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CAPÍTULO DEZENOVE

Na manhã seguinte despertei depois das dez horas. Custei a abrir os olhos, pois sentia minha cabeça martelar. Preciso tomar remédio pra essa dor infernal desaparecer. 

Desci as escadas e sigo em direção a cozinha. A casa estava silenciosa, papai deve estar no restaurante nesse horário. Procurei no armário a caixinha de remédios e logo encontrei o comprimido. Por um leve momento lembrei de anos atrás, mamãe sempre me trazia o copo com água. Caminhei até o bebedouro e bebi.

Volto para o meu quarto para fazer minha higiene matinal. Ouço meu celular vibrar. Era uma mensagem do papai.

" Passe na galeria para receber o pagamento. Estarei ocupado o dia inteiro aqui e não poderia ir. Almoce com sua tia. Te amo! "

"Certo, pai. Te amo também!"

Respondi e logo entrei no banho. Já que iria até a galeria decidi lavar os cabelos ao mesmo tempo que pensava o que usaria. Conviver com gente milionária tem esse ponto negativo, eu nunca acho que estou bem vestida o suficiente. Apesar de sempre receber elogios pela beleza natural que a maioria das pessoas diz que tenho.

Nem é por Clarisse. Provavelmente ela que irá me receber lá, a elegância dela ultrapassa qualquer joia que ouse usar. Porém, eu confesso, ver Angélica esbanjando beleza toda vez que a vejo despertou um lado meu vaidoso. Quero pelo menos estar apresentável.

Vesti um vestido que terminava no meio das minhas coxas. Ele era justo e marcava bem as poucas curvas que eu tinha. Eu nunca fui magra demais, mas nunca consegui engordar com facilidade. Gostava disso, meu corpo nunca foi problema na minha autoestima.

Finalizei meu cabelo ondulado deixando ele solto. As ondas estavam lindas. Eu estava linda.

Cheguei a cozinha para comer algo antes de sair. Já era quase onze da manhã, eu poderia almoçar se quisesse.

Abro a geladeira e pego a jarra de suco, pela cor acredito que seja de manga. Olho o micro-ondas e esquento algumas panquecas que meu herói deixou pra mim. Detalhes.

Após tomar meu café da manhã, chamei um Uber e assim que ele chegou fui até a galeria. Ela fica aberta das oito da manhã até às dez da noite todos os dias. Aproveitarei que estou aqui para olhar se está tudo em ordem com a exposição da mamãe.

Entro no elevador. Instantaneamente me recordo de horas atrás. Ricardo Fernandes, meu melhor amigo da infância, o amor da minha adolescência, a confusão da minha vida adulta. É justa essa descrição, Olívia? 

Se alguém me perguntasse eu provavelmente responderia isso.

Quando chego ao andar do escritório de Clarisse, uma das suas secretárias que me recebe.

— Ela só virá mais tarde hoje. Quem está resolvendo os assuntos é o Senhor Fernandes.

— Entendi, posso falar com ele então? É sobre as obras vendidas ontem.

— Aguarde um momento, por favor. — Ela me dá um sorriso, e disca no telefone de sua mesa. Conversa rapidamente e em seguida diz que posso entrar. Meus passos são lentos até chegar a porta. Dei dois toques e empurrei a maçaneta. Droga, eu deveria ter perguntado qual Fernandes especificamente.

— Bom dia, senhor Fernandes — Cumprimento Ricardo sem demonstrar expressão alguma. Ele ergue uma sobrancelha quando me encara.

— Bom dia, Olívia. Esperava que fosse o seu pai a vir aqui.

— Infelizmente ele teve um imprevisto no trabalho e pediu que eu viesse. — Eu estava nervosa, seu olhar intenso sempre conseguia me desconcentrar.

— Sendo assim, sente-se, senhorita. — Ouvir Ricardo me tratar formalmente estava me queimando por dentro. Se bem que é melhor assim, evita discussões e mais mágoas. A briga de ontem afastou qualquer possibilidade de reconciliação entre nós. Ele agir assim é uma prova.

— Aqui estão os documentos que compravam a sua aprovação nas vendas. — Me entregou uma pasta preta. — Você precisa assinar todos eles. Como foram muitos quadros vendidos é provável que demore na leitura pra confirmar os termos de transferência de posse. Aceita alguma coisa para comer ou beber? Posso pedir para a secretária providenciar.

Eu não estava com fome e, para ser sincera, quero sair daqui o mais rápido possível. Estar em sua presença sempre me deixa com uma emoção diferente, quando não estou nervosa ou ansiosa, estou com raiva. No momento não quero nada disso.

