O resgate
“Salvatore, se você não tiver um bom motivo para entrar no meu quarto de madrugada, sem ser anunciado, eu juro que eu te dou um tiro.” Disse puto da vida.
“Christian, o Fabrício está torturando os meninos. O Paolo conseguiu fazer uma ligação para mim sem que o Fabrício percebesse. Temos que ajudá-los antes que eles morram.”
“Como que vamos tirar eles de lá? Só nós dois?” Perguntei, sentindo o nervosismo tornar conta do meu corpo.
“Pensei que você pudesse ter uma ideia!”
“Vou chamar a minha mãe!” Disse.
“Christian, é sério!” Salvatore me repreendeu.
“Acha que eu estou brincando? Como vamos resgatar eles sozinhos?” Estava apavorado.
Coloquei uma samba canção e disse para a Dayane: “Desculpa por hoje, prometo que compensarei mais tarde.” Dei um selinho nela e depois uma piscadinha sexy que a fez sorrir momentaneamente.
“Volta para mim, meu amor!” Ela disse chorando e eu sequei as lágrimas dela.
“Jamais te deixaria sozinha.” A abracei e sai do quarto.
Fui no quarto da Meirieli. Ela estava dormindo nua com o meu pai. Eles ainda transam?
Fiz carinho no rosto da minha mãe e ela disse ainda de olhos fechados: “Giuseppe, estou cansada. Mais tarde a gente transa mais, me deixa dormir.”
Aquilo me impactou de uma certa maneira. Eu fiquei um tempo tentando absorver aquilo tudo. Os meus pais fazem sexo, meu Deus!
“Mãe, sou eu...” Disse.
“Christian, a última vez que você me acordou de madrugada você era um bebê! O que houve? Está passando mal?” Ela sentou e corou ao se dar conta que estava com os peitos expostos e se cobriu com o lençol.
“Mãe, o Fabrício pegou eles. Eu não sei o que fazer, se eu não agir rápido eles vão morrer, mas aqui só tem bandido pé de chinelo, ninguém pálio para o Fabrício e o bando deles.” Estava desesperado.
“Sabia que essa puta ia nos dar trabalho!” Meirieli disse e eu revirei os olhos em protesto.
“Christian, meu filho... o que você está fazendo aqui?” Giuseppe perguntou.
“Espero que eles não saibam desarmar uma bomba.” Meirieli disse.
“Meu amor, pega aquela bomba que a gente guarda para ocasiões especiais?” Meirieli pediu para o Giuseppe pegar.
“Vocês guardam uma bomba aqui?” Perguntei assustado.
“Só falta você programar para ela explodir, é claro.” Meirieli disse.
“Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?” Giuseppe perguntou alarmado.
“O Fabrício está torturando o nosso bando.” Disse
.
“Meu filho, abre o armário. Tem uma mala preta, a bomba se encontra lá dentro. Eu não acho as minhas roupas.” Ele disse sem graça.
“Obrigada, meus pais!” Saí o mais rápido possível de lá.
“Christian, o que você vai fazer?” Salvatore perguntou.
“Eles me deram uma bomba. Vamos ameaçar explodir o cabaré, caso o Bonini não devolva a nossa família para a gente.”
“Já tem um plano?” Salvatore perguntou.
“Tenho.” Disse.
Fui para a sala e liguei várias vezes para o Rafaello até que ele atendeu:
“Rei, Eu estou fodendo. Liga mais tarde.” Rafaello disse e eu pude ouvir a Kathy gemendo no fundo.
“Rafaello, eu sei que são 3h, mas eu preciso de você e da Kathy. Manda ela colocar a roupa mais provocante que ela tenha. Uma roupa com um super decote e que evidencie ao máximo a bunda que ela tem. Preciso que ela me ajude a salvar o meu bando. Eles estão sendo torturados pelo Fabrício Bonini.”
“Fabrício? Eu amo a minha vida, não quero morrer.” Rafaello protestou.
“Rafaello é uma ordem!” Gritei. A minha paciência já se foi.
“Te encontro lá.” Ele disse contrariado.
“Ótimo.” Desliguei o celular.
Fomos para lá. Programei a bomba e a coloquei numa caixinha de presente.
Contei o plano para a Kathy. Rafaello quis me matar por julgar tudo muito perigoso, mas ele trabalha para mim e faz o que eu mandar.
“Kathy, está na hora. Eu sei que você consegue!” Disse.
“Christian, me ajuda caso algo de errado. Por favor, estou com medo.” Kathy disse quase chorando.
