Nine
Os miestres corriam de um lado pro outro no corredor, entrando e saindo dos aposentados do príncipe Aemond e seu marido, que andava de um lado pro outro, rosnando e xingamento todas as gerações passadas e futuras do miestre chefe, que só permitiu a entrada de Rhaenyra. De dentro do quarto, era possível ouvir os gritos do omega, que só deixam Jaehaerys ainda mais tenso e agoniado. A voz de Rhaenyra também era possível ser ouvida. Aegon roía as unhas e Daeron tentava acalmar o irmão. Helaena estremecia toda vez que Aemond gritava, e não parava de sussurrar:
"As estrelas cairão essa noite"
Lá dentro, Rhaenyra segurava a mão do irmão, tentando lhe passar um pouco de força.
— Shiii, vai ficar tudo bem querido.
— Rhaenyra...eu não aguento.
— Aguenta! Você aguenta sim, vai trazer eles ao mundo.
O miestre chefe se aproximou, com um objeto pontiagudo, parecia uma espécie de adaga, mas era pequeno e fino.
— Sua majestade, sua alteza, a bebida anestésica que preparei já deve ter obtido seu efeito. Eu preciso fazer o corte.
Rhaenyra assentiu com a cabeça, Aemond choramingou, sentindo o cheiro reconfortante de fumaça e couro de sua irmã, se espalhar pelo quarto, tentando o acalmar. Ele queria seu marido ali, mas sabia que não eram permitidos homens em um parto, a menos que o homem em questão fosse o gestante, que era o seu caso.
— Com sua licença.
O homem mais velho se aproximou de Aemond, fazendo um corte sobre seu ventre exposto, ganhando um pequeno rosnado do omega.
— Vai ficar tudo bem irmãozinho.
Aemond não tinha tanto certeza. Ele apertou a mão da irmã mais velha, estava com medo, muito medo.
Jamais tinha sentido tanto medo na vida, nem mesmo quando ficou frente a frente, com Vhagar. E por falar na imensa fera, era possível ouvir seu rugidos ao longe, toda vez que Aemond gritava de dor.
Ela podia sentir cada grama de emoção de seu montador.
* * *
Jacaerys e Baela vieram correndo, a garota estava descalça, e segurava a barra do vestido, amassada entre os dedos.
— Como está indo ? — Perguntou, ao se aproximar do primo.
— Indo...
Era tudo o que Jaehaerys poderia fornecer. Jace esfregou o ombro do alfa mais velho.
— Tio Aemond é forte, tio Jae. Ele vai trazer as crianças ao mundo.
— E se ele...
Aegon não deixou o irmão terminar, dando um tapa na nuca do gêmeo.
— Não ouse terminar essa frase, Jaehaerys Targaryen.
Os outros foram chegando aos poucos, como Daemon havia ordenado, o casamento não foi interrompido. Ele mesmo voltou a cerimônia, após deixar o sobrinho em seu quarto, com Jaehaerys e Rhaenyra. Lucerys também foi mandado de volta por Daeron, que lhe disse que não deveria perder o casamento de seu irmão. Agora, o Velaryon do meio estava ao lado do caçula de Viserys e Alicent, segurando sua mão, dando leves apertos.
— Certo, certo. Pensamos positivos...
Os irmãos Dalibor olhava tudo a uma certa distância, afinal era um momento familiar.
— As estrelas cairão essa noite. Vão sim. — Sussurra Helaena, alisando a saia do vestido.
Aegon franziu a testa.
— Por favor, diga que isso é algo bom.
Ela o olhou por longos segundos, depois olhou para o teto, como se ele tivesse todas as respostas para as dúvidas do universo.
— A mais bela e a mais rara.
O gêmeo de Jaehaerys bufou, ela não iria explicar. Ele tomou um gole de leite com mel, tentando acalmar os nervos. Por que partos demoravam tanto?
Aemond gritou novamente, chamando a atenção de todos para a porta.
— Só de pensar que eu vou ter que passar por isso. — Estremeceu Baela.
Helaena tampou os ouvidos quando um grito mais alto e estridente saiu de trás da porta.
— Talvez você desse ir para seus aposentos sobrinha. — Daemon se aproximou da sobrinha, com uma mão estendida. Os gêmeos e Daeron bloquearam seu caminho.
