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CAPÍTULO NOVE

Havia muitas vozes ao meu redor, a maioria delas desconhecidas por mim. Uma música alta soava por trás das minhas costas, provavelmente escolha do Paulo já que esta é sua comemoração de aniversário.

— Apenas jogue água de novo em mim para você ver!

Uma garota exclamou ao mesmo tempo que se sentava sobre a espreguiçadeira. Parecia irritada. Alguns meninos estavam tentando convencer a mesma a entrar na piscina desde a hora em que cheguei. Eles parecem se conhecer, pois se tratavam pelo nome.

Só dei um abraço em Paulo e me sentei em uma das cadeiras vazias afastada da piscina, porém ainda estava perto da churrasqueira. A todo momento chegava alguém para repor as bandejas e leva-las até a borda da piscina. Vim apenas porque Paulo convidou e não quis fazer desfeita já que ele também foi ao meu.

Mas ainda é como se eu não estivesse aqui. Minha mente perambulava por qualquer lugar tentando encontrar um foco. Nada acontecia.

Desde que tive aquela breve conversa com a minha mãe algo parece ter explodido. Com isso, restou apenas a noção de que agora sei de alguma coisa, não identifiquei o que.

— Liv — Dalila caminhava em minha direção. — Por que está aqui sozinha?

— Estou bem, aqui — digo e dou uma olhada rápida para Paulo que conversava com Bianca e um colega da turma. — Prefiro apenas observar.

— Menina, você tem que aproveitar. Não é todo dia que temos uma piscina dessa à disposição com o céu colaborando.

Concordo com ela em pensamento. O tempo estava perfeito.

— Eu sei. Mas é que... — Vejo a garota que antes estava se negando a entrar na água fazendo um impulso e pular. — Além de parecer mais fundo do que eu consigo nadar, estou menstruada.

— Ah, nossa! — Ela olha para mim e percebe meu maiô com um short por cima. — Você e eu temos a mesma altura, então nem se preocupe que você alcançaria o chão. — Alguma voz feminina chamou por Dalila. — Uma pena você não poder entrar. A água está maravilhosa. — Disse voltando para onde estava antes.

Solto um suspiro. Não vou entrar na água. Não conheço quase ninguém que está aqui. Melhor coisa a fazer é ir embora.

Me levanto e vou atrás de Paulo. Procuro com o olhar, mas não o encontro em lugar algum. Há poucos minutos ele estava com Bianca. Onde ele deve ter ido?

Caminho na direção em que Bianca estava com a intenção de perguntar onde ele estaria para me despedir. Mas sou praticamente obrigada a parar de andar.

— Olha só, temos alguém que veio para festa, mas ainda não entrou na piscina. Acha que tem algo de errado com a água?

Três garotos param na minha frente. O que fala comigo eu não conheço. Os outros dois já vi na minha sala, porém nunca conversamos.

— Não. Apenas não quero me molhar.

Tento desviar o caminho para chegar até Bianca, mas sou novamente interrompida.

— Não quer se molhar, então por que veio para uma festa na piscina? — Eles riram. Isso está começando a me incomodar. — Oh, talvez a menina não saiba nadar.

— Claro que sei. — Por pouco não gritei. Estão testando minha paciência. — Fui convidada, não sou obrigada a entrar na água. Que eu saiba não existe uma regra que defina isso.

— Regra, regra, não existe. Mas é o esperado quando se vai a uma.

Não tive tempo para pensar em uma resposta ou frase boa o suficiente para calar a boca desse sujeito que se acha o engraçadinho. Apenas senti o toque da sua mão direita em meu ombro. Eu estava próxima demais da piscina. Se não fosse isso, talvez o desequilíbrio não me fizesse cair dentro da água.

Todos os meus sentidos se agitaram ao mesmo tempo que me dei conta do que estava acontecendo.

Enquanto que meus pés procuravam o chão para poder pegar impulso, meus braços se moviam com rapidez tentando chegar à superfície.

A busca por ar não me deixava parar de me debater. Sentia a água cada vez mais apertando meu corpo. Me sufocando. Um ensurdecedor zumbido preenchia meus ouvidos ao ponto de não conseguir ouvir mais nada segundos depois.

Aos poucos meus movimentos foram se acalmando. E lentamente, meus olhos se fechando.

Algo forte se prende em minha barriga. Após isso, não consigo sentir mais nada.

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Olívia!

Alguém pronunciava ainda que distante. Repetidas vezes.

Mente em branco. Visão em total escuridão.

Olívia!

A voz aumentava a intensidade. A sentia próximo de mim.

— Céus! Se ela não acordar eu juro que acabo com você seu...