“Você está com uma faca, está usando escuta e eu atiro muito bem. Nada vai acontecer com você.” Liguei a minha escuta e a dela.
“Você está me escutando, Kathy?” Perguntei.
“Estou.” Ela disse.
“Eu também. Vamos ao trabalho, Kathy. Tudo vai dar certo!”
Eu podia ouvir e falar com ela. Ela se aproximou do segurança: “Oi, o Fabrício está?” Ela perguntou.
“Ele está numa reunião importante, mas eu não estou muito ocupado agora... se você quiser, posso te levar para conhecer um dos quartos.”
Tive que segurar o Rafaello nessa hora. Ele queria matar o segurança, mas se ele fizesse isso ia estragar o meu plano e isso eu não poderia deixar de modo algum.
“Fabrício te mataria se soubesse o que acabou de me propor.”
“ Você é a Aline Gabrielle, a irmã dele?” Ele perguntou assustado.
“Sim, mas eu não quero interromper a reunião do meu irmão. Só diz que a Adrielly Fernanda mandou que eu o entregasse um presentinho especial.”
“A mulher do chefe não está viajando?” Ele perguntou confuso.
“Estava. Voltou hoje e parece que a manhã do meu irmão vai ser animada.”
Ela entregou a caixa e ele pegou. Foi fácil de enganar porque ele foi recém contratado para ficar no lugar do outro segurança que foi morto por mim.
Não demorou muito para que o Bonini saísse da tal “reunião”. Ele matou o segurança dele, o chamando de incompetente. Sorri satisfeito por ter conseguido chamar a atenção dele e o Rafaello ficou feliz pelo babaca que deu em cima da mulher dele ter sido morto.
Quando ele chegou mais perto, estávamos cercado de seguranças e alguns do bando dele com metralhadora na mão. Somos minoria, seria impossível matar todos eles.
“Christian Ferrandini! Você no meu humilde cabaré, quanta honra! Pensei que não pudesse sair de casa devido aos policiais. Me diz, o que te fez mudar de ideia?” Ele sorriu com cinismo, se aproximou de mim e colocou a arma na minha testa.
“Você não me deu escolha!” Apontei a minha arma no coração dele.
“Mas o que é isso? Quer brincar de quem atira mais rápido? Mesmo que eu perca, você morre!” Ele olhou para ao redor dele, mostrando o grande número de seguranças e bandidos com armas apontadas na direção do meu pequeno grupo.
“Desarma a bomba, Christian.” Ele ordenou.
“Não.” Respondi friamente.
“Ok. Pelo menos abaixa as armas para que possamos conversar como homens civilizados.” Fabrício disse.
“Manda eles saírem daqui e abaixa a sua arma.” Mandei.
Ele fez um gesto e todos saíram. Ele abaixou a arma. Para ele, perder o cabaré era perder a vida. Aquela bomba é o meu exército.
“Christian, apesar de toda a orgia do meu cabaré, temos um controle de quem entra no cabaré, qual a puta que cada homem prefere, entre outras coisas. O que eu quero dizer é que você frequenta o meu cabaré desde que completou a maior idade e 85% das vezes que você entrou aqui você esteve com a Leila. O que me faz concluir o óbvio: que de todas as putas aqui, ela é a sua preferida. Quem mais teria a ousadia de tirar a Leila, a melhor puta da casa, do meu cabaré? Melhor, quem mais teria a ousadia de tirar uma puta sequer do meu cabaré? Eu só consegui pensar em você, mas não foi você.”
“É claro que não foi ele. Ele não pode sair de casa, os policiais estão na cola dele, ele não seria louco de arrumar problema justamente com você, Fabrício.” Salvatore resolveu falar algo para me ajudar.
“Eu torturei por horas os seus amigos. Em separado e em grupo. Todos eles falaram que você está com aquela modelo gostosa, a sobrinha do presidente. Nenhum psicólogo seria tão bom a ponto de fazer com que eles resistissem as torturas que eu apliquei. Acho que você está falando a verdade.” Ele disse e eu soltei todo o ar que eu não sabia que havia prendido.
“Eu jamais faria isso com você. Agora solta eles para eu desarmar a bomba antes que ela exploda.” Voltei a ficar preocupado porque o nosso tempo estava acabando e eu não queria morrer.
“Ainda temos cinco minutos. Você conhece uma tal de Rosimeyri?”
“Não. Nunca ouvi falar.” Respondi tentando ser o mais convicto possível.
“Ela fugiu junto.” Ele disse.
