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Capítulo 3 - Iguala-se ao Inimigo


"Não é vingança. É a Lei de Sangue!..."

Os saltos dos sapatos cor de vinho de Scarlett Redfield produziam um som oco, enquanto ela caminhava, devagar, pela galeria que levava ao anfiteatro. Com a organização quase deserta era difícil acreditar que, apenas um mês atrás, aquele local estivera superlotado de guerreiros procurando, apressados, as salas de treinamento. Setecentos anos de uso tinham gastado as tábuas largas do assoalho, tornando-as lisas e até abauladas em alguns lugares, enquanto os corrimãos das escadas e balaustradas das galerias haviam-se tornado ásperos, devido aos muitos corações, iniciais e datas gravados em sua superfície.

Os jovens vampiros eram bem destrutivos e criativos em muitos aspectos.

Distraída, Scarlett traçou com a ponta do dedo as iniciais V.K., classe de 1924; e K.V., classe de 1975. Mais adiante, estava gravado um coração com uma flecha atravessada, e ela não pôde deixar de imaginar o que tinha acontecido com seus ocupantes. Teriam eles se casado, tido filhos? Se tinham, estaria nos planos deles mandar os filhos para o grupo de Investigadores Sobrenaturais de Nemesis?

— Bem... — Scarlett exclamou, alto. — Eles deram azar, se estavam planejando mandar os seus herdeiros para cá.

Como sempre, a lembrança de que aquele lugar iria ser demolido causou-lhe tristeza.

Ela sabia que estava sendo pouco profissional, sentimental e tola, pois a grandiosa mansão Red da família Nemesis nem mesmo fora o lugar onde receberá seu treinamento. Ela recebera o título de guerreira Sanguinária pelas mãos dos anciões de seu clã Los Angeles Púrpura e nada a ligava a mansão Red, a não ser o fato de que estaria trabalhando ali. Os manuscritos e documentos ali dispostos seriam leiloados em breve e seu clã estava ansioso por tê-los em mãos.

Mas enquanto olhava para o belo pátio da mansão, Scarlett não tinha dúvidas de que, se tivesse descoberto este local antes, teria feito parte de sua lista de guerreiros. Em termos de cenário, a mansão ou melhor o antigo castelo vermelho estava numa posição invejável: aninhado num vale, ao pé de algumas das mais espetaculares montanhas de Morlóvia, havia permanecido inalterado ao longo dos séculos, graças aos anciões do clã Nemesis extremamente competentes que tivera.

Agora, no entanto, o Castelo Nemesis deixaria de existir alguns séculos atrás, mas sendo quase todo recuperado pelos esforços de Vivica Nemesis, alguns contam que ela ficou meses reclusa na parte obscura da mansão Red. Mas o mais estranho é que ninguém sabe o real motivo disso ter ocorrido.

A partir do século seguinte, Jack Nemesis III transformaria o velho castelo num rival de seus obcecados planos, controlar a caça e os atuais caçadores, na disputa de uma porção do multimilionário negócio que explorava a guerra entre os dois mundos, humanos e vampiros. Seu trabalho seria redesenhar o local, transformando-o num na central de seu novo governo, algo bem elegante e luxuoso, próprio para os vampiros do alto escalão, os originais de alto poder aquisitivo.

Scarlett era da terceira casa de originais, ela moveu-se devagar ao longo da balaustrada, acariciando, com a mão, a história de diversos clãs ali traçada. Procurando as menores desculpas para ficar para trás e evitar o grupo agora se reunindo no anfiteatro, para a cerimônia de despedida, ela parou para observar o vôo de um escaravelho, vindo do pátio. Quando o mesmo desapareceu, seu olhar voltou-se para o grupo de álamos, localizados atrás do campo de rosas vermelhas como o sangue. Tentou imaginar os passos que Vivica havia dado naquele local, uma pista de seus reais motivos por proteger com a própria vida um lugar tão sombrio, mas magnífico como aquele local, mas, só de pensar na destruição das árvores de fogo, sentiu-se mal. Ainda estava olhando para lá, quando foi surpreendida pela aparição de um corredor, na trilha que rodeava o campo de rosas.

Como todos os guerreiros já tinham sido transferidos para outros centro de treinamento como ordenou Jack, não estava esperando ver, no caminho sangrento, ninguém que não pertencesse ao grupo reunido no anfiteatro.

O vampiro contornou o campo de roseiras dando uma impressão de liberdade incrível, executando cada movimento com uma graça e um ritmo extraordinários, que faziam sua corrida parecer fácil, realizada sem o menor esforço.

