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A droga da minha vida

Peguei a droga da mão de Leonardo e a escondi embaixo do casaco grosso que eu estava usando.
- Você não consegue ficar muito tempo sem isso, não é?
- ele perguntou, rindo pra mim.
- Não tenho por que mentir. Bem que você disse que isso aliviaria a minha dor, mas eu não conseguiria ficar muito tempo sem.
Eu havia começado a usar drogas há uns dois anos. Nos anos anteriores, eu tomava calmantes e antidepressivos todos os dias, mas aqueles remédios não conseguiam aliviar a minha dor tanto quanto aquela droga. Aquilo fazia eu sentir um bem-estar tão grande que eu venderia a minha vida se fosse preciso, mas não ficaria sem usar aquilo por muito tempo. Foi o único que jeito que eu encontrei pra poder aliviar as dores que eu sentia, as piores dores do mundo, as incuráveis: as dores psicológicas. Meu trauma foi tanto que eu não conseguia mais viver direito, eu não tinha mais paz. Tinha pesadelos todas as noites com a minha mente revivendo aquele dia em que eu recebi a notícia que eu havia perdido as pessoas que eu mais amava no mundo ou com aquele outro em que sofri horrores nas mãos daquelas pestes.
Entrei no carro novamente, dirigi até um outro canto afastado dali e fui pra debaixo de uma ponte.
Comecei a fumar o negócio e o alívio foi instantâneo. Só era ruim ter que ter aquele trabalho todo de me afastar tanto da minha casa, afinal, eu não podia deixar ninguém sentir o cheiro da fumaça em mim. Essa era sempre a minha maior preocupação.
Quando cheguei em casa, ainda estava como cheiro de fumaça quando ouvi uma voz saindo do escritório.
- Eduardo? - era a voz da minha tia.
- Ferrou! - pensei.
Subi as escadas com a velocidade de um leão perseguindo a sua presa e fui direto pro meu quarto, deitei na cama e fechei os olhos.
Minha tia devia ter voltado a trabalhar. Ela era maniaca por trabalho mesmo.
A porta do meu quarto se abriu, minha tia me olhou e saiu logo depois.
Dei um respiro bem fundo.
- Essa foi por pouco. - pensei, indo pro banheiro logo depois.

Amanheceu. Aquele seria o meu primeiro dia naquela escola. Depois de tanto tempo. Nossa, como as coisas haviam mudado. O urubu, ou melhor, o cordeirizinho assustado como eles me chamavam - eu lembrava muito bem. - tinha mudado tanto. Agora, era um lobo mau prestes a atacar e os cordeirinhos viraram eles.
Logo na entrada, vi Henrique. O cumprimentei com um aperto de mão.
- Oi. Você só não me explicou como vai começar essa sua tal vingança. - ele falou, sorrindo.
- Fala baixo! Isso você verá já, já.
Nós dois entramos na escola e, no pátio, vimos Alessandra e Roberto conversando.
- Vai interromper os pombinhos? - Henrique perguntou, ao meu lado.
- Tenho que fazer isso.
- Então, quer dizer...
- Exatamente. O plano de vingança começa agora! - eu disse, me sentindo como se estivesse em um filme de Hollywood. - Eu sempre quis dizer isso.
Henrique e eu demos uma risada.
Nos aproximamos de Alessandra e Roberto, sorrimos pra eles.
- Bom dia. - eu disse, parecendo um palhaço tentando animar criancinhas em uma festa infantil.
- Bom dia. - Alessandra me respondeu. Ela parecia sincera em sua fala, sua sinceridade estampada em seu rosto era uma das várias coisas que estavam me encantando cada vez mais nela.
- Será que eu poderia falar com o seu - eu não queria dizer a palavra. - ficante...
- Ficante nada! Eu sou namorado dela! - Roberto assumiu uma expressão ranzinza de repente, como um velho de 80 anos.
- Tá, tá bom, calma. Eu posso falar com o seu namorado, - aumentei a voz - por favor?
- Pode. - Alessandra respondeu, querendo dar uma risada.
Roberto revirou os olhos, pareceu hesitar, mas acabou indo comigo. Fomos até a quadra. Era cedo, haviam poucas pessoas na escola ainda.
- O que você quer comigo? - Roberto perguntou, parecia mais mau humorado que vendedora de lanchonete.
- Olha, Roberto, eu percebi que você não foi com a minha cara desde o primeiro momento que nos vimos ontem. Eu não entendo o motivo. Mas, o que eu quero de verdade, é que nós sejamos amigos.

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