— Não precisa, obrigada! — Agradeço com um sorriso simples. — Você leu todos esses papéis? — Ele acenou positivamente com a cabeça. — Então eu não preciso ler, só me diz onde que assina.

Ele me encarava sério. Apesar das brigas, eu confio nele, jamais imaginaria que me fizesse algum mal.

Ricardo indica os locais no início e no fim da folha. Assino em todas elas. Ao todo foram dezenove telas vendidas. Eu Estava muito feliz.

— Seu cheque.

Ele me entrega. Arregalo os olhos, eram mais zeros do que minha mente poderia processar.

— Acho que há algum engano, senhor. — Ouço seu riso. — Valeu tudo isso? Em uma noite?

— Acostume-se, Olívia. As obras da sua mãe ainda vão render muito mais que isso. — Ele encostou as costas na cadeira de maneira relaxada. — Você pode, por obséquio, não me chamar nunca mais de senhor?

Olho para ele confusa.

— Estou em um ambiente profissional, como quer que eu te chame, senhor? — Provoquei. Ele sorri de lado mostrando sua linda covinha. Que homem, meu Deus.

— Pelo meu nome, Olívia. Como você sempre me chamou.

Parecia que a tensão entre nós estava saindo lentamente dos nossos corpos. Era uma ótima sensação. Senti falta dessa calmaria. No entanto, eu sempre matinha um pé atrás e não queria estragar essa trégua.

— Tudo bem, Ricardo. Obrigada por me receber, agora eu preciso ir.

Levantei com a intenção de sair dali. Ricardo não diz nada apenas me observa agora sério. Balanço a cabeça e caminho em direção a porta.

— Por que deixamos tudo chegar a este ponto? — Ouço sua voz rouca. Estava de costas para ele. — Tanto estresse seria evitado se pudéssemos conversar calmamente.

Meu coração acelera. Olívia, ele quer conversar. Não era isso que você queria também?

Me virei e encarei seus olhos profundos.

— Estou aqui, Ricardo.

— Seja sincera comigo, Olívia. Não tenha medo de usar as palavras, porque não somos mais crianças. Se estamos brigando desde que voltou, devemos encontrar formas de não continuar dessa maneira.

Ricardo falava sério. Me sentia pequena e frágil sob seu olhar. Eu gostava tanto dele, quero realmente viver um romance como disse minha tia.

Respirei fundo e caminhei até estar de frente a sua mesa. Não sentei dessa vez.

— Eu já estava convencida em ter essa conversa para esclarecer as coisas entre nós, mas estava com medo de brigarmos de novo hoje.

Ele levantou e pegou em minha mão.

— Não iremos brigar, está bem? Vamos conversar como duas pessoas civilizadas.

Ricardo toca em meu rosto ao colocar uma mexa solta do cabelo atrás da orelha. Senti meu corpo arrepiar. Ele sorri pra mim

— Vem, sente aqui.

Sentamos em um sofá branco que ficava encostado na parede. Ele continuava segurando minha mão de frente pra mim.

Respiro fundo mais uma vez.

— Desde nosso reencontro de anos atrás eu senti uma energia em relação a você. Mesmo sem ter noção da nossa amizade antiga, a minha mente forçava a lembrar de você. Era insuportável, todos os dias durante meses eu me pegava pensando. Eu era muito nova. Não entendia bem quase nada, mas sabia que toda vez que você chegasse perto de mim meu coração poderia saltar do peito de tão forte que ele batia. Sentia ciúme da Angélica sem nem me dar conta do que era, me lembro de sempre me sentir estranha toda vez que o via com ela. Até que nos aproximamos, meus desenhos, as lembranças, nossos passeios aos montes dourados, eu amava sair com você, Ric.

Sinto um leve aperto nos dedos. Pude notar sua felicidade ao me ouvir mesmo com a expressão séria. Continuei.

— Até que recebi a notícia que me mudaria mais uma vez. Você se declarou pra mim. Damos nosso primeiro beijo. O meu primeiro beijo, eu não poderia ser mais feliz. Era tantos sentimentos juntos ali. — As primeiras lágrimas aparecem em meus olhos. — Então eu fui embora. Não sabia se iria retornar outra vez. A cada fim de ligação ou mensagem sua, eu chorava rios, porque doía muito a saudade, a vontade de te abraçar. Então... —  sequei uma lágrima com a palma da mão. — Eu escolhi me afastar, para o meu próprio bem. Foquei na escola, nos meus desenhos. Estava levando tudo bem até que descobrimos o câncer da mamãe.

