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Capítulo 2


Kay continuava a puxar Enlil enquanto corriam. Olhou para os céus e viu que uma tempestade parecia se aproximar, os céus escuros e os trovões denotavam isso. Olhou para seu amigo que ainda parecia estar anestesiado com tudo o que aconteceu. Terkay tropeçou em um galho levando Enlil junto. A queda pareceu despertar o ômega de seu estado. Ele ajudou Kay a se levantar e voltaram a correr.

— Precisamos tentar despistar eles! – comentou enquanto ainda corriam.

Não houve tempo para se pensar em algum plano. O desespero de fugir era tão grande, que eles acabaram por tropeçar, caindo em uma ribanceira. Rolaram morro abaixo, algumas escoriações em seus corpos foram feitas.

— Kay! Você está bem? – questionou enquanto murmurava baixinho reclamações de dor.

— Dentro do possível, estou.

— Acho que devemos nos transformar para continuarmos fugindo, vai ser mais fácil.

Kay concordou. A transformação foi rápida e tão logo as mochilas estavam em suas costas, continuaram a fugir. Dessa vez o ritmo era um pouco mais lento, porém a atenção vinha redobrada. Não havia outra opção, precisavam prosseguir.

Algumas horas depois conseguiram ouvir o som do rio. A correnteza não permitia que a água fosse congelada, o que fez um sentimento de alívio se apossar deles. Não apenas por estarem próximos ao objetivo, mas também por finalmente poderem se hidratar depois da fuga exaustiva.

Ainda como lobos saciaram sua sede e tão logo Kai terminou sua água, seu corpo felpudo caiu de exaustão. Ele desmaiou e Enlil imediatamente chegou com o seu focinho perto do amigo para chegar se tudo estava bem. O lobo se lamuriou pelo estado do amigo, mas ficou satisfeito ao constatar que ele apenas havia desmaiado.

Enlil pensou em levar o amigo para algum abrigo para que ele se recuperasse antes de voltarem a buscar pelo clã de Atlas.

Seus músculos congelaram no lugar. Um rosnado foi ouvido e o lobo se virou tendo a visão de um enorme lobo branco. O lobo alfa expandiu sua presença na intenção de exigir submissão daqueles lobos que lhe pareciam serem betas. Não percebeu que um deles estava desmaiado, sua intenção era a de exigir que se submetessem por terem invadido suas terras.

Enlil sentia aquela presença forte e imponente, por alguns segundos ficou paralisado, porem sua força de vontade era enorme. Ele estava acostumado a lidar com a presença forte de um alfa. Ele treinava com seu pai sob a tensa pressão que a intenção de submissão exercia. Tinha certeza de que se estivesse menos exausto, conseguiria suportar com mais facilidade a dor que sentia por não se submeter.

O ômega armou sua postura defensiva. Aquele lobo não era um dos alfas que os perseguia, porém não deixaria que ninguém encostasse em seu amigo.

O alfa então atacou e Enlil saltou pronto para repelir o alfa. O lobo branco colidiu com o lobo negro e foi repelido alguns metros. Apesar do lobo ter achado que não precisaria de muita força para atacar o outro devido a sua presença, jamais imaginou que ele teria poder suficiente para o repelir.

Rosnou outra vez pronto para atacar novamente, estranhou a forma protetora do lobo perante o outro, mas resolveu esquecer isso pelo momento e preferiu se concentrar em defender o seu território.

Mostrou os dentes afiados para o ômega enquanto abria suas garras nas patas, numa clara intenção de não apenas demonstrar sua força, mas também de avisar que se o outro não se rendesse, iria atacar com mais força.

Antes que pudesse pensar em voltar a atacar, sentiu uma pequena pedra colidir com a lateral de seu corpo. Olhou para trás e viu um homem irritado com cara de poucos amigos para ele enquanto arrastava dois homens amarrados.

— Você é idiota? O que pensa que está fazendo? – gritou irritado – Não viu que eles estavam fugindo desses alfas mercenários de merda? Aluno idiota! Já cansei de dizer que você tem que avaliar a situação antes de agir! Francamente! Onde que eu estava com a cabeça quando aceitei você como meu aluno! Pare de expandir sua presença! Não vê que os dois estão machucados?

O homem continuou a resmungar enquanto deixava os homens amarrados para trás e se aproximava. Ele era apenas um pouco mais alto que Enlil, os olhos azuis davam um bonito contrante com a mescla de fios brancos e ruivos. O grande manto não permitia Enlil ver outras tatuagens se não a azulada contornando o seu olho esquerdo. Os desenhos eram bonitos na opinião do ômega, dando um ar sábio ao homem que parecia ter a idade de sei pai ou próximo disso.

