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Querido inimigo

Quando terminei de falar, Roberto levantou uma das sobrancelhas. Ele não estava mesmo entendendo o que eu disse, como se estivesse vendo um elefante como três cabeças ou algo muito mais sobrenatural.
- O que? - ele perguntou, ainda com a sobrancelha levantada.
- É isso mesmo que você escutou. Eu quero ser seu amigo, Roberto. - eu falava, abaixando a voz pra parecer o mais doce e sincero o possível.
- Não entendi.
- O que você não entendeu? Eu só não quero arrumar inimizades à toa. Não tem motivos pra não nos darmos bem.
- Nem pra sermos amigos.
- Por que? Eu não te fiz nada. - mas ele havia me feito, e muito mal.
- É verdade. - ele disse, tendo que admitir, olhando pra baixo e novamente pra mim.
- Então, que tal sermos amigos? Por favor!
Roberto desviou o olhar de mim.
- Tá bom, olha só, Roberto. Eu vou lhe contar uma coisa. Um segredo meu, muito doloroso.
- Não preciso saber da sua vida.
- Mas eu quero contar. - eu respirei bem fundo, minha barriga subindo e descendo. - é o seguinte: há muitos anos atrás, eu perdi os meus dois pais em um acidente de avião.
Roberto, dessa vez, levantou as duas sobrancelhas. Parecia mais impressionado do que antes.
- Eu perdi os dois juntos. Eu tinha apenas sete anos. E sabe por que eu estou te contando isso? Porque, por conta disso, eu fiquei traumatizado. Durante muito tempo, me fechei no meu próprio mundo. E quando finalmente decidi sair dele, eu não conseguia me relacionar com as pessoas direito. Os amigos que tive na minha vida inteira dá pra serem contados nos dedos. Em uma mão só, aliás. Eu só queria ver se nessa escola eu faria mais amigos. E mesmo que você não queira acreditar em mim, tudo bem, eu sei, do fundo do meu coração... - eu já estava colocando lágrimas pra fora dos olhos há um tempo. - que tudo isso é verdade. E eu só queria fazer amigos.
Eu limpei o meu rosto rapidamente. Estendi minha mão pra Roberto apertá-lá, em sinal de paz. Fiz uma expressão igual a de um cachorro de rua, faminto, pedindo comida.
Roberto estava apático. Parecia não saber o que dizer, suas palavras não apareciam em sua mente.
Ele simplesmente estendeu a mão e apertou a minha.
Lhe dei um largo sorriso, mas ele continuou como quem não entendia o que estava acontecendo, como se estivesse em um sonho maluco.
Será que o convenci? Era só o que eu me questionava e queria saber. Mesmo que eu não tenha usado melhores artifícios do mundo, mesmo assim, eu sei que toquei na emoção daquele ser com a minha história.
É verdade que depois de tudo o que ele fez há tanto tempo, eu duvidava se ele tinha mesmo sentimentos. Mas não custava nada tentar.
Em silêncio, nós dois saímos da quadra e nos aproximamos de Alessandra e Henrique no pátio.
- Que mistério vocês dois, hein. - disse Alessandra, com os braços cruzados.
- Não aconteceu nada de mal, sério. Agora eu e o Roberto somos bons amigos.
- Sério? Nossa, olha só.
O sinal tocou. Alessandra se aproximou de Roberto, Henrique foi pro meu lado, com uma expressão curiosa.
- Então, o que aconteceu?
- Você está olhando pra um ator digno de Oscar, eu falei, com o tom mais metido do mundo.
Entramos na sala de aula. Estava quase cheia. Nos sentamos perto de Roberto e Alessandra.
A professora entrou na sala. E eu a reconhecia. Mesmo só tendo tido uma aula com ela, há dez anos, eu não havia esquecido do rosto dela, assim como não tinha esquecido de nenhuma imagem daquele dia.
Ela era, a professora Daniela. Não havia mudado quase nada. Se naquela época, ela parecia ter uns vinte anos, agora, devia ter uns trinta.
- Bom dia. Abram o livro na página...
- Aquela professora dá aula aqui há muito tempo, não é? - eu perguntei pra Henrique.
- Sim, ela me dá aula desde a primeira série.
- Eu me lembro dela.
A professora havia pegado um livro grosso de dentro SA bolsa, mas o colocou de novo em cima da mesa e se virou pra nós.
- Ah, antes que eu me esqueça, essa semana faremos um passeio pra floresta amazônica. Não se esqueçam de avisar aos seus responsáveis. Vamos conhecer muito sobre a natureza nesse ambiente. Vocês devem gostar.
Uma grande ideia havia surgido em minha mente. Eu tinha desenvolvido uma enorme criatividade pra idéias macabras, como se eu tivesse me transformado em um escritor de filmes de terror.
Sussurrei pra Henrique.
- Acabei de ter uma grande ideia. - eu disse, sorrindo ironicamente.

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