Cadê a mousse que estava aqui?
Meses se passaram e já estamos em janeiro de 2017. O tempo voou!
Fui aceito na agência de modelos e a CK me contratou para ser o novo rosto deles.
Minha fortuna quase quintuplicou e o meu rosto está espalhado por todas as ruas da Itália. Nem quando eu tinha cartaz de procurado, o meu rosto foi tão divulgado assim.
Meu Deus, como eu sou lindo! Em falar em beleza, já voltei a ostentar uma bela barba e estou cada vez mais lindo.
Como agradecimento, eu dei o meu La Ferrari para a Dayane, mas ainda o uso às vezes. Comprei um carro decente para mim e deixei de usar aquela porcaria que eu chamava de carro, mas ele ainda se encontra na garagem. A final, a gente nunca sabe, né?
Dar o meu carro para ela foi a maior prova de amor que eu pude dar a ela, nem eu imaginei que um dia seria capaz de tal ato.
Diane Bergher voltou a ser a delegada e foi a vez da Evelyn viajar com o namorado. Desde que a Diane voltou, percebi alguns policiais me olhando, mas nenhum deles me pegaram em ato ilícito porque eu sempre consegui dar um jeito.
O Bonini ainda não tentou me atacar, sinal que a Regya não disse nada, mas eu não quero continuar pagando pelo silêncio dela.
Estou pensando no que fazer com ela, mas apenas a morte me vem a cabeça, porém embora ela tenha me implorado para matá-la desde o momento em que teve a brilhante ideia de ameaçar o chefe da máfia italiana, eu não acho que ela deva morrer.
Seja lá o que eu for fazer com ela, sei que não posso contar com o Luigi porque ele está todos os dias indo no cabaré transar com ela, algo me diz que ele se apaixonou.
Se ele tiver se apaixonado, terei mais um inimigo, mas o Luigi será o menor dos meus problemas e apenas mais um para a minha extensa lista de quem deseja a minha morte.
Leila mudou muito durante esses meses todos: deixou de dar em cima dos homens e demonstra cada vez mais amor pelo meu amigo. Porém algo não mudou: o desejo dela se vingar do Bonini.
Eu adoraria fazer com que a Dayane virasse mafiosa, mas não consigo fazê-la mudar de ideia. Quem sabe um dia, né?
Leila e Dayane se tornaram grandes amigas e mal se desgrudam. E eu, que fazia a Leila de psicóloga, mal converso com ela. Achei melhor me afastar para evitar problemas.
Gennaro não tentou matar a mim e nem o meu pai até hoje, fazendo com que os treinos pesados dos meus pais terminassem.
Devido a isso, a Dayane está querendo que eu encontre o meu pai porque se ele quisesse já teria tentado me matar e nisso ela tem razão.
Tenho vontade de me mudar daqui com a Dayane para um dos meus apartamentos, mas tenho medo de fazer isso e eles sofrerem um atentado. Jamais me perdoaria se algo acontecesse com eles.
Assustadoramente, devo dizer que esses meses que passamos foram bem tranquilos. Completamente atípicos, devido a minha vida ser uma loucura, mas gostei dessa paz que Deus me deu.
Estava deitado na cama com a Dayane e resolvemos assistir alguma série e eu coloquei Game of Throns.
Me identifico com essa série porque traição, morte, violência, vingança e ação, são elementos que estão presentes em minha vida, porém a Dayane não gosta e ela sempre vira o rosto antes que algum personagem seja morto, porém quem acompanha esta série, sabe o quanto ela é surpreendente e assistir algumas cenas impactantes se torna inevitável.
Por exemplo, quem diria que o rei Tommen iria se suicidar?
"Game of Throns não! É série de menino. Coloca once upon a time." Dayane disse cruzando os braços e fazendo biquinho.
" Once upon a time é de menina!" Dayane deu língua. Não resisti e a beijei.
"Pode ser The walking dead? Ela sorriu e começamos a assistir.
Quando terminou ela disse: "Espero que esse Negan tenha uma morte horrível logo!" Ri.
Não entendo o motivo pelo qual as mulheres gostem tanto de um príncipe encantado e uma vida maravilhosamente perfeita, talvez seja por isso que essa série babaca seja tão famosa entre as mulheres e elas gostem tanto.