— Ali, oh! Lá na mochila tem roupas quentes. Faça um favor a todos nós e cubra esses seus músculos esculpidos pelos deuses! – o elogio confundiu Enlil, sua forma lobo tombou um pouco a cabeça para o lado sem entender o que

O lobo branco revirou os olhos e começou a caminhar para onde o outro indicou.

— Perdoe a estupidez de meu aluno! Depois dos deuses colocarem tanto músculo, ficou faltando espaço pra noção! Eu tento ensinar a ele, mas é uma luta diária! – falava sem parar e quase deixava Enlil perdido com toda a situação – Eu sou Ravi! E aquele cara ali peladão é o Levi. Eu sei que ele desmaiou e você está cansado depois de provavelmente terem fugido daqueles alfas. Não se preocupem, os levarei para o nosso clã para atendimento médico!

Enlil olhou por cima do alfa vendo que o outro homem já havia se transformado e começado a se vestir. Percebeu que ele era alto, com 1,90 provavelmente. O corpo musculoso era forte e bem trabalhado, os cabelos grandes e ondulados eram muito bonitos. A cor ruiva dos fios lhe lembraram bastante a de seu pai e por breves instantes seu peito se apertou em saudades. Reconheceu algumas das tatuagens no corpo do outro, os desenhos em vermelho e preto eram os mesmos que seu pai faria nele, era uma tatuagem de guerreiro. Aquele cara pertencia ao clã de Atlas. Eles não eram de atacar pessoas inocentes, logo Enlil assumiu que realmente deveria ter sido apenas uma infeliz coincidência.

Enlil desfez a postura defensiva e começou a se transformar. Abriu sua mochila afim de retirar o manto herdado de seu pai e se proteger do frio.

Quando estava acabando de se vestir, o outro homem já estava perto deles. Franziu a testa e fez menção de se aproximar. Seu movimento foi impedido por Ravi que também franziu a testa. Quando Levi recuou aguardando instruções, Ravi retirou uma faca de seu bolso e a escondeu nas costas.

— Ah, mas que pessoa sem educação que eu fui... – tentou esconder o pânico de sua voz. Se concentrou, deveria fazer o que foi ensinado a fazer – Bom dia, filho da Luz!

Enlil sentiu o coração disparar, era isso... Precisava responder certo.

— Bom dia, filho da Luz! Mas meu pai é a Noite e eu o sirvo de forma humilde!

Ravi tentou disfarçar a surpresa e continuou.

— Nega o Sol como a sua origem?

— Não nego, porém, é a Noite quem me guia.

Ravi e Levi estavam embasbacado com aquilo, não havia dúvidas.

— Bem-vindo ao nosso clã, protegido! Desculpe, confesso que cheguei a desconfiar de você... Qual é o seu nome? – questionou com o coração batendo forte, podendo sentir sua cadência ecoar até em sua garganta.

— Meu nome é Enlil!

— Preciso perguntar, onde conseguiu esse manto? E quem lhe ofereceu proteção? – as lembranças vieram amargas em sua mente. Porém, ainda existia uma pequena esperança. Seria possível mesmo?...

— Herdei este manto de meu pai! Tanto ele quanto a sua proteção!

Claro que Ravi entendeu na hora que o garoto não era filho biológico de quem ele dizia ser filho.

— Diga o nome dele! – Levi se manifestou, a voz saiu um pouco mais ríspida do que pretendia. Era só que era muita loucura ser verdade o que ele achava que estava acontecendo.

— O nome do meu pai é Atlas! E foi ele quem me mandou procurar vocês! – Falou tão suave quanto seu cansaço permitia.

Ravi ficou boquiaberto. Não conseguia assimilar direito as informações.

— Preciso falar com o líder de vocês. Tenho algo urgente para contar a ele.

— Você é um protegido! Por tanto sabe o que é seu por direito! Venha! Vou tentar uma audiência com o líder! Acho que ele ficará chocado... Levi, ajude a levar esse lobo, imagino que ele está com você, certo?

— Sim... Deixa que eu levo ele!

— Não! – Levi negou – Você também está exausto, considere isso o meu pedido de desculpas a vocês. Não se preocupem, não vou deixar ele cair.

Enlil conseguiu olhar melhor o rapaz e notou curioso que os olhos dele eram de um intenso vermelho. Uma cor exótica, verdade. Não se lembrava do lobo dele ter olhos vermelhos.

Levi gentilmente ergueu o lobo, carregando-o com extremo cuidado. Estava curioso para o que o outro teria para falar com seu pai! Ah, seu pai! Ele iria pirar quando Ravi contasse que ele quase atacou um protegido. Mas não tinha como ele saber que aquele beta de olhos dourados era um protegido...

