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Aemond estava dividido entre não querer que seu cio acabasse, para sentir o corpo de Jaehaerys no seu para sempre. E querer que ele acabe urgente, por que não aguentava mais, seu corpo estava cansado. Os intervalos da lucidez estavam cada vez mais curtos, ao ponto de não conseguir mais sair do quarto.
- J-jae...deuses.
Num momento, ele estava sentado no colo do irmão, inconvenientemente vestido, se esfregando nele, e agarrando seus ombros com força. Como aquele maldito tinha tanto alto controle, quando Aemond só conseguia pensar em ser fodido. Ah, claro, ele era o único a estar no cio ali.
- Vai acabar, está tudo bem.
Aemond soltou um soluço esganiçado. Fazia quase três dias que ele estava assim, uma rodada mais desgastante que a outra. Somente os dedos de Jaehaerys não estavam mais sendo o suficiente.
- J-jae, mais, mais. Não suficiente, eu preciso de mais.
Jaehaerys apertou o braço em sua cintura, e colocou o terceiro dedo em seu buraco escorregadio.
- A-ah, deuses, oh meus deuses.
- Isso irmãozinho, bom menino. Senta devagar. - Jae cheirou o pescoço do mais novo, que choramingou.
- N-não, devagar não.
A risada do mais velho levou um arrepio pela coluna do mais novo.
- Não peça uma coisa dessas, quando for meu pau em você, irmãozinho.
- Porque?
Jaehaerys mordeu a curva do pescoço alvo de Aemond, que chegou ao ápice, abafando o grito contra o ombro do irmão.
- Por que, você vai se machucar.
O choramingar do mais novo arrancou um sorriso de Jaehaerys. Aemond estava imaginando.
- V-vou ? Eu gostaria muito de ver, esse seu lado selvagem, irmão mais velho.
Os olhos de Jaehaerys se iluminaram, e mais rápido do que Aemond pôde reagir, ele os virou na cama, deixando o mais novo por baixo.
- Eu vou te dar um gostinho do meu lado selvagem, Ae, um gostinho do que eu vou fazer, na nossa noite de núpcias, quando eu tirar a sua virgindade.
Aemond lambeu os lábios e abriu as pernas.
- Promessas alfa, promessas.
Jaehaerys riu, e ficou entre as pernas do irmão, uma mão puxou o cabelo dele para expôr sua garganta, que a outra mão apertou com gosto.
- Já devia saber que sou um homem de palavras, irmãozinho.
Aemond mal podia esperar para confirmar.
* * *
Na manhã seguinte, o corpo do terceiro filho estava exausto, cheio de chupões e mordidas, e uma marca de mão no pescoço. Mas se sentia muito melhor, o corpo mais leve e fresco.
- Se sentindo melhor? - Pergunta Jaehaerys, colocando uma bandeja de frutas no colo do irmão.
- Sim. - Aemond tentava mascarar a vergonha, mas era bem visível em sua pele pálida.
As coisas que fez ontem...o que implorou para Jaehaerys fazer com ele. Deuses.
- Ei. - Jae virou o rosto do mais novo com delicadeza. - Está tudo bem, você estava em sua bateria, não precisa ficar envergonhado.
- Eu não estou.
Jae riu, era visivelmente mentira, mas ele não insistiu no assunto.
- Trouxe frutas e água fresca, precisa recuperar suas energias.
- Obrigado.
- Claro, papai quer que comecemos os preparativos o mais rápido possível, nos casamos até o fim da semana.
Aemond ofega surpreso.
- Mas já ?
- Não vou te mentir irmão, o pai está muito ruim, eu acredito que a pressa dele, se deve ao fato de temer não resisti por muito mais tempo, para presenciar a cerimônia.
O terceiro filho balança a cabeça em compreensão.
- Acho que podemos fazer isso?
- Claro, meus termos ainda estão de pé, tudo será como você desejar, irmão.
- Você é um alfa, um dragão. Pode simples tomar o que quer.
Os olhos de Jaehaerys se erguem da fruta vermelha que cortava em pedaços.
- Eu não sou Aegon, irmão.
Aemond engasga com a água.
- Deuses, eu não...eu não estava insinuando isso. Eu só estava...estava tentando pontuar que você não precisava de todo esse cuidado, mas ainda sim o tem.
- Eu não sou Aegon!
- Não, ele jamais será metade do homem que você é.
Foi a vez de Jaehaerys corar. Ele pigarreou e ofereceu um pedaço de fruta a Aemond, que abriu a boca lentamente, pegando a fruta oferecida. O pequeno desjejum do par foi regado a olhares, e alimentar um ao outro, inocentemente, agindo como o casal, que em poucos dias seriam.
