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CAPÍTULO QUATRO

O toque do despertador me fez levantar.

Não estou ansiosa por ser o primeiro dia de aula na escola nova, apenas sinto medo do desconhecido.

Será que vou ficar sozinha nesses primeiros meses, igual a última vez?

Respiro fundo. Tenho que pelo menos tentar pensar positivo.

Em frente ao espelho analiso meu novo uniforme. Calça em um tom verde escuro. Camiseta branca com algumas listras atravessadas em verde quase preto, a qual nem vou dar até a hora do intervalo para mancha-la. E tênis.

Respiro fundo mais uma vez.

— Liv — ouço minha mãe. — Te espero no carro.

Coloco a mochila em meu ombro esquerdo e saio do quarto.

— Preparada? — me questionou assim que entrei no carro. — Vai ser um bom dia. — Sorriu me animando.

— Espero que sim, mãe.

Quando ela parou de dirigir observei o lugar. Estamos paradas ao lado de um portão.

Desço do carro e sigo mamãe. Ela cumprimenta o porteiro, em seguida, ele abre a entrada para mim.

— Qualquer coisa que precisar, pode me ligar, está bem? — confirmo com a cabeça. Mamãe me deu um beijo na testa e voltou para o carro, logo partiu dali.

Respiro fundo pela terceira vez.

Quando entrei paralisei. Muitas pessoas caminhando para lá e para cá foi minha primeira observação. A segunda foi o quanto era enorme, olhando para cima concluo que não tem um único andar.

Irei me perder, não tenho dúvida.

Subo alguns degraus de uma pequena escada e já me encontro em um pátio.

Preciso ir até a diretoria para receber as orientações. Olho em volta. Salas do lado esquerdo e direito. Caminho procurando algo que me leve até a sala da direção.

— Com licença — peço a um homem que parecia ser segurança. O mesmo estava parado ao lado da entrada de um corredor. — Pode me dizer como consigo chegar até a diretoria?

Ele me indicou a direção e segui. Logo encontrei a placa indicando a sala. Bato na porta.

— Pode entrar. — Ouço uma voz feminina. Obedeço. — Você deve ser a aluna nova, Olívia Menezes?

Fecho a porta atrás de mim e confirmo.

— Liv.

— Bom dia, então, Liv. Meu nome é Diana. — Sorriu para mim. Retribuo o sorriso meio envergonhada. — Gostou do ambiente escolar?

Ela falava de uma forma bem, digamos, sistemática.

— Sim — não é mentira. — É bem diferente do meu colégio antigo, enorme.

— Temos estrutura para acolher todo tipo de aluno. A melhor da região. Deve ser por esse motivo que seus pais escolheram matricula-la aqui. — Abriu uma gaveta e tirou um chaveiro de lá. — Sua sala fica no segundo andar, é só procurar as escadas no final do pátio que rápido você encontra. E o número do seu armário está no chaveiro. Aqui está a combinação junto com o cronograma da sua turma. — Me entregou um papel e o chaveiro. — Não vai ser difícil encontrar. Seja bem-vinda, Olívia.

Saio da sala lentamente enquanto absorvia as informações.

Assim que vejo as escadas caminho em direção a elas.

Já no segundo andar percebo melhor a quantidade de alunos que circulava por aqui. São muitos e eles pareciam felizes fazendo suas conversas e brincadeiras aleatórias nos corredores.

Analiso o cronograma e terei aula de história nos primeiros horários.

Faço uma busca com o olhar e tento localizar minha nova sala. O número dela estava escrito no canto superior da folha. Solto um suspiro. Nada deu errado até agora. Entro na classe e outra vez paraliso. Há apenas algumas poucas cadeiras sobrando, todas elas estão no fundo da sala. De certa forma, melhor assim.

Caminho até o outro lado e me sento em uma das cadeiras vazias. Consegui controlar minhas pernas e não tombar por conta dos olhares curiosos direcionados a mim. Isso já é um ponto. Passar essa vergonha no primeiro dia seria o fim antes mesmo de começar minha vida social. Dramática? Talvez.

— Bom dia, classe. — Uma mulher entrou, colocou materiais sobre a mesa e voltou para fechar a porta. — Como foram seus finais de semana? Aproveitaram muito?

Alguns alunos responderam. Ela deve ser uma ótima professora pela empolgação deles.

Seu olhar me encontrou.

— Temos aluna nova — sorriu para mim. — Sou Vanessa, serei sua professora de História. Se apresente, querida.

Puxo o máximo de ar que consigo para dentro dos meus pulmões e solto.

Todos me olham. Tranquila, Olívia. Penso me acalmando.

Levanto e tento me manter parada.

— Sou Olívia Menezes.

