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Capítulo 37 - Beco Sem Saída

Beco Sem Saída...


- Está me dizendo que isso é o quê?

A legista segurou aquele pedaço de qualquer coisa com as pontas dos dedos enluvados, e repetiu.

- É gengibre.

- É claro que é! - Devil riu, atravessando correndo a sala onde os corpos estavam. Não tinha mais nada pra fazer ali.

Horas mais tarde, no distrito, ele estava acessando as lembranças das bruxas verdes que estavam no mercado de Marlóvia vendendo os seus produtos. Uma criatura de raça indefinida permaneceu parada perto de um determinado produto. A dona do estabelecimento chama sua atenção, e elas conversam algo. Ela corre os olhos rapidamente por todo o lugar, como se procurasse algo. Dá pra ver seu rosto nitidamente nesse momento, o olhar ansioso, esquisito. Ela então avança novamente para os gengibres, pega alguns e coloca nos bolsos, indo embora logo depois. Aquele rosto bonito era de uma assassina em série?

Ou pior a criatura que havia voltado a vida através da magia obscura. Uma magia tão antiga e proibida dentro dos dois reinos. O concílio dos anciões já estavam ciente do ocorrido e a ordem era exterminar as Lâmias, quanto ao Jack por ele ser o imperador de Marlòvia deveria ser levado perante ao concílio para ser julgado pelos anciões.

Algum tempo mais tarde um dos grupos de caçadores apreendeu dois viciados nas ruas, que alegavam ter visto "uma linda criatura feminina pelada tomando banho de chuva". Juraram pelos Deuses, mas não conseguiram dizer de onde ela veio, nem pra onde foi. Acreditavam ser uma bruxa ancestral ou mesmo uma ninfa da natureza, nesse caso ela seria do outro lado da floresta sagrada. Discutiam entre si de tão drogados que estavam pelo excesso de sangue barato ingerido.

- E ela tinha uma marcada tatuada no braço! Era flores!... Melhor era uma folha de verbena. Disse um dos vampiros rindo sem parar.

- Não era uma folha de verbena! Era... outra coisa.

Devil ia montando peça por peça do quebra-cabeça, quando sua linha de raciocínio foi cortada pelo toque do seu comunicador.

- O perito achou informações interessantes nas memórias recolhidas das vítimas da sua fera. São memórias sobre outro crime que estamos investigando, com um estrangulamento REAL no final. É quente, Devil! A Lâmia é um animal selvagem no sexo!

Quase desacreditou na sua sorte. Antes das lembranças serem encaminhadas do perito para o seu distrito de investigação, já sabia que a Lâmia do estrangulamento seria a mesma do roubo do gengibre. Assistiu só para ter certeza. Ainda assim, estava na estaca zero. Quem era ela? Por que fazia aquilo, os estrangulamentos?

As bruxas, assim como os magos e feiticeiras não sabiam e não compreendiam a maneira da Lâmia agir. Em contra partida os anciões se recusavam a dar mais detalhes sobre o que sabiam sobre as Lâmias e o seu estranho poder obscuro.

A resposta para todas as questões de Devil naquele momento subia por uma trilha na montanha, em direção à floresta sagrada. Precisava reencontrar sua irmã de sangue e detê-la. A sobrevivente, que ela e seu mestre Jack deixaram para trás no incêndio do nascimento delas. Os anos se passaram, mas ela nunca aceitara de fato que tinha abandonado sua irmã. As Lâmias possuíam conexões antigas, inexplicáveis. Ambas sabiam, mesmo à distância, que a outra estava viva. Tinha pesadelos com sua irmã-Lâmia pegando fogo junto com o castelo de Jack.

Isso nas raras vezes em que dormia, já que quase não precisava descansar. Belle havia sido acolhida pelas fadas de Luz e douradas, as fadas a haviam purificado, trazendo a sua verdadeira origem ancestral.

Enquanto caminhava, lembrava de seu início. De sua "infância", por assim dizer. Era como uma criança normal, e não entendia direito como as coisas funcionavam. Ela não tinha um nome. Morava só com os Deuses antigos, que nunca a chamaram por nome algum. Eles sempre falavam em voz de comando, então ela desconhecia sutilezas como a expressão "Por favor", por exemplo. Nunca tinha respondido "Obrigada" na vida.

Na verdade, as Lâmias foram criadas para a proteção dos próprios Deuses que vinham viver entre as raças.

Então descobriu que à ela foi dada a vida a partir da morte assim que os Deuses pararam de viver entre as raças. Também devido à essas mortes - todas as Lâmias tinham sua maneira particular de aumentar os seus poderes - seus libidos sempre foram acima do normal.

