CAPÍTULO ONZE
Após a ceia, grande parte dos convidados foram embora. Como de costume, preciso esperar mamãe ajudar Clarisse. Por isso, sempre somos uns dos últimos a sair. Eram duas da manhã e meu sono começava a aparecer. Das poucas pessoas que ainda permanecem aqui, nenhuma perece demonstrar interesse em se despedir.
Estava novamente sentada na poltrona. Confortável, porém, desejava muito minha cama. Miguel despediu-se de mim faz quase uma hora. Rosa teve um mal-estar e então eles foram. Desde então estou sentada aqui, esperando.
— Liv! — Alguém me chama. Meus olhos estavam abertos, mas o sono não me fez reagir. Sinto uma mão em minha cabeça. — Vem comigo!
Ricardo segura meu braço direito e levanta-me.
— Para onde?
Ele não responde, apenas guia-nos até a porta para sair do salão. Subimos as escadas. A minha vista estava embaçada, os corredores pareciam menores e assustadores a essa hora da noite. Ouço o som de uma maçaneta abrir. Entro no ambiente e percebo ser um quarto. Ele continua a me guiar, dessa vez coloca-me sentada na cama.
— De quem é este quarto?
— De ninguém no momento. Durma, avisarei seus pais onde você está.
Ricardo vira para retirar-se do quarto. Um vento gelado faz-me tremer.
— Ric! — Ele rapidamente me olha. — Fica aqui comigo.
Talvez fosse o sono misturado com o medo de algo que não faço ideia. Tenho certeza que não pediria isso em estado normal.
Ele ainda me olhava. Depois de segundos, tirou o celular do bolso e digitou algo.
Ricardo não tranca a porta, deixou a mesma entreaberta. Em seguida, sentou-se na cama encostado na cabeceira.
Não pensei, apenas me arrastei pela cama até chegar à altura de seu peito. Pousei minha cabeça ali. Não enxergava seu rosto, mas por ele ficar imóvel, concluí que deveria estar surpreso.
Não vou culpar o sono pelo meu excesso de coragem, talvez eu realmente estivesse confortável para esse tipo de proximidade com ele.
Sinto sua mão mexer em meus cabelos. Suas leves carícias me deixaram mais sonolenta. Não demorou para que meus olhos pesassem e eu caísse em sono profundo.
Quando abri os olhos estava deitada em minha cama. Fato que me deixou completamente confusa. Mais tarde descobri que papai me levou no colo até o carro e do carro até a cama. Fato que me deixou espantada, ou por eu ser leve demais ou por ele conseguir me carregar.
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Hoje é primeiro de janeiro. Aquele em que todo ano é o dia mais tranquilo. Os pensamentos bons prevalecem, desejos para um novo ciclo.
— Olívia, filha. Vem cá! O que você quer comer no almoço?
Papai ligou avisando que não iria comer conosco. Mamãe não está nenhum pouco afim de cozinhar hoje, palavras dela.
— Tanto faz, mãe. Pode pedir.
Ela volta para a cozinha. Eu estava folheando um dos meus cadernos de arte que finalizei no ano anterior. Vez ou outra faço isso, tento recordar os detalhes que usei e a emoção que me fez desenhar.
Após o almoço recebi uma visita inesperada. Miguel normalmente me liga quando quer me ver. Hoje ele apenas apareceu aqui.
— Aconteceu alguma coisa?
Pergunto depois que ele senta no sofá.
— Sim. Meu pai irá viajar por alguns meses, terei que acompanha-lo. Vim me despedir.
— Entendo.
Vários flashes passaram pela minha cabeça. Era eu a pessoa que viajava, que tinha que se despedir. Agora ver meus amigos indo, mesmo que seja apenas férias, sinto-me em uma posição que nunca estive.
Assim que levanto Miguel me puxa para um abraço. Sua altura me cobre, me deixando confortável.
— Estarei aqui em seu aniversário.