— Não! — Dizem os gêmeos em unissono.
— Ela não gosta de ser tocada. — É Daeron quem fornece a explicação.
Daemon deu um passo para trás, com as mãos estendidas em rendição.
— Tudo bem, só achei que ela ficaria menos desconfortável longe daqui.
— Você quer ficar Lena ?
Ela balança a cabeça apar Jaehaerys, que sorri pra ela, Helaena retribui.
— Então está decidido. — Diz Aegon, tomando um gole de sua bebida.
Daemon deu de ombros.
— Nervoso? — Pergunta Luke, se aproximando novamente de Daeron.
— Sim. Estou preocupado.
Lucerys entrelaçou seus dedos com os do loiro, e sorriu tentando passar confiança.
— Vai ficar tudo bem, tio Aemond é uma das pessoas mais fortes que eu conheço.
Daeron sorriu de volta, apertando a mão do Velaryon.
— Ele é sim!
Os gritos de Aemond eram sincronizados com os rugidos agonizantes de sua dragoa, fazendo todos estremecem.
Aquilo não teria um fim ?
* * *
— AAAAAH.
— Força meu príncipe, por favor.
Aemond balançou a cabeça, como sete infernos ele pensou que poderia fazer isso?
— N-não...
Rhaenyra puxou o rosto do irmão, firme mas amorosamente.
— Aemond Targaryen, você é uma das pessoas mais fortes que eu já conheci. Você é o montador do maior dragão vivo, força. Você consegue!
Balançando a cabeça fracamente, o omega fez mais força. Ele não poderia fraquejar agora.
Ele conseguiria, poderia fazer isso. Era um Targaryen.
— Força meu príncipe, força.
— PORRAAA.
Ele não poderia fazer isso!
— Vamos irmãozinho, mais um pouco, só mais um pouco.
O miestre olhou para a rainha.
— Majestade...
Rhaenyra olhou pra cima.
— Os bebês não estão na posição.
O rosto da rainha ficou pálido. Porra! Isso não era bom.
Aemond olhou do miestre para a irmã, os olhos violetas aflitos e em pânico.
— Eu vou perder meus bebês?
O homem mais velho o olhou com pena.
— Não altera, eu dou a minha palavra, tire minha vida se esses bebês não nascerem até o amanhecer.
Ele não poderia fazer isso...
— Jaehaerys...eu quero ele aqui.
Não sozinho!
* * *
Dizer que Jaehaerys estava aflito era eufemismo, ele estava quase a beira do pânico. A mão quentinha e macia de Aegon estava unida com a sua, era a única coisa que o impedia de cair de insanidade.
As portas se abriram, quem estava sentado se levantou, todos avançaram até Rhaenyra que saiu.
— E então? — Jaehaerys foi o primeiro a perguntar, sua mão ainda unida com a do gêmeo.
Antes que a rainha pudesse explicar, Helaena falou:
— Os bebês não estão alinhados, as estrelas ainda não estão na posição. Elas ainda não vão cair, não vão não!
Todos a olharam espantados.
— Querida, por favor, nos dê uma luz. O que isso significa? — Pergunta Rhaenys, juntando as mãos.
— Ela nunca explica. — Resmunga Corlys.
Jaehaerys se aproximou de Helaena.
— Lena, por favor.
Helaena olhou para o teto novamente.
— Vão cair, quando elas se alinharem.
Aegon franziu a testa.
— As estrelas?
— As estrelas!
Jaehaerys esfregou o rosto.
— Quando?
— Quando for a hora.
Rhaenyra balançou a cabeça, ela se aproximou de Jae e colocou a mão em seu ombro.
— Ele está chamando por você, venha.
Jaehaerys soltou a mão do gêmeo com delicadeza, mas olhou pra ele enquanto a irmã mais velha o puxou para dentro.
"Boa sorte" Era o que os suaves sons que Aegon fez no chão com a bota queria dizer.
Quando eram crianças, eles criaram uma série de códigos e sinais para poderem se comunicar, sem que a mãe e o avô pudesse entender. Era uma coisa só deles, que somente os dois poderiam entender.
Jaehaerys sorriu e deu um suave batida na porta, antes dela se fechar.