“Já parou para pensar que ela poderia conhecer alguém barra pesada que resolveu tirar ela da vida e pegou a Leila junto só para que você não perceba quem foi que a tirou de lá?" O questionei, queria me eximir de toda a culpa, mesmo que ele tenha que pensar que a Docinho poderia ser a culpada. Tudo que eu menos quero é ele como inimigo.
Fabrício ficou pensativo com que eu disse e falou: “ Ela começou a trabalhar aqui há muito pouco tempo, mas acho que era casada ou noiva, vou investigar a vida dessa vadia.” Espero que nada de mal aconteça com ela, mas o grupo está sempre em primeiro lugar.
“Jamie Grey, você conhece?” Ele perguntou.
“Não.” Respondi.
“Foi o último que transou com a Leila. Pagou até as 6h, mas fugiu com ela antes. Me mostra a sua identidade falsa.”
Mostrei. Ele viu e disse: “Marco Dornan... ok.”
Ele fez contato com uns seguranças, através de um aparelho que estava preso na cintura dele, para soltarem os meninos.
“É uma pena que amanhã eles não poderão lutar a sua luta, principalmente o Lorenzo. Eu não sei se ele ainda está entre nós...”
Puxei o colarinho da camisa dele, com um estalar de dedos dele, todos os seguranças estavam novamente a postos e todas as armas ficaram de novo na minha direção e na do meu pequeno grupo. Eu disse com sangue nos olhos: “Você matou o Lorenzo? Eu vou te matar, seu filho da puta!” Cuspi nele e saquei a arma.
“Christian, não! Não vale a pena. Se você matar ele, você morre!” Salvatore gritou.
“A gente morre!” Kathy disse chorando.
“Que bom que você tem amigos inteligentes, Christian. Se você estivesse sozinho aqui já estaria morto a essa hora. Bem, eu não disse que ele estava morto, mas pode estar agora... a verdade é que eu me irritei com as respostas mal criadas dele, o jeito dele debochado de ser, aquele sorrisinho dele irônico. Acho até que ele perdeu alguns dentes. Os outros não estão bem, mas estão melhores do que ele.”
Eles apareceram e estavam muito ruins, tudo por minha causa. Os seguranças empurraram eles que caíram no chão.
“Paolo, Como você está?” Disse baixinho
“Já estive melhor!” Ele riu e sentiu dor na costela, fazendo uma careta. Acho que ele deve ter quebrado.
“Riccardo, você está bem?”
“Mais ou menos, fui o que menos apanhou.” Ele respondeu, fingindo tranquilidade.
“Lorenzo... O que fizeram com você, cara?”
“Me queimaram, igual ao meu pai, me espancaram, tentaram me afogar, me deram choque, perdi dois dedos do pé, atiraram no meu ombro, bateram tanto na minha boca que eu quase perdi os dentes e acho que quebrei a costela. Mas estou vivo.” Ele respondeu com muita dificuldade.
Eu ia abraçá-lo, mas fiquei com medo dele ficar pior do que já está. Resolvi apenas sorrir. Era a minha forma de agradecê-lo, eu pensava que ele seria o primeiro a abrir o bico, mas ele não falou nada. Ele foi fiel a mim, mesmo com toda a tortura em que ele foi exposto.
“Sabia que você vinha.” Ele disse, sorriu em seguida e eu sorri de volta.
O que eu consegui perceber naquela noite, é que só eu posso ter vontade de matá-los, os outros não tem esse direito.
“Christian, falta dois minutos. Se você não desarmar essa bomba a gente morre.” Salvatore avisou desesperado.
“Bomba?” Lorenzo perguntou com um sorriso ensanguentado.
“Sou muito persuasivo quando eu quero.” Pisquei para ele.
“Rafaello, o que você acha dela trabalhar aqui?” Fabrício perguntou o provocando.
“Se você fizer qualquer mal contra ela, você morre.” Ele respondeu, se pondo na frente dela.
“É uma piada muito sem graça, sabia? Estou indo. Espero que essa bomba não estoure na sua cara, Christian. Me perdoe se eu não aparecer amanhã na guerra porque não estou com muito clima para isso.” Ele entrou no cabaré.
Estava soando, o medo de não conseguir desarmar a bomba tinha tomado conta de mim. Normalmente eu explodo bombas, mas ainda bem que o meu pai me ensinou a desarmar, apenas tive que me concentrar e tentar manter a calma. Desarmei a bomba faltando segundos para ela explodir.
A minha vontade era de fugir e deixar aquela bomba ali, mas as putas morreriam junto e elas não tem culpa disso, além disso, é óbvio que ele deve ter entrado por algum motivo e saído por outro local. Ele não arriscaria a vida dele desse modo, visto que eu poderia tê-la deixado explodir ou poderia ter morrido tentando. Se eu optasse pela primeira opção e ele sobrevivesse, ele me caçaria até no inferno.