Meus olhos lacrimejaram. Despedidas sempre foram meu ponto fraco.
Calma, Olívia, não será para sempre.
Ouvimos a campainha tocar e em seguida os passos da minha mãe em direção a porta. Respiro fundo tentando evitar que as lágrimas caíssem. Saio do abraço e encaro seu rosto.
— Não será por muito tempo, Liv. Você vai ver. Logo voltarei e teremos muito mais assuntos para conversar.
— É para você, filha. — Mamãe fala interrompendo minha próxima resposta. — Fique à vontade!
Quando olho em direção a entrada surpreendo-me novamente.
— Oi, Ricardo! — disse alto. Um nervosismo espalhou-se por mim. — Não esperava você aqui.
Por que eu disse isso? Que ele não pense que estou o expulsando.
— Vim ver minha avó, como você mora perto decidi passar aqui.
Sua voz estava grave. Sua postura invejável como sempre. Por raridade vestia uma bermuda cinza e uma camisa polo vermelha. Seu olhar estava diferente, o olhar para Miguel.
— Ei, primo! — Miguel que cumprimenta primeiro. Ricardo apenas dá um sorriso lateral fraco. — Era só isso, Liv. Até a volta!
Ele me puxa para outro abraço.
— Até, Miguel.
Levo Miguel até a porta. Assim que ele sai, ouço Ricardo respirar fundo. Convido ele para sentar. Ele escolhe o canto esquerdo do sofá. Sento-me em sua frente. Estava sentindo algo estranho. O silêncio dele me perturba às vezes.
— Então... — tento iniciar a conversa. — Não te vejo desde o Natal. Aliás, obrigada por aquilo. Eu estava tão exausta que nem percebi quando sai da mansão.
Ele sorri de lado.
— Lembrou de alguma coisa recentemente?
— Não. Até que tentei, mas acho que não lembrarei mais de nada. Pelo menos agora não fico totalmente no escuro quando alguém comenta sobre algo.
— Realmente. Foi incrível você ter recordado mesmo tendo bastante tempo, Liv.
Sempre tenho a sensação de algo se mexer dentro de mim quando ele me chama assim.
— Ricardo, você quer ficar perto de mim só por causa do que já signifiquei para você?
— Sabe uma coisa que não sai da minha cabeça desde aquela noite? — Desvia da pergunta abruptamente. Franzi o cenho.
— O que?
— Você estava tão confortável e segura comigo que nem percebeu que me chamou de Ric. Como antes.
Não tive como esconder a vermelhidão em meu rosto.
— Não sinta vergonha por isso, Liv — Ricardo segura minha mão. — E tenho certeza que já passamos dessa fase. Você não deveria ter mais nenhuma dúvida do porque quero estar perto de você. Mas irei dizer mais uma vez. — Ele respira fundo. — É por nossa amizade do passado e porque desde que voltei a te ver sinto uma necessidade de te cuidar. Não pense muito. Apenas, vamos continuar assim.
Palavras e palavras. Em poucos momentos Ricardo falou tanto só de uma vez para mim.
— Tudo bem, Ric — tentei dizer tranquilamente. — Você é muito bom comigo. Obrigada.
Abraço ele. Sentados não dá para perceber a total diferença de altura entre nós dois, porém Ricardo também é mais alto do que eu. Conseguia ouvir seus batimentos quase que acelerados. Um arrepio percorre meu corpo.
— Preciso ir.
Desfaço o abraço e ele levanta. Caminhamos até a porta. Ricardo beijou-me demorado na testa e se foi me deixando com a estranha tremedeira no estômago.
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Dois meses depois, os preparativos para o meu baile de debutante estava me fazendo perder noites de sono. Não será uma festa enorme como as das gêmeas, porém tinha vários detalhes que a equipe que mamãe contratou me pediam para decidir. E como Clarisse ofereceu o salão de eventos de sua mansão para o meu aniversário, queria que pelo menos tudo combinasse com o ar chique daquele castelo.