Ricardo buscou um copo com água para mim pois nesse momento já chorava muito. Bebi e esperei alguns minutos para continuar.

— Estava tão avançado. A quimioterapia não ajudava, ela sentia tanta dor, semanas depois ela faleceu. — Solucei. — Voltar a Canobra foi tudo que eu pedi a Deus durante meses. No entanto, voltar para essa cidade para enterrar minha mãe foi a pior coisa da minha vida. Eu não pensei em nada, não conseguia olhar para você e nem para os meus amigos. Eu me sentia morta por dentro.

— Eu sinto tanto pela Isabela, ela era extraordinária.

— Sim, era. Enfim... — respirei fundo. — Depois disso, eu só existi. De cidade em cidade acompanhando papai. Eu não me permiti pensar em mais nada. Era muita dor. Então eu voltei. Não sabia como reagiria ao te ver, não consegui ligar, nem mandar mensagem depois de anos em silêncio. Decidi que o destino cuidaria disso.

— O destino queria que nos encontrássemos no supermercado.

— Sim, paralisei. Não sabia o que você pensava de mim. Se tinha mágoas pela distância que criei. Daí você aparece em casa e me diz todas aquelas coisas. Me pressionando, eu surtei. Eu estava me adaptando ao meu lar sem a minha mãe. Não queria pressão sobre se teria ou não um relacionamento com você.

— Peço perdão mais uma vez por isso, Liv. Me arrependo mesmo por ter sido tão imbecil com você.

— Como se não bastasse, você me ignorou depois disso. Ficou desfilando com a Angélica. Eu quis te esganar, já que uma noite você se declarava pra mim e no outro dia não saia do lado da outra. Eu duvidei se você foi realmente sincero sobre o que sente por mim.

— Angélica é uma das minhas amigas próximas desde sempre, irmã do Charles meu segurança. Eu nunca pensei em ter nada sério com ela.

— Nada sério? — repeti sua entonação. — Quer dizer que vocês já se envolveram mesmo? — podia sentir o ciúme preencher meu corpo. Eu sempre soube.

— Liv... — ele balança a cabeça. — Já faz tempo, eu nem me lembro direito. Nunca senti um terço do que sinto por você por outra pessoa.

Essa declaração me acalmou.

— O que sente por mim? Está falando sério, Ric?

Ele segura meu rosto.

— Você foi, é e sempre será o único amor da minha vida.

Meu corpo estremeceu ao sentir seus lábios nos meus. Ricardo me beijou calmamente enquanto acariciava minha pele. Tantas sensações juntas, parecia que eu me desmancharia em seus braços. Inexplicável tamanha felicidade.

Após alguns selinhos ternos um procurou pelo olhar do outro. Não falamos nada. O silêncio nunca foi tão reconfortante como agora.

Me joguei novamente em sua boca. Seu beijo, exatamente como me lembrava, encaixa perfeitamente. Suas mãos apertavam meu corpo, agora, com certa urgência. Em um único movimento, Ricardo me deitou no sofá me cobrindo com seus músculos. Eu já estava ofegante, era muito bom ser beijada por ele. O homem que sempre esteve em meus pensamentos. Não posso descrever o quão maravilhoso é sentir isso.

Sua boca se afastou da minha e logo foi para o meu pescoço. Estremeci sob ele. Meu peito subia e descia rapidamente, eu não sabia que poderia ser tão intenso tal contato íntimo. Minhas pernas formigavam. Cravei minhas unhas em seus braços quando o toque de suas mãos desceram para minha cintura. Ele me segurou forte enquanto se encaixava no meio das minhas pernas. Eu estava quente. Muito quente.

Ricardo me beijou novamente com pressa. Estava começando a suar mesmo com a sala sendo ventilada. Um barulho ao fundo me assustou. Ricardo não demonstrou ter escutado.

O telefone toca novamente me tirando dessa bolha que entramos há poucos minutos.

— Ric — Sussurrei quando ele largou meus lábios para beijar meu pescoço. — Ric, para. — Ele me encarou ofegante. Posso jurar que seus olhos estavam mais negros do que o normal. — O telefone.

Minha voz estava por um fio. Minha respiração estava desregulada. Pude notar que a dele também.

Ricardo tirou as mãos de mim e caminhou até sua mesa. Olhei para o teto assim que me dei conta do que acabamos de fazer. Eu estava entregue a ele, no meio da sala de Clarisse, da sua mãe. Meu Deus.

Juntei minhas pernas e me sentei no sofá. Eu estava tremendo, não conseguiria levantar nem se tentasse.

