Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 49 - A Bordo do Inexplicável: O Amor


Os ventos quentes e secos acabaram com a última neve que havia caído nos dois reinos durante esses meses, e com a mudança de tempo a lista de clientes da guilda ganhou novo impulso.

Depois de tentar, por duas semanas de dezoito horas, dar conta do trabalho, os dois sócios decidiram que já era tempo de expandir o quadro de caçadores, acrescentando à folha de pagamento duas bruxas verdes em tempo parcial.

Scarlett aceitou com uma certa relutância desistir de algumas horas de trabalho, pois era isso que a vinha ajudando a atravessar os dias e semanas, enquanto esperava que o julgamento realizado pelos anciões começasse. Sem saber como os clientes e possíveis clientes da guilda reagiriam ao seu envolvimento naquele caso, ela e Billie decidiram manter uma atitude de expectativa. Billie estava sendo um grande amigo, o que tornava maior sua sensação de culpa por tê-lo envolvido num caso que seria, com toda certeza, o escândalo entre os reinos logo seria revelado.

Scarlett achava que estava mentalmente preparada para o que viria — até a manhã da próxima lua de sangue, quando entrou no escritório e viu os relatos sobre Rigard Dimitrescu e Jack Nemesis sendo discutidos entre os caçadores e alguns contratantes mais entusiasmados. Como em transe, encaminhou-se para a sala de treinamento do outro lado da recepção.

— Então, começou... — Prisca disse, ao lhe trazer uma taça de sangue B, logo depois.

— Foi tolice da minha parte esperar que todos a nossa volta ignorasse este processo. Também quando se trata das investigações dos anciões todos desejam saber os minímos detalhes. — Scarlett replicou, ainda olhando para o alvoroço lá fora.

— Talvez eles deixem você fora disso.

— Isso tem tanta chance de acontecer quanto de não haver mais monstros nos dois reinos. Pecado, sexo e escândalo principalmente entre os nobres aumentam as fofocas ou mesmo os trabalhos em uma região, para serem ignorados.

— Pensei que uma coisa dessas levasse anos para ir a julgamento na cidadela negra.

— Eu também, mas os anciões deve ter um sistema de justiça muito eficiente. Ou isso, ou não existem muitos casos para serem julgados naquele lugar praticamente abandonado. Sabia que a mais de um século não escolhem um novo ancião.

— Tem visto Rigard, ultimamente?

— Não o vejo desde que ele foi me avisar das investigações dos anciões. Mas falamos pelo comunicador, uma ou duas vezes.

— Já pensou no quanto se encontrar com ele vai afetar você?

— Pelo Deuses, prisca! Por que ver Rigard de novo haveria de me afetar?

— Porque é evidente que você ainda está apaixonada por ele. Além disso, você foi marcada por ele. E não adianta fugir disso. — Prisca replicou, com uma franqueza arrasadora.

Scarlett lançou-lhe um olhar zangado.

— Só porque você está com a cabeça nas nuvens, não quer dizer que todo mundo em volta esteja também.

— Não entendo como alguém com a sua inteligência pode ser tão idiota assim. Se acha mesmo que conseguiu convencer uma única criatura de que não está mais apaixonada por Rigard Dimitrescu, é uma besta fera mais idiota do que eu imaginava. Falando francamente, Scarlett, que bem lhe faz negar o que sente? Não seria mais fácil aceitar a realidade e tentar deixar de amá-lo de uma vez por todas?

Scarlett caminhou até a janela e olhou para fora. A única indicação de que tinha ouvido o desabafo de Prisca era o modo como um músculo, em seu maxilar, estava se contraindo. Voltando para a escrivaninha, ela lançou à prima um olhar gelado, avisando-a sem palavras de que, se continuasse a falar naquele assunto, estaria se arriscando a ser vítima de sua fúria.

Cheia de teimosia, Prisca cruzou os braços sobre o peito.

— Pelo Deuses, Scarlett! Essa atitude nunca funcionou comigo, nem quando éramos crianças. E também não funcionou quando estamos treinando na academia de caçadores reais. Por que haveria de funcionar agora?

— Está bem, Prisca. Só quero que me responda uma coisa: que bem poderia me fazer eu sair por aí anunciando que estou... que estou...

— Vamos, diga! Talvez seja isso que vai fazer você se livrar desse amor. Não pode passar a sua vida imortal sofrendo por um vampiro que não te ama. — De repente, ao ver o brilho inesperado que surgiu nos olhos de Scarlett, Prisca entendeu. — Pelos Deuses! Quer dizer que ele ainda te ama? Mas, então, o que está mantendo vocês dois separados?