Enlil olhava de soslaio para o alfa que carregava Kay. Passado o momento do confronto, o alfa não demonstrou mais querer machucar eles. Realmente, ele apenas deve ser alguém territorialista. E mesmo assim, Enlil notou que ele não os atacou com todas as suas forças. Se Ravi era seu professor, talvez o rapaz estivesse se preparando para algo importante. Um general talvez? Seria um bom palpite considerando suas tatuagens de guerreiro.

Enlil tentava lutar contra o seu cansaço. Ele não podia desmaiar agora e muito menos se dar ao luxo de descansar. Não antes de falar com o líder do clã. Precisava avisar sobre a emboscada. Era o que o seu pai iria querer. Pensar em Atlas fazia um nó se formar na garganta. Tentava espantar a sensação de que havia perdido o seu pai. Não! Não iria acreditar nisso. Seu pai estava preso! Isso! Só não sabia onde! Precisava descobrir para que lugar os mercenários venderam o seu pai!

Mesmo a beira da exaustão, Enlil percebeu que o clã era muito bem vigiado. As árvores e rochas deixavam o lugar muito bem protegido. Haviam algumas torres de observação com dois guardas em cada.

Conforme avançam as pessoas cumprimentavam Levi e Ravi. Durante o trajeto, Enlil contou um pouco como ele e Kay se separaram de seu pai. Em dado momento, Ravi pediu que Levi entregasse o lobo para ele levá-lo até o curandeiro.

— Enlil, enquanto eu levo o Kay até acompanhe o Levi. Ele vai te levar até a cabana de hóspedes, descanse que mais tarde encontraremos o líder – disse enquanto pegava Kay no colo.

— Agradeço sua preocupação, mas prefiro encontrar com o líder agora, não posso perder tempo, é urgente. Cada tempo perdido pode ser fatal.

— Bom... Se é assim, está bem. Vou levar esse lobinho pro hospital e encontro vocês logo em seguida. Não se preocupe, Enlil. Seu amigo estará em boas mãos.

O ômega concordou e seguiu Levi. O caminho foi silencioso, o que começou a incomodar ambos.

— O quão séria é essa mensagem – o início do diálogo chamou a atenção do ômega.

— Algo muito grave... Ao ponto dele tentar superar o medo dele de voltar pro clã...

— Você... O que sabe sobre o nosso clã? – questionou enquanto olhava para o rosto passivo marcado claramente pelo cansaço. Tinha que admitir que era admirável e força de vontade do jovem.

— Não muito na verdade... Meu pai me criou segundo os seus costumes... Mas eu não sei muito sobre as pessoas do clã... Mencionar vocês era muito doloroso para ele... – respondeu pensativo enquanto caminhava observando as pessoas vivendo pacificamente.

Levi percebeu o pesar na voz do outro e se sentiu mal. Conseguia imaginar a dor que o rapaz estava sentindo por não ter notícias do pai.

— Chegamos! Venha, meu pai deve estar tomando o chá.

Enlil concordou e adentrou a grande casa. Ela era bonita e aconchegante. Algumas tochas eram usadas para iluminar o caminho. Haviam também algumas lareiras a fim de esquentar a casa contra o frio.

Ao entrarem na sala, havia um homem sentado à mesa. Levi foi um pouco mais à frente anunciando sua presença.

— Pai... – Enlil arregalou os olhos e olhou embasbacado para o alfa, sem acreditar que ele era filho do líder. Olhou de volta para a mesa e viu que o líder se levantava da cadeira com a xícara que acabara de levar aos lábios na mão – Tem alguém que quer te...

O líder se virou e sorriu brevemente para o filho para depois dirigir o olhar a quem Levi se referia. A xícara se espatifou no chão depois que o alfa olhou para Enlil, o familiar manto o deixou boquiaberto. Não sabia muito bem o que dizer, então por costume falou:

— Bom dia, filho da Luz! – disse o que era tradicional para se saber se a pessoa com quem se falava pertencia ao clã.

— Bom dia, filho da Luz! Mas meu pai é a Noite e eu o sirvo de forma humilde! – respondeu o que aprendeu. Já havia respondido isso mais cedo. Mas seu pai o avisou sempre que ouvisse determinada frase, deveria corresponder a outra que lhe era correspondida.

— Nega o Sol como a sua origem? Em que berço deitas?

Enlil franziu o cenho, sabia que segunda pergunta era aquela e ficou intrigado, no entanto, antes que pensasse mais a respeito, respondeu:

— Não nego, porém, é a Noite quem me guia. Meu berço é o Sol! – não sabia ao certo o que significava aquela última pergunta, apenas sabia o que deveria responder.