Uma onda forte de água sai por minha boca. Tosses seguidas até parar. Aperto o braço de quem estava me segurando quando sinto o ar invadir minhas narinas tão rapidamente.

— OLÍVIA! Graças a Deus!

Reconheci ser Bianca. Ela estava perto de mim ao lado de um garoto loiro. O mesmo que eu ainda me mantinha apoiada.

Franzi a testa. Ele realmente estava muito próximo de mim. Será que ele fez respiração boca a boca?

Por mais que eu sentisse como se ainda estivesse me afogando. Fiquei envergonhada com tal pensamento mesmo que ele tenha salvo minha vida.

— Como se sente? Está bem? — Bianca pergunta. Sinto sua angústia. — Se lembra de mim? Quantos dedos tem aqui? — Ela me mostra suas mãos fazendo o número três em cada uma. Consigo dar um sorriso discreto.

— Estou. Bem. — Respondi calmamente. Ainda me acostumava com o ritmo da respiração. — Seis, Bianca.

A ouço dar um suspiro aliviada.

O garoto loiro se levanta dando espaço para Bianca me abraçar. Quando ela se afasta, percebo a situação ao meu redor.

O som foi desligado. As pessoas estão todas juntas observando a cena a qual eu sou a protagonista. Vejo o garoto que me empurrou com o olhar em mim sem expressão alguma.

Balanço a cabeça e tento ficar de pé.

O garoto loiro se aproxima novamente. Ele não estuda comigo, mas já o vi na escola. Preciso agradecer por ter me tirado da água.

Com ajuda dele ando até chegar a uma espreguiçadeira.

— Eu nem sei como te agradecer.

Ele sorri para mim.

— Um obrigado já é o suficiente.

— Obrigada mesmo!

— Liv! Liv! Liv! — Dalila corre até mim. — Estava no banheiro. Ainda bem que está bem agora. — Me abraçou.

— A sorte foi Rafael ter sido rápido e ter pulado na água a tempo.

Um sino parece tocar dentro da minha cabeça assim que Bianca acaba de falar. Rafael Tales, um dos que andam com Ricardo na escola. O que ele estaria fazendo aqui?

— O mínimo a se fazer depois da covardia que fizeram com ela.

Minha respiração parece ter voltado ao normal.

— Quem é ele? — perguntei. Dalila respondeu.

— Ele é primo do Paulo. Marcos. Os pais dele o colocaram em um colégio interno há alguns anos. Mas agora resolveram matricular no nosso.

E como se soubesse que falávamos dele. O mesmo caminhou até nós acompanhado dos meus outros dois colegas de turma.

— Escuta, Olívia. Sinto muito por ter feito você cair na piscina. Era para ser uma brincadeira. Não imaginei que você pudesse se afogar.

O que não é uma possibilidade quando se está dentro de uma piscina.

Pensei em responder, mas me sentia extremamente exausta para discutir qualquer coisa que fosse.

— Tudo bem, vamos esquecer isso. Espero que tenha aprendido algo pelo menos.

Marcos balança a cabeça e sai do meu campo de visão.

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Mais tarde, deitada em minha cama, ainda podia sentir a água contra o meu corpo me carregando. Resolvi não comentar com meus pais o ocorrido. Eu estava bem e não queria preocupa-los.

Meu celular vibra sobre minha mesa de estudos. Me levanto mesmo sem querer e atendo a ligação. Júlia.

— Quem te contou?

Bruna. E foi por acaso. Por que não me disse que quase morreu hoje? Como você está?

— Não quis te preocupar. Por favor, não comente com meus pais. Eu estou bem, foi só um susto.

Mais um susto, você quer dizer. Toma cuidado, amiga!

— Dessa vez não foi por descuido meu. Um sem noção me empurrou. Bruna não deu a fofoca completa?

A ouço rir mesmo sem ter graça.

— E você está bem?

Sim, estou passando alguns dias na fazenda dos meus avós. Eles estavam um pouco desanimados vim fazer companhia por um tempo.

— Ah, entendi. Fala que eu mandei vários abraços. Diz para o Pedro também.

Certo, Liv. Se cuida, está bem?

— Você também!

Me deito novamente. Tudo que aconteceu hoje ficou dando voltas e voltas em minha cabeça.

Eu poderia não estar mais aqui. O quão surreal é a morte, ou, apenas, a quase morte. Ela sempre está ali. Caminhando lado a lado com você. Em um segundo você morre, ou, por um segundo, quase morre.

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— Bruna! — chama a irmã outra vez. — O professor já deve estar dividindo as equipes. Não quero ficar por último!