“Muito obrigado por não terem falado nada, pessoal. Vou ver se contrato algum médico para cuidar de vocês. Só sabemos fazer o básico e parece que foi feio demais.”
“Contrata uma médica bem gostosa, Christian!” Lorenzo falou com dificuldades. Chega a ser hilário, mesmo ele na beira da morte não perde o bom humor.
Acho que eu não tenho como negar o pedido dele. Vou correr atrás de uma médica, gostosa e competente. É claro que a Dayane não saberá que contratarei devido a isso.
Salvatore e Rafaello me ajudaram a colocar eles com cuidado no carro.
“Rafaello, apesar do Fabrício não ter mais certeza de que fui eu, acho que a Leila corre perigo, tanto na mansão quanto em qualquer apartamento da máfia. Eu quero que ela fique sob a sua proteção. Se a matarem, se a sequestrarem, qualquer mal que fizerem com ela, eu te mato. Tem mais: a Leila estava treinando com o Salvatore para ser da máfia, quero que a treine.” Disse e ele ficou apreensivo. Ter a Leila por perto, significa problema e dos grandes para qualquer pessoa.
“Rafaello, não vai dizer nada? Ele quer que a gente coloque aquela puta para dormir na nossa casa!” Kathy disse.
Kathy estava se sentindo ameaçada por ter uma prostituta em casa, se esquecendo por completo de um problema bem maior: Fabrício Bonini. Eu que não ia lembrá-la desse grande e importante detalhe.
“Se eu pudesse dizer – não – para o Christian, você acha que eu estaria aqui? Se eu negar eu morro.” Rafaello respondeu.
“Bem lembrado, amigo! Sabia que poderia contar com você! Agora vamos para a mansão para vocês já darem aquela carona para a Leila para a casa de vocês.” Sorri e a Kathy revirou os olhos em protesto.”
“Christian, eu posso treinar a Leila na casa do Rafaello?” Salvatore perguntou.
“Não! É perigoso!” Acabei falando mais alto do que o normal, mas a verdade, é que se acontecer algo com ele, eu não sei o que faria.
“Christian... eu não sei como te dizer isso, mas estamos ficando e, eu gostaria de protegê-la, não me negue isso.”
“Não vou. Pode ir.” Minha voz saiu em um tom baixo, estava querendo absorver o que me foi dito, mas era difícil. Realmente os dois estavam juntos e ele não me disse uma só palavra.
Salvatore ligou para a Leila várias vezes, até que a mesma acordou e atendeu o celular: Salvatore disse: “Meu amor, faz as malas. O Problema aqui foi resolvido, mas é melhor você morar na casa do Rafaello por um tempo e eu vou para lá te proteger, cuidar de você.”
Era estranho ouvir aquilo, mas devo admitir que estou feliz com isso. Espero que a Leila não o faça sofrer, que ela não o traía e que ela não esteja o usando para me atingir porque o meu amigo não merece isso, ele merece o melhor sempre.
Salvatore comprou umas roupas para ela, já que ela só tinha saído com aquele micro vestido do cabaré. Mas a Leila não gostou, disse que ama ficar nua e que se sente estranha quando está vestida. Vai entender.
Chegamos em casa. Era 6h e eu estava morto. Leila já estava com as malas prontas e pulou no colo do Salvatore e o beijou intensamente. “Sabia que sobreviveria, meu amor!” Ela disse com um lindo sorriso estampado no rosto. Quem vê até pensa que eles são um casal que estão juntos há anos.
“Vamos ficar na casa dele com essa antipática junto?” Leila perguntou.
“Garota, passamos por poucas e boas por causa de você hoje. A minha paciência está no limite, então cala essa boca se não quiser levar uma bala nessa sua cabeça.” Kathy disse em um tom ríspido.
“Como se eu fosse permitir.” Salvatore a defendeu. Esses três morando junto, não vai dar certo.
Rafaello e Salvatore me ajudaram a acomodar os meninos nos quartos deles. Depois Salvatore arrumou a mala e saiu com os três.
Fui para o meu quarto. Dei um beijo na Dayane que dormia feito um anjo, tomei banho e dormi ao lado dela.
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Boa tarde, meus amores!
Eita que esse capítulo foi tenso, né?
Vocês acham que a Leila vai aprontar com o Salvatore?
Vai dar ruim para a Rosi?
Dedicado à:
merieli123 (Você ainda transa!! 😂😂😂)
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