"Obrigado"
A porta se fechou atrás dele e de Rhaenyra.
— Jae... — Sussurra Aemond, estendendo a mão.
— Meu amor.
Jaehaerys beijou a testa do marido e apertou sua mão.
— Vai ficar tudo bem, eu estou aqui.
O miestre sussurou uma oração silenciosa. Antes de instruir novamente, que o príncipe fizesse força.
— Jae...JAAEE.
— Eu estou aqui, estou aqui.
— AAAAH.
— Força irmãozinho.
Rhaenyra e Jaehaerys estavam cada um de um lado, segurando uma mão do omega, que as apertava a cada onda de dor passando pelo seu corpo.
— Eu não quero perder os bebês Jae, eu também não quero morrer.
Rhaenyra sentiu a bile subir pela garganta. Ela perdeu sua mãe para o parto, não poderia perder seu irmãozinho também.
— Você não vai! — Dizem os dois alfas.
— Você vai trazer nossos bebês ao mundo, e vamos cria-los, vê-los crescer.
— Pare de falar besteiras Aemond, e faça força.
Balançando a cabeça veenemente, o príncipe faz o máximo de força possível. A presença de Jaehaerys renovando suas forças e vontade de lutar.
Ele traria aquelas crianças ao mundo
* * *
Do lado de fora, ninguém saia do corredor, alguns sentados no chão, outros agachados, ou andando de um lado para o outro. Exeto, por Helaena. Ela havia saído para verificar os filhos.
A omega olhava pela janela do quarto, uma estrela bonita brilhava sozinha e isolada. Uma nuvem a cobriu, Helaena continuo a olhar fixamente, como se esperasse algo. Quando a nuvem passou, uma outra estrela brilhava ao lado.
Helaena sorriu e saiu as pressas do quarto.
— Se alinharam!
Todos viraram para ela, e no mesmo momento, um choro alto foi ouvido do quarto.
* * *
— Nasceu.
— Graças aos sete. — Sussurra Jaehaerys e Rhaenyra.
— É uma menina, sua graça, altezas.
Aemond sorriu fraco, vendo o miestre entregar a menininha para Jaehaerys, que sorriu.
— Olá meu amor, é o papai. Eu já lhe dou atenção, mas é que seu irmãozinho ou irmãozinha ainda precisa vir ao mundo.
O alfa entregou a bebê a criada, que a levou para um banho. Aemond respirou fundo, ele quase não tinha mais energia.
— Só mais um pouco sua alteza, está vindo.
— Força irmãozinho, vamos.
— Vamos lá meu amor, aguenta firme.
Deuses, ele pararia nesses. Com certeza!
* * *
Aegon roia as unhas, Daeron estava sentado entre as pernas de Lucerys esticadas, que estava encostado na parede. Daemon estava encostado de pé em uma parede. Corlys andava de um lado para o outro, e Rhaenys também é encontrava encostada na parede. Baela sentada de pernas cruzadas, com a cabeça deitada no ombro do marido. Rhaena mexia nos cabelos, e as vezes trocava olhares com Ragnak Dalibor.
E por falar nos Dalibor, eles estavam mais próximos. Aegon os chamou para se aproximar. Hakon estava agachado, fazendo um desenho invisível no chão, com a adaga. Hawise estava sentada no chão, tamborilando os dedos na coxa.
— Um pouco mais. — Sussurra Helaena.
Um grito rouco, um rugido em um choro foram ouvidos aos mesmos tempo. Os que estavam sentados se levantaram.
A porta se abriu, Rhaenyra saiu de lá de dentro, um sorriso cansado e as mãos na barriga.
— Nasceram.
— Graças aos sete. — Diz Rhaenys, rindo.
— As estrelas cairam. — Sorriu Helaena.
* * *
Quando foi permitido a entrada dos visitantes, a cama, as crianças e o gestante já estavam limpos, Aemond segurava um das meninas, e Jaehaerys a outra.
— Por onde sairam? — Pergunta Aegon.
Até onde e sabia, Aemond não tinha uma buceta.
— Pelo seu nariz, filha da puta. — Diz Aemond.
Aegon riu, e levantou os braços em rendição.
— Credo, pra que tanta agressão?