Belle um dia encontrou os diários de criação de Jack, e entendeu o poder místico que o sêmen do enforcado tem em sua espécie. Feitas de fêmeas assassinadas, era meio óbvio que herdariam alguma tendência homicida. Mas Norns era fora do comum...

Belle planejou tudo, atraindo seu mestre e criador para uma armadilha sexual. "Você me deu a vida. Agora darei descanso as minhas irmãs."

Ela o enforcou e pegou seu esperma, agora mágico por conter sangue original. Sua irmã sem nome foi exterminada sem muito problema. Belle não precisou procurar por outros machos como Norns fazia, ela os enforcou durante o êxtase sexual e guardou seus fluídos. Quando achou que tinha o suficiente, parou de matar.

Norns foi de encontro a seu destino sem mesmo imaginar que uma de suas irmãs cortaria o mal que ela carregava em sua alma imortal.

Era nisso que pensava quando sentiu o fedor de sangue podre, que nem mesmo a chuva conseguiu lavar. À beira da mata fechada, ela foi tocando as folhas, sentindo as impressões que sua irmã-Lâmia emanava. Caminhando lentamente com a mão esticada, tateando as plantas ao redor, ela ia percebendo todos os acontecimentos que tiveram lugar ali. Os gritos, as fadas negras tentando lascar as raízes da árvore com seus punhais de obsidiana, às vezes espadas tão finas como agulhas feitas de prata. Pedaços de fetos, de bebês natimortos, e cadáveres de fêmeas já adultas espalhados por todo o chão.

As sementes dos novos receptáculos logo estariam florescido e colhidos pelas fadas negras.

Belle protegeria isso a qualquer custo.

- Falsas mentiras é somente o que me traz...?

Norns encolheu-se ao ouvir a voz gutural da Deusa Bera. Que era no que uma de suas irmãs Lâmias primordial a séculos atrás tinha se transformado, ali no meio daquela plantação de morte e renascimento. As carnes dos seres já tinham sido consumidas, mas nas poças avermelhadas ainda boiavam retalhos, vestígios de que um dia foram seres vivos com sonhos e objetivos que jamais seriam alcançados, além de diversas vasilhas e recipientes.

Cristais e velas de várias cores, oferendas de nobres e de seres considerados inferiores. Ritos em busca de que seus seres voltassem a vida novamente.

- Seus olhos... agora... são verdes? Mas não podem esconder as mentiras e maldades de sua alma!...

Norns enfim olhou para a Deusa que ela considerava um monstro feito de madeira, folhas e raízes enegrecida e chamuscada pelos incêndios. O que sobrava da parte dos Deuses nela - a herança dos ritos dos antigos originais - já tinha apodrecido há tempos. Ela tinha enterrado suas raízes ali e sobrevivia embebida com sangue de bebês abortados que as fadas negras lhe traziam. Comia carne morta também, um hábito horrível que adquiriu com o tempo.

As transmutando em vida através de suas flores e sementes que traziam a vida perdida de volta a vida.

- As novas raças fabricam olhos da cor que querem agora. Meus olhos esbranquiçados chamavam muita atenção. - Norns respondeu. A conversa começou como uma brisa que sopra forte na floresta sagrada.

- Que marca horrível... é essa? Como permitiu ser controlada por um ser tão indigno e cruel como aquele falso imperador?

- É uma marca!... A marca do clã da família Nemesis. Jack fez isso em mim. Pra me marcar como dele. E ele não é...

- Calada sua indigna criatura. Nossas irmãs foram manchadas por causa de seus atos imundos... E você permitiu. Gritasse... com ele! Ordenasse que tal ato seria abominação aos olhos dos Deuses!...

- Eu não tenho seu poder, irmã. Acho que é por não ter raízes, como você.

- Suas mentiras não me enganam!... Por que... veio... ao meu templo?

Não sabia a resposta para aquela pergunta: "Pensei em ficar com você."

- Não é... bem-vinda... aqui. - A boca, fonte dos gritos imortais, retorceu em desagrado.

- Eu poderia me enterrar por aqui. Não encontrei sentido na vida entre essas novas raças. Fiz muitas coisas erradas... E tenho consciência disso.

- Não ouse... enterrar-se... ao meu lado. Eu te mato. Minhas raízes... são antigas... mais fortes que as suas jamais serão! Você quebrou a aliança com as raças, juramos que jamais usaríamos nosso conhecimento e poder para o mal. Como pode deixar se seduzir por um vampiro assim?

- Eu faria isso por você, pra ficar ao seu lado. Eu posso mudar e...

- Não, não pode! Você fugiu de lá... junto com o mestre que tanto idolatra... poderia... ter se salvado... Mas escolheste o mesmo caminho daquele infame vampiro que destruiu o próprio clã.

- Eu estava assustada! Tinha fogo por toda parte e...