Scarlett continuou a observar enquanto o homem alto, de cabelos negros, usando botas escuras, um longo sobretudo e uma rosa vermelha em suas mãos, completava mais duas voltas pelo labirinto de rosas numa velocidade impressionante. Ele ainda estava muito longe para que pudesse distinguir-lhe o rosto com clareza, mas ela pôde ver que tinha feições proeminentes e angulosas, e talvez uns trezentos e poucos anos de idade.

O vampiro completou as duas voltas como se estivesse participando de uma corrida de treinamento de velocidade a muito disputada, depois reduziu a velocidade para um simples caminhar. Com os músculos das pernas e dos braços mais pronunciados devido ao exercício, a pele brilhando como grama molhada pelo orvalho noturno, as mãos apoiadas nos quadris estreitos e a cabeça jogada para trás, como se estivesse tomando parte num antigo rito de adoração ao surgimento da segunda lua de sangue do mês, ele cobriu a parte mais distante da trilha com passos lentos.

Scarlett prendeu a respiração, um sentimento primitivo agitando-se dentro dela.

Aquele era o vampiro mais atraente, selvagem e sensual que já vira. Um arrepio de pura atração sexual percorreu-a, afastando uma vida inteira de pensamentos rigidamente civilizados realizados por suas maciças aulas de etiqueta dentro de seu clã.

Quando viu para onde seus pensamentos a estavam levando, Scarlett se censurou, rindo baixo.

— Scarlett, você acaba de perder o direito de se queixar dos vampiros de nível inferior, que param para olhar uma bela espécime de sua raça passar.

Mesmo assim, ela continuou a observar o vampiro, incapaz de desviar os olhos, com a estranha sensação de que o homem a estava forçando, mentalmente, a olhar para ele. Isso poderia ser verdade, se o vampiro fosse de sangue nobre, o que seria muito impossível. Tentou se convencer de que estava apenas admirando um excepcional trabalho de arte e de guerra, como faria se estivesse num museu de Morlóvia. Que aquela peça de escultura fosse capaz de se mover, não deveria fazer a menor diferença.

— Boa tentativa, mas não deu certo, Scarlett.

Desta vez ela riu alto, surpresa com a lógica que sua mente tinha usado para tentar encobrir os pensamentos sensuais. Não poderia imaginar que sua longa e auto-imposta vida celibatária acabaria por se voltar contra ela de forma tão dramática, transformando-a numa fêmea frustrada, cheia de desejos.

O relógio da torre leste bateu dez horas, tirando-a de sua abstração e fazendo-a perceber, embaraçada, quanto tempo estivera observando o vampiro fazendo o seu treinamento. Depressa, Scarlett olhou em volta, sentindo-se aliviada por não ter sido pega em flagrante. Seria detestável se alguém viesse lhe pedir satisfação de sua atitude.

Quando a última badalada ressoou pelos ares, Scarlett levantou a saia de seu vestido cor de vinho bem acima dos joelhos e disparou para o anfiteatro, correndo o mais rápido que seus os saltos de sete centímetros de suas botas lhe permitiam. Jack ficaria furioso, se chegasse atrasada, e a última coisa que estava precisando, naquele fim-de-semana, era de um sermão sobre profissionalismo.

Dizer que Jack estava ansioso para receber as terras do castelo de volta, era dizer pouco. Ele estava agindo como um vampiro inveterado que tivesse ganho, de uma só vez, a herança de seus pais e a parte que iria a sua irmã. O que não fazia sentido, pois a riqueza da família Nemesis era legendária dentro de Morlóvia. Ou talvez fizesse, pois havia rumores na cidade de que Jack fizera muitos investimentos tolos com o dinheiro da família, desde a morte dos pais e da irmã Vivica.

Scarlett abriu a porta dos fundos, que levava ao palco do anfiteatro, e tentou distinguir o som de um discurso. Mas só o vozerio baixo, de pessoas conversando, chegou a seus ouvidos felizmente. Tinha conseguido chegar a tempo.

Enquanto caminhava até a parte da frente do palco, Scarlett examinou Jack. Como sempre, ele parecia ter saído das páginas de um elegante conto de fadas ás avessas. Frio, composto e impecavelmente vestido, ele era a imagem exata da ideia que o mundo da moda fazia de um vampiro original. No entanto, na vida real, poucos eram os vampiros abençoados com a aparência de Jack Nemesis e que tinham tempo para manter o se status por tantos séculos. Ela aprendera a conhecê-lo melhor do que desejava, nos últimos cento e oito meses, e estava certa de que, dali a mil anos, aos quatrocentos e oitenta anos de idade, o herdeiro dos Nemesis continuaria a ser tão atraente e superficial quanto era agora. Outra coisa que descobrira, nos últimos meses, era que, por meio de longas conferências na central de seu clã, que se transformavam em saídas sociais ligadas aos negócios e, portanto, irrecusáveis, estava sendo levada, sutilmente, a assumir a posição de par de Jack por imposição de sua família e de seus anciões.

Com a maior discrição possível, Scarlett cruzou o palco e sentou-se na cadeira que lhe fora destinada, ao lado dos vampiros de puro sangue. Enquanto arrumava a saia e lutava para controlar a respiração, correspondeu ao olhar preocupado de Jack com a expressão mais inocente de que era capaz.

— Chegou em cima da hora, hein... — Ele comentou com frieza.

Scarlett sorriu.

— Tive que parar para tirar algo dos meus olhos.

"E da minha superativa imaginação, também", pensou, olhando em volta e surpreendendo-se ao ver que o auditório de quinhentos lugares estava lotado de um amaneira bastante estranha.

— Vocês estavam esperando tanta gente? — Perguntou, aproveitando para levar a conversa para um terreno neutro.

Jack deixou escapar uma exclamação de impaciência.

— Parece que Aruna tem uma queda pelos grandes espetáculos. Ele não só convidou todos os guerreiros e ex-guerreiros que moram na região e que já contribuíram com um dragma para este castelo maldito, como também convenceu alguns anciões de que valeria a pena virem a esta cerimônia. Na certa pensou que seria vantajoso, para ele, sair em grande estilo. Não sei onde a minha irmã estava com a cabeça quando delegou tanto poder a um mestiço. Pelo que ouvi dizer, muitos vampiros só foram convidados ontem à noite.

— Talvez seja esse o modo dele agradecer à todos que o ajudaram, angariando fundos para o grupo de Investigadores Sobrenaturais. — Scarlett comentou, lutando para manter a voz livre do desgosto que as palavras de Jack tinham lhe causado.

Ela examinou-o de novo, e desta vez notou que estava usando um anel com o emblema da família Nemeses. Nunca o vira com esse anel e não pôde deixar de imaginar quem ele estaria tentando impressionar, com tal gesto de lealdade falsa.

— Pode ser... — Jack concordou, distraído. Depois, acrescentou, em indisfarçável tom de ameaça. — Mas se não for isso... Se estiver pensando em usar um trunfo de última hora, vou...

Scarlett estremeceu. Sabendo o que a esperava, tinha tentado se livrar daquele fim-de-semana mais de uma dúzia de vezes. Mas o mais velho dos anciões, do seu clã, eles e sua nobre família, os vampiros da terceira linhagem de sangue puro que a obrigaram e comandava uma boa parte de seu tempo livre, insistira que ela era a vampira ideal para acompanhar o príncipe de Morlóvia mais importante naquele triunfante fim-de-semana. Afinal, ela era a principal vampira que ainda não tinha companheiro que substituiria seus pais que estavam enfrentando diversos conflitos com os grupos de caçadores humanos, pois seu clã ficava bem na divisa entre os dois países e tinha trabalhado mais com Nemesis do que qualquer outra vampira nos últimos anos. Além disso, Jack havia pedido, especificamente, que Scarlett Redfield o acompanhasse.

Atenção especial aos desejos e necessidades do último herdeiro original da família Nemesis era uma das coisas que tinham colocado os anciões em alerta, eles e sua família de repente passaram para a alta posição em que agora estava. A escolhida entre diversos clãs, talvez até seria a monarca que governaria ao lado... caso Jack assim desejasse.

Esta parte adicional de seu destino lhe tinha sido muito bem explicada, quando Scarlett nascerá dentro do clã Redfild. Mas havia ocasiões, como durante este fim-de-semana, em que nem mesmo o prestígio e as oportunidades que tinha, como herdeira do terceiro ramo de vampiros puro sangue; Redfild, pareciam valer a pena.

Enquanto esperava pela chegada do diretor, para dar início aos procedimentos, Scarlett repassou, na mente, o discurso que deveria fazer. Da forma mais breve possível, descreveria as mudanças que o castelo sofreria e quanto tempo gastaria nisso, terminando com um agradável.

— E esperamos vê-los todos de novo aqui... só que, da próxima vez, prontos para lutar por seu legítimo soberano. Ugh! Tomara que não engasgasse com as palavras.

Dando uma olhada em direção ao pêndulo que controlava as horas noturnas, Scarlett viu que já eram dez e quinze. Fora uma sorte o diretor Aruna estar atrasado, pois isso permitira que seu próprio atraso passasse despercebido por todos, menos por Jack. Um movimento nas cortinas da esquerda chamou sua atenção. Abrindo caminho por entre as pregas de tecido vermelho-real, vinha o diretor. Ele parou um momento para ajustar a gravata, antes de subir ao palco e aproximar se do centro, saudado por uma grande ovação de guerreiros. Ali havia jovens vampiros de vários níveis além, de lobisomens e bruxas.

 2220 Palavras


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