Uma batida na porta interrompeu o pequeno momento, era como se a bolha tivesse sido furada.
- Entre. - Demanda Aemond.
A porta se abriu, revelando uma tensa Alicent. Jaehaerys tem que usar de todo sem auto controle, para não afasta-la de seu omega, quando ela se aproxima da cama.
Espera...seu omega ?
- Bom dia, meninos.
- Uh. - resmunga Aemond.
- Bom dia, minha mãe.
Alicent olha em volta do quarto, como se precisasse de inspiração, para iniciar essa conversa.
- Eu vim comunicar que começaremos os preparativos hoje mesmo. Irei acompanhar cada passo e...
- Não!
A rainha piscou algumas vezes e franziu a testa, ela e Jaehaerys olharam confusos para o rapaz de um olho só.
- Não?
- Não! Healena e Daeron irão me ajudar, não preciso de sua ajuda.
O guincho ofendido da mulher, quase fez Jaehaerys rir, quase.
- Eu sou sua mãe, a rainha. Daeron e Helaena não tem experiência para...
- Muito bem, eu pesso ajuda até mesmo de Rhaenyra. Mas não quero sua intromissão em meu casamento.
Jae mordeu uma fruta, enquanto olhava de sua mãe para seu irmão, e vice versa.
- Isso é um absurdo, eu sou a mãe de ambos os noivos e a rainha. Irá preferir os conselhos daquela...da sua irmã, que você detesta, do que os meus ?
- Rhaenyra não escondeu de mim a minha vida toda, que eu era a porra de um omega.
Alicent joga as mãos para cima indignada.
- Então é disso que de trata? Eu estava lhe protegendo, bem que seu avô me disse, para não lhe mimar tanto.
Aemond se levantou enfurecido.
- Mimado? MIMADO? ESTAMOS FALANDO DA PORRA DA MINHA SEGUNDA CONDIÇÃO DE GÊNERO. COMO VOCÊ OUSA SUGERIR QUE EU QUESTIONAR SUAS ATITUDES SORRATEITAS SÃO UM CAPRICHO MEU.
- ABAIXE O SEU TOM PARA FALAR COMIGO, EU SOU SUA MÃE.
Jaehaerys mordeu uma maçã, acompanhada de uma taça de vinho, enquanto observava a discussão se desenrolar.
- Mãe, que mãe engana seu filho durante anos ? ME DIGA. E não finja que fez isso para meu bem estar.
- Você não devia dar ouvidos a Aegon.
- Não é dar ouvido a Aegon, é constantar o óbvio. Você só não queria que todos soubessem que você gerou uma vergonha, um defeito da família Targaryen. Aliás, mais um, não é mesmo ? Você com certeza não consideração Helaena um motivo de orgulho.
- Eu amo sua irmã, eu amo você.
- Ama mesmo? Pode até ser, mas tem vergonha do que somos.
- Eu não...
- Para, só para de mentir, uma vez na sua vida. Você consegue? Você tem essa capacidade ?
- Muito bem, você quer a verdade? Eu lhe digo a verdade. Eu não queria que ninguém soubesse, por que um omega está longe de ser motivo de orgulho. Pelo contrário, seríamos motivo de chacota. Você seria ridicularizado, nossa família seria humilhada. Assim como será. Eu estava protegendo você, a família, a minha honra, a nossa honra.
Aemond riu.
- Nossa honra. Você só se importa com poder, e você mesma.
- Isso não é verdade, eu me importo com você e seus irmãos.
- Por favor, você mal olha para Daeron, eu e Helaena praticamente o criamos. Você só dá atenção para ela por obrigação, e muito mal dada. Aegon cresceu do jeito que cresceu, e olha para ele agora. Você me tinha como favorito, mas me enganou a vida toda. E Jaehaerys é o seu objeto de orgulho, para esfregar na cara de Rhaenyra e dos outros nobres, o quão brilhante e prodígio, seu filho é. Você só nos ama até quando podemos lhe dar motivos para se gabar.
A rainha estava tremendo, como se quisesse chorar. Mas orgulhosa demais para isso.
- Não, não é assim.
- Você quer que sejamos todos perfeitos, na esperança que o pai nos ame acima de Rhaenyra. Na esperança que ele te ame acima dela...de Aemma.
Tudo aconteceu muito rápido, um tapa estalado soou pelo quarto, com tamanha força, virando o rosto de Aemond. E segundos seguintes, Alicant estava pressionada contra a parede, com uma faca em sua garganta.
