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Conseguências devastadoras

Alessandra ficou parada ao meu lado, feito uma estátua, em silêncio logo depois que a enfermeira terminou de pronunciar aquelas palavras. Parecia que todas as respostas e reações possíveis haviam fugido de sua mente, de tão grande que era o seu espanto.
Depois de um instante, Alessandra resolveu dizer alguma coisa e decidiu pelo óbvio:
- O quê? - ela franziu a testa e apertou os dentes. - Não. Não! Não pode ser! - seu tom de voz aumentou em um segundo e eu me surpreendi, pois nunca a tinha ouvido gritar. Tenho que reconhecer que sua voz ficava muito estranha quando ela gritava, ficava rouca e quase não saía.
As duas pessoas que estavam na sala de espera, uma senhora de uns sessenta anos e uma menina de uns dez, olharam para Alessandra com tanto espanto quanto eu. Claro que eu não estava tão surpreso quanto eles, mas tinha que fingir. E, realmente, tinha que reconhecer que não gostava de ver Alessandra daquele jeito. O desespero estava claro em seu rosto logo após a expressão apática que ela demonstrou anteriormente.
- Se acalme, senhora! - a enfermeira parecia ter quase a nossa idade e ser meio inexperiente, demonstrou compaixão por Alessandra. - Você é parente da mulher que faleceu?
- Eu... - ela engoliu seco. - Conheço uma mulher que tem exatamente esse nome. Ela é tinha do meu namorado, que está internado aqui. Mas não pode ser ela. Não pode ser verdade. Não! - sua voz se exaltou novamente.
- Alessandra! - eu segurei em seus ombros, ela olhou para baixo e colocou a mão no nariz.
- Eu espero que não seja a pessoa que você conhece. Mas, neste caso, você mesma pode fazer o reconhecimento do corpo.
Alessandra parou de fungar e olhou com a expressão mais séria possível para a enfermeira.
Ficamos nos olhando com o silêncio mais gritante do mundo por um momento, até que ouvi a voz de um homem e o barulho das rodinhas de uma maca se aproximando. Era ela. Estava se aproximando.
- Com cuidado! Cuidado! - o médico dizia.
Eu, Alessandra e a enfermeira focamos somente naquilo que estava se aproximando. Nossos olhos, ao mesmo tempo que não paravam de olhar para aquele ponto, também não queriam de maneira nenhum acreditar no que estavam vendo.
- Esperem! - a enfermeira falou em direção aos três médicos e uma enfermeira que levavam a maca com a mulher coberta em um lençol azul. - Esta jovem.. Ela acha que conhece a vítima. - ela se virou para Alessandra. - Você quer fazer o reconhecimento?
Alessandra colocou a mão no pescoço, com insegurança e depois virou seu olhar para mim.
- O que você acha?
- Por mais duro que seja, você tem que fazer isso.
Decidi não contar nada sobre o meu encontro com Kelly. Seria uma burrada da minha parte se qualquer pessoa soubesse disso. Mesmo que não desse na cara, eu já tinha ficado perto de Roberto quando ele desapareceu. Seria coincidência demais eu estar perto de sua tia, ainda mais, momentos antes da morte dela. Iam ligar os pontos. Eu ia assinar minha sentença. Tinha que tomar cuidado. Tinha que medir cada palavra que dizia.
Alessandra se virou para a enfermeira.
- Está bem. - sua voz estava baixa, quase não saía.
Um dos médicos aproximou a  mão do lençol. Claro que demorou menos de um segundo para que o corpo fosse mostrado, mas, para mim e para Alessandra, parecendo séculos. A ansiedade para saber a verdade invadiu nossa alma e quase nos fez gritar. Estávamos gritando por dentro antes mesmo de ver a imagem. Só que, quando finalmente a verdade foi finalmente mostrada, Alessandra não se conteve e soltou o que eu classificaria como o grito mais mórbido e aterrorizante que já tinha ouvido em minha vida. A senhora, a criança na sala de espera e até os médicos deviam pensar o mesmo. Os olhos de Alessandra se reviraram e se fecharam e seu corpo caiu em meus braços. Todos em voltam, instintivamente, se aproximaram para ajudá-la. A colocamos em cima do sofá da sala de espera e ela acordou logo depois, mas não fazia nada. Não falava nem expressão emoção alguma. Parecia uma boneca triste em meus braços. O médico disse que a reação devia ser natural e ela devia voltar ao normal depois.
Fiquei sentado no sofá com Alessandra em meu colo, fazendo carinho em seu cabelo, liso como seda, gostoso de se passar a mão. Realmente, parecia que eu estava cuidando de uma boneca. Alessandra parecia uma boneca. Seu corpo magrinho, estilo padrão de modelos, seu cabelo sedoso, sua pele morena-clara limpinha - em seu rosto não existia uma só espinha.
Parei para pensar novamente em tudo que estava acontecendo. Como minha vida havia mudado nos últimos dias. Estava havendo exatamente tudo que eu planejei. Mas fazer planos em mente era bem diferente de vê-los acontecendo. Eu havia me tornado um assassino. Um assassino frio. Um ser que era capaz de matar. Alguém que conseguia tirar a vida de outra pessoa, de interromper o seu ciclo na terra e mandá-la para o seu céu - duvido que uma pessoa como Kelly tenha ido pro inferno.
Conversei com Alessandra e a convenci de que eu deveria dar a notícia da morte de Kelly para Roberto.
Me afastei da sala de espera. Girei a maçaneta da porta e dei de cara com Roberto segurando uma revista, que estava tampando seu rosto e ele acabou não percebendo minha presença.
- Oi, Roberto. - eu disse, de forma objetiva.
Ele abaixou a revista e me olhou como ae eu eu fosse um cachorro com duas pernas.
- Eduardo? Logo você vem me visitar primeiro? - haviam marcas roxas em sua testa, boca e braços.
- Exatamente. - respondi de forma séria, me aproximando da cama.
- Então, você pode me explicar tudo o que aconteceu?
- Depois. Agora, eu fico feliz em ver você acordado. É uma pena que eu tenha que lhe dar uma notícia horrível.
- Um notícia? Que notícia?
- Você ter que ser forte.
- Fala logo, Eduardo! - sua voz estaca se alterando.
- Acabaram de nos informar que a sua tia Kelly... - me esforcei para parecer triste. - faleceu.
Roberto deixou a revista cair no chão enquanto me olhava com a mesma expressão que eu havia feito quando descobri que perdi as duas pessoas que eu mais amava no mundo.

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