Já tinha enviado os convites. Fiz a última prova dos vestidos. Conferi os doces e salgados. Mandei minha lista de bandas favoritas para o DJ. E, de última hora, escolhi o príncipe que irá dançar valsa comigo.
Tive algumas opções. O Pedro aceitaria com certeza. Miguel já havia voltado uma semana antes, então acho que também aceitaria. O Paulo nem se fala, claro que toparia. Porém, meu critério de escolha foi além de carinho e afinidade. Por terem cedido o salão para a minha festa, achei justo Ricardo ser o escolhido. Fui na mansão três dias atrás fazer o pedido, ele poderia não querer. Mas, Ric aceitou.
Tive ensaios com meu pai e um professor para não passar vergonha na frente de todos na hora da dança. Ricardo disse que já havia participado de alguns aniversários de debutante como príncipe, então só precisaria se alongar e relembrar. Confiando nele, não iremos ensaiar.
Portanto, tudo estava pronto. Agora falta menos de uma semana para os meus quinze anos. A sorte é que o ano letivo já começou, e a semana quando se vai à escola passa instantaneamente.
Ensino médio, minha sala está no terceiro andar, frequento a outra parte do refeitório. A turma praticamente é a mesma do ano passado, apenas alguns saíram da escola. Ainda tenho às gêmeas, Dalila e Paulo comigo. Não fico mais sozinha como na cidade anterior. Espero não ter que ficar nunca mais.
Chegou aquela ansiedade, mais intensa que a do último ano. Talvez pelo fato de saber que haverá uma festa, ou melhor, um baile repleto de convidados. Meus pais enviaram convites para várias pessoas que nem lembro os sobrenomes, mas que segundo eles são conhecidos da família.
Sinceramente, só pelo fato daqueles que são importantes em minha vida estarem comigo, toda essa organização valerá a pena.
Agora, mesmo assim, meu coração parece não querer se estabilizar. O nervosismo é tanto que não consigo largar o pensamento de que algo possa acontecer.
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Aperto a mão direita de papai tentando equilibrar-me para não cair. Meus batimentos aceleram assim que coloco os pés dentro do salão. Às luzes invadiram todo o campo que minha vista alcançava. Muitas, muitas luzes. Aquele ar conhecido do castelo hoje parecia mais iluminado. Talvez pela decoração específica em conjunto com os enormes lustres característicos do salão. Tudo estava perfeito.
Papai e eu caminhávamos em linha reta por um tapete vermelho que fora colocado atravessando o salão até o palco ao fundo. Na qual estava um bolo e alguns docinhos enfeitando as mesas e pequenas prateleiras.
Ao redor do tapete, várias mesas redondas espalhadas por todos os lados. Podia ver rostos de amigos, conhecidos e até estranhos. Mas não importava para mim, tudo estava tão lindo. Melhor do que imaginei.
Papai deu-me incentivo para subir os três degraus que davam até subir no palco. Assim que paro atrás da mesa central, ouço aplausos direcionados a mim.
Após o silêncio das palmas, percebo que soava uma calma música acústica em todo salão. Haviam caixas de som espalhadas pelo teto. Tinha ensaiado a ordem da cerimônia algumas vezes, então, meu coração aos poucos foi se acalmando.
Meu primeiro vestido era turquesa e longo. Parecia sem alças, mas tinha um tule que assim que pus os olhos sabia que escolheria ele.
O homem que a empresa enviou para narrar a cerimônia discursou a primeira fase da noite. Após isso, papai novamente ajuda-me, desço do palco e, agora com mamãe, vou cumprimentar os convidados.
Na primeira mesa do lado esquerdo estavam Júlia, Pedro, e alguns de seus parentes que vieram. Com um sorriso estampado em meu rosto, abraço forte cada um deles. Nem sei explicar a saudade que eu estava.
Após isso, caminhamos para a mesa seguinte. Nela estava a Família Lopes. Brenda ao lado de Dalila, os pais das gêmeas em frente, e Bianca ao lado de Paulo.