Tudo que consegui pronunciar.

— Bem-vinda, Olívia. — Vanessa disse. Me sentei novamente. — Bom, então, quem pode me dizer onde paramos nossa última aula? — alguns levantaram as mãos para responder.

Respiro fundo pela décima vez naquela manhã. Matéria atrasada mesmo sem querer, isso me persegue.

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O soar da sirene deu início ao intervalo. As primeiras aulas passaram voando, desenhando tentando não focar no nervosismo de ser a novata, nem senti o tempo passar.

Devo ir atrás de alguém que possa me emprestar o caderno para anotar os assuntos que já estudaram. Preciso acompanhar a turma.

Olho ao redor. Apenas alguns alunos estavam aqui. Os outros devem ter ido até a cantina. Só de pensar minha barriga estremeceu.

— Ei, tudo bem? — escuto uma voz perto de mim. Era uma menina. — Sou Brenda, Brenda Lopes.

— Ah, oi. Sim, estou bem e você? — quase gaguejei. — Me chame de Liv.

— Certo, Liv. — Sorriu pra mim. — Sei como é entrar depois em uma turma, então vim oferecer minha ajuda.

Devolvo o sorriso.

— Agradeço. Nossa, você não sabe como me deixou feliz agora.

— Não precisa agradecer. É a hora do intervalo, vamos até o refeitório. No caminho te mostro o máximo que puder da escola.

Segui a mesma que andava em direção a saída da sala de aula.

— Como já deve ter notado, temos muitos corredores. Não se sinta mal caso se perca nos primeiros dias, acontece com todo mundo. Eu mesma demorei mais de um mês para aprender o caminho dos banheiros. Que aliás, são aquelas portas no final do corredor. O banheiro masculino fica do outro lado.

Me indicou e tentei memorizar. Não fica muito longe da nossa sala. Descemos as escadas seguindo caminho oposto da entrada da escola.

— Aqui fica as primeiras séries, as crianças do ensino fundamental. A diretoria, biblioteca, sala de informática e o refeitório. — Ela dizia enquanto me mostrava as direções. — Toda sala tem uma placa, então não é difícil. Chegamos ao refeitório. — Paramos ao lado da entrada. Muitos alunos chegavam e saiam daqui. — Lá para trás — apontou. — Tem o ginásio para Educação Física e a área ao ar livre, às vezes temos aulas lá e são bem legais. Acho que isso é o básico para um novato. — Brenda demonstrou estar pensativa. — Ah, e o terceiro e último andar fica as turmas do ensino médio. Agora já te disse tudo.

— Muito obrigada, Brenda. Você nem imagina o quanto sua ajuda melhorou meu dia.

Ela apenas sorriu de volta me lançando um olhar compreensivo.

Entramos no refeitório e o cheiro de comida fez minha barriga roncar alto.

— Nossa, chegamos na hora certa.

— É, acho que sim.

Muitas mesas juntas, muitos alunos. Percebo uma parede atravessando o refeitório e com uma porta do tipo vai e vem no meio dela.

Brenda percebe meu olhar e logo diz.

— Aqui o refeitório é dividido. Do outro lado é a parte para os mais velhos, os do ensino médio. Tem outra entrada para eles lá.

Acompanhamos a fila para pegar o lanche e logo depois segui Brenda até uma mesa.

Tinha algumas pessoas sentadas. Sinto ser analisada por elas.

— Pessoal, essa é Liv. A garota nova. — Brenda me apresentou a eles.

— Não precisa ficar vermelha, nós não vamos te morder.

Alguém comentou. Corei mais ainda.

— Paulo, não deixa a menina sem graça. — Uma garota o repreendeu. — Bem-vinda, sou Bianca. Irmã gêmea da Brenda.

— Nossa, obrigada.

Respondi surpresa e me sentei ao lado dela. Elas não são gêmeas idênticas.

— Me chamo Dalila — disse outra garota que estava ao lado do Paulo. — Sou quase a terceira gêmea — sorriu. — Prima das duas.

— Fico feliz em conhecer vocês. Falar com alguém no primeiro dia é um ótimo sinal.

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Conversamos um pouco enquanto comíamos. Eles foram muito amigáveis. Logo o intervalo acabou e voltamos para sala de aula.

As últimas disciplinas eram matemática e algo sobre meio ambiente. Confesso, não prestei muita atenção, prefiro acompanhar a matéria primeiro.

Procuro por Brenda e a encontro na mesma fila que eu, mas ela estava muito distante para jogar uma bolinha de papel. Não poderia arriscar ser pega fazendo isso no meu primeiro dia de aula. Solto um suspiro. Terei que esperar o sinal tocar para pedir o caderno emprestado.