— Não é possível! – voltou a se sentar e Levi se aproximou para juntar os cacos antes que alguém se machucasse – Como?...

— Parece que o tio teve um filho adotivo, pai!

— Tio? – Enlil olhou o alfa sem entender.

Levi ergueu-se enquanto ia até a cozinha pegar algumas folhas para embrulhar o vidro e jogar fora.

Alguns segundos depois o alfa percebeu que seu pai estava surpreso demais com toda a situação.

— Atlas é meu tio... Irmão do meu pai... – deu de ombros enquanto colocava a água para ferver para fazer mais chá. Voltou para a mesa mostrando a cadeira vaga para Enlil sentar.

— Eu não sabia que meu pai tinha um irmão... Eu...

— Onde está o Atlas? Por que aquele idiota mandou você aqui ao invés de vir ele mesmo? Passaram-se mais de quinze anos e... – a voz começava a se alterar. Percebendo a situação, Levi decidiu intervir.

A interrupção não veio, pois, Ravi entrou no cômodo enquanto explicava.

— Parece que o idiota do meu cunhado descobriu algo muito sério e estava vindo avisar você Gael. Porém, pelo o que Enlil nos disse, eles foram capturados e Atlas ajudou ele e o amigo Kay que eu já deixei no hospital inclusive – destacou a informação para Enlil – nos resta saber que aviso tão importante é esse que ele fez questão de contar apenas para você.

Enlil suspirou enquanto esfregava levemente os olhos para espantar o cansaço .

— Eu não sabia que vocês eram tão próximos do líder. Mas posso contar para todos. Se assim você permitir, Gael.

O líder apenas acenou brevemente. Enlil assentiu e engoliu em seco, como se percebesse o seu nervosismo, Levi levantou-se e serviu um pouco de chá para ele e o ômega acompanhou com o olhar enquanto o alfa servia à todos.

— Meu pai descobriu por acaso que um grupo que escoltava um mensageiro estava vindo para cá! Segundo o que ele ouviu, o mensageiro entregaria uma carta contendo um convite para que você Gael fosse até o clã deles selar um acordo de paz. Porém nesse encontro, você seria assassinado, ficando mais fácil de tomar o poder de seu clã... Pelo o que o meu pai disse, esse clã é alguém que você está em um possível conflito iminente. Consegue pensar em alguém?

— Infelizmente, sim! – suspirou se jogando na cadeira – Precisamos criar um plano para retardar o plano deles. Se eles vierem propor um tratado de paz assim, eu não poderei recusar ou isso será entendido como uma grande ofensa e declaração de guerra.

— Gostaria de oferecer os meus serviços a você, Gael. Não sei que clã é esse, mas eu tenho certeza de que é isso o que o meu pai iria querer. Depois que eu te ajudar, eu irei procurar para quem aqueles malditos mercenários devem ter vendido meu pai.

— Se é isso o que você gostaria de fazer, Gael, eu não tenho objeção. Se seu amigo quiser ajudar também, ele é bem-vindo.

— Ele irá, tenho certeza!

— Certo, agora, eu preciso que você descanse. Recupere suas energias... – Gael se levantou e se aproximou do ômega – Quando estiver descansado, eu adoraria conhecer o filho do meu irmão... – sorriu doce e colocou a mão sobre o ombro de Enlil em despedida.

Os olhos do ômega encheram de água, ele concordou apenas e se levantou para se despedir do líder que se despediu dos demais e saiu para o quarto.

— Vêm, Elil... Eu lhe mostrarei onde você vai ficar. – Levi começou quando se levantou.

Enlil assentiu e começou a andar para finalmente poder ir descansar. Assim que o ômega deu dois passos, foi como se a exaustão finalmente tivesse vencido e ele desmaiou. Sua queda foi amparada por Levi que o segurou antes que caísse.

— Beta idiota! Se esforçou demais!

— Oxi, que beta o que moleque! Ele é um ômega! Não percebe? – Ravi debochou e acenou para o alfa enquanto se retirava para checar Kay – Leve-o para um dos quartos. Quando Kay acordar eu vou trazer ele para cá! Imagino que o seu pai deva querer que os dois fiquem aqui...

Levi ficou boquiaberto! Enlil era um ômega? Ele escondia seu cheiro tão bem que era absurdo!

Deu de ombros com a nova informação e pegou o ômega nos braços. Provavelmente ele dormiria o resto do dia.

Levi deitou Enlil em um dos quartos e ascendeu a fogueira para que o calor dominasse o quarto. Assim que garantiu que a fogueira não apagaria, foi conferir o ômega e o cobriu um pouco melhor. Antes de sair olhou mais uma vez para o outro e sorriu antes de virar as costas e rumar para o próprio quarto.

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