— É óbvio que por um corte em meu ventre, idiota. — Diz Aemond, levantando a blusa, expondo um corte em seu ventre, onde agora estava costurado, as bordas inchadas e avermelhadas.
— Tudo bem. Sem Aegon IV, eu vejo.
— O que te faz pensar que eu daria seu nome ao meu filho? — Pergunta Jae, arqueando uma sobrancelha.
— Eu dei seu nome ao meu, ingrato.
_ Primeiro, o nome não é só meu, é do biso. Segundo, mas é meu fã mesmo, né vagabunda. E já tem muitos Aegons nessa família.
Aegon fez beicinho e cruzou os braços.
— É iludido mesmo, até por que, será o meu nome. — Diz Daeron rindo.
Os dois começaram a discutir, como duas crianças de seis anos. Rhaenyra revirou os olhos e pigarreou.
— Meninos, por favor.
— Tá. — Dizem os dois. Aegon empurrou o irmão com a lateral do corpo, Daeron retribuiu.
— E qual será o nome dessas duas princesas? — Pergunta Daemon, se permitindo um pequeno sorriso.
Jaehaerys e Aemond trocam um olhar, eles balançam a cabeça um para o outro em concordância.
— Aelinor é um bonito nome. Por que não Aelinor e...Visenya, você a admira tanto Aemond. Eu também sugiro Alyssa e Alyssane. Ou quem sabe Daenys e Rhaenys.
Aemond estreitou os olhos.
— Irmã, com todo respeito. Mas por favor, pare de ser intrometida. Eu que quase morri pra por elas no mundo aqui. Você não me viu tentando nomear Joffhey, ou seus gêmeos quando eles nasceram.
Rhaenyra fez uma careta e cruzou os braços.
— Que seja então. Qual nome você escolhe ?
O omega sorriu.
— Lena, venha aqui.
A omega arregalou os olhos e se aproximou.
— Está é a minha mais velha, e essa é a mais nova.
— A mais bela. — Ela apontou para a primeira criança. — E a mais rara da noite. — Ela apontou para a segunda criança, que estava no colo de Jaehaerys.
Aemond sorriu ainda mais.
— Adhara, a segunda estrela mais brilhante da constelação do Cão Maior. Seu nome pode significar donzela, ou suporte. — O omega sorriu para a bebê em seu colo.
— Yvaine, a estrela mais rara da noite. Ela aparece a cada trezentos anos, a última vez que essa estrela apareceu no céu, foi na noite em que Aegon tomou Westeros. Sua aparição é no auge da noite. — Complementa Jae, mexendo no cabelo da bebê.
— Essas estrelas nunca viram o mesmo céu. — Diz Helaena, sorrindo amplamente.
— Poético. — Diz Aegon. — Ela tem o meu nariz.
Aemond olhou para Yvaine, sim, ela tinha o nariz de Aegon.
— Sim, ela tem!
O alfa sorriu.
— Dreamfyre tem um presente para as princesas. — Rhaenyra sorriu, quando dois cavaleiros entraram, cada um com um baú. — Helaena vem mantendo surpresa.
— Olha meu amor, presente da titia Lena. — Jaehaerys beijou a testa da bebê, que resmungou baixinho.
Helaena pegou os ovos, colocando-os no berço. Era um grande berço, divido ao meio parcialmente, de modo que as crianças ainda pudessem interagir.
— As estrelas cairam. — Ela sorriu, deslizando os dedos finos pela madeira do berço. — E os dragões não dançam.
Rhaenyra sorriu.
— Eu posso... — Pediu Aegon.
Jaehaerys assentiu, instruindo o irmão se sentar e ficar na posição correta, e então colocou a criança nos braços de Aegon.
— Assim.
— Ela é tão pequena... — O gêmeo mais velho sorriu, com um dedo ele segurou a mãozinha da sobrinha, que agarrou. — Olá Yvaine, eu sou seu tio Aegon. Eu e seu pai alfa também somos gêmeos, sabia? Deuses, ela parece o Daeron bebê.
— Ela se parece com o Aemond.
— O Daeron se parece com o Aemond.
— Você tem um ponto.
Aegon sorriu, balançando a mãozinha da bebê.
— Você é tão lindinha, tão fofinha.
— A Adhara é uma mistura de vocês dois. — Helaena comenta, sentando na beirada da cama.