Os minutos demoraram a passar dessa vez. Mas assim que soou a sirene me apressei para alcançar Brenda que já estava quase saindo da sala.

— Ei, Brenda — chamei. — Poderia me ajudar em outra coisa agora?

— Claro que sim, do que precisa? — Ajeito minha mochila nas costas e peço.

— Poderia me emprestar o caderno para anotar os assuntos que foram dados? É que não consigo aprender algo pela metade. Se você puder...

— Empresto sim — fui interrompida. — Se eu tivesse lembrado desse detalhe com certeza já teria mencionado para você. — Falava enquanto tirava um caderno da mochila. — Não tem nenhuma atividade para amanhã então pode levar.

— Muito, muito obrigada por tudo. — Pego o caderno de sua mão. — Até amanhã.

Saio dali e me direciono até a saída da escola.

Estou aliviada. Bem diferente do primeiro dia de aula que tive quando mudei para a outra cidade.

Fiquei os primeiros meses praticamente sozinha na minha outra escola. Aqui fiz amizades no primeiro dia. Não foi nada horrível como pensei.

Já no andar de baixo, caminho até os portões que estão abertos.

Os alunos saem em ritmo acelerado. Tenho que esperar um dos meus pais chegar, aguardo em uma calçada próxima à entrada da escola.

Vejo o que parece ser uma multidão enquanto espero.

Brenda, Bianca e Dalila acenam para mim antes de entrarem em um carro. Retribui o cumprimento.

Tiro meu celular do bolso e vejo o horário. Dez minutos desde que o sinal tocou.

Estava começando a suar. Ainda tento me adaptar a esse clima estranho. Cada hora uma temperatura diferente.

Respiro fundo e continuo a observar sem focar em nada enquanto espero.

E do nada, como se faltasse algo para completar minha manhã, o vejo sair em meio a tantas pessoas. Eu deveria saber que encontraria ele por aqui, já que o mesmo mencionou estudar nesta escola. Fico parada rezando para que Ricardo não perceba que estou aqui. Decidi evitar qualquer contato. Se bem que ele mesmo já demonstrou não querer ter nenhum.

Tarde demais, seu olhar chegou aonde eu estava. Por mais que tenha sido por acaso, já que ele parecia buscar outra coisa. Enxerguei certa surpresa em seu rosto ao me ver ali, logo depois, ele desviou o olhar para um carro que parou ao seu lado.

Ricardo entrou e em seguida uma garota que não tinha notado estar ao lado dele fez o mesmo. Quem será ela?

O barulho de uma buzina me fez perceber a cara de idiota que fiquei olhando para o lugar de onde o carro de Ricardo havia saído.

Não quero nem pensar em alguém ter visto essa cena. Fim da vida social que ainda nem tenho nessa escola.

Outro barulho, agora mais próximo.

— Vai ficar parada aí, menina? — Ouço a voz da minha tia, e desperto dos pensamentos.

— Tia Marta, o que faz aqui? — entrei no carro.

— É proibido buscar da escola sua sobrinha favorita? — perguntou ela, irônica.

— Não, claro que não. — A abracei. — Pode vim quando quiser, tia.

— Seu pai está no restaurante e sua mãe precisou resolver alguns assuntos, então não puderam vim. Mas... — fingiu fazer suspense. — Sua melhor tia está aqui e vai te levar para passear a tarde inteira. — falou empolgada. Sorri de orelha a orelha.

A alegria do que ela disse fez desaparecer qualquer lembrança de medo e nervosismo que tive nesta última semana.

Esse dia não poderia terminar melhor.

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São um pouco mais que nove horas da noite. Terminei de anotar os assuntos que vou precisar focar para acompanhar meus colegas de classe.

Coloco a caneta sobre a mesa e estico meus braços fazendo um leve alongamento.

Estava cansada. Meu dia foi muito agitado. Depois da escola, tia Marta me trouxe para casa apenas para tirar o uniforme. Ela me levou a alguns lugares. Fizemos compras e comemos muita besteira. Foi um ótimo dia.

Sorri e comecei a guardar meus materiais novamente dentro da mochila. Deixo tudo organizando para não perder tempo amanhã.

— Toc Toc — ouço a voz do meu pai.

— Quem é? — entro na brincadeira que ele sempre faz.

— Um homem muito apaixonado por sua filha linda e estudiosa. — respondeu quando entrou e me beijou na testa. — Está tarde, filha. Você tem que descansar.

— Já terminei, pai. Não se preocupe.

— Ótimo. — Caminhou até chegar em minha cama. Se sentou. — Filha, desculpe se estou pouco presente desde que mudamos. É que realmente tenho muita coisa para deixar em ordem.

