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Eu estava usando luvas para me proteger da aranha. Ela percorri entre minhas mãos, que eu aproximava uma da outra outra.
As lágrimas de Roberto pingavam em sua blusa. Ele estava tão assustado que parecia não ser capaz de dizer uma só palavra. Só olhava fixamente para a aranha em minhas mãos. Parecia estar sozinho em uma selva encarando um leão que rosnava e o encarava sempre. Se o leão pudesse falar, diria: "perdeu". E, se Roberto conseguisse ter forças para fazer alguma coisa, fugiria dali feito uma bala.
Seus olhavam se engrandeciam, suas mãos estavam suando como se ele estivesse parado no deserto do Saara com um casaco de pele, seus lábios se contraiam e secavam e seus pés se escondiam para trás.
Quem dera eu pudesse ler seus pensamentos. Sua mente devia estar tanto ou mais confusa do que eu quando estava em suas mãos. Devia estar como eu estava: em um beco sem saída, sem ter como fugir daquela situação,
- Parece que o jogo virou, não é mesmo?
Eu estava tirando da minha garganta todas as palavras que haviam ficado presas dentro de mim durante todos aqueles longos dez anos.
Se estivesse uma plateia ali, eu já teria sido ovacionado várias vezes. Pena que aquilo não era um programa de televisão.
Não sei se era impressão minha, mas acho que até o rato estava com olhando com cara de superior para Roberto. E o melhor de tudo era que eu sabia que aquele simples animalzinho era quem mais o intimidava. Era o que o estava fazendo estar com aquela cara pânico, a querer fugir dali como um corredor de maratona, a se cagar de medo, a tremer feito um carneirinho na base.
- Não... - depois de um tempo encarando o rato, parado como uma estátua, Roberto conseguiu dizer alguma coisa. - Não. Isso não!
Suas palavras estavam baixas, mas o que ele queria mesmo era gritar feito uma menininha. Mas não tinha forças nem pra gritar. Não havíamos o agredido fisicamente. Não ainda. O estavam atingindo exatamente por onde ele havia me atingido primeiro e mais forte. Pelo psicológico. O psicológico é muito pior do que o físico. Nele, sentimos uma dor que é quase impossível de curar. Fisicamente, podemos curar com um curativo ou um remédio. Só que não existem analgésicos para as dores da alma.
- Como é? Eu acho que não ouvi direito. - eu aproximei meu ouvido dele.
- Eu disse... - Roberto engoliu seco. - que vocês não podem fazer isso comigo?
- Os seus pais não te ensinaram?
- Não ensinaram o quê?
- As palavras mágicas? Hã? Vamos, não é tão difícil. Fala!
Roberto olhou para mim e para a aranha. Fechou os olhos e respirou fundo, dua barriga entrou e saiu bem lentamente.
- Por favor. - falou tão baixo que mal dava pra ouvir.
- Por favor o quê?
- Por favor, não façam isso comigo. Eu estou pedindo.
- Nessas horas, você tem muita educação, não é? Gostei de ouvir isso. Mas eu gostaria muito mais de ouvir se isso fosse dito novamente - olhei pra baixo e para Roberto de novo. - de joelhos.
Roberto contraiu os músculos da fase após terminar de me ouvir. A história se repetia. Mas os personagens foram trocados. - O quê?
- Ajoelhe-se diante de mim agora! - gritei tão alto que Roberto se afastou um pouco pra frente, minha voz ecoou na pequena cabana. - Eu não vou falar de novo. - disse, no tom mais ameaçador possível.
Roberti estava com a expressão milimetricanente igual à que eu fiz há dez anos atrás. Se fossem comparadas, não teria diferença alguma.
Roberto estava lacrimejando mais ainda.
Ele olhou para o chão, onde suas lágrimas pingavam, erguei seus joelhos e os fixou. O cachorro que antes ele parecia, agora, aparentava ter tomado uma surra das grandes.
Roberto havia tomado uma surra. Mais uma surra psicológica. Que não tinha cura. Que era mil vezes pior que uma surra física.
- Olha mim! - eu estava ficando bom no quesito de voz de soberania. - Olha pra mim! - repeti. Eu também estava abusando o máximo daquela situação. Era o momento mais esperado da minha vida.
Peguei o rosto de Roberto e o puxei em minha direção. Encarei aquela cara. Suas pálpebras estavam inchadas, seu rosto estava abatido, cansado, parecia um velho de sessenta e poucos anos. Só faltavam as rugas.
- Está satisfeito? - ele perguntou, sua voz estava rouca e abafada.
- Não sei.
- Agora, vai me soltar?
- Como? Eu não disse que ia te soltar.
- Mas eu fiz tudo o que você disse.
- Será que você não se lembra direito do que aconteceu há dez anos atrás? Não sabe? Pois eu sei. Sei que você mandou aquela pobre criança se ajoelhar diante de você. Fez ela se rebaixar, se humilhar. Pra quê? Pra nada. Você simplesmente a humilhou por pura diversão. E depois? O que fez? - Roberto me encarava sem entender. - Você estava com um objeto de muito valor pra aquela pessoa. - eu encarava a aranha em minhas mãos.  Ameaçava jogá-lo em um vaso sanitário. A pobre criatura pediu, implorou que você não fizesse aquilo. E o que você fez? - Roberto respirou fundo. - você o jogou!
Gritei e joguei a aranha em cima dele.

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