Daeron olhava de um bebê para o outro.
— Você deseja segurar irmãozinho?
Ele se animou, imitando o que viu Jaehaerys instruir Aegon a fazer.
Aemond colocou a criança no colo do irmãozinho.
— Elas são iguais, não sei aonde vocês vêem tanta diferença. — Comenta Daemon, olhando de longe.
— Daemon. — Repreende Rhaenyra, mas sua atenção estava nas sobrinhas. Ela viu quando Aegon passou Yvaine para Helaena.
Ela também queria segurar.
— Fofinha, titio ama, titio vai espantar todos os pretendentes idiotas. — Daeron sorria todo bobo para a bebê, e Lucerys sorria todo bobo para Daeron. — Luke, podemos tem um bebê?
Lucerys engasgou com a própria saliva.
— O-o que?
— Uou, pera ai. Acho que você pulou várias etapas irmãozinho. — Diz Aegon, parando de olhar para a bebê por cima do ombro de Helaena.
— E...e nem estamos namorando, D.
— Não estamos ?
— Não estão? — Pergunta Jace, levando uma cotovelada da esposa.
— Eu jurava que sim. — Rhaena franziu a testa confusa. Aonde ela tinha errado ali?
Lucerys se mexe desconfortável, essa conversa não era pra ser assim, não tão cedo.
— Ainda não...
— Vala-me os sete, como você é lerdo Lucerys. — Resmunga Aegon, julgando esse assunto indigno de sua atenção, voltando ela para Yvaine.
Rhaenyra estalou a língua no céu da boca.
— Acho você já segurou por muito tempo Daeron.
O caçula revirou os olhos.
— É só você dizer que também quer, Nyra.
A alfa resmungou, mas pegou a bebê com o maior dos entusiasmos.
— Olá pequena dragão, bem vinda ao mundo.
— Tia rainha...eu vou ter que ensinar isso pra elas. — Diz Aegon rindo.
— Foi você que ensinou os gêmeos a me chamar assim, não foi ?
— Foi o Jaehaerys.
Jae olhou indignado para o gêmeo.
— Você também estava lá.
Rhaenyra revirou os olhos, ignorando a pequena discussão de Aegon e Jaehaerys. Para falar a verdade, ela achava divertido quando Jae II e Jaehaera a chamavam de tia rainha.
— Prometo que enquanto sua tia viver, vocês também estão debaixo das minhas asas.
Aemond sorriu, fechando os olhos, ele sentiu alguém deitar a cabeça em seu colo, ele abriu os olhos para ver Daeron sorrindo pra ele.
— Ae. — Diz o caçula baixinho.
— Sim dragãozinho?
O mais novo exitou por alguns segundos.
— Ainda serei seu filhote, agora que você tem seus próprios?
O omega sorriu, passando os dedos pelo cabelo do caçula.
— Você sempre será meu filhote.
Rhaenys se aproximou, quando as crianças começaram a chorar por serem constantemente passadas de mão e mão.
— Eu sei que estão todos muito animados e ansiosos para segurar as nenéns. Mas Aemond precisa alimentar as filhas e descansar.
Daeron e Aegon se animaram e saíram correndo.
— Ah, mas era minha vez. — Rhaena fez um beicinho, vendo Jace e Baela, cada um com um neném.
Luke balançou a cabeça em concordância, ele também era o próximo.
— Amanhã meus queridos. Rhaenys tem razão. — Corlys colocou as mãos nos ombros da esposa.
— Tudo bem. — Diz Baela entregando Yvaine para Jaehaerys. Jace entregou Adhara a Aemond.
Quando Rhaenys e Corlys guiavam todos para fora, Daeron e Aegon voltaram com uma caneca em mãos cada, e um sorriso brilhante.
Aemond corou até a última raiz de cabelo.
Os outros presentes na sala riram. Acontece, que quando Aemond ainda estava grávido, os peitos doíam muito por causa do leite, em uma das vezes em que o omega reclamou, Daeron estava por perto, e se ofereceu para ajudar. Quando Aemond perguntou como, ele saiu correndo e voltou com Joff e Luke, cada um trazendo uma caneca.
O omega se lembrava de ter ficado mais vermelho do que o estandarte da casa, mas tirou o leite e deu para os meninos. Desde então, virou um costume. Escuso dizer que Aegon ficou estremamente ofendido por ser excluído.