— Tudo bem, pai. Eu entendo. O importante é que está aqui comigo agora. — levanto e vou até ele para abraça-lo.

— Meu Deus, faz cair a ficha que meu bebezinho já vai fazer catorze anos. É inacreditável! — fez alguns movimentos que imitava um pedido enquanto olhava para cima.

— Pai! — Ri da cara que ele fez para fingir dor.

— Agora a senhorita tem que se ajeitar para dormir. Precisa levantar cedo amanhã. — Empurrou-me em direção ao banheiro. — Volto em quinze minutos e não quero te ver ainda em pé. — disse e saiu do quarto.

Entro no banheiro e escovo meus dentes. Assim que acabei fui direto para cama. Tudo parece estar voltando ao normal. Não foi um primeiro dia de aula terrível como o da outra escola. Não pensei naquele garoto como estava fazendo desde que o encontrei pela primeira vez, ou melhor, reencontrei. Pelo visto o que minha mente precisava era de respostas sobre Ricardo. As quais consegui ontem quando fui aquele jantar sem nem suspeitar que era a casa dele. Não tenho nenhuma lembrança ativa e duvido muito que um dia chegue a lembrar de algo tão antigo.

Saí com a minha tia e nos divertimos muito. Acho que o que falta mesmo é passar mais tempo com meus pais, mas eu sei que isso logo resolve.

— Obediente essa menina. — Papai disse quando voltou. Mamãe veio atrás dele.

— Boa noite, meu anjo. — Ela me beijou a testa.

Papai puxou o edredom e terminou de me cobrir. Logo após, alguém apagou a luz e ambos saíram do quarto. Respiro fundo e sinto todo cansaço chegar de uma única vez. Fecho meus olhos e aguardo. Não devo demorar para cair em um sono profundo. Dito e feito, minutos depois, adormeci.

Abro meus olhos e me deparo com um estranho ambiente.

Não estou em meu quarto, ou em minha casa, ou em qualquer lugar que me recordo ter estado. Me sinto assustada.

Assim que me sento percebo outra coisa.

Não sou eu. Ou melhor, sou eu, mas não o meu eu atual. Parece comigo, mas não sinto que estou em mim mesma.

Uma sensação esquisita me deixou com certo pavor. Não entendo o que está acontecendo.

Eu me levanto. Mas, estranhamente, não foi a minha vontade. Isso não faz nenhum sentido.

Continuo a caminhar pelo quarto desconhecido.

Não consigo descrever ao certo.

Estou consciente, porém não tenho controle das minhas ações. Sinto que sou eu, mas não tenho meu corpo. Estou menor, muito menor.

Tento puxar em minha memória como cheguei aqui. Um clarão me trouxe a resposta.

Se a última coisa de que me lembro é de dormir, então devo estar sonhando.

A menina continuava a andar ainda que fosse em pequenos passos. Lentos e com insegurança. Por isso pude confirmar que se tratava de mim. Ela passou por um espelho, e o reflexo me permitiu reconhecer. Sou eu muitos anos atrás.

A consciência me deixa com dúvidas. Nunca sonhei algo parecido. Por que estou sonhando que voltei a ser criança?

Sonhos, sonhos, sonhos. Apenas acontecem, não importa se faz sentido ou não.

Respondo a mim mesma.

O ranger da porta fez o meu eu mais novo tomar um leve susto.

A figura de um garotinho apareceu. Ele demonstrou surpresa ao ver a menina ali. Ao me ver, quer dizer.

Liv, o que está fazendo no chão? — atravessou o quarto até onde "meu corpo" estava. — E ainda descalça. — Ele parecia querer repreender.

A menina, que sou eu, olhou para os próprios pés e ficou de cabeça baixa.

Desde quando acordou?

Permanecia em silêncio.

Minha cabeça estava incomodada. Eu estava ali, mas apenas assistindo como se não fosse a mim mesma.

Minha consciência estava dividida. Eu agia e ao mesmo tempo assistia consciente de que era eu que fazia aquilo, porém não controlava.

Não faz sentido um sonho assim. Sou telespectadora do meu próprio sonho?

Ao menos que...

O garotinho me pegou no colo, com certa dificuldade por conta do tamanho dele e o meu peso, e me colocou sentada em uma poltrona que havia ali.

Olhando de perto, consigo ter quase certeza. Esse menino é familiar. E a mulher que chegou chamando por ele confirmou minha suspeita.

Ah, te achei. Sabia que te encontraria aqui, Ric...

Eu não estava sonhando. Estava lembrando.

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Oiê, leitores. Esse é o quarto capítulo do meu livro, espero que gostem.

Peço que deixem suas críticas nos comentários e votem.

Essa autora iniciante agradece desde . Até o próximo capítulo! ❤️

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