- Fogo. Sim, tinha fogo... que me queimou... incinerou minha beleza... e transformou meus sentimentos... em fumaça negra! Mas não usei os meus poderes antigos para destruir mas trago a vida de volta para aqueles que ainda desejam voltar. Da morte eu dou vida e um propósito!...

As palavras da Deusa Bera tinham contado à ela a história de sua vida e de seu destino. Em como ela chegara ali, queimada, mutilada, se arrastando. A Deusa Bera tinha uma forte ligação com suas irmãs Lâmias, e refletia isso em seu próprio corpo imortal.

- Saia daqui! Pois escolheste o seu próprio caminho assim que tirou a primeira essência!...

- Não, eu posso te ajudar. De alguma maneira. Eu preciso. Implorou Norns se ajoelhando perante a Deusa.

- Não preciso... de você. Nem de suas oferendas impuras, pois foram maculadas por sua maldade oculta. Nem de suas orações mentirosas e falsas.

- As fêmeas não lhe trarão crianças para sempre. Elas querem suas sementes em troca. E se continuar a perdoá-las, chegará um dia que elas queimarão você. Ou pior te abandonaram, como um dias as mesmas fizeram aos outros deuses ancestrais.

- Elas não... nunca...

- Eu posso trazer tudo o que precisa. Posso alimentar você.

As raízes da árvore se mexeram na terra.

- Ou você pode beber isso, e se levantar daí, e ir comigo. Eu daria esse poder ao meu mestre Jack, mas eu não o sinto mais. Ele me renegou completamente, seus pensamentos estão fixos em outra criatura.

- Como? - As órbitas negras da árvore se fixaram no frasco que a Norns trazia.

- É o fluído mágico dos enforcados de várias raças. Podemos conquistar o nosso lugar, trazer a Era dos deuses ancestrais de volta.

- Isso não vai acontecer! Afirmou Belle saindo de trás de um dos cristais, onde estava escondida ouvindo toda a conversa. - Enforquei o mestre por nossa Deusa-irmã. A morte da sem nome e a sua, vai curar Bera.

- O mestre... está morto?

- Ainda não. Pois não sou eu que vou arrancar a cabeça dele. Jack tem o seu destino já traçado e esse destino está ans mãos de outro! Afirmou Belle caminhando em direção a Norns que deu alguns passos para trás.

Bera sorriu, afirmativamente.

- Deusa-irmã, não escute Belle. Ela está mentindo também. Você sabe que a nossa frente tem uma enorme cidade perto daqui, esperando por nós. Tanto sangue, irmã, tantas vidas a nossa disposição.

- Silêncio alma infeliz! Disse Bera olhando em direção a Belle. - Tem a minha permissão, faça o que precisa fazer e vá viver a sua maneira!

As raízes sedentas se agitaram de novo, dessa vez com mais força.

Belle num movimento rápido e inesperado avançou contra Norns, suas garras cresceram em uma velocidade impressionante como diversas espadas afiadas.

Norns não esperava por ser atacada por sua própria espécie e sentiu o sangue sair por sua boca e olhos quando as garras de Belle atravessaram o seu corpo arrancando o seus corações. Belle sem exitar lançou os corações sobre as raízes da grande árvore mãe e com outro golpe certeiro arrancou a cabeça de Norns.

Esperou que o sangue de sua irmã Lâmia correr sobre o solo escuro e recolheu a cabeça, colocando num saco feito de velcro vermelhou. Pegou o frasco e o derramou sobre as mesmas raízes.

- Sei que não desejava isso, irmã-deusa, mas esperar por mais mil séculos por sua completa regeneração não acho algo certo. Precisamos que esteja com todos os seus poderes no máximo, pois a nova Era virá em breve. As raças irão traçar os seus próprios caminhos e não devem mais utilizar os seus poderes para justificar os seus próprios atos errados. Seja liberta e viva por si mesma. Adeus! Disse essas palavras e foi embora terminar o seu atual propósito.

A Deusa Bera caiu sobre o solo sentindo dor e prazer, se libertando de um antigo juramento. E ao abrir seus olhos ela estava do outro lado, não voltaria a por os pés novamente na floresta sagrada que naquele instante também estava se transmutando. O templo e as oferendas estavam desaparecendo como todo o conhecimento sobre a ordem negra também. As fadas Negras estavam livres e diante de um novo destino que lhes assustavam.

- A liberdade é um dos piores medo, quando você é prisioneiro das circunstâncias e acostuma-se em sua própria prisão. - Murmurou Belle.