Eu desejo que o Negan fique por temporadas no TWD, porque o que seria de uma boa história sem os vilões? É eles que dão graça na história, são eles que fazem os mocinhos sofrerem e darem a volta por cima.
Príncipes encantados e vidas perfeitas não dão um bom enredo.
Once upon a time é o meu ovo! Mais realidade e menos fantasia, por favor.
"Christian, eu acho que você deve falar com o seu pai biológico. Ele não quis te matar, talvez ele tenha desistido porque você salvou a vida dele, talvez tenha se arrependido do que ele fez com você no passado, talvez ele não seja como... como o meu pai." Ela fez uma cara triste ao lembrar do pai.
Se eu soubesse não teria dado uma surra, teria matado e jamais teria sido otário de tê-lo levado até a porra de um hospital.
"Tudo bem. Liga para o seu tio." Fiz carinho no rosto dela, como se isso fosse o suficiente para aliviar a dor dela.
Talvez ela esteja certa. Eu só saberei mais sobre o meu passado e o que ele acha sobre isso tudo, se eu me encontrar com ele.
Ela sorriu, me deu um selinho, ligou para o tio e colocou no viva voz.
"Olá, sobrinha amada!" Ele atendeu.
"Oi, tio. O meu pai te falou sobre o que aconteceu no restaurante de verdade?"
"Grampo." Ele respondeu
"O meu namorado quer te encontrar." Ela disse.
"Vou mandar o endereço pelo Whatsapp. Tenho uma reunião agora. Beijos."
"Beijos." Dayane disse.
Pouco tempo depois ela recebeu uma mensagem no Whatsapp: "Rua da morte, 666" Meia noite.
"Christian, você vai?" Ela me perguntou meio reticente.
"Ele marcou na rua onde ele marcou com o meu pai para matar a mim e a minha mãe biológica. Eu fui abandonado naquela maldita esquina, mas eu vou sim. Se eu não for, jamais saberei o que poderia ter acontecido." Ela sorriu e me abraçou.
"Vou junto." Ela disse.
"Não vai mesmo." Respondi.
"Você não manda em mim."
"Ah, mando." Ela está desafiando o rei da máfia? Ela fica fodidamente sexy quando me desafia desse modo.
"Veremos, Christian!" Respirei fundo e a ignorei.
Estávamos descendo as escadas quando vi que todos estavam rindo, menos a minha mãe e o Giuseppe.
"Também quero rir." Disse ainda da escada.
"Christian Ferrandini, a sua mãe assaltou a geladeira ontem!" Lorenzo disse.
Minha mãe assaltou a geladeira durante a noite? Era um fato mais estranho do que vê-la chorar.
Sentei no sofá. "Christian, eu não assaltei a geladeira. Eu só assalto banco! Ok... Nem isso eu assalto mais!" Meirieli disse com uma voz tristonha.
"Mãe..." Falei em tom de repreensão para que ela contasse a verdade.
" Ok. Eu comi toda a mousse de chocolate que a Reclene fez ontem. Senti um desejo descomunal e não me controlei!"
"Você comeu ela toda?" Ela assentiu com a cabeça. Fiquei em choque com a confissão da minha mãe.
Reclene saiu da cozinha. " Você fez o que? Você comeu a mousse de chocolate toda que eu fiz ontem? Ela era para hoje! Agora eu vou servir o que? Vou ser obrigada a fazer um novo doce agora. Sempre sobra tudo para a empregada!" Me controlei para não rir.
"Além de escutar a conversa alheia, ainda vem tirar satisfação comigo? Vai fazer uma outra sobremesa sim! Se não fizer eu te demito. Estou louca para comer algo doce." Meirieli disse salivando e a Reclene saiu da sala.
"Mas o motivo do riso era só devido a isso? Ou eu tenho um péssimo humor, ou isso não tem muita graça." Disse.
"Christian... Meu filho... Estão falando que a sua mãe engordou." Giuseppe falou sem graça.
Minha mãe nunca teve barriga nenhuma. Estavam implicando com ela, isso era óbvio.
"Mãe, tira a mão da frente da barriga. Você nunca teve barriga nenhuma, eles estão só querendo te irritar." Disse.
