayane olhou para baixo. Ela sabe que este assunto não me agrada muito, mas eu faço um esforço sobre-humano por ela. Pelo menos o assunto é a mãe, imagina se fosse o pai?
“Ela queria te fazer desistir de casar comigo?” Perguntei revirando os olhos.
“Não. Ela me disse que não queria que eu casasse com um ban... com você. Mas disse que sabia que eu era cabeça dura e que jamais mudaria de ideia. Ela resolveu me contar sobre os símbolos do casamento. Ela me disse que o buquê significa vida, no sentido de fertilidade, já que as flores são reprodutoras da planta e que a aliança é um círculo por conta do símbolo do infinito. A aliança significa eternidade. A escolha da mão esquerda e do dedo anelar também não é à toa: ele tem uma veia que leva direto ao coração. O meu coração é seu, quero passar a eternidade ao seu lado.” Sorri e a beijei.
Sem querer a Dayane iria usar o termo que a Alline sempre usa ao se referir a mim: “bandidinho de quinta”. Se ela não fosse a mãe da Dayane já teria sido fuzilada há muito tempo, mas me alegrei em saber que ela não está do lado do Ângelo. Vou tentar suportar ela, como a Dayane suporta a minha mãe.
“E quanto ao buquê, ou seja, a vida... nós nunca conversamos sobre isso, mas agora que casamos eu preciso saber: você quer ter um filho comigo futuramente?” Perguntei cheio de expectativas. Sou louco para ser pai, quero dar todo o amor que eu nunca recebi.
“Christian, tenho medo. Você é um mafioso, nosso filho sempre correrá perigo, mesmo que ele não escolha o caminho que você seguiu. Eu não quero que o meu filho morra antes de mim, eu não quero ter que enterrar o meu filho com um bala na cabeça ou no coração. Eu não quero ganhar para depois perder.” Ela começou a chorar. Eu não tinha visto por este ângulo.
“Eu o protegerei, darei a minha vida pela dele, se necessário for. Ninguém nunca vai te machucar, ninguém nunca vai machucar o nosso filho. Confia em mim.” Respondi, secando as lágrimas dela.
“Mas e se você tiver longe ou se não der tempo de você proteger? Você não pode me prometer nada... eu tenho medo, muito medo. Você parece que tem um imã para confusão! E se o nosso filho tiver o mesmo problema? E se no dia do batismo dele os ET's queiram abduzir o nosso filho? E se no dia do aniversário dele alguém o dê uma bomba de presente?” A abracei.
Fiquei com um pouco de vontade de rir, devido aos últimos questionamentos dela. Se ele for como eu sou, teremos que contratar seguranças para ele e torcer para que seja suficiente.
Sei que ela tem razão em pensar dessa forma. Muitas vezes o inimigo usa a fraqueza do adversário para atacá-lo, por isso eu fui criado sem amor. Sem amor eu não poderia amar e não seria fraco porque o amor é a maior fraqueza do ser humano, mas agora eu aprendi que o amor também pode ser a maior força que se possa ter no mundo.
Eu não sou nada sem a Dayane. Morro e mato por ela, ela é a razão de eu querer viver e lutar pela minha vida diariamente.
“Vou ligar para a Sarah.” Disse quando percebi que a Dayane já estava mais calma.
Para entregar o convite do meu casamento para a Sarah, tive que ficar a esperando sair da delegacia, já que eu não sei onde ela mora. Foi nesse dia que trocamos telefone.
Resolvi usar a Sarah como instrumento para sair daquela conversa, não queria que a Dayane ficasse triste. Quero dar 30 dias felizes à ela. Futuramente, eu torno a falar sobre isso.
“Por que?” Dayane perguntou.
“Quero saber notícias do seu pai.” Disse.
“Eu fiquei pensando no que o meu pai falou no dia do nosso casamento. Eu sei que você não me traiu, confio em você. Mas você não acha estranho ela te ajudar feito um anjo da guarda só porque você matou o Pietro?” Dayane perguntou.
“Acho, mas desde que ela esteja me ajudando, está tudo bem. Não me importo com os motivos que a tenha levado a fazer isso.” Respondi com sinceridade.
“Não tenho um bom pressentimento com relação a isso. Ela é estranha.” Dayane disse.
“Nada vai acontecer comigo, meu amor.” A dei um selo.
Liguei para a Sarah pelo Whatsapp. Dayane arrancou o celular da minha mão e colocou no viva voz. Como ela é ciumenta!
“Oi, Alejandro. Estou trabalhando.” Sarah atendeu. Certamente tem alguém por perto.
“Tem como me falar sobre o caso do Ângelo?” Perguntei.
“Foi julgado hoje de manhã. Vai pegar cinco anos de prisão. Você sabe que isso pode ser diminuído, né? Mas o importante é que ele está preso.”
“Fico feliz em saber. E o Onur?” Dayane levantou da cama, puta da vida pela minha pergunta.
“Pegou 10 anos de prisão, já cumpriu um. Não está solteiro não! Também lindo daquele jeito, não poderia ficar mesmo. Ele está com a atriz Tayná Luz, sabe quem é? Ela aproveita como nunca as visitas íntimas com ele. Tenho que desligar, estou dirigindo. Uma perseguição policial, mas coisa boba.”
“Eu sei sim. Obrigado pelas informações. Tchau.” Tayná era uma das atrizes mais bonitas, na minha opinião.
Sorri ao lembrar que a Dayane se referiu a ela como sendo "Sem sal" no dia em que nos conhecemos. Ah, como o tempo passa rápido... Se alguém me contasse naquela época que eu iria me apaixonar e, pior, me casar eu certamente fuzilaria a pessoa.
“Sempre te ajudarei, em qualquer situação. Sempre.” Ela disse e desligou o celular.
“Acho que ela está apaixonada.” Dayane disse revirando os olhos.
“E se for? Jamais ficarei com ela e continuarei usando ela da maneira que eu quiser.” Dei de ombros.
“Meu pai pegou cinco anos! Cinco anos! A minha mãe deve estar desolada, meu Deus! E por que você perguntou sobre o Onur?”
“Deve sim. Por que não liga para ela? Não sei, foi só por curiosidade mesmo.”
Dayane arqueou a sobrancelha como se não estivesse acreditado que a minha pergunta sobre o ex dela tenha sido mera coincidência. Resolvi ignorar a reação dela.
Não sou páreo para ele, sei que ele não me representa perigo, mas saber que ele tem mais 9 anos para cumprimir me deixou aliviado.
Dayane ligou para a mãe pelo Whatsapp e passou umas duas horas no celular conversando com ela.
Aproveitei para ligar para o Salvatore para saber se estava tudo bem com eles e também para perguntar se alguém sofreu alguma perseguição policial, mas de fato quem ela estava perseguindo não era do meu bando. Até porque também se fosse do meu bando, não seria nada bobo.
Dayane ligou para a Duda. A Vânia disse que está em choque por eu ser o que sou, mas que quer que eu continuei trabalhando na agência porque eu sou muito bom e fui uma ótima aquisição para ela.
Saímos, fizemos amor e dormimos para aproveitar mais um dia desse mês maravilhoso que teremos de lua de mel.
Espero que nada estrague esse mês, espero que eu não precise ter que encerrar a minha lua de mel para tratar sobre assuntos da máfia.
Quero curtir ao máximo com ela nesse paraíso chamado Fernando de Noronha.
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Boa noite, meus amores!
Vocês acham a Sarah estranha ou é implicância da Dayane?
Dedicado à:
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