Na próxima mesa havia algumas pessoas mais velhas. Já cruzei com eles em eventos de Clarisse, mas não sabia seus nomes. Mamãe apresentou-me a eles. Descobri serem parentes de Clarisse, e que já conhecia quando mais nova. Dei meu sorriso amigável agradecendo as felicitações.
E assim seguimos para as próximas mesas. Agradeci a presença de cada um sistematicamente até chegar a penúltima mesa, a Família Fernandes estava reunida ali. Clarisse abraça-me emocionada. Bernardo me cumprimentou formalmente igual todas as outras vezes. Até Dona Bernadete veio, enviei o convite, porém confesso que não esperava. Rosa Fernandes estava sentada ao lado da mãe e do marido Márcio Rodríguez, pai de Miguel. Que por consequência estava sentado ao lado dele também. Miguel abraça-me forte, não o vejo desde que viajou no ano novo.
Ricardo estava com a cadeira ao lado de Clarisse, sem planejar, foi o último que abracei daquela mesa. Ric sorria para mim, em seus olhos enxerguei um brilho de admiração que acho que nunca vi antes.
Segui para a última mesa, a reservada para minha família. Papai estava junto com tia Marta e dois primos mais velhos meus por parte de pai. Quase não tenho contato com eles, papai que mantém já que eles foram criados juntos. Pelo que me contaram, meu pai é o filho mais novo de três irmãos, e com uma certa diferença de idade dos primeiros. Então, os sobrinhos dele são quase da mesma idade que papai.
Quando voltei ao palco o fotógrafo foi chamado. Registramos o momento, tenho certeza que as fotos ficaram incríveis. No meio da noite precisei fazer a primeira troca de vestidos. Agora vestia um totalmente rodado da cor vinho. Ouço novamente o homem discursar. Assim que este segundo momento da cerimônia acaba, é a hora da valsa.
Papai guia-me até o centro do salão. Uma mão segura a sua, e a outra seu ombro. A música começa. Já tínhamos ensaiado dezenas de vezes. O sorriso em seu rosto acalma o meu coração, papai estava radiante. Sorri largamente, eu também estava.
Quando a música chega ao fim, meu pai solta minha mão e entrega a de Ricardo que já esperava próximo a nós. Posso dizer que senti o coração na boca, os batimentos estavam tão altos que chegava a doer no peito.
Seria o medo de errar? Nós dois não ensaiamos.
A segunda valsa toca. Ricardo Fernandes olha-me nos olhos fixamente, guiando-me passo a passo. O nervosismo desaparece. Dançamos tão suavemente que me sentia nas nuvens.
Não poderia estar mais feliz.
Que leveza é esta que me cerca?
Ouço os aplausos, só assim dei-me conta que a música acabara.
Ricardo leva-me até o palco. O cerimonialista retornou o discurso iniciando a terceira parte da festa. Já era mais de meia noite e após cantarem os parabéns para mim, fiz uma pausa para comer.
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Quando fiz a última troca de vestidos abriram a pista de dança. Muitos convidados estavam ali dançando, meus colegas de classe pareciam estar se divertindo. Tudo estava incrível, não poderia ter sido uma noite mais perfeita.
Não fazia ideia das horas, mas já era tarde. A maioria das pessoas já foram embora e eu estava exausta. Não aguentava mais ficar de pé, porém tinha que me despedir dos convidados. Ricardo surge em minha frente.
— Ei, Liv — Angélica estava logo atrás dele. — Vou precisar leva-la pra casa. Descansa, ok?
Ele me abraça seguido de um beijo rápido na testa e se foi com aquela garota.
Agora tenho quase certeza de que não se trata apenas de uma parente, pois se fosse assim, ela teria ido com outros da família dele. Angélica deve ser sua namorada para estar tão próxima dos Fernandes. Mas por que ninguém nunca mencionou isso?
