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Doce veneno

Henrique havia conseguido a cobra e a aranha na floresta, não eram coisas muito difíceis de se encontrar naquele lugar. Os ratos eu tinha conseguido em uma loja, tantos havia custado uma graninha. Mas tudo bem. Valia a pena, além do mais, dinheiro não era problema pra mim.
A cobra se aproximava se Roberto e, pela primeira vez, ele não movia um músculo. Não se afastava para trás, não batia os braços ou pés para afastá-la, - mas seria tolice em se tratando de uma cobra. - não mexia nem sequer os músculos da face. Era como ver uma onda gigante se aproximando de uma estátua.
- Que foi? Decidiu se render?
Ele ficou em silêncio. Eu não esperava uma resposta mesmo, só estava querendo ironizá-lo.
- Isso sim é uma cena lastimável. Engraçado que na hora de fazer tantas maldades, você não agiu assim. Que estranho, não?
A cobra estava subindo em sua perna, mostrava a língua a todo momento. A qualquer segundo, ia dar bote. E eu estaria ali pra assistir de camarote.
Até que ela foi pra dentro da roupa de Roberto.
- Acho que chegou a sua hora.
Roberto continuava apático. Mas não conseguiu ficar daquele jeito por muito tempo já que, um instante depois, soltou um gritou involuntário de dor. Seu rosto e corpo se contraíram exatamente do mesmo jeito de quando ele apanhou de mim.
Ele continuava abrindo a boca logo após terminar de gritar, mas não saía nenhum som. A cabeça e o corpo de Roberto ficaram imóveis por um instante - eu o encarei bem no fundo de seus olhos, sua expressão era indescritível, estava mais apática e frágil do que nunca, se ele merecesse alguma consideração, até sentiria pena. Mentira!
Seu rosto e corpo caíram no chão, um baque quase tão forte do que quando o joguei dentro da cabana, e como da outra vez, a batida foi tão forte que dava pra sentir a dor por ele.
Seus olhos foram se fechando lentamente e o melhor de tudo seria que a última imagem que ele veria seria a minha. Quer dizer, eu ainda estava com a máscara de palhaço. Depois que fui me dar conta que não tinha motivo pra continuar fantasiado. Havia me disfarçado, assim como Henrique, para não ser reconhecido caso Roberto escapasse - mesmo sendo bem de difícil de ele conseguir.
Mas, tudo bem. Tirando esse mero detalhe final, meu plano havia feito mais sucesso do que sorvete no deserto.
Henrique entrou na cabana olhando fixamente para Roberto inconsciente no chão e, logo depois, virou pra mim.
- Então...- ele parecia não ter coragem de pronunciar as palavras. Henrique era um bom parceiro, mas às vezes, parecia ser bem medroso.
- Exatamente. - respondi, antes que ele conseguisse encontrar as palavras para terminar a pergunta. - Foi um sucesso! O meu plano, quer dizer, o nosso plano, porque eu posso ser muitas coisas, mas não injusto. Você merece muito crédito de tudo isso aqui. - apontei para Roberto. A cobra saiu da roupa de Roberto e foi embora da cabana pela janela.
Dei um largo sorriso e um toque na mão na mão de Henrique, que tocou de volta. Nós dois tiramos as máscaras de palhaços.
- E agora, o que vamos fazer com o corpo? Vamos jogar aonde?
- Não, não vamos jogar em lugar nenhum.
- Mas... Não podemos deixá-lo aqui.
- Por que não?
- Porque podem descobrir, ué.
- Henrique, você tem que a aprender a pensar melhor nas coisas. Pensa bem: se jogarmos ele em qualquer lugar por aí, aí sim que vão descobrir, não acha?
- É...
- Então? É bem melhor deixá-lo aqui. Aqui ele vai estar bem escondidinho. Além disso, eu quero ter o prazer - me aproximei de Roberto. - de ver esse rostinho sendo devorado por vários bichinhos daqui a um tempo.
- Você...
- O quê? Sou louco? Não, Henrique. Eu só tenho senso de justiça.
Henrique parecia ter visto uma cobra comendo um ratinho. Me parecia útil, mas cada vez mais sem coragem.
- Vamos embora.
Henrique saiu da cabana primeiro que eu. Me aproximei da porta e segurei para fechá-lá, mas, antes, virei para Roberto.
- Adeus, desgraçado.
Fechei a porta. Peguei a chave do meu bolso e a tranquei. Me aproximei de Henrique.
- Eu volto daqui a uns dias para... Você já sabe. - Eu RI. Henrique desviou o olhar para o chão.
De repente, senti o celular vibrar em meu bolso. O peguei e olha quem estava me ligando: Jorge. O homem que, sem nem imaginar, havia jogado um de seus alunos no abismo da morte.
Henrique olhou para a tela do celular e ficou surpreso.
- Você vai atender?
- Claro. Deve ser sobre o Roberto e eu tenho que saber notícias do meu pobre amiguinho desaparecido.
- Mas que notícias podiam ser?
- Não sei. - atendi a ligação. - Alô?
- Eduardo?
- Oi, professor.
- Como você está? - a voz dele parecia cansada.
- Como o senhor acha? Estou... - eu funguei bem fundo. - sobrevivendo. Depois de tudo o que aconteceu, - comecei a fingir que minha voz estava embarcada. - nem sei se vou conseguir voltar viver em paz algum dia. - talvez eu estivesse exagerando na melancolia. Mas acho que Jorge continuava caindo como um patinho.
- Sinto muito. Mas eu tenho boas notícias.
Meus olhos se engrandeceram. Segurei bem firme no celular sobre meu ouvido.
- Que notícias?
Henrique me olhou de forma preocupada.
- A polícia já está à procura dele.
- Ah, é? Que bom. - olhei para Henrique e depois voltei o olhar para uma árvore cheia de folhas murchas. - E onde estão procurando?
- Como onde? Na floresta Amazônica. Onde mais seria?
Nossa. Como eu havia sido burro.
- Ah... - eu tentava ao máximo desfarçar a preocupação. - Tomara que o encontrem logo, não é? Bom, professor, eu ligo depois, está bem? Fique bem, um abraço.
Deliguei o celular e o guardei no bolso, quase tremendo. Ferrou. A polícia estava vindo.
- O que ele disse? - Henrique parecia mais preocupado que eu.
- A polícia está vindo.
- O quê? Está vindo pra cá?
- É, é! - andei de um lado pro outro e passei as mãos sobre os meus cabelos.
- O que vamos fazer?
- Vamos fugir daqui, ué.
- Mas, espera, aquela janela ali está aberta. Podem descobrir o corpo.
- Ah! - não conseguia disfarçar a preocupação.
- E agora?
Ficamos nos olhando em silêncio por um instante. Mas o silêncio foi quebrado quando ouvidos passos em cima de folhas estavam no chão ao longe.
Dava pra ouvir a voz de dois homens. No início, as falas estavam bem distantes. Mas, conforme iam se aproximando, dava pra ouvi-los claramente.
- Por aqui! Por aqui! - dizia um deles.
Olhei para as árvores, de onde viam as vozes e voltei meu olhar para Henrique novamente. Ele nem precisava falar nada pra eu saber o que queria dizer. Estava escrito em seu rosto: "ferrou."

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