EPÍLOGO
A mulher ruiva estava tremendo. Não era de frio, apesar do clima em Canobra naquela tarde estar nublado e quase sombrio, era ansiedade. Júlia estava pensando em tudo que poderia dar errado com aquela loucura que concordaram.
O homem ao lado, Pedro, seu marido, não estava muito diferente da mulher.
Tudo aconteceu muito rápido. Ninguém jamais imaginou o que esperava por Olívia, sua melhor amiga, naquele dia há um certo tempo. Foi uma tragédia silenciosa.
Agora, sentados em uma das praças de Canobra, o jovem casal aguarda ansiosamente a pessoa que marcou esse encontro.
Depois de longos minutos esperando por ele, um carro blindado estaciona próximo ao banco onde Júlia e Pedro estavam.
Ricardo sai do veículo segurando uma criança no colo. A sua criança e da Olívia. O fruto do amor deles que agora só chorava todas as noites pedindo o carinho e o amor da mãe que não se encontrava mais aqui.
Era doloroso, e, principalmente, injusto.
Injusto para a menina com um pouco mais de dois anos.
Injusto para o Ricardo que perdeu o seu alicerce de uma hora para outra
E, Injusto para a Olívia, quem mais foi prejudicada nessa história toda. Afinal, a história é dela, a vida foi dela.
— Me prometam... — Ricardo anuncia. — Vocês vão cuidar da minha filha como sua. Vão protegê-la de todo possível mal que um dia a ameace. E que jamais irão permitir que aquele miserável a encontre. Preciso da sua palavra.
E após o juramento mais importante das suas vidas, Ricardo entrega a pequena menina aos cuidados de Júlia e Pedro.
Júlia caminhou com Lua Beatriz em seus braços até chegar ao carro. Ela arrisca um olhar para trás e observa Ricardo Fernandes, o amor da sua melhor amiga.
Se Júlia concordava ou não com essa atitude desesperada de proteção dele com a filha, isso não importava. Ela garantiria o bem-estar dessa criança.
O que ninguém sabia ainda, era que o destino já havia movido as suas peças bem antes disso.
FIM? 🤍
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