Ricardo falava ao telefone, contudo não consegui entender. Minha mente estava fechada, meu corpo tentava voltar ao normal.

Apoiei meus cotovelos nos joelhos e segurei meu rosto com as mãos. Que loucura. Suas mãos afastam meus cabelos. Ele estava ajoelhado em minha frente.

— Está brava?

Franzi o cenho.

— Eu te ataquei, Olívia.

Gargalhei. Meu Deus.

— Eu não estou brava, Ric. Eu gostei. — Virei o rosto, estava envergonhada por ter agido assim, ainda mais aqui. Ricardo me força olhar para ele. — Para.

— Linda. — Selou nossos lábios mais uma vez. — Você é perfeita. Não sinta vergonha por demonstrar o que sente.

— É que...acabamos de nos resolver e ficar assim desse jeito. Na sala da tia ainda por cima.

— Ok, Liv. Você tem razão. Vamos com calma, certo? Ainda temos que adiar mais o nosso amor, já que cinco anos esperando é pouco tempo

— Ricardo! — Bato em seu braço. — Eu falo sério.

— Sim, e por isso não irei pedir sua mão em namoro agora. Pedirei a noite enquanto jantamos. — Ele se levantou. — E também porque eu preciso sair agora para uma reunião.

Me levantei ainda processando o que ele disse. Ricardo se aproxima até ficar centímetros de distância do meu rosto.

— Não faz isso, mulher.

Suas mãos descem pelos meus braços até chegarem às laterais do meu vestido. Ele estava erguido e mostrava um pouco mais do que deveria.

Meu rosto queima mais uma vez. Ricardo me beija, nos separamos ao ouvir batidas na porta.

— Droga. Mal posso esperar para te ver esta noite.

Eu estava em choque. Não acreditava que tudo aquilo foi real. Se realmente aconteceu. Ricardo e eu finalmente juntos. Meu coração custava a ter certeza.

Peguei o Uber até a casa da minha tia. Almoçamos lá mesmo.

Não comentei sobre o ocorrido de horas atrás. Eu estava eufórica por dentro, pela primeira vez sinto que tudo se encaixou perfeitamente, sempre o quis perto de mim, de maneira inconsciente até.

Marta me deixou em casa assim que escureceu. Passar o dia com minha tia sempre renova as minhas energias.

Procuro por papai, nem sinal dele ainda. O celular chama três vezes antes dele atender.

— Oi, pai. Pensei que estava em casa.

Eu passei aí durante a tarde para descansar um pouco, mas tive que voltar. Teremos clientes importantes hoje.

— Entendi. — mordi os lábios ansiosa. — Pai, eu vou sair para jantar com o Ricardo. Não me espere no restaurante, tá bom?

Com o Ricardo? Mas você não iria sair com o Miguel?

Podia imaginar sua cara de confusão. Era embaraçoso demais conversar com meu pai sobre esses assuntos.

— Não dá para te explicar agora, pai. Depois conversamos, não se preocupe. Te amo.

Encerrei a ligação. Provavelmente terei que ter aquela conversa quando chegar, Ricardo disse que vai me pedir em namoro. Um frio na barriga me faz tremer só de pensar.

Entro no banheiro e tomo um banho quente. Me permito sorrir levemente enquanto sinto a água molhar meu corpo. Nem lembro a última vez que tive essa paz interior. Incrível como meu coração se tranquilizou por ter me declarado e esclarecido tudo com Ricardo. Visto o roupão e analiso minhas roupas.

O que devo vestir? Iremos jantar, ele me pedirá em namoro, preciso ir devidamente arrumada, sem chamar muita atenção, já basta ter feito isso ontem.

Escolho um vestido azul. Ele não tinha muitos detalhes. Era justo ao meu corpo, sem mangas e um leve decote em V. Caia até um pouco acima dos meus joelhos. Calço um salto médio preto depois que finalizei minha maquiagem básica. O batom vermelho em meus lábios se destacava apesar de ter passado uma única camada. Prendi uma pequena parte do meu cabelo e o resto deixei caído em minhas costas. As ondas estavam perfeitas.

Meu celular apita. Uma mensagem dele dizendo que já está me aguardando em frente a minha casa.

Começo a suar com o nervosismo. Eu estava indo ao meu primeiro encontro e com o homem que sempre desejei.

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Oiê, meu povo. Como estão? Gostaram do capítulo? ❤️

Para os que shippam o Olívia com o Miguel acho que não gostaram muito kkkkkk. 😂❤️

Comentem muito os feedbacks, leio todos os comentários. 🥰

Votem e até o próximo capítulo!!!

❤️❤️❤️

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