- Não, toque, nele. - Rosna Jaehaerys, pausada e perigosamente. Os olhos fixos nos dá rainha.
- Você me mataria, filho ? - Por mais que tentasse manter a pose arrogante, era notável o medo nos olhos da rainha.
- Por ele ? Sem nem excitar, majestade.
- Seu pai lhe puniria.
- Ele não se importa com você o suficiente pra isso, sabemos disso mãe. Entre uma esposa que ele mal se lembra na maior parte do tempo, e seu filho pródigo, a quem ele vai defender?
Alicent engoliu me saco, e segurou a mão de seu filho.
- Solte-me, Jaehaerys.
Aemond observava a cena com fascinação. Se o cio havia passado, por que diabos ele sentia calor em seu baixo ventre?
- Vá embora mãe, não precisamos da sua ajuda para esse casamento. Preserve o pouco do respeito que temos por você, que ainda sobrou.
Jae soltou a mulher devagar, que esfregou o pescoço, ela olhou para cima, avaliando cada um de seus filhos.
- Eu só queria o melhor pra você, Aemond.
- E eu não acredito nisso.
Ela balançou a cabeça, e marchou para fora do quarto. Os dois irmãos ficaram em silêncio.
- Não ligue para ela.
Aemond se virou para o irmão.
- Como você e Aegon sabiam?
Jaehaerys suspirou.
- Estamos brincando de esconder na ala dos miestres. Ouvimos ela conversar com um deles, quando saiu o resultado da sua apresentação. Tentamos sair sem ser notados, mas ela nos viu. Nos fez jurar nunca contar a ninguém, fez até algumas "sutis" ameaças.
Aemond balançou a cabeça.
- É típico dela.
Jaehaerys balançou a cabeça em concordância, e se aproximou do mais novo, esfregando seus ombros.
- Esqueça ela por enquanto, temos um casamento para organizar.
Aemond deu um sorriso inseguro. Ele tinha medo de onde as coisas iriam parar, com a organização desse casamento.
Não seriam muito tranquilas.
***
- NÃO, ABSOLUTAMENTE NÃO.
Nada, nada tranquilas. Por que pelos deuses, ele achou que seria uma boa ideia envolver Rhaenyra nisso ? Não que fosse preciso ele chama-la, ela iria de qualquer forma, intrometida do jeito que era.
- É a melhor decisão.
- Eu me recuso.
- NÃO existe outra opção.
Os filhos dela, as filhas de Daemon, Helaena, Aegon, Jaehaerys e até mesmo o próprio Daemon estavam presentes. Acompanhando atentamente a discussão.
- Tem que haver um jeito.
- Ah para de agir como se fosse o fim do mundo.
- É irmão, pense pelo lado positivo, pelo menos você não vai se casar com o alfinha fajuto ou com o nervosinho.
Jacaerys rosnou para Aegon e disse :
- Quer que eu esfaquei o outro ombro?
- Lavandas. - Comenta Healena, antes que qualquer um pudesse dizer qualquer coisa.
Todos se viraram para ela.
- O que? - Pergunta Jaehaerys, franzindo a testa.
- Lavandas para a decoração, são bonitas, cheirosas e simples. Combina com a ocasião.
- Podemos levar em consideração, se alguém parar de dar chilique com os termos do casamento.
- Não podemos levar em consideração, vamos levar em consideração. - Ele se virou para a irmão, que tinha os dois filhos aos seus pés. - Gostei da sugestão Helaena.
Ela sorriu, alisando a saia do vestido.
- Eu também gosto. - Comenta Jaehaerys.
- E voltando ao assunto anterior, Rhaenyra. - Aemond se voltou para a mais velha. - Eu não estou dando chilique.
Rhaenyra estava insistindo em uma cerimônia valiriana, já que os Sete não tinham a muito tempo, espaço em suas crenças para um casamento como o de Aemond e Jaehaerys, desde o último evento envolvendo um casamento entre um omega e um alfa. Assim, esse tipo de casamento foi banido das leis dos sete.
- O pai concordou.
Todos ficam surpresos com a fala da primogênita do rei. Não Aemond. Rhaneyra sempre consegue o que quer do pai. Nunca foi diferente.
- O pai permitiu ? - Pergunta Aegon.
Aemond solta um riso debochado.
- Claro que permitiu.
Jaehaerys se aproximou, tocando o braço de Aemond.
- Não é o fim do mundo, só...vamos resolver isso logo.
O mais novo bufou e revirou os olhos.
- Tá.