Bianca e eu esperávamos Bruna se vestir para a aula prática de educação física. Todas as outras garotas já haviam saído do vestiário tinha poucos minutos.

— Você vai ficar com o uniforme por pouco tempo e ainda vai suar, por que tanta demora?

Tenho quase certeza que ouvi Bruna resmungar algo antes de abrir a porta. Além de ter trocado de roupa, ela fez duas tranças no cabelo. O que explica sua demora.

Eu estava do mesmo jeito que Bianca. Uniforme esportivo e rabo de cavalo alto.

Saímos do vestiário e demos passos rápidos para chegar logo a aula. Já dava para ver onde todos estavam, na quadra de vôlei. O professor Adriano falava, mas ainda não podíamos escuta-lo.

Alguns colegas se moviam pela quadra. Devem estar dividindo as equipes. Faltavam poucos para serem escolhidos.

— Amanda, Um. — Ela caminhou para a equipe indicada. — Vinícius, Dois. — Nesse momento já tínhamos parado perto do professor Adriano. — Bianca, Três. Bruna, Quatro. — Ele para de falar quando olha para mim. — E, Olívia, Um. Uma equipe irá ficar com um jogador a mais, acredito que não afetará.

Andei até onde os outros da equipe estavam esperando. Antes disso percebo o olhar que Bianca lançou para a irmã. Como se gritasse "eu avisei".

— Três sets — disse o professor. — Duas equipes no primeiro e depois as outra duas no segundo. O último será para decidir a equipe campeã. — Ele olha em volta, logo continua a falar. — Lembrem-se que é uma aula prática. Treinamento. Agora comecem!

A minha equipe acabou ficando com o lado direito da quadra. Iremos jogar contra a equipe Dois. Se ganharmos, participo do terceiro set.

Antes do apito soar já tinham definido as posições de cada um. Como temos um jogador a mais o espaço pareceu cheio comparado ao outro lado. Mas nem importou muito. O jogo estava bem equilibrado. Quando eles marcavam ponto em seguida minha equipe marcava também e vice-versa.

Em um momento eu estava esperando a bola ser arremessada, vir em minha direção para poder dar o primeiro toque. Depois, eu estava caída no chão, quando me choquei com alguém que apareceu em minha frente, mesmo eu já tendo pegado impulso para receber a bola.

— Qual é a tua, Marcos? — Ouço uma voz de longe. Era Paulo. — Por sua culpa ontem Olívia se afogou e agora você a derruba? — Me levantei no mesmo momento que Paulo chega até o primo. — Está perseguindo ela por quê? — Ele parecia realmente irritado.

— Eu não vi que ela estava indo para a bola também. — Marcos olha para mim. — Desculpa por mais essa. Você se machucou?

— Não, não. — Balanço a cabeça. — Essas coisas acontecem em um jogo.

Prefiro pensar positivo. Não foi a primeira vez que me derrubaram em uma partida.

Novamente, todos parecem parar para me observar.

Voltei a posição inicial e esperei. Após alguns segundos meus colegas fazem o mesmo. Paulo ainda parece irritado com primo, mas voltou para sua equipe.

O jogo continuou e minha equipe venceu o primeiro set.

Saímos da quadra para os outros alunos jogarem. Depois, jogamos contra a equipe vencedora do segundo set. E mesmo com uma pessoa a mais no time, perdemos no último jogo para a equipe Três.

Estava fazendo alguns exercícios de alongamento com as meninas desde que a aula prática terminou. O professor Adriano liberou para a troca de uniforme e saiu do ginásio.

— Cheguei a pensar que não teríamos aula hoje!

Uma voz ao fundo da quadra parece ecoar seguida de alguns risos. Quase passa despercebido. Mas só podia ter referência ao que houve ontem na piscina. Senti meu sangue esquentar.

Quando percebo, já estou caminhando até lá.

— O que estão pensando? Queriam que eu tivesse mesmo morrido só para vocês não terem aula? Vocês são monstros ou o que? — praticamente gritei. Estava furiosa.

Alguns dos meninos me olham com a testa franzida.

— Do que está falando, Olívia? — um colega de turma do qual ainda não sei o nome questiona.

— Agora vai fingir que não estava desejando a minha morte só para ter aula vaga? — as palavras saem tão depressa que por um segundo achei que engasgaria.

O ambiente é preenchido por altas gargalhadas.

— Não acredito. Ainda continuam zombando de mim? — olho para eles incrédula.

— Não é isso que está pensando, Olívia. Não falávamos de você, nem do seu afogamento. — Outro garoto responde. — Eduardo comentou sobre o cano que estourou no refeitório ontem. Alagou metade do piso.