— Deixem ai.
Aegon e Daeron sorriam de orelha a orelha ai sairem dos aposentados do irmão.
A última a sair foi Rhaenyra.
— Meus parabéns meninos, suas filhas são lindas.
O casal sorriu.
— Obrigada, por tudo Rhaenyra.
— Sim, obrigada. Você me deu tanta força, irmã.
A alfa sorriu, se retirando do quarto.
— Enfim sós. — Sussurra Jaehaerys, beijando o topo da cabeça do marido.
— Enfim sós!
Os dois se acomodaram na cama, Aemond alimentando as meninas, e Jaehaerys sorrindo.
Deuses, eles eram pais agora.
* * *
Lá fora, os irmãos Dalibor estavam sentados no chão, Hskon do meio, servindo de travesseiro para Ragnak e Hawise.
— Como foi ? — Pergunta o moreno.
— São duas meninas, elas são tão lindas Hskon. — Diz Aegon, sorrindo amplamente.
As duas moças se separaram do irmão. A irmã do meio se levantou primeiro.
— Meus parabéns a família.
— Parabéns, que as crianças cresçam fortes e saudáveis.
— Faço das palavras de meus irmãos, minhas.
Rhaenyra sorriu e apertou o ombro de cada um dele.
— Muito obrigada queridos. Vocês também deviam ir descansar, não tinham necessidade de ficarem por aqui. Mas agradeço a gentileza.
Pouco a pouco, as pessoas foram se retirando.
— Você...aceita ir aos meus aposentos comigo? — Aegon sorriu pequeno, esfregando o pé no chão.
Hakon sorriu.
— Claro, alteza.
Helaena viu Hawise Dalibor a olhando, a loira alisa a saia do vestido nervosamente.
— Ah, você gostaria de ver alguns insetos?
A beta sorriu animada.
— Você vai mesmo me mostrar a sua coleção? É claro que eu aceito.
As duas moças sorriem uma para a outra, saindo enquanto conversavam animadamente.
— Sua irmã parece ter gostado da minha prima. — Diz Rhaena para Ragnak, que observava as duas garotas mais velhas partirem.
— Parece que sim. A senhorita...aceita dar uma volta?
Rhaena sorriu.
— Por que não? Pegue-me se puder senhorita Dalibor.
A Targaryen saiu correndo, deixando a alfa para trás, que riu logo a seguindo.
* * *
Quando deu por cima, Ragnak estava em um lindo jardim interno. Havia uma grande piscina, as árvores e flores eram lindas. A área era iluminada com várias lamparinas e a luz da lua.
— Está esperando o que, mi lady? Um convite formal? — Brincou a Targaryen, tirando os sapatos e o belo vestido, pulando na água logo em seguida.
Ragnak riu, fazendo o mesmo que a omega, a seguindo.
A alfa coloca as mãos na cintura de Rhaena, que estremece, mas sorri. A platinada tira os longos cabelos da morena do rosto.
— Sua alteza é surreal de linda.
— Que galanteadora.
As duas sorriram amplamente, se beijando enquanto afundavam na água.
* * *
Jaehaerys fechou a porta do quarto, após ter entregado duas canecas a um guarda, e instruções para quem entregar. Ele sorriu ao ver Aemond em pé em frente ao berço, vendo as meninas dormirem.
— Elas são tão lindas.
Jae abraçou a cintura do marido, beijando seu ombro.
— Como você.
Aemond sorriu, entrelaçando suas mãos juntas, que estavam sobre seu ventre.
— Elas são um pouquinho de nós dois.
Jae colocou o queixo no ombro do omega.
— Você acha que será difícil?
— Talvez. Mas nós podemos fazer isso, sei que posso fazer qualquer coisa, se tiver você ao meu lado.
— Eu te amo, Aemond.
— Eu também te amo, Jaehaerys.
O silêncio se fez presente no quarto, o casal admirando as filhas.
— Ae.
— Uh !?
— Você acha que papai estaria feliz por nós?
Aemond se virou com um pequeno sorriso.
— Talvez. Quem sabe ?
— Talvez...
As meninas resmungaram, o casal de virou para elas. O omega se lembrou das palavras de seu pai.
