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Prólogo

"Estou acordando em cinzas e pó. Limpo minha testa e transpiro minha ferrugem. Estou respirando as substâncias químicas. Estou invadindo, tomando forma e então conferindo o ônibus da prisão.
É isso, o apocalipse." — Radioactive / Imagine Dragons

       Megan Walker saiu do quarto às escondidas naquela noite. Suas filhas e sua neta estavam distraídas demais e seu marido dormia feito pedra, então não notaram quando a mulher desceu as escadas e foi em direção ao porão escuro e empoeirado da casa.

     Ela soltou um espirro ao entrar no cômodo. Tateou na parede até encontrar o interruptor. Acendeu a luz e abriu um sorriso. Finalmente iria conseguir tudo que sempre quis. Ela viu um vídeo na internet sobre uma entidade que concedia aquilo que a pessoa deseja. Só bastava derramar algumas gotas de sangue em qualquer lugar do chão enquanto dizia algumas palavras e a criatura imediatamente apareceria para conceder o desejo.

     Megan devia saber que qualquer ritual que precisasse de sangue humano era algo extremamente macabro, mas a escritora não se importou com isso naquela noite. Tudo que ela queria era ser reconhecida pelo talento incrível que ela tinha para escrever.

      Ela pegou uma pequena faca afiada e sentou no chão empoeirado do porão. Espirrou mais uma vez e fez uma nota mental para se lembrar que previsava faxinar o porão. Tirou uma folha de papel do bolso da calça que usava naquela noite e a colocou em sua frente para ler enquanto cortava sua pele com a faca. Ela leu as palavras devagar enquanto passava a faca pela mão esquerda. O sangue foi de encontro ao chão empoeirado formando uma poça pequena. Megan esperou por alguns minutos, porém nada aconteceu. Sentiu-se uma idiota por ter acreditado no que viu no vídeo e levantou do chão. Rasgou a folha com as palavras e jogou os pedacinhos pelo ar. Estava irritada e com um ferimento na mão esquerda que ardia.

     Saiu do porão e após fazer um curativo na mão subiu para o quarto. Nem ao menos notou quando sombras ergueram-se da pequena poça de sangue que havia se formado no chão do porão. As sombras se materializaram e formaram o corpo de um rapaz, com os olhos vermelhos da cor do sangue e totalmente nu, ele começou a subir as escadas para fora do porão da casa.

     Um mês depois os livros de Megan Walker eram os mais vendidos em todo o mundo. A mulher estava radiante com o sucesso repentino e nem ao menos lembrava do que havia feito para que isso acontecesse.
Ela havia esquecido quem lhe dera todo aquele sucesso, porém as sombras ainda lembravam. Elas sempre lembram.

      Alguns meses depois Megan estava sentada em sua cama quando o viu no canto da parede. Um rapaz totalmente coberto de sombras. Ela sobressaltou-se.

— Quem é você? O que faz aqui? Como entrou no meu quarto?

     Eram muitas perguntas, porém a entidade apenas riu.

— Eu vou gritar. Sai do meu quarto! — a escritora estava muito assustada. Os olhos do demônio eram de um vermelho sangue tão pertubador que se a mulher olhasse para eles por muito tempo, talvez ela pudesse ter um ataque cardíaco.

— Eu sou o causador do seu sucesso, Megan Walker. Vim cobrar o que me deve.

— O que você quer? — Megan disse, enquanto se encolhia na cama.

     O demônio aproximou-se da mulher e subiu na cama sem fazer sequer um barulho. Aproximou o rosto do de Megan e o ar gelado que saiu de sua boca fez todos os pelos do corpo da escritora se arrepiarem.

— Eu quero o sangue e a alma de todos os Walker. É esse o preço que você tem a pagar.

     A entidade apenas sussurrou as palavras, mas Megan sentiu como se ele tivesse gritado em seus ouvidos. Após dizer as palavras que aterrorizariam Megan até os últimos dias de sua vida, o demônio em forma humana se desfez em sombras e desapareceu do quarto. Entretanto, ele sempre voltava a aparecer e sussurrava as mesmas palavras, até Megan não aguentar mais e fazer aquilo que ele queria.

      Megan estava dormindo em seu quarto sozinha quando a voz sombria e fria do demônio gritou em sua mente mais uma vez naquela noite. O marido estava em uma viagem de trabalho. Ela acordou sobressaltada e fez de tudo para afastar a voz de sua cabeça, mas ela não conseguiu. A voz sempre gritava mais alto.

     Então ela levantou-se da cama e desceu as escadas. Segurou uma faca qualquer que encontrou na cozinha e subiu as escadas em direção ao quarto das filhas. Entrou no primeiro quarto. O quarto de Mariana Walker, sua filha mais nova. Megan não queria fazer isso, mas ela não conseguia controlar suas ações e, além do mais, ela estava sendo controlada cada vez mais pela voz em sua cabeça. Foi por isso que ela começou a esfaquear Mariana, que acordou com o primeiro golpe. Porém não teve muito tempo para se defender, já que Megan não parou de esfaqueá-la até que estivesse morta. O sangue da jovem mulher ensopou a cama e em seus olhos castanhos, que permaneceram abertos mesmo depois de morta, era possível ver a surpresa e o horror. Ela havia sido assassinada pela própria mãe e deu seu último suspiro sem acreditar nisso.

     Depois a escritora foi até o quarto da filha mais velha. Ela entrou no quarto com o coração batendo descontrolado contra o peito. Estava em choque e ainda não entendia porque não conseguia parar. Miranda Walker acordou com o primeiro golpe que Megan desferiu em sua barriga e, quando olhou para a mãe, gritou um sonoro "pare, por favor" e tentou se defender. Porém Megan foi mais rápida e continuou esfaqueando a filha até que ela não pudesse mais respirar.

     Quando terminou, olhou para a cama da neta, Ellen Walker. A garota não estava lá. Só então a escritora se deu conta do que fez com as filhas. Se encolheu em um canto do quarto e começou a chorar, enquanto via o corpo da filha mais velha ensanguentado em cima da cama.

     Se perguntou como teve coragem de fazer aquilo. Até que lembrou-se da neta e do marido, a quem tanto amava. Se foi capaz de fazer isso com as filhas, o que a impediria de fazer com eles também? Então ela segurou a mesma faca que usou para matar as filhas e cortou a própria garganta sangrando até a morte em seguida, enquanto o demônio que ela mesma invocara gritava um "não" estridente pelo quarto e desaparecia para as profundezas do inferno. A maldição estava acabada. Megan havia salvo a vida de Ellen e do homem que amava. Pelo menos era nisso que ela acreditava enquanto dava o seu último suspiro no chão frio do quarto.

                          ★★★

06/01/2020

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