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CAPÍTULO VINTE E UM

Acordo assustada. Meu coração estava acelerado e podia sentir o suor escorrer do rosto. Olho através da janela e já era noite. Nossa, dormi a tarde inteira, minha barriga ronca, lembro que comi pouco devido a ressaca.

Após tomar banho e vestir um conjunto moletom corri para a cozinha em busca de comida. A casa estava em total silêncio, o horário no micro-ondas indicava que papai ainda estaria no trabalho. Esquentei o restante do almoço que tinha encontrado na geladeira e ataquei a refeição.

Revirei os olhos quando finalmente preenchi meu estômago. A melhor coisa que existe é comer quando se está de barriga vazia.

Lavei a louça que sujei e subi para o meu quarto que estava uma zona, preciso urgentemente organiza-lo, amanhã eu faço isso agora já está tarde.

Caminhei até minha escrivaninha e liguei o notebook. Lembro de querer tomar um rumo na vida, inicio a pesquisa por cursos disponíveis nessa cidade. Não estou disposta a mudar de novo e estudar fora daqui. Analisei algumas instituições e percebi que estamos no meio do semestre, só daqui a alguns meses as novas vagas serão abertas. Vejo as datas das inscrições para os vestibulares e anoto na agenda, pois quando as datas se aproximarem eu saberei.

Uma batida na porta me dá um leve susto. Era meu pai, ele atravessa meu quarto e se senta na cama.

Suspirei deixando os ombros caírem. Papai ainda estava sério.

— Estou esperando, Olívia. Me explique qual a situação com o Ricardo Fernandes.

— Olha, pai — Comecei a falar. — Sei que parece repentino e estranho para você o nosso namoro. No entanto, desde pequenos Ricardo e eu sentimos uma conexão linda, a gente só não admitia. — Puxei o ar para os meus pulmões e continuei. — Eu estava confusa sobre meus sentimentos até poucos dias atrás, então eu não contei por isso. Gostaria de ter conversado direito e que não visse aquela situação embaraçosa de ontem. Sinto muito.

Parei de falar baixando os olhos para as mãos. Depois de alguns segundos em silêncio, ele inicia.

— Não é estranho. — Volto a encara-lo. — Quando vocês dois eram crianças todos os dias queriam se ver. Eu só não pensei que depois de tanto tempo isso fosse mesmo acontecer entre vocês. — Um sorriso surge em seu rosto. — Sua mãe gostava dele. Espero mesmo que Ricardo não te machuque, diga a ele que precisamos ter uma conversa séria.

Pude respirar tranquilamente após escutar suas palavras. Corri até ele e o abracei forte.

— Te amo, pai. Obrigada por ser tão bom comigo.

— Você é a minha maior joia. — Beijou minha testa antes de sair do quarto.

Desligo o notebook e tiro o celular do carregador. Havia algumas mensagens no aplicativo. Respondi as do privado e apenas visualizei as dos grupos, não tenho muita paciência para conversar por celular. Mordi os lábios.

Onde será que o meu namorado está?

Foi então que me dei conta: nós passamos anos sem se falar. Não faço ideia da sua rotina, apenas que está concluindo o curso superior e trabalha nas empresas da família.

Ligo para ele que atende no quarto toque.

— Aceitei ser sua namorada, entretanto não sei quase nada sobre seus dias. — Disse assim que ouvi seu cumprimento.

Vamos sair para jantar outra vez essa semana? Assim resolvemos esse impasse.

Concordei e lembro do que disse papai.

— Seu sogro gostaria de conversar sobre suas intenções com a joia dele.

Escuto seu riso abafado.

Eu já esperava por isso. Pode marcar esse encontro. Quero que venha até a mansão também, ainda não comuniquei aos meus pais sobre nós.

Um calafrio me faz tremer. Não tanto por Clarisse, ela sempre demonstrou seu apreço por mim, agora o Bernardo, seu pai, não lembro de termos tido uma conversa com palavras, apenas com gestos de cumprimento.

— Você acha que irão receber bem a notícia? — Pergunto por fim.

Na verdade não importa o que os meus pais irão pensar, você é a mulher que eu amo e escolhi para ser a minha esposa.

Meu coração acelera com tamanha declaração. Sorri largo mesmo sabendo que ele não veria.

Terei que ir, Liv, preciso estudar algumas pastas hoje ainda. Depois conversamos.

Assim que nos despedimos larguei o celular no móvel e fechei as cortinas. Me deitei na cama e esperei o sono que logo chegou.

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Na manhã seguinte fui acordada cedo. Pedi ajuda de tia Marta para fazer uma faxina nessa casa, já que sozinha eu provavelmente demoraria séculos para terminar.

— Podemos fazer um bolo para mais tarde, o que acha? — Pergunta ela, enquanto tomava sua xícara de café. Confirmo.

— Faz tempo que não faço, gostei, Tia.

Depois de bem alimentadas começamos a limpeza. Eu fui para a sala e ela continuou na cozinha. Tirei a poeira dos móveis e varri o piso. A caixinha de som tocava umas músicas aleatórias que Marta colocou, deu para animar o corpo enquanto tirava aquele pó acumulado. Demoramos mais do que esperávamos para limpar e organizar os dois andares da casa, agora depois de banho tomado, esperamos o bolo esfriar para fazer o lanche da tarde. Papai apareceu rapidamente para trazer o nosso almoço algumas horas antes e em seguida voltou ao restaurante.

— Nossa! — Suspirei. Estava muito bom. — Está uma delícia!

— A receita da mãe Maria não tem erro, Liv. Agora você sabe o segredo de família. — Ela diz feliz.

— O que seria de mim sem você, tia? Obrigada mesmo pela força hoje. Eu ainda estaria na faxina se você não tivesse vindo me ajudar.

— Sempre que for fazer pode me avisar que eu venho.

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A semana passou arrastada para mim, já que eu estava organizando a próxima exposição dos quadros na galeria. Quando sábado chegou o nervosismo veio com tudo outra vez. Ás vezes não acreditava que era possível sentir tanto orgulho de alguém como sinto da minha mãe.

— Está pronta, Liv? — Ouço minha tia antes dela entrar no quarto. — Meu Deus! Você está impecável, Olívia!

Meu vestido estava distinto da primeira noite. O de hoje era verde e não muito longo, me sentia tão elegante usando um broche de ouro preso em uma das alças. Os brincos da vovó Maria que ganhei no meu aniversário de catorze anos era exposto já que optei em prender todo meu cabelo em um coque alto. Usava salto.

— Olha quem fala, está linda, tia.

Ela usava um conjunto de calça e blusa listrado, pareciam uma única peça em seu corpo médio. Os cabelos estavam soltos dando um ar jovial a Marta.

Sigo com ela até a galeria. Várias pessoas já estavam aqui olhando as obras. Igual a primeira noite, fiquei na entrada esperando os cumprimentos pela artista. O sorriso não saia do meu rosto.

Ainda não vi Clarisse por aqui, nem Ricardo. Eles devem estar vindo juntos da mansão.

— Olívia — Ouço alguém me chamar, era Miguel. — Tudo perfeito, parabéns!

— Oi, Miguel. Agradeço sua presença, significa muito.

Ele me dá um beijo rápido no rosto.

— Você está linda. — Ele me encarava firme. Um forte arrepio percorreu meu corpo quando deposita um beijo terno em minha mão.

Antes de agradecer por seu elogio, alguém chega atrás de mim e aperta minha cintura. Reconheço o perfume.

— Tudo bem, Miguel? — Não vi o rosto do meu namorado, todavia seu tom de voz parecia nada contente.

Miguel solta a minha mão.

— Olá, primo. — O semblante dele mudou completamente. — Estava dando os parabéns a Olívia pela exposição, vocês fizeram um trabalho excelente.

— E aproveitou para elogiar minha linda namorada, não é? Agradeço sua amizade, primo.

As batidas do meu coração aceleraram quando me dei conta da ironia em sua voz. Ricardo continuava a apertar minha cintura.

Miguel estava sério, nunca o vi assim antes.

— Claro, a beleza de Olivia jamais passará despercebida por meus olhos. — Miguel responde com o mesmo tom de Ricardo. — E a propósito, Olívia, ainda está de pé o que marcamos semana passada?

— Não acredito, como você se atreve a chamar minha namorada para sair na minha frente?

— Ei, calma, Ric! — Decido intervir na conversa antes que chamemos a atenção dos outros. — Sim, Miguel. Você é meu amigo então podemos sair.

Dei ênfase na palavra amigo para que ambos entendessem. Ricardo me solta incrédulo.

— Depois eu te ligo! — Miguel estava com um sorriso largo nos lábios, meio provocante. Disse e saiu.

Me virei ficando de frente para Ricardo que não estava com a face amigável.

— Ei, Ric — Choraminguei. — Desfaz essa cara, vai? Miguel é meu amigo de anos também. — Abracei seus braços musculosos.

— Não gostei disso, Olívia. Você até pode ver ele apenas como amigo, mas para mim estão claras as intenções dele. — Suas mãos pousam novamente em minha cintura. Ricardo fita o meu rosto. Sorri pra ele. — Não me olha assim, Olívia. — Ele desvia o olhar. — Você está tão linda nessa roupa que tenho medo de esquecer que não estamos sozinhos aqui.

Uma sensação boa preencheu meu peito. Amava ouvir suas declarações espontâneas.

— Olívia, pode me acompanhar, por favor? — uma mulher que trabalha no evento me chama. Assenti para ela.

— O importante é você saber o que eu quero, amor.

Beijei seus lábios em um selinho rápido e segui a moça que me guiou até Clarisse.

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Esta noite de exposição das obras também foi um sucesso. Foram vendidas mais de cinquenta por cento das telas disponíveis. Tia Marta me deixou em casa e logo me organizei para ter meu merecido descanso, o dia tinha sido intenso.

Na segunda-feira despertei cedo, estava tentando criar hábito disso. Vesti-me com roupas leves para dar uma caminhada pela rua. Ao sair de casa me deparo com o céu ainda nublado. A temperatura estava do jeito que mais gosto, um friozinho aconchegante.

Caminhando pela calçada percebo poucas mudanças na aparência da rua. O asfalto estava gasto com as marcas do tempo, as casas também tinham essas características. O destaque amarelo continuava muito presente, no entanto em algumas casas ele já não era tão pequeno. Árvores enormes preenchiam as laterais das casas.

Começo a correr, a intenção era me exercitar bem. Após alguns minutos correndo observo a antiga casa do Miguel. Ou melhor, a casa de dona Bernadete. várias lembranças inundam minha mente. Faz anos que não a vejo, como ela estaria?

Parei próximo a entrada de sua casa. Daqui pude enxergar a avó dos rapazes sentada em uma cadeira de rodas em sua varanda. Seu semblante estava mais envelhecido do que me recordava. Uma mulher vestida de branco estava ao lado dela, parecia uma enfermeira, ou será uma cuidadora?

Um sentimento triste preencheu meu ser. Miguel já não morava mais aqui, ela estaria vivendo assim apenas com uma companheira?

Na minha cabeça giravam várias perguntas. Respirei fundo e dei meia volta em direção a minha casa.

Após o banho e tomar café da manhã, recebi uma ligação de Júlia.

Amiga, não é fácil o que tenho que te contar.

— Para de enrolar e fala logo de uma vez, mulher.

Há alguns minutos Júlia disse que tinha que dizer algo importante, mas não encontrava as palavras certas. Minha curiosidade já tinha tomado conta do meu ser nesse momento.

Eu estou grávida.

Foi isso mesmo que eu entendi?

— O que você disse?

Eu descobri que estou grávida de três meses faz poucos dias. Aconteceram tantas coisas ao mesmo tempo, minha família não gostou muito e me obrigaram a casar antes da barriga aparecer e de ficar falada, sabe como é, né, cidade do interior...

Ela tagarelava sem parar.

— Espera, Júlia — Meu cérebro tentava unir as informações. — Você está mesmo grávida?

Sim, e casada.

Minha mente parecia ter travado. Não sabia o que dizer ao obter tantas informações na mesma hora.

— E como você está? Estamos...felizes com isso?

Eu não fazia ideia se ela queria ter filhos nesse momento. Tínhamos a mesma idade, e ela namora meu amigo Pedro desde os quinze anos. Não é tão surpreendente essa notícia para mim.

Sim, Liv. Estamos muito felizes. — Acho que ela chorava. — No começo eu me assustei, não planejei engravidar aos vinte anos, mas o Pedro e eu já tivemos conversas sobre o futuro e formar família.

— E como ele está?

Teve a mesma reação que eu tive, fizemos juntos o teste. O que pesou a notícia foi só a minha família que criticou. Estou te contando agora porque estava sem cabeça pra falar antes.

— Entendo, seus pais sempre foram muito conservadores. — Suspirei. —  Júlia, estou com você, tá bom? Vamos cuidar desse neném com muito carinho e amor. Vocês não estão sozinhos.

Te amo, Liv. Sabia que você diria isso.

— Você é minha melhor amiga, dinda já ama essa criaturinha com todo o coração. — Uma felicidade imensa transbordou meu peito. — Onde você está agora? O Pedro está aí?

Depois da cerimônia no civil nos mudamos para um apartamento. Estou aqui agora. O Pedro já foi para o trabalho.

— Entendi, depois conversamos quando ele estiver aí. Eu quero saber de tudo, tá bom? Posso estar longe, mas não deixarei vocês.

Então ela me contou os detalhes desde quando desconfiava da gravidez até o momento de terror que sua família a fez passar quando descobriram. Queria muito ter estado ao lado dela quando isso ocorreu.

Conversamos por mais alguns minutos e ela encerrou a ligação. Peguei meus cadernos antigos e desci até o quartinho onde ficavam as telas em branco. Precisava me familiarizar com as tintas e os quadros.

Era uma luta conviver com a autocrítica sobre ter talento para isso ou não, todavia eu tinha a minha mãe como inspiração. E pensar que ela tinha todo esse poder com a arte e nunca se deixou arriscar é muito mais do que preciso para ao menos tentar.