— O vovô não está mais aqui, mas ele mandou dizer oi. — Aemond sussurra, tentando segurar as lágrimas. Jaehaerys beijou sua testa.
Adhara e Yvaine eram nomes de estrelas. A mais bela, e a estrela mais rara do céu noturno. Fora isso que Healena havia dito naquele jantar, que a mais bela e a estrela da noite seriam recebidas com alegria. E Viserys provavelmente sabia, e ele sabia que Aemond já estava grávido, quando chegou e seu leito de morte.
Do contrário, não teria pedido para dizer olá as estrelas.
Jaehaerys puxou o marido com ele para de deitar..
— Vamos ser muito felizes, nós, nossa família, nossas duas bebês...
Jae é interrompido pela porta sendo aberta, e Daeron sonolento entrando e subindo na cama, ficando no meio e adormecendo em seguida.
O casal encara o irmão, depois se encaram e riem
Aemond acaricia o cabelo loiro e curto de Daeron e diz sorrindo :
— Correção, nossos três bebês.
Jaehaerys ri e beija a teste do caçula, depois o esposo. Daeron já era um menino grande, mas sempre buscava o conforto da cama de Aemond, quando não conseguia dormir. E isso não mudaria tão cedo.
— Tudo bem. Seremos muito felizes.
A um ano atrás, nenhum dos membros dests família disfuncional poderia imaginar, que um dia viveriam em paz e felicidade. Claro, haviam os problemas, as brigas, mas nunca foram tão felizes e saudáveis, como são agora.
Como Viserys havia dito antes de partir. Agora são tempos de novas vidas, novas esperanças, novos começos.
E eles escreveriam a história não com sangue e fogo, mas com amor e felicidade. Era um novo começo, para família Targaryen, depois de anos de sofrimento.
Talvez Helaena tivesse razão, a primavera sempre trazia bons ventos.
FIM
Chegamos ao final dessa história tão querida pra mim. Quando comecei a escrever, jamais imaginei que as pessoas fossem gostar tanto. Que teria tanto corinho.
Obrigada a todos os leitores que estão desde o começo, os que chegaram depois, e os novos 🥰❤️
Agora vamos as explicações
A profecia da Helaena :
Os dragões voam alto = A união da família após a morte do Viserys e o fim da Alicent e do Otto. E pra t falar neles, Otto está exilado em trabalho escravo, e Alicent presa na torre.
as serpentes do mar os seguem = Os Velaryon e a família Dalibor, que são um povo do mar
e as estrelas irão despencar = o nascimento das gêmeas
quando a segunda mais brilhante = É a Adhara, que é segunda estrela mais brilhante da constelação do Cão Maior. Por isso a Helaena a chama de a mais bela. Pq ela é a segunda estrela mais brilhante da constelação dela. Se fosse menino seria Sirius, que é a mais brilhante depois do Sol. E como dragões gostam de tudo que é brilhante, e os Targaryen são como dragões, não é difícil saber pq a Helaena associa o nome dela com beleza.
e a estrela mais rara da noite, se unem pela primeira vez no céu = E mais rara da noite, Yvaine, fazendo referência a Stardust, do Neil Gaiman, na obra original ela é uma estrela vespertina, mas eu adaptei por causa da profecia, aqui ela é uma estrela rara que aparece a cada trezentos anos, a última vez que essa estrela apareceu no céu, foi na noite em que Aegon tomou Westeros. Sua aparição é no auge da noite, sendo a última estrela a pintar o céu. Perdendo apenas para a estrela D'alva.
E é assim que eu imagino elas
Yvaine
Adhara
Ovo da Yvaine, futura Crocella
Ovo da Adhara, Decarabia
Ambos foram colocados pela Dreamfyre
Assim que puder, eu posto o bônus ☺️🥰❤️
Obrigada a quem leu até aqui. Eu guardo cada um de vocês no meu coração.
Obrigada por todas as palavras de apoio, os comentários, o incentivo. A paciência 🥰❤️ para quem ainda não faz parte no grupo e quiser fazer, me chame no privado, que eu mando link
Obrigada por tudo aqui pessoal, espero que vocês tenham gostado. Sem vocês, eu não teria ânimo para chegar tão longe
Amo vocês ❤️
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