Posso não entender muito do universo feminino, mas sei que quando nós falamos que elas engordaram é como se fosse o pior xingamento do mundo, um grande insulto.
Meirieli tirou a mão da frente da barriga e eu tive que controlar a minha reação. Ela de fato estava gorda.
"Você não está grávida?" Dayane perguntou.
"Claro que não. Eu não sou velha, mas não sou tão jovem para poder ter filhos! Não sei nem porque estou justificando algo para você, sugiro que saia da minha sala, antes que eu a suje com sangue, com o seu sangue." Meirieli estava completamente irritada com a pergunta descabida da Dayane.
"Mãe, você está ótima, nada que uma malhação e um controle maior na sua alimentação não resolva." Tentei concertar o que a sem noção da minha mulher disse.
Minha mãe grávida, vê se pode?
"Falando em algo realmente importante. Eu vou encontrar com o Gennaro perto do beco que a minha mãe biológica me abandonou, hoje à meia noite. Quero todos vocês estejam lá escondidos para me ajudar, caso algo dê errado. "
"Deixa ver se eu entendi bem, você vai encontrar com ele próximo do beco que até as baratas tem medo de passar, á meia noite? Isso vai dar merda!" Salvatore me advertiu.
"Por favor, você não. Eu preciso do seu apoio." Disse, como se fosse um menino fazendo birra.
"Christian, eu estarei sempre do seu lado." Salvatore sorriu e deu uns tapinhas no meu ombro. Sorri de volta.
"Você tem tendências suicidas, não é possível!" Meirieli disse em reprovação.
"Amiga, eu vou te proteger lá!" Leila disse.
"Obrigada." Dayane agradeceu com um lindo sorriso.
"Leila, você não vai!" Salvatore rapidamente disse.
"Eu sou da máfia, não sou?" Ela perguntou confusa.
"Você é, mas essa é uma missão perigosa." Salvatore respondeu. Ele é muito protetor.
"Não interessa. Eu vou!" Leila bateu o pezinho.
"Leila, desse jeito eu vou ter que te amarrar na cama!" Salvatore ameaçou.
"Na cama? Gostei dessa ideia!" Leila piscou e ele não conteve o sorriso maledicente.
"Vou vomitar!" Meirieli disse.
"Meu amor, nem foi tão meloso assim!" Giuseppe disse.
"Giuseppe, eu estou falando sério." Meirieli respondeu e correu para o banheiro.
"Christian, eu acho que você vai ter um irmãozinho!" Dayane tornou a dizer insanidades.
"Devo concordar com ela. A Meirieli está grávida!" Leila disse e ficamos pensativos.
Depois de um tempo avaliando se a desconfiança dessas duas malucas poderia ser plausível ou não a minha fixa finalmente caiu, ao me lembrar que a Leila disse que a protegeria.
"Dayane, quem disse que você vai?" Perguntei.
"Eu!" Ela respondeu. Continuamos discutindo e nada dela mudar de ideia.
Às 23h eu já estava pronto. Olhei para a foto que tiramos no dia em que fizemos aquele ensaio fotográfico.
Não me olho mais no espelho, olho sempre para aquela foto, porque eu não sou mais sozinho, eu tenho ela e ela é o motivo de eu querer permanecer vivo.
"Christian, me dá uma arma." Dayane pediu.
"Você quer o que?" Perguntei surpreso.
"Não se faça de surdo. Me dá uma arma agora!" Ela falava pausadamente, como se eu fosse um retardado.
"Toma." A dei uma 38. Não que eu esteja fazendo a vontade dela, mas assim pode ser que ela tome gosto pela coisa e resolva se tornar uma bela mafiosa.
Fomos para a sala de treinamento para ela treinar tiro e a pontaria dela continua incrível. Mas uma coisa é atirar num alvo humano, outra coisa totalmente diferente é ela de fato matar alguém.
Sai no meu carro com a Dayane e os meninos saíram um pouquinho depois com o lixo do meu ex carro. Estávamos todos com escuta. Agora seja o que Deus quiser.
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Boa tarde, meus amores!
Será que a mãe da máfia está realmente grávida?
E esse encontro vai dar ruim?
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