- Isso ai, cadelinha obediente. Sabia que você ia se adaptar bem. - Brinca Aegon.
- Eu vou te esfaquear. - Dizem os noivos em unissono.
- Calma gente, eu venho em paz.
Jaehaerys revira os olhos, ignorando o gêmeo.
- Então, está decidido.
- Eu estava pensando em...
- Nada, cansei dos seus mandares. O casamento é meu, você estava aqui pra ajudar, não para mandar nele. Mas já que não tem essa capacidade, fique ai e mande no seu marido e nos seus filhos.
Rhaenyra olhou para o mais novo com uma cômica expressão indignada. Daemon e Aegon seguravam expressões divertidas.
- O que!?
- Vamos Healena, Daeron.
Aemond girou nos calcanhares, sendo seguido pelos dois citados, e os dois pequenos sobrinhos.
- Ele me lembra alguém. - Comenta Daemon divertido.
- Quem ? - Pergunta Rhaena.
- Sim, quem ? - Pergunta Rhaenyra, desafiadoramente.
- Você mesma!
A mulher rosnou e saiu a passos pesados do jardim.
- TEREMOS UM CASAMENTO. E vai ser um fiasco. - Diz Aegon, se escorando no ombro de Jacaerys, que deu um passo para o lado para se afastar, causando uma quase queda no primo. - Que grosso.
* * *
Como o rei desejou, o casamento foi preparado para acontecer o mais breve possível. Foi preciso um esforço considerável para que o Alto Septão concordasse em abençoar a união. Mas assim foi feita. Toda a atenção de Jaehaerys estava nos lábios de Aemond, quando ele os cortou, o polegar de Jae demorou alguns segundos a mais do que o necessário, no lábio inferior do mais novo, ele colheu o sangue e passou na testa do irmão, que retribuio o ato.
Aemond segurou a palma da mão de Jaehaerys na sua, fazendo um corte e entregando a adaga ao mais velho. Jaehaerys beijou a palma da mão alheia, antes de corta-la. Eles dão as mãos, sorrindo mínimamente um para o outro. A sensação pegajosa dos sangues de misturado e escorrendo pelos dedos e pelas mãos, é nojenta, mas nenhum dos dois parecia se importar. Jaehaerys é o primeiro a beber do copo, depois oferecendo ao irmão. Os dois ficam alguns segundos se encarando, antes do mais velho fechar a distância entre eles, selando seus lábios, as mãos ainda juntas.
Helaena é a primeira a bater palmas, quando ninguém mais o fez, sendo seguida de Daeron e os filhos de Daemon e Rhaenyra. Tio Daemon da de ombros e segue o exemplo, tal como Otto. Aegon parecia mais divertido com o balanço do cabelo da irmã mais velha, ele já estava bêbado. Rhaenyra se recusou a aplaudir. E não Daemon, ela não estava emburrada por ser expulsa da organização da cerimônia. Targaryen's não ficam emburrados. Mas ela tinha fortes opiniões sobre esse assunto.
Quanto a Viserys, ele tinha um pequeno sorriso no rosto, batia palmas fracamente. Alicent também não aplaudiu, ressentida demais com a briga com os filhos a alguns dias atrás.
A festa é uma situação um pouco humilhante. Os senhores não sabiam como se dirigir a Aemond, os mais bêbados constantemente se referiam a ele como "A esposa do príncipe Jaehaerys". E ele nem se quer poderia esfaquea-los por isso. Esposa? Seriamente? Quando Aegon e Lucerys riram, ele lançou um olhar cheio de significados, com promessas de torturas e muita dor. Rapazes inteligentes, entenderam o recado e se calaram.
O rei faz outro discurso demorado, devida a suas pausas buscando por ar, mas muito bonito, pelo menos do ponto de vista externo, acreditou Aemond. Sobre como aquela união alegrava seu coração e etc e tal.
— Se quiserem coloca-los na minha frente na linha de sucessão, para o caso de Rhaenyra morrer de birra e ódio acumulado por ter sido deixada de fora da organização, eu aceito. Quero viver minha vida regada a bebidas e putas.
O comentário de Aegon alegrou alguns, bêbados ou sóbrios, mas desgostou outros, como Rhaenyra, específicamente Rhaenyra.
— Para provar que eu não estou emburrada. — Rhaenyra praticamente rosnou a palavra, olhando ameaçadoramente para o esposo e Aegon. — Eu faço um brinde a esse casamento, e a você Aemond. Certamente eu não desejo que sua noite de núpcias seja um fiasco, e seu marido não de conta do serviço.
Ambos os irmãos trocaram um sorriso falso e olhares de puro ódio.