Arqueio minha sobrancelha.

— E por que riram?

— Fiz uma piada. Só pensei na sorte que foi ter sido apenas água, senão o estrago teria sido mais grave.

Certo. Explodi rápido demais. Coço a nuca e em seguida solto uma risada.

— Nossa. Já estava começando a me assustar com o nível de doença mental que vocês tinham para serem tão insensíveis assim.

Eles riram novamente. E conversando apenas durante alguns minutos, percebi que são realmente desse jeito. Brincam com tudo.

— Ainda bem que te tiraram da água a tempo. Prefiro nem pensar em como hoje seria.

Meu corpo se arrepia. Nem eu.

— Vamos? — Bruna me chamou.

Me despeço deles e vou até o vestiário com Bruna.

Assim que vestimos o uniforme escolar saímos do ginásio e voltamos para a sala, ainda temos mais uma aula hoje.

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Antes mesmo do sinal tocar a maioria dos meus colegas de turma já tinham arrumado seus materiais. E quando o sinal tocou, metade da sala saiu tão depressa que o barulho que fizeram deixou minha cabeça em alerta. Deve ser efeito ainda do que houve ontem na casa do Paulo.

Desci as escadas ao lado das meninas. Elas conversavam sobre alguma coisa que não consegui entender direito.

Me sentia exausta. A aula prática de hoje deve ter lembrado o meu corpo de todo o esforço que fiz para não me afogar. Tudo que desejo agora é deitar em minha cama e ficar esticada lá o maior tempo possível.

— O que é aquilo? — Bianca pergunta, ao mesmo tempo que inclina a cabeça para a entrada do Colégio.

Olhamos para onde ela indicou. Há uma pequena aglomeração de alunos pouco antes do portão.

— Parece que tem alguém discutindo. — Bruna diz, logo apressando os passos.

Quando nos aproximamos, as vozes ficaram mais altas. Tenho a impressão de ter escutado a voz do Paulo, porém não o vejo. Aliás, não vejo ninguém com todas essas pessoas na frente. Só saíram dali quando o porteiro chegou mandando todos irem embora, dando um pequeno sermão as figuras centrais de toda aquela confusão.

Enquanto o local estava sendo esvaziado, pude ver quem estava discutindo.

A primeira pessoa que avistei foi Rafael Tales, aquele que salvou minha vida ontem.

A segunda foi Paulo, ele parecia agitado enquanto resmungava algo no ouvido de Marcos, terceira pessoa que vi.

O porteiro ainda se mantinha ali. Ele falava sério com algum garoto que estava de costas para onde as meninas e eu estávamos observando. Eu poderia jurar que era Ricardo.

Quando o homem para de falar o garoto rapidamente vira o rosto apenas para um lado. Parecia estar sendo forçado a esconder a raiva.

E isso deu tempo para confirmar. Era ele mesmo.

— E lá vamos nós, ter que esperar a notícia completa da treta no Jornal amanhã. — Bruna que diz.

Minhas sobrancelhas estão quase se unindo. Por que será que eles estavam discutindo?

O universo parece responder quando Marcos me encara sério.

Em seguida, os outros três também olham para a mesma direção que ele.

Senti meu corpo inteiro se arrepiar.

— Está vendo, ela está bem! — ouço Marcos dizer para o primo.

— Não graças a você! — Ricardo rebate.

— Ei, ei — o porteiro volta a falar. — Vocês têm problemas de audição ou o que? Saiam logo daqui.

Estava nublado, sentia o ar pesado ao nosso redor.

— Eu já vou, mas não pense que vou deixar você me atacar por causa de um acidente.

— Só cala a boca, Marcos. — diz Paulo, empurrando o primo para a saída da escola.

— Amiga — Bianca me chama. — Acho que estavam discutindo por sua causa. Pelo que aconteceu ontem.

— O que? Por que eu seria o motivo?

Rafael é amigo de Ricardo deve ter comentado. Por que será que ele se importou tanto se não somos mais tão próximos?

Quando o porteiro tem certeza que os outros dois cruzaram a saída, volta ao seu posto de trabalho.

Rafael se despede de Ricardo e cumprimenta as meninas e eu com um leve balançar da cabeça.

Respiro fundo, lembrei que preciso esperar do lado de fora minha mãe vir me buscar. Porém, paralisei quando Ricardo caminhou até mim.

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Eita, e agora?? O que acham que vai acontecer?? Muitos acontecimentos em um capítulo só, espero que tenham gostado. VOTEM E COMENTEM, agradeço desde já pelo incentivo!!!

❤️❤️❤️

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