Meu Deus estou alucinando novamente. Não é da sua conta, Olívia.
— Liv — Alguém me chama. — Me acompanha até o jardim?
— Agora acho que não dá, Miguel. Estou aguardando virem se despedir de mim.
— Vai ser rápido, Liv. Preciso conversar com você sem esse barulho.
Respiro fundo e o segui.
O jardim de Clarisse parecia mais vivo a cada vez que eu voltava. As roseiras estavam mais altas e a fonte central cheia de pétalas. Sentei-me em frente a Miguel no banco de pedra que havia próximo.
— Olívia, passei os últimos meses longe daqui o que nunca foi anormal devido a rotina do meu pai — Miguel começa a falar olhando-me seriamente. — Posso te dizer que já deixei essa cidade várias vezes, porém nunca me senti tão mal em sair daqui como nesses três meses. — Ele estava desabafando comigo? — Então foi aí que percebi...
Miguel colocou uma de suas mãos sobre a minha e a outra em meu rosto. Prendo minha respiração, ele estava próximo demais.
— Gosto de você, Olívia Menezes. Você traz consigo uma leveza incrível e é tão linda.
Meu Deus, ele gosta mesmo de mim daquele jeito?
— Sim, eu estou me declarando pra você e sei que você acaba de fazer quinze anos e se isso te assusta demais posso esperar.
Ele fica em silêncio. Seria minha vez de falar? O que eu devo dizer? Quando tive dúvidas sobre seus sentimentos ele me fez pensar que só sentia amizade por mim. Se bem que isso já faz um ano, nem eu sei mais o que sinto por ele. Por isso desprendo minha mão da dele e retiro a outra do meu rosto antes que ele tentasse beijar-me.
— Miguel — Fecho meus olhos e respiro fundo. Volto a encara-lo em seguida. — Quando tudo mudou?
— Eu não faço ideia. Me dei conta há apenas algumas semanas.
— Não sei o que te dizer... acho que estou surpresa demais.
O olhar dele continua sério e agora também posso ver um brilho intenso, como se fosse difícil admitir isso.
— Eu entendo. E, Liv, não estou te pedindo nada, nem irei te pressionar e nossa amizade não precisa mudar por causa dos meus sentimentos. Gosto de ser claro com as pessoas e só precisava te dizer. — Ele respira fundo e volta a segurar minha mão. — Se algum dia você quiser algo além de amizade, estarei aqui por você.
Estava impressionada demais, não sabia o que dizer nessa situação. Acho que bem lá no fundo eu já sentia que tinha faísca de alguma coisa, mas não dei atenção por medo da possível mudança.
— Tudo bem, Liv?
— Sim, eu estou. — Mordo o lábio com certa força pelo o nervosismo. — Agora eu tenho que ir.
Miguel aproxima seu rosto novamente, seu olhar já não fitava o meu, mirava minha boca. A falta de ar me fez lembrar de respirar e por instinto, levantei-me e sai correndo em direção ao salão.
— Meu Deus, filha. O que aconteceu com você? — pergunta minha mão quando me sento no palco.
Meu peito subia e descia enquanto tentava acalmar as batidas do meu coração.
— Estou cansada, mãe.
Olhei em volta. Tinha menos gente circulando pelo espaço. Logo amanhecerá e eu estou morrendo de sono. Clarisse disse para ficarmos na mansão hoje também, para não ter que sair no meio da madrugada.
Após agradecer e me despedir dos convidados que restavam, mamãe disse que eu poderia subir para o quarto e descansar. Já não me perdia tanto como das primeiras vezes.
Entrei no quarto que costumava ser meu quando criança e em poucos minutos deitada perco a consciência em um sono profundo.
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Então, leitores, teve uma chuva de acontecimentos nesse capítulo e isso porque tentei ao máximo adiantar a história da primeira fase sem esquecer dos detalhes preciosos. Beijinhos da autora!!!
❤️❤️❤️
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