— Eu retribuo seu brinde irmã, e certamente não desejo que você se engasgue com seu vinho e morra sufocada.
— E eu certamente não desejaria que você bêbado demais, morra depois de tropeçar nos próprios pés e rachar a testa no chão.
— E eu...
— Tudo bem, já entendemos que vocês só desejam boas coisas um ao outro. — Intervém Jaehaerys.
Os dois se encararam por mais alguns segundos, antes de sentar.
— E eu... — Healena se levantou, ela estava levemente embriagada. — Eu f-faço... — A garota deu um pequeno soluço, depois rindo.
Aegon revirou os olhos, e Alicent os desviou. Otto ria baixinho, achando engraçado e até mesmo adorável.
— Continue. — Insentivou Aemond.
— Eu esquecido o que eu ia dizer, querido irmão. — Diz Helaena com um pequeno beicinho.
Isso causou um pequeno número de risadas.
— Tenho certeza absoluta que seria lindo, Hela. — Jaehaerys sorri para ela, que ri baixinho.
— D-de qualquer forma... — Ela deu outro soluço, antes de retornar ao que ia dizer. — Felicidades irmãozinho, a estrela da noite e a mais bela serão recebidas com alegria.
Todos franziram a testa para as palavras de Healena, mas ela não parecia muito interessada em explicar, pois se sentou assim que terminou de falar, brincando com sua taça de vinho.
— Ahn... — Daeron pensou em fazer algum comentário, mas foi cortado por um Aegon muito feliz, que se levantou.
— Eu brindo ao meu irmão. — Aegon levanta sua taça em direção a Aemond, espalhando o vinho perigosamente. — O único homem que conseguirá montar dois dragões.
Risos nervosos e divertidos enchem o salão e Aemond tem que exercer de todo seu auto-controle, para não esfaquear Aegon ali mesmo.
O restante do jantar foi bastante tranquilo. E para o total sofrimento de Aemond, os valerianos também possuíam a incoveniente tradição da dança dos noivos, em seguida, a "noiva" dançaria com todos os homens da família, Aegon sendo o primeiro filho homem de Viserys, dançou com o irmão duas vezes, uma por si, e outra para representar o pai. Quanto ao noivo, dançaria com as mulheres da família.
Aemond pode ou não ter apertado a mão de Lucerys Velaryon mais forte do que o necessário, e pisado em seu pé propositalmente varias e várias vezes. Mas ele não admitiria isso. Ele também fez questão de dançar com Healena.
— Saí. — Daeron empurrou Aegon para longe. — Você já dançou o suficiente.
— Tá.
Aegon deu de ombros e voltou para seu lugar. Como ele tinha tanto equilíbrio depois de tantas taças de vinho e várias rodopiadas pelo salão? Era um mistério.
— Eu nem acredito que você. Você! Se casou. — Daeron guiou o irmão mais velho pelo salão. Ele era um excelente dançarino.
— Nem eu.
Poderia ter sido pior, no final, acabou dando tudo certo.
***
Não há cerimônia de cama. Ambos se recusaram a passar por essa situação. Alicent muito a conta gosto, o leva pelo corredor, em nenhum momento eles se olham. Ela o lembra desajeitadamente sobre cumprir seu dever de comsumar o casamento, deixando seu alfa gerar um Targaryen em seu ventre. Aemond teria rido se ela não estivesse tão séria, ou se eles estivessem se falando. Ele não seria um omega submisso, e duvidava que Jaehaerys quisesse tal coisa.
Sozinhos no quarto, o agora casal, ficou parado no centro, encarando um ao outro.
— Enfim só. — Sorri Jaehaerys, tentando aliviar o clima.
Aemond se aproximou, Jae fez o mesmo.
— Então, como era mesmo aquela história, de me fazer implorar para ser fodido, e depois implorar pra você parar.
Ambos coraram até a última raiz de cabelo, mas mantiveram o olhar.
— Você quer ?
— Estive esperando até o momento presente por isso. Você é um homem de palavra...ou não é?
Jaehaerys entendeu o claro desafio, ele poderia ter muito auto controle, mas ainda era um alfa. Ele rosnou e puxou Aemond pelo quadril, que gemeu baixinho.
— O quanto eu posso fazer ?
Aemond sorriu e mordeu o lobolo da orelha do irmão.
— O quanto quiser, irmão.
Jae sorriu e caminhou, os levando até a cama, onde jogou o agora esposo.
— Até antes do sol raiar, não será de irmão que você estará me chamando, omega.
Aemond mal podia esperar.
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