Scarlett começou a responder, usando a mentira da qual vinha lançando mão há tanto tempo, para se convencer e aos outros, mas não pôde prosseguir. Afinal, suspirando pesadamente, admitiu.

— Nem sei mais.

Prisca observou-a em silêncio por alguns momentos.

— Quando éramos crianças... — Disse então, baixinho. — Sempre desejei ser tão teimosa quanto você. Você era capaz de brigar com o nosso treinador mais bravo da academia real por causa de meio ponto, e ganhar esse meio ponto. Se comprasse um vestido, e ele desmontasse, seis meses depois você o levava de volta à costureira... e conseguia outro novo. Quando terminamos o treinamento da academia real, você foi a única da nossa turma a prosseguir nos estudos, visando sua carreira de exploradora e pesquisadora dentro do reino de Morlóvia. Ainda me lembro do quanto fiquei impressionada quando você decidiu sair do castelo. E não foi para perto, não! Você se mudou para a divisa entre os dois reinos! Sempre achei que você tinha toda a coragem para enfrentar qualquer crise que surgisse, Scarlett. Nunca pensei que, no fundo, você pudesse ser tão covarde quanto qualquer uma de nós. — Prisca fez uma pausa, depois acrescentou. — Agora, pensando bem, não tenho mais vontade de ser como você. Sua vida sempre foi duas vezes mais difícil que a minha, porque ninguém acha que sou feita de granito. Ninguém espera que eu aguente tudo sem ajuda.

Olhando distraída para o mapa dos dois reinos na parede, Scarlett confessou, num raro momento de fraqueza.

— Às vezes eu me sinto como um pedaço de carne que está sendo fatiado em milhares de pedaços.

— Por que não me fala de Rigard Dimitrescu? — Prisca pediu, baixinho. — Você nunca me falou dele.

Por onde devo começar? Scarlett imaginou. Contando como se sentia especial quando estava com ele, ou contando como ele tentou a usar em sua maldita vingança? Como eu o amo... ou como tenho medo dele?

— Ele é diferente de todos os vampiros que já conheci... — Começou.

A manhã passou sem que sentissem. Falando a respeito de Rigard Dimitrescu, Scarlett não chegou a nenhuma conclusão, mas o fato de partilhar seus problemas com sua prima trouxe-lhe uma paz infinita, que tornou sua dor mais fácil de suportar.

Prisca não lhe ofereceu conselhos nem palavras sábias; só ouviu, como os bons amigos devem, às vezes, fazer.

No dia em que deveria dar o seu testemunho, Scarlett se preparou para sua sessão diante dos anciões da cidadela negra com muito cuidado. Sabia que Jack havia insistido para que fosse chamada, para tentar provar que Rigard tinha, de antemão, conhecimento dos planos que fizera para a academia real e que o mesmo afirmava carregar o sangue da imperatriz Vivica. Também sabia que Jack era esperto o bastante para perceber que havia uma chance daquelas acusações não serem verdadeiras, mas que, fosse qual fosse o resultado, ele continuaria a pensar em si mesmo como o vencedor. Mesmo que os anciões acreditasse nela, quando dissesse que ela e Rigard nunca tinham se visto antes daquele fatídico fim de semana, seu relacionamento posterior seria revelado a lodos, nos mínimos detalhes. Detalhes que os clientes de sua guilda teriam que ser cegos e surdos para perder.

Quando chegou à diante do oponente castelo de rochas escuras como carvão, mas com um brilho totalmente diferente do que ela imaginou, Scarlett descobriu que, a pedido do imperador Jack Nemesis, ela e as demais criaturas sobrenaturais que seriam testemunhas tinham sido proibidas de acompanhar o andamento do caso. A manhã arrastou-se com incrível lentidão, enquanto ela esperava ser chamada diante dos cinco anciões. Afinal, ficou sabendo que fora concedido um intervalo para que todos se alimentassem, e que deveria testemunhar assim que a sessão recomeçasse.

O sangue que foi servido tinha gosto de podre, e a carne estava requentado. Depois da terceira mordida, desistiu de comer e passou o resto do intervalo andando pelas redondezas, pensando na conversa que tivera com Prisca, no dia anterior.

As duas horas, ficou sabendo que haveria mais um atraso, desta vez devido a uma conferência que um dos anciões deveria ter com vitimas de um massacre que anos atrás não foi devidamente investigado de outro caso a ser julgado antes da próxima lua cheia. Às duas e meia, quando afinal foi chamada, estava com os nervos à flor da pele.

1733 Palavras


Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro