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CAPÍTULO VINTE E SETE

5 anos depois

Solto uma risada alta depois de derrubar o Paulo no meio do ringue.

— Acho que o jogo virou, não é mesmo, Paulo? — Diz Brenda, eufórica. Os dois ainda continuavam idênticos.

Quando Paulo levanta, toco sua luva em um cumprimento e pulei para fora do ringue. Eu havia melhorado muito, aliás, nenhuma comparação ao início seria justa já que nem em pé eu ficava direito. Na porta do vestuário encontro o meu marido. Ele cheirava tão bem, tomou banho após lutarmos juntos.

— Minha mãe ligou, segundo ela a Lua está revirando o castelo. — Ricardo fala, com um orgulho na voz. Dei um sorriso pra ele.

— Quando me livrar desse suor nós vamos socorrer Clarisse.

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Quando cruzei a porta da brinquedoteca quase cai para trás. Estava um caos. Havia vários papéis espalhados pelo chão, tintas derramadas e manchas de mãos no chão e paredes.

Paralisei vendo a garotinha que ainda não tinha me visto. Ela usava um macaquinho florido que também estava manchado com várias tintas, o cabelo quase desamarrado de tão frouxo.
Ela estava concentrada embolando uma massinha de modelar.

Limpei minha garganta antes de chamar a sua atenção.

— Lua Fernandes, o que significa essa zona?

Minha filha ergueu o seu olhar atento para mim e correu em minha direção.

— Mamãe, mamãe! — Ela gritou. Me agachei até estar em sua altura e ela me abraçou. Não me importei se também mancharia a minha roupa recém colocada. Me levantei com ela apoiada em meu colo.

— Essa menina tá demais, é mesmo sua filha e do Ricardo. — Clarisse sorriu, ela também estava suja de tinta e um pouco descabelada.

— Sinto muito pela bagunça.

— Não há o que se desculpar, Olívia, essa casa é sua e da minha neta, ela pode fazer o que quiser. Eu que não estou em forma pra acompanhar o ritmo da Lua. — O olhar meigo de Clarisse continua o mesmo. — Agora vamos que essa criança precisa de um banho.

— Vovó!

Lua pareceu reclamar. Ela ama brincar e quase sempre é preciso inventar uma desculpa pra tirar dos brinquedos, porque se depender dela fica aqui para sempre.

— Ela me lembra tanto você, a Lua tem exatamente o seu jeito quando era pequena.

Sorri enquanto caminhava para fora da brinquedoteca. A Lua pode até não parecer comigo fisicamente já que é a cópia do Ricardo, mas o seu jeitinho de ser não deixa dúvidas que ela é mesmo a minha filha.

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Superfantástico, o balão mágico, o mundo fica bem mais divertido. Superfantástico, o balão mágico, o mundo fica bem mais divertido.
Sou feliz, por isso estou aqui.
Também quero viajar nessa balão...

Dizem que acostumei mal a minha filha por sempre cantar pra ela, porém não vejo como algo tão ruim assim. A Lua ama me ouvir apesar de não ter uma voz incrível, ela sempre sorri ao tentar cantar junto comigo com suas palavras emboladas. Eu a amo tanto, daria a minha vida para que ela sempre ficasse bem.

Alisando a sua testa percebo o seu respirar forte, ela finalmente dormiu após mais um tempo agitando a mansão.

Ouço o trincar da porta do quarto. Logo, os pés do meu marido se aproximam de nós.

— Hoje ela chegou ao limite. — Ricardo sussurra ao pegar nossa filha em seus braços. Depois de aconchega-la bem no berço dela, ele vem até mim.

Uma de suas mãos sobe lentamente o meu corpo, começando pelos pés até ele parar em meu rosto. Fecho os olhos ao sentir sua carícia em minha bochecha. Ricardo beija os meus lábios ternamente. Quando se afasta, ele deita de costas sobre o colchão e encara o teto. Me levo até o seu peito e baixo minha cabeça ali.

— As vezes eu só queria congelar o tempo. — Ricardo começa a falar. — A nossa vida juntos, a nossa família, eu não cogitaria imaginar toda essa felicidade que sinto. Eu amo tanto vocês duas, Olivia. Vocês são a minha motivação para levantar todos os dias apesar de todos os problemas que tenho.

Meus olhos enchem de lágrimas. Não esperava essa declaração espontânea já que sei bem com quem me casei. Aliás, nada me surpreendeu mais que os votos de casamento que Ricardo recitou para mim na frente de dezenas de pessoas.

— Ric, meu amor — toco o rosto dele. — Eu te prometi há muito tempo que estaria ao seu lado sempre, não importa o que aconteça estarei com você. Eu não sei se essa situação na empresa vai melhorar, mas somos família e nos apoiamos.

Desde que o pai de Ricardo faleceu ele está a frente na presidência da empresa. Só que não contávamos com o que estava por vir. Alguém estava retirando fundos da conta conjunta entre os sócios, foi um desfalque tão profissional que a perícia até hoje não encontrou os rastros do furto. Então, eu vejo Ricardo dia e noite lidando com pessoas que prejudicaram a empresa, porém, sem provas, não há muito o que fazer.

Beijei novamente sua boca.

— Lembra que vamos comer com o papai amanhã? — Fitei seu rosto, estava um pouco desfocado por conta da escuridão da noite.

— Sim, a secretária me repassou a agenda de amanhã.

Ouço uma respiração pesada minutos depois. Significa que Ricardo adormeceu.

— Descansa, meu amor.

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No dia seguinte, a Lua acordou cedo, bem cedo.

— Como é possível você já acordar ligada no 220V? — Pergunto, a menina que brincava com o cereal na sua cadeira de alimentação. Lua sorri sapeca pra mim antes de pegar o seu copo e beber o leite.

Estava admirando a minha filha até que sinto duas mãos apertarem a minha cintura. Sorri ao reconhecer o perfume dele.

— Bom dia, anjo. — Sinto os lábios tocarem meu ombro nu. — Por que não me chamou para o café?

— Não quis te acordar, você parecia exausto ontem. — Me virei para encara-lo. Ricardo usava uma camisa social jeans com botões e uma calça bege. — Sente-se, vou terminar de colocar as coisas na mesa.

Tínhamos dezenas de funcionários? Tínhamos. Aliás, Clarisse que tinha. Eu não me acostumei a ter alguém sempre fazendo tudo por mim como se eu fosse doente. Então, moramos na mansão com a mãe de Ricardo para que ela não fique sozinha, porém tenho liberdade para fazer o que quiser na cozinha e nos outros cômodos.

Geralmente, é só o café mesmo que preparo para minha família, almoçamos com Clarisse e jantamos. E a decoração, o máximo que fiz foi mudar um quarto vazio e transformar numa brinquedoteca para a Lua e a Isadora brincarem. E por falar nela.

— Papai, papai! — Ouço uma garotinha gritando pelo corredor até chegar a cozinha. — Olha o meu dente caiu!

Isadora sorria abertamente para o Ric.

— Quer dizer que a minha mocinha vai receber a visita da fada do dente hoje? — Ela balança a cabeça positivamente.

— A mamãe disse que eu vou ficar rica!

Ricardo gargalhou. Eu sorri junto. Ver como ele ama e trata as filhas sempre aquece o meu coração.

— Ah, você está aqui, menina. — Angélica surge pela entrada da cozinha, parecia ofegante. — Bom dia, Olívia. Desculpe chegar assim, a Isa ficou ansiosa para mostrar o dente ao pai.

— Vocês sempre são bem-vindas, Angélica. Junte-se a nós para a refeição.

— Agradeço, mas já tomei café. Tenho que dar um saída. — Ela encara a filha. — Vamos, Isadora, tenho que te deixar no colégio.

Isa encara a mãe triste.

— Eu levo ela, Angélica, antes de ir para a empresa. — Ricardo diz.

— Oba! — Isadora sobe no colo do pai e abraça ele.

A Lua gargalha alto vendo os dois. Me sentei perto deles e tomei meu café da manhã.

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Estava no jardim de Clarisse terminando de pintar uma tela. Aqui é o lugar que mais me inspira durante as minhas criações. Ao ar livre, o perfume das flores, o canto dos pássaros, tudo em conjunto é uma dádiva. Ficar aqui ajudou durante o meu período no curso de artes plásticas.

Sinto o meu celular vibrar na mesinha de apoio. Guardo o pincel no copo e retiro as luvas.

Desconhecido piscava na tela. Franzi o cenho, estranho. Era raro alguém que não tenho contato ligar para o meu telefone pessoal, mas como estou com alguns quadros em exposição na galeria resolvi ignorar esse pensamento.

— Alô? — Ouvi uma respiração através da linha. — Quem é? Se não responder eu vou desligar.

Calma, Liv. — Fico estática encarando a tela em minha frente. — Eu pensei que fossemos amigos.

Um nó se forma em minha garganta, há quase seis anos que não ouço a sua voz, porém reconheceria em qualquer lugar.

— Oi, Miguel.

Eu estava surpresa, desde o dia que fugi dele no cinema Miguel nunca mais foi o mesmo. Tinha o visto poucas vezes nesses últimos anos e ele sempre fez questão de me ignorar.

— O que você quer? Por que me ligou?

Não gostei desse tom, cara Liv, eu quem deveria estar magoado dado as circunstâncias das suas ações comigo.

Ouço sua risada. Um arrepio percorre o meu corpo, não era nada parecida com a risada contagiante da qual me lembrava pertencer ao meu amigo. Essa era fria, quase calculista.

— Você não me deixou alternativa, sempre que tentei me aproximar de você para me desculpar você me ignorou. Normal eu estranhar o porquê da sua ligação.

Ok, ok, Liv, você tem razão. Por isso te liguei, eu quero... fazer as pazes com você.

Uma emoção aquece o meu coração.

— Miguel, peço que me perdoe por aquele dia, eu...

Não, Olivia — Parei de falar quando fui interrompida. — Pessoalmente!

— Pessoalmente?

Sim, quero pedir perdão também por ter te afastado tanto tempo.

— Está bem, onde?

Vou te mandar a localização, vá sozinha.

— Miguel, eu...

Ele já havia desligado. Respirei fundo, meu coração estava acelerado e eu nem tinha percebido.

Uma notificação apita em me celular, era o endereço de um café próximo a entrada da cidade. Não poderia ter escolhido um mais perto?

Entro na mansão, tinha que ir até a galeria para ver se estava tudo certo com as peças da exposição, depois me encontraria com Miguel.

Peço para o mordomo retirar os meus materiais do jardim, já que não irei trabalhar mais hoje. Tomei um banho rápido e vesti uma roupa confortável. Era um milagroso dia de sol em Canobra, então melhor aproveitar.

Quando cheguei próximo às escadas ouço o nome que tem mel.

— Mamãe, mamãe! — Lua corria em minha direção, Clarisse tinha acabado de dar banho nela. A peguei no colo e cheirei seus cabelos. — Passear, passear!

Não planejei levar ela pra sair hoje. Mas vendo os seus olhos quase lacrimejando, não me contive.

— Está bem, vamos até a galeria e depois conhecer um amigo da mamãe.

— Oba!

— De tanto a Isa gritar a Lua aprendeu. — Clarisse diz, me entregando a sacola da lua.

— Vocês já tinha planejado esse passeio, não é, senhoritas? — Fingi um tom de ameaça, depois rimos. — Volto antes do jantar.

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Depois de analisar todas as minhas obras que iriam para a exposição desse mês, dirigi até a localização do café que Miguel me enviou.

Olhei a hora no meu celular, e percebi ter uma chamada perdida do meu marido. Resolvi mandar uma mensagem de áudio.

— Miguel me ligou pedindo pra se encontrar comigo no Café Americano, daqui a pouco eu volto pro castelo com a Lua, amo você.

Retiro o bebê conforto onde a lua estava deitada sem preocupação alguma. Decidi deixa-la ali mesmo. Peguei minha bolsa e caminho até entrar dentro do café.

Uma sensação estranha me faz parar por um instante. Sentia que estava sendo observada, logo que o meu olhar encontra o de Miguel parte dessa sensação sumiu. Parte dela.

— Eu te pedi pra vim sozinha.

Sua voz grave arrepiou todos os meus pelos. Miguel tinha barba, e seu visual todo preto não me animou, estou começando a achar que foi uma má ideia ter vindo até aqui.

— É a minha filha, Miguel. O nome dela é Lua.

Forcei um sorriso ao apresentar ela pra ele. Miguel não demonstrou nenhuma expressão, apenas apontou para a cadeira a sua frente. Me sentei nela, colocando o bebê conforto na cadeira ao meu lado.

— Pensei que gostaria de conhece-la. — Admiti com um pingo de esperança que o meu amigo ainda vivesse nele.

— Por que eu gostaria se ela era para ser minha também? — Sua palavras me chocam. — Ok, Liv, me desculpe, eu não deveria ter falado assim.

Balancei a cabeça. Miguel se apoia na mesa e segura minhas duas mãos enquanto encara meus olhos.

— Só agora eu tive coragem de me encontrar com você, eu me perdi, Liv. A raiva, o ódio e o ciúme me deixaram amargurado esse tempo todo. Mas, eu cansei. Não podia continuar nas sombras enquanto a minha felicidade estava nos braços de outro homem.

Tento tirar as minhas mãos do seu aperto, porém ele as mantém firmes ali.

— Me solta, Miguel, você tá me assustando.

— Escuta, Olívia, eu te perdoei por tudo. Por ter escolhido ele, por ter se casado e se entregado a Ricardo todos esses anos. Te perdoei até por ter tido essa criança. Mas, nós... nós podemos formar a nossa família, a partir de hoje viveremos bem e longe da pressão que aquela família sempre fez para gente.

— Você está louco, Miguel. Só pode.

Consigo soltar as minhas mãos da dele e me levanto abruptamente. Meu rosto fervia de raiva, como ele se atreve a pronunciar tanta asneira junta?

— Foi um erro ter vindo aqui, você precisa se tratar!

Antes que eu pudesse pegar a Lua, um clique me faz congelar.

— Eu não te aconselho a fazer isso, Olivia. Agora sente-se.

Lágrimas inundaram os meus olhos, o tremor no meu corpo me denunciava. Eu não me preocupava comigo, a segurança da minha filha que estava sob a sua arma.

— Miguel, você não precisa fazer isso. Você me chamou aqui para conversarmos, lembra? — Um nó em minha garganta controlou o soluço.

— É o que estamos fazendo, Olívia, conversando. Agora, você vai levantar e nós vamos até o meu carro no estacionamento, entendeu?

Balancei a cabeça positivamente não conseguindo evitar as lágrimas. Eu faria qualquer coisa, qualquer coisa para que minha filha ficasse bem.

Lentamente eu me levanto e seguro o bebê conforto da Lua. Ela sorria pra mim inocentemente. Maldita hora que eu concordei em vir aqui.

Caminhamos devagar pelo café, algumas pessoas olharam rápido para nós. Notei que ele tinha colocado a arma no cós de sua calça antes de levantar. Pensa, Olívia.

Eu precisava agir rápido e com cautela.

Lembro que estacionei o carro logo no início do estacionamento. Talvez, se eu corresse.
Aperto as mãos ao redor do gancho da cadeirinha da Lua. Precisava garantir que ela estava segura.

Olhei de relance para o homem que andava poucos passos atrás de mim, ele encarava as minhas costas. Agradeço aos céus por ter deixado a chave do carro dentro do bebê conforto, vai ser fácil pegá-la assim.

Cada vez mais próximos do meu carro estacionado, analisei as minhas alternativas. Eu poderia ir com o Miguel até onde ele quisesse, ou tentar pedir por ajuda dos seguranças da mansão.

Miguel com certeza é mais rápido do eu, ainda por cima, estou segurando a minha filha. Droga, o que eu faço?

O universo, o destino, ou seja lá quem for que me protege nos céus, mandou um sinal.

Uma moto desgovernada surge do nada entre o Miguel e eu, a força do impacto o derrubou no chão bem longe do lugar que ele estava. Aproveitei a deixa e corri, como nunca havia corrido antes. Eu só queria chegar até o meu carro e nos tirar dali sãs e salvas.

Liguei a chave e arranquei o carro dali em um barulho ensurdecedor. Eu sempre fui certinha demais, porém hoje, receber multas por alta velocidade era a menor das minhas preocupações.

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Então, gente, gostaram do penúltimo capítulo? O que acham que vai acontecer com a Olívia e sua filha? Nosso Ricardo vai aparecer e salva-la? ❤️

Espero os comentários e não esqueçam de votar!!!❤️

Até o último capítulo , meus amores.

Beijão da autora!!!

❤️❤️❤️

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