Abro na página do rascunho feito no caderno e analiso a tela inacabada em minha frente. Mordo os lábios ao pensar que não está saindo como imaginei. Eu preciso de uma opinião, mas, não sei, a insegurança de mostrar isso a alguém me corrói.

Respiro fundo e pego o pincel, as cores que eu tinha disponíveis não eram favoráveis, logo resolverei esse outro impasse.

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Mais um dia passou ligeiro. Meu pai veio almoçar comigo e voltou ao restaurante algumas horas atrás. Meu namorado ligou dizendo que viria me buscar perto das oito para jantarmos oficialmente no castelo. O nervosismo não deixava minha mente em paz. Já fui milhares de vezes até a mansão, porém sendo sua namorada me deixa um pouquinho apreensiva.

Meu cabelo estava meio preso, optei por deixar as ondas caídas em minhas costas. A noite estava fria, muito provável que chova, vesti uma calça de pano lilás e uma blusa branca com mangas. Pensei em ir de vestido, mas o tempo lá fora me congelaria.

Suspiro. É o que temos para hoje, Olivia.

Desci as escadas, o som das botas ecoavam pela casa silenciosa. Eu segurava uma bolsa de mão onde guardei meu celular. Sinto ele vibrar, era uma mensagem de Ricardo avisando que me esperava do lado de fora.

Saio de casa após tranca-la. Caminho até o carro estacionado, abro a porta e em poucos segundos já estou nos braços dele.

Ricardo me beijava calmamente enquanto segura meu rosto com as mãos.

— Senti saudades. — Ele declara em sussurro.

— Eu também. — Volto a beija-lo com todo o sentimento que havia por ele dentro de mim. Era inexplicável.

— Vamos parar por aqui, anjo. Já nos aguardam em casa.

Ele diz assim que a falta de ar chega. Me ajeitei no banco ao colocar o sinto de segurança. Sorri sem querer. Ricardo estava me deixando sem juízo, não pode estar próximo de mim que só desejo ter seus beijos. O amor é assim mesmo? Isso é loucura.

O percurso até a mansão foi silencioso, aquele clima confortável que sua presença me faz sentir. Lembranças da adolescência aparecem ao mesmo tempo que reconheço o trajeto. Arriscaria dizer que o caminho do portão de entrada até as escadas da mansão era a mesma distância da minha rua inteira. É absurda essa conclusão, o estilo de vida que essa família leva, e eu, uma garota simples no meio disso tudo.

Sinto uma mão sobre minha coxa. Encaro seu rosto.

— Chegamos, amor. — Um tremor em minha barriga denuncia meu nervosismo. — Vai ficar tudo bem, é só um jantar.

Respiro fundo e caminho ao seu lado pelos corredores da mansão. A atmosfera desse lugar continua a mesma de anos atrás. Ricardo segura a minha mão antes de entrarmos na sala de estar.

Clarisse e o marido estavam sentados em meio a uma conversa.

— Mãe, pai — Ricardo chama a atenção de ambos. — Olívia é a minha convidada, quero que a reconheçam como minha namorada.

Mais direto impossível. Espero a reação deles antes de dizer qualquer coisa, eu estava com medo de ser rejeitada. Respira, Olívia.

— O que disse, filho? — Clarisse se levanta e pergunta ao se aproximar. Um sorriso enorme ilumina seu rosto. — Eu não acredito, espero receber essa notícia há anos. Finalmente.

Ela ergue os braços e puxa nós dois para um abraço triplo. Consigo respirar aliviada quando ela me solta.

— Liv, você é a nora que sempre sonhei ter. — Beijou minha testa, e me abraçou novamente. — Que felicidade, eu mal posso me conter.

Ela me apertava rindo alto. Sua alegria me contagiou, eu já esperava essa reação dela.

Bernardo se aproximou de nós, como sempre usando seu terno negro. Já era notável alguns cabelos brancos aparecendo em sua cabeça.

— Se vocês estão certos dessa decisão. Espero que sejam felizes, filho. — Ele apertou a mão de Ricardo. Logo me fitou. — Seja bem-vinda a família, Olívia.

Então Bernardo fez o que jamais esperaria, me deu um abraço. Foi ligeiro, porém como fui surpreendida foi mais do que suficiente.

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Olha só quem apareceu depois de um mês sem atualizar o romance. Como vocês estão???🙈❤️

O que acharam do capítulo? A Júlia gravidinha, o Miguel e o Ricardo se enfrentando, e esse jantar, acham que vai terminar bem???

Deixem suas opiniões e os votos, agradeço por todo apoio. ❤️❤️❤️

Um beijão e até o próximo capítulo, meus leitores!!!

❤️✨️❤️

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