- Você Belle não hesitou no momento da traição, mas compreendo os seus atos. Você partiu em busca de uma aventura sem pensar que poderia estar magoando a mim ou as suas outras irmãs. Não respeitou a promessa de lealdade que fez a si mesma, nem mostrou consideração pelo antigo juramento de nossa raça as demais raças. - Falou a Deusa Bera rindo se afastando. - Se era liberdade que queria, já poderia ter me dito antes. Eu daria espaço para você satisfazer seus caprichos egoístas. Daria tempo para você ir em busca de uma nova paixão ardente, como se tivesse retornado à sua adolescência. Daria tudo isso para você, menos a garantia de que permaneceria do seu lado. Mas essa foi a sua escolha, boa sorte minha irmã.

Belle suspirou e continuou a sua caminhada em direção ao distrito dos caçadores.

- Você sabe como eu amo você Bera e as minhas irmãs, mas não posso continuar fazendo este papel, encarando toda esta situação com passividade. Não posso permitir que o meu coração seja humilhado e despedaçado desta forma. Durante dias, meses, ou até anos, talvez tenha sido ingénua e acreditado cegamente nas suas palavras de amor, mas agora é o momento de colocar um ponto fina em tudo isto. Você agora é livre para fazer da sua vida o que quiser. Assim como eu e não se preocupe eu aceito as consequências de minhas escolhas.

Na enorme cidade perto dali, a mesa de Devil estava abarrotada de documentos, papeis recolhidos no castelo vermelho e alguns manuscritos antigos; depoimentos de testemunhas e relatos de mais de mil informações diferentes sobre a possível assassina, além do "roubo do gengibre" - era o que estava martelando em sua mente. Um mapa na parede dos locais onde as vítimas haviam sido encontradas e onde mostrava todas as ocorrências, começando com o infeliz enforcado no carro, nos arredores de Marlóvia. Os crimes não tinham nenhum padrão geográfico, não davam nenhuma pista do paradeiro da criminosa. Mas Devil o caçador estava cada vez mais pronto pra ela. E a pegaria.

Perdeu a conta de quantas vezes revisou os documentos sobre os estrangulamentos. Conhecia cada centímetro do corpo da assassina. Sua tatuagem era uma das provas que Jack Nemesis estava por trás de tudo.

Um corpo daqueles excitaria qualquer um, então não se culpou nem por um segundo quando também se viu atraído sexualmente por ela. Devil em todos esses anos jamais havia se interessado por nenhuma fêmea. Mas por que a Lâmia mexia tanto com ele assim?

Antes de deixar a sala e ir dormir, examinou mais uma vez o rosto dela.

Provavelmente sonharia com ela naquela noite. E em muitas outras seguintes.

Devil virou uma taça de sangue antes de deitar, fechou os olhos devagar e logo sentiu a lâmina fria sobre sua garganta.

- Não precisa me ameaçar eu sei de todos os seus crimes e...

- Como um caçador de elite deveria saber que eram três Lâmias e não apenas uma. Disse ela sussurrando na escuridão perto demais do pescoço dele, Devil sentiu o hálito fresco sobre sua pele arrepiada.

- O que foi que você disse? Perguntou Devil tentando se levantar.

- Calma vampiro, eu já cuidei das minhas irmãs. Acenda a luz devagar e use a sua mão direita. Se tentar algo corto a sua deliciosa garganta. Disse ela sorrindo e lambendo a pele dele.

- Suas...

Rindo Belle o viu movimentar e acender a luz do abajur.

- O que quer de mim? E por que eu devo acreditar em você?

- Pode me chamar de Belle!... Avisou ela dando um salto para trás e se sentando na poltrona da frente. - Estou aqui para lhe dar este presente.

Belle levantou um saco de veludo vermelho e jogou sobre o vampiro que havia se sentado na cama.

- Belo quarto, digno realmente da realeza de Morlóvia. Espero que isso o satisfaça por enquanto. Agora aqui estão os registros pessoais de Jack Nemesis. E não, eu não o matei. E não foi por falta de vontade. Explicou ela brincando como o seu punhal sem tirar os olhos do vampiro.

Devil com gestos comeditos abriu o saco e viu duas cabeças femininas dentro. Elas eram idênticas a fêmea sentada em sua poltrona favorita.

- Por que você matou as suas irmãs? Indagou ele curioso.

- Por que sou uma caçadora também. Pertenço agora a guarda real das fadas douradas e da Luz, você sabe o que significa?

Devil suspira ficando de pé e colocando o saco no chão.

- Foi purificada pela magia celestial delas!... Certo, mas não vou agradecer por isso.

- Não estou lhe pedido isso meu princípe! Ela levantou e foi em direção a janela.

- Onde pensa que vai?

- Vou caçar, por que meu príncipe?

- Bem, podemos nos ver novamente... Eu...

Ela sorriu e pulou pela janela pairando no ar.

- Pode deixar